Valores normativos de força muscular em idosos

Autores

  • Emille Camila de Oliveira Santos UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
  • Lucas Lima Galvão
  • Sheilla Tribess
  • Joilson Meneguci
  • Rafaela Gomes dos Santos
  • Rízia Rocha Silva
  • Jair Sindra Virtuoso Júnior
  • Douglas de Assis Teles Santos

DOI:

https://doi.org/10.17648/aces.v6n4.3444

Palavras-chave:

idoso, saúde, força muscular

Resumo

Objetivo: Identificar os valores normativos da força de membros inferiores e superiores em idosos do Estudo ELSIA. Métodos: A amostra foi composta por 459 sujeitos de ambos os sexos com idade igual ou superior a 60 anos, agrupados por sexo e idade em três grupos, 60-69 anos, 70-79 anos e 80 anos ou mais, moradores da cidade de Alcobaça, Bahia. A força dos membros inferiores foi avaliada através do teste sentar e levantar da cadeira, enquanto a força dos membros superiores foi avaliada através do dinamômetro de preensão manual. Os procedimentos da estatística descritiva foram utilizados para identificar a amostra com a distribuição da frequência, percentil (P10, P20, P30, P40, P50, P60, P70, P80, P90), cálculo de medida de tendência central (média e mediana) e de dispersão (amplitude de variação, desvio-padrão) e estatística inferencial (teste Kruskal-Wallis), p<0,05. Resultados: Os resultados do teste de sentar e levantar dos idosos em geral variaram entre 10 e 22,6 repetições na faixa etária de 60-69 anos, 7 e 20 repetições na faixa dos 70-79 anos e 0 e 16 repetições nos 80+. No teste de preensão manual, seguindo as mesmas faixas etárias, a variação foi de 16,0 e 38,0 kg/f, 14,0 e 36 kg/f e 10,0 e 29,0 kg/f. Conclusão: Este estudo possibilitou identificar os valores normativos da força de membros inferiores e superiores dos idosos de Alcobaça, BA. Em ambos os sexos houve uma redução tanto na força dos membros inferiores quanto dos superiores à medida em que a idade foi aumentando, sendo mais significativa a partir dos 80 anos. A partir dos escores obtidos é possível desenvolver parâmetros específicos, para a criação de programas de atividade física que contribua para a manutenção da força dos idosos.  

Referências

Organização das Nações Unidas. ONU. Cúpula da ONU discute envelhecimento populacional e desenvolvimento sustentável. 2017. Available from: <https://nacoesunidas.org/cupula-da-onu-discute-envelhecimento-populacional-e-desenvolvimento-sustentavel/> [2018 out 22].

IBGE. Mudança demográfica no Brasil no início do século XXI : subsídios para as projeções da população. Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; 2015. 156 p.

Simões CC da S. Relações entre as alterações históricas na dinâmica demográfica brasileira e os impactos decorrentes do processo de envelhecimento da população. Rio de Janeiro: IBGE; 2016. 113 p.

Mazo GZ, Krug R de R, Virtuoso JF, Lopes MA, Tavares AG. Nível de atividade física de idosos longevos participantes de grupos de convivência. Beba. 2012;9(106):4–14.

Chang KV, Wu WT, Huang KC, Jan WH, Han DS. Limb muscle quality and quantity in elderly adults with dynapenia but not sarcopenia: An ultrasound imaging study. Exp Gerontol. 2018;108:54–61.

Ochala J, Frontera WR, Dorer DJ, Van Hoecke J, Krivickas LS. Single skeletal muscle fiber elastic and contractile characteristics in young and older men. Journals Gerontol - Ser A Biol Sci Med Sci. 2007;62(4):375–81.

D’Antona G, Pellegrino MA, Carlizzi CN, Bottinelli R. Deterioration of contractile properties of muscle fibres in elderly subjects is modulated by the level of physical activity. Eur J Appl Physiol. 2007;100(5):603–11.

Santos RG, Tribess S, Meneguci J, Da Bastos LLAG, Damião R, Virtuoso JS. Força de membros inferiores como indicador de incapacidade funcional em idosos. Motriz Rev Educ Fis. 2013;19(3 SUPPL):35–42.

Rikli RE, Jones CJ. Functional Fitness Normative Scores for Community-Residing Older Adults, Ages 60-94. J Aging Phys Act. 1999 Apr [cited 2018 Oct 22];7(2):162–81.

Vieira M, Souza C, Câmara S, Matos G, Moreira M, Maciel Á. Relação entre força de preensão manual e força de membro inferior em mulheres de meia idade: um estudo transversal. Rev Bras Atividade Física Saúde. 2015;20(5):467.

