Influência da nadadeira na cinemática da marcha em ambiente aquático e terrestre: Um estudo de caso

Autores

DOI:

https://doi.org/10.17648/aces.v7n1.3505

Palavras-chave:

reabilitação, transtornos neurológicos da marcha, doenças do sistema nervoso

Resumo

Objetivo: Apresentar uma descrição cinemática dos membros inferiores durante a marcha em velocidade normal (3km/h) e rápida (5km/h), em ambiente subaquático e terrestre, com e sem a utilização de nadadeiras, em um estudo de caso para que, posteriormente, possam ser utilizadas como dispositivo para a recuperação funcional da marcha em pacientes com problemas de mobilidade, decorrentes de doenças neurológicas ou lesões esportivas. Método: Foram coletados os dados cinemáticos de um indivíduo adulto, saudável e com marcha funcional. O indivíduo realizou a marcha em uma esteira terrestre descalço e, posteriormente, com nadadeiras em duas velocidades e, em seguida, realizou o mesmo procedimento em uma esteira subaquática. Resultados: Foi identificado que a utilização de nadadeiras, no meio subaquático, tende a promover uma maior amplitude no movimento dos membros inferiores, alcançando maior altura de joelho e pé durante a marcha, e maior angulação na flexão do joelho e dorsiflexão do tornozelo. Conclusão: Os achados encontrados neste estudo mostram que a utilização de nadadeiras em ambiente subaquático altera as características da cinemática da marcha, promovendo maior amplitude de movimento dos membros inferiores. Tais achados indicam que o uso de nadadeiras pode ser uma alternativa para a melhora da marcha em indivíduos com problemas de mobilidade, decorrentes de doenças neurológicas ou esportivas.

Referências

Carazzato JG, Campos LAN, Carazzato SG. Incidência de Lesões Traumáticas em Atletas Competitivos de Dez Tipos de Modalidades Esportivas. Rev Bras Ortop. 1992; 27:745-758.

Silva, PFCM. Sistemas de Análise de Imagens de Ecografia para Reumatologia. Técnicas Baseadas na Transformada Wavelet para Minimização de Ruído Spekle. Bragança, Portugal. Dissertação [Mestrado em Tecnologia Biomédica] - Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Bragança; 2014.

Batchelor FA, Mackintosh SF, Said CM & Hill KD. Falls After Stroke. Int J Stroke. 2012; 7(6):482–490.

Belda-Lois J, Horno SM, Bermejo-Bosck I, Moreno JC, Pons JL, Farina D, et.al. Rehabilitation of gait after stroke: a review towards a top-down approach. J Neuroeng Rehabil. 2011; 8:66.

Zamparo P, Francescato MP, De Luca G, di Prampero PE. The energy cost of level walking in patients with hemiplegia. Scand J Med Sci Sports. 1995, 5:348–352.

Esquenazi A, Hirai B. Gait Analysis in Stroke and Head Injury. In: Graik RL, Oatis A. Gait Analysis: Theory and Application. St. Louis: Mosby-Year Book, 1995, pp. 412-2.

Bohannon RW, Andrews AW, Smith MB. Rehabilitation goals of patients with hemiplegia. Int J Rehabil Res. 1988; 11(2):181–183.

Harris JE, Eng JJ. Goal Priorities Identified through Client-Centred Measurement in Individuals with Chronic Stroke. Physiother Can. 2004;56(3):171-176.

Beyaert C, Vasa R, Frykberg GE. Gait post-stroke: pathophysiology and rehabilitation strategies. Clin. Neurophysiol. 2015; 45:335-355.

Eng JJ, Tang PF. Gait training strategies to optimize walking ability in people with stroke: a synthesis of the evidence. Expert Rev Neurother. 2007; 7(10):1417-36.

Werner C, Lindquist AR, Bardeleben A, Hesse S. The Influence of Treadmill Inclination on the Gait of Ambulatory Hemiparetic Subjects. Neurorehabil Neural Repair. 2007; 21(1):76–80.

Olney SJ, Richards C. Hemiparetic gait following stroke. Part I: Characteristics. Gait Posture. 1996; 4:136-148.

Latham NK, Jette DU, Slavin M, Richards LG, Procino A, Smout RJ, et.al. Physical therapy during stroke rehabilitation for people with different walking abilities. Arch Phys Med Rehabil. 2005; 86(12):41–50.

