RAZÕES PARA NÃO UTILIZAR A ANTICONCEPÇÃO DE EMERGÊNCIA: SUBESTIMAÇÃO DO RISCO DE ENGRAVIDAR

Autores

  • Osmara Alves dos Santos USP - São Paulo/SP
  • Ana Luiza Vilela Borges USP - São Paulo/SP
  • Christiane Borges do Nascimento Chofakian USP - São Paulo/SP

DOI:

https://doi.org/10.18554/

Resumo

Objetivo: Descrever as razões pelas quais mulheres em gravidez não planejada não usaram a anticoncepção de emergência para prevenir a gravidez em curso. Método: Estudo quantitativo, transversal, realizado com amostra probabilística de mulheres grávidas usuárias de 12 Unidades Básicas de São Paulo (n=366), entre março e junho de 2013. O critério de inclusão foi estar em uma gravidez não planejada. No Stata 12.0, os dados foram analisados por meio de proporções. Resultados: Apesar de a maioria conhecer a anticoncepção de emergência (96,7%), apenas 9,8% usaram para prevenir a gravidez em curso. A principal razão para o não uso foi pensar que não iria engravidar (47,6%). Outras razões foram querer engravidar no futuro e não pensar/lembrar do método. Conclusões: Reconhecer as situações em que corre o risco de engravidar, saber como obter e usar o método e ter claras intenções reprodutivas podem aumentar o uso da anticoncepção de emergência quando indicada.

Biografia do Autor

Osmara Alves dos Santos, USP - São Paulo/SP

Doutoranda da Escola de Enfermagem da USP, São Paulo, Brasil.

Ana Luiza Vilela Borges, USP - São Paulo/SP

Professora Associada do Departamento de Enfermagem em Saúde Coletiva da Escola de Enfermagem da USP. São Paulo/SP, Brasil.

Christiane Borges do Nascimento Chofakian, USP - São Paulo/SP

Doutoranda da Escola de Enfermagem da USP, São Paulo/SP, Brasil.

Referências

Brasil. Ministério da Saúde. PNDS 2006. Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher. Relatório. Brasília: Ministério da Saúde; 2008.

Trussell J. Understanding contraceptive failure. Best Pract Res Clin Obstet Gynaecol. 2009; 23:199-209.

World Health Organization. Fact sheet N° 244. Emergency contraception. Geneva: WHO; 2012. [atualizado 2014 jul. 30]. Disponível em: http://www.who.int/

mediacentre/factsheets/fs244/en/.

Brasil. Ministério da Saúde. Direitos sexuais, direitos reprodutivos e métodos anticoncepcionais. Brasília: Ministério da Saúde; 2006.

Cheng L, Che Y, Gülmezoglu AM. Interventions for emergency contraception. Cochrane Database of Syst Rev. 2012; (8):1-110.

Meng CX, Gemzell-Danielsson K, Stephansson O, Kang JZ, Chen QF, Cheng LN. Emergency contraceptive use among 5677 women seeking abortion in Shanghai, China. Hum Reprod. 2009; 24(7):1612-8.

Moreau C, Bouyer J, Goulard H, Bajos N. The remaining barriers to the use of emergency contraception: perception of pregnancy risk by women undergoing induced abortions. Contraception. 2005; 71:202-7.

Rahman H, Khalda E, Kar S, Kharka L, Bhutia GP. Knowledge of, atitudes toward, and barriers to the practice of emergency contraception among women in Sikkim, India. Int J Gynaecol Obstet. 2013; 122:99-103.

Aksu H, Küçük M, Karaöz B, Unay V. Knowledge, practices, and barriers concerning the use of emergency contraception among women of reproductive age at a university hospital of Aydin, Turkey. Arch Gynecol Obstet. 2010; 282(3):285-92.

Nguyen BT, Zaller N. Male access to over-the-counter emergency contraception: a survey of acceptability and barriers in Providence, Rhode Island. Womens Health Issues. 2009; 19(6):365-72.

Tilahun FD, Assefa T, Belachew T. Predictors of emergency contraceptive use among regular female students at Adama University, Central Ethiopia. Pan Afr Med J. 2011; 7(16):1-14.

Figueiredo R, Bastos S, Telles JL. Perfil da distribuição da contracepção de emergência para adolescentes em municípios do estado de São Paulo. Journal of Human Growth and Development. 2012; 22(1):1-15.

Barrett G, Smith SC, Wellings K. Conceptualisation, development, and evaluation of a measure of unplanned pregnancy. J Epidemiol Community Health. 2004; 58:426-33.

Santos OA, Borges ALV, Chofakian CBN. Determinantes do não uso da anticoncepção de emergência entre mulheres com gravidez não planejada ou ambivalente. Rev Esc Enferm USP. 2014. 5(Esp). Prelo.

Frohwirth L, Moore AM, Maniaci R. Perceptions of susceptibility to pregnancy among U.S. women obtaining abortions. Soc Sci Med. 2013; 99:18-26.

Noé G, Croxatto HB, Salvatierra AM, Reyes V, Villarroel C, Muñoz C, et al. Contraceptive efficacy of emergency contraception with levonorgestrel given before or after ovulation. Contraception. 2011; 84: 486-92.

Zhang L, Chen J, Wang Y, Ren F, Yu W, Cheng L. Pregnancy outcome after levonorgestrel-only emergency contraception failure: a prospective cohort study. Hum Reprod. 2009; 24(7):1605-11.

Alano GM, Costa LN, Miranda LR, Galato D. Conhecimento, consumo e acesso à contracepção de emergência entre mulheres universitárias no sul do Estado de Santa Catarina. Cien Saude Colet. 2012; 17(9):2397-404.

Moreau C, Hall K, Trussell J, Barber J. Effect of prospectively measured pregnancy intentions on the consistency of contraceptive use among young women in Michigan. Hum. Reprod. 2012; 0(0):1-9.

Brasil. Ministério da Saúde. Protocolo para utilização do levonorgestrel. Brasília: Ministério da Saúde; 2012.

Downloads

Edição

Seção

Artigos Originais