Malhotra R, Ang S, Allen JC, Tan NC, Østbye T, Saito Y, et al. Normative Values of Hand Grip Strength for Elderly Singaporeans Aged 60 to 89 Years: A Cross-Sectional Study. J Am Med Dir Assoc. 2016;17(9):864.e1-864.e7.

Silva MF da, Goulart NBA, Lanferdini FJ, Marcon M, Dias CP. Relação entre os níveis de atividade física e qualidade de vida de idosos sedentários e fisicamente ativos. Rev Bras Geriatr e Gerontol. 2012;15(4):634–42.

Miranda GMD, Mendes A da CG, Silva ALA da, Miranda GMD, Mendes A da CG, Silva ALA da. Population aging in Brazil: current and future social challenges and consequences. Rev Bras Geriatr e Gerontol. 2016;19(3):507–19.

Mazo GZ, Benedetti TRB, Gobbi S, Ferreira L, Lopes MA. Valores normativos e aptidão funcional em homens de 60 a 69 anos de idade. Rev Bras Cineantropometria e Desempenho Hum. 2010;12(5):316–23.

Mazo GZ, Petreça DR, Sandreschi PF, Benedetti TRB, Mazo GZ, Petreça DR, et al. Normative values of physical fitness for Brazilian elderly woman aged 60-69 years. Rev Bras Med do Esporte. 2015;21(4):318–22.

Folstein MF, Folstein SE, McHugh PR. Mini-mental state. A practical method for grading the cognitive state of patients for the clinician. J Psychiatr Res. 1975;12(3):189–98.

Almeida OP. Mine Exame do Estado Mental e o diagnóstico de demência no Brasil. Arq Neuropsiquiatr. 1998;56(3–B):605–12.

Almeida OP, Almeida SA. Confiabilidade da versão brasileira da Escala de Depressão em Geriatria (GDS) versão reduzida. Arq Neuropsiquiatr. 1999 Jun;57(2B):421–6.

Benedetti TB, Mazo GZ, Barros MVG De. Aplicação do Questionário Internacional de Atividades Físicas para avaliação do nível de atividades físicas de mulheres idosas : validade concorrente e reprodutibilidade teste-reteste. Rev Bras Ciência e Mov. 2004;12(1):25–34.

Lino VTS, Pereira SRM, Camacho LAB, Ribeiro Filho ST, Buksman S. Adaptação transcultural da Escala de Independência em Atividades da Vida Diária (Escala de Katz). Cad Saúde Pública. 2008;24(1):103–12.

Santos RL dos, Virtuoso Júnior JS. Confiabilidade da versão brasileira da escala de atividades instrumentais da vida diária. Rev Bras em Promoção da saúde. 2008;21(1):290–6.

Guigoz Y, Vellas B. The Mini Nutritional Assessment (MNA) for grading the nutritional state of elderly patients: presentation of the MNA, history and validation. Nestle Nutr Workshop Ser Clin Perform Programme. 1999;1:3-11; discussion 11-2.

Rosenberg DE, Bull FC, Marshall AL, Sallis JF, Bauman AE. Assessment of Sedentary Behavior with the International Physical Activity Questionnaire. J Phys Act Heal. 2008;5(s1):S30–44.

Dias J A. et al. Hand grip strength: Evaluation methods and factors influencing this measure. Rev. bras. cineantropom. desempenho hum. 2010; 12(3): 209–216.

Mariano ER, Navarro F, Sauaia BA, Oliveira Junior MNS de, Marques RF. Força muscular e qualidade de vida em idosas. Rev Bras Geriatr e Gerontol. 2013;16(4):805–11.

Marques EA, Baptista F, Santos R, Vale S, Santos DA, Silva AM, et al. Normative functional fitness standards and trends of portuguese older adults: Cross-cultural comparisons. J Aging Phys Act. 2014;22(1):126–37.

Chung PK, Zhao Y, Liu JD, Quach B. Functional fitness norms for community-dwelling older adults in Hong Kong. Arch Gerontol Geriatr. 2016;65:54–62.

Virtuoso JF, Balbé GP, Hermes JM, Amorim Júnior EE de, Fortunato AR, Mazo GZ. Grip strength and physical fitness: a predictive study with active elderly. Rev Bras Geriatr e Gerontol. 2014;17(4):775–84.

Soares AV, Marcelino E, Maia KC, Borges Junior NG. Relation between functional mobility and dynapenia in institutionalized frail elderly. Einstein. 2017;15(3):278–82.

Charlton K, Batterham M, Langford K, Lateo J, Brock E, Walton K, et al. Lean body mass associated with upper body strength in healthy older adults while higher body fat limits lower extremity performance and endurance. Nutrients. 2015;7(9):7126–42.

Downloads

Publicado

2019-07-31

Edição

Seção

Artigos originais