Segura, MSPO. O Andar de Pacientes Hemiplégicos no Solo e na Esteira com Suporte Total e Parcial de Peso. Rio Claro. Dissertação [Mestrado em Ciências da Motricidade] - Universidade Estadual Paulista; 2005.

Visintin M, Barbeau H, Korner-Bitensky N, Mayo NE. A New Approach to Retrain Gait in Stroke Patients Through Body Weight Support and Treadmill Stimulation. J Am Heart Assoc. 1998; 29(6):1122-1128.

Lathan C, Myler A, Bagwell J, Powers MC, Fisher B. Pressure-controlled treadmill training in chronic stroke: a case study with AlterG. J Neurol Phys Ther. 2015; 39(2):127–33.

Roesler H, Brito RN, Haupenthal A, Souza PV. Análise Comparativa da Marcha Humana em Solo à Subaquática em dois Níveis de Imersão: Joelho e Quadril. Rev Bras Fisioter. 2004; 8:1-6.

Miyoshi T, Shirota T, Yamamoto S, Nakazawa K, Akai M. Effect of the Walking Speed to the Lower Limb Joint Angular Displacements, Joint Moments and Ground Forces During Walking in Water. Disabil Rehabil. 2004; 26:724-732.

Nakazawa K, Yano H, Myashita M. Ground Reaction Forces During Walking in Water. J Sports Sci Med. 1994; 39:28-34.

Yamamoto S, Nakazawa K, Yano H. Lower Limb Kinematic During Walking in Water. In: ISB Congress; 1995; Jyvaskyla. Books of Abstracts: University of Jyvaskyla; 1995. p. 1012-1013.

Park S, Kim S, Lee S, An H, Choi W, Moon O, et. al. Comparison of Underwater and Overground Treadmill Walking to Improve Gait Pattern and Muscle Strength after Stroke. J Phys Ther Sci. 2012; 24:1087-1090.

Barela AMF. Análise Biomecânica do Andar de Adultos e Idosos nos Ambientes Aquático e Terrestre. São Paulo. Tese [Doutorado em Biodinâmica do Movimento Humano] - Escola de Educação Física e Esporte da USP; 2005.

Ribas DIR, Israel VL, Manfra EF, Araújo CC. Estudo Comparativo dos Parâmetros Angulares da Marcha Humana em Ambiente Aquático e Terrestre em Indivíduos Hígidos Adultos Jovens. Rev Bras Med Esporte. Nov/Dez 2007; 13(6):371-375.

Stoquart G, Detrembleur C, Lejeune T. Effect of Speed on Kinematic, Kinetic, Electromyographic and Energetic Reference Values During Treadmill Walking. Neurophysiol Clin. May 2008; 38(2):105-116.

Stoia DI, Tascau M. Influence of Treadmill Velocity on Joint Angles of Lower Limbs During Human Gait. In: Proceedings of the 3. E-Health and Bioengineering Conference; 24-26 Nov. 2011. Iaşi, Romania; Piscataway, NJ: 2011; 1-4.

Orendurff MS, Kobayashi T, Tulchin-Francis K, Tullock AMH, Chris C, Chan C, Kraus E, Strike S. A Little Bit Faster: Lower Extremity Joint Kinematics and Kinetics as Recreational Runners Achieve Faster Speeds. J Biomech. 2018; 71:167-175.

Ottoboni C, Fontes SV, Fukujima MM. Estudo Comparativo Entre Marcha Normal e a de Pacientes Hemiparéticos por Acidente Vascular Encefálico: Aspectos Biomecânicos. Rev Neurocienc. 2002; 10(1):10-6.

Iwabe C, Diz MAR, Barudy DP. Análise Cinemática da Marcha em Indivíduos com Acidente Vascular Encefálico. Rev Neurocien. 2008; 16(4):292-296.

DeJong A, Hertel J. Gait-Training Devices in the Treatment of Lower Extremity Injuries in Sports Medicine: Current Status and Future Prospects. Expert Rev Med Devices. 2018; 15(12):891-909.

Valle DR, Gundersen LA, Barr AE, et al. Bilateral Analysis of the Knee and Ankle During Gait: An Examination of the Relationship Between Lateral Dominance and Symmetry. Phys Ther. 1989; 69:640-650.

Downloads

Publicado

2019-07-31

Edição

Seção

Artigos originais