A filosofia como matéria de ensino no Brasil: gênese e atualidade dos processos históricos

Autores

  • Francis Silva de Almeida Universidade de Uberaba - UNIUBE

DOI:

https://doi.org/10.18554/cimeac.v10i2.3939

Resumo

O ensino da filosofia se destaca como parte a ser reconhecida nos processos históricos de organização da educação no Brasil pela força dos interesses políticos que se encontram atravessados desde os primeiros traços da pedagogia catequética jesuítica. Por essa razão, propomos, neste texto, revisitar a história da educação brasileira para compreender o movimento pendular de inclusão e exclusão da filosofia como matéria de ensino, analisar as razões ideológicas que justificam este movimento, e, por fim, evidenciar os contornos e as formas teóricas próprias que modificaram suas características enquanto disciplina do currículo escolar. Para tanto, buscamos apoio teórico em Ceppas (2010), Cartolano (1985), Gallo e Kohan (2000) e Saviani (2010). Trata-se de uma discussão que se desdobra nos entremeios das narrativas históricas da educação brasileira, e que nos permite não só identificar os movimentos de inclusão e exclusão da filosofia nos programas educacionais a partir do século XVI, mas, sobretudo, colocar em questão o modo como esses interesses políticos forjaram os diferentes ideais de homem e sociedade dos quais somos herdeiros.

Palavras-chave: História; Filosofia; Currículo; Ensino.

 

ABSTRACT: The teaching of philosophy highligts as part to be recognized in the historical processes of educational organization in Brazil by the force of political interests that have been crossed since the first traits of jesuit catechetical pedagogy. For this reason, we propose, in this text, to revisit the history of brazilian education to compreend the pendular movement of inclusion and exclusion of philosophy as a teaching subject, analyzing the ideological reasons that justify this movement, and, at the end, highlights the contourns and theorical ways that modifiered this characteristics while subject in the school curriculum. For this, we seek theoretical support in Ceppas (2010), Cartolano (1985), Gallo and Kohan (2000) and Saviani (2010). It is a discussion that unfolds in the intertwining of historical narratives of Brazilian education, and that allows us not only to identify the movements of inclusion and exclusion of philosophy in educational programs from the sixteenth century, but above all to question how these political interests forged the different ideals of man and society from which we are heirs.

Keywords: History; Philosophy; Curriculum; Teaching.

Biografia do Autor

Francis Silva de Almeida, Universidade de Uberaba - UNIUBE

Professor do curso de Pedagogia (EaD) da Universidade de Uberaba - UNIUBE, com atuação nas áreas de Fundamentos da Educação, História Geral da Educação e História da Educação no Brasil. Mestre em Educação pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro - UFTM (2016). Possui Graduação em Filosofia - Licenciatura Plena pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás - PUC-Goiás (2009) e pós-Graduação Latu Sensu em Docência nos Ensinos Médio, Técnico e Superior pelo Centro Universitário Leonardo da Vinci - Uniasselvi/Instituto Passo1 (2012). Membro do grupo de estudos e pesquisa "Rapsódia: Educação, Geografia e Cultura", vinculado ao Laboratório de Educação Geográfica - Labeduc-Geo, da Universidade Federal do Triângulo Mineiro - UFTM. Participou como membro do grupo de estudos e pesquisa "Formação Ética do Professor", vinculado ao Programa de Pós-Graduação / Mestrado em Educação, da Universidade Federal do Triângulo Mineiro - UFTM. Atuou como professor de Filosofia no Ensino Médio pela SEE-MG (2009-2015). É pesquisador das interfaces entre Filosofia e Educação, com ênfase no ensino da Filosofia.

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Publicado

2020-11-09

Edição

Seção

Artigos