PRAZER E SOFRIMENTO DE TRABALHADORES READAPTADOS APÓS ACIDENTE DO TRABALHO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18554/reas.v9i1.3883

Resumo

Objetivo:desvelar os sentimentos de prazer e sofrimento de trabalhadores readaptados após acidente do trabalho. Métodos:pesquisa qualitativa realizada com seis trabalhadores readaptados de uma universidade pública. Os dados foram coletados por entrevistas semiestruturadas, submetidos à análise de conteúdo e discutidos à luz da Psicodinâmica do Trabalho Dejouriana a partir das pré-categorias: sentimentos de prazer e de sofrimento dos trabalhadores readaptados após acidente do trabalho. Resultados: o prazer esteve relacionado ao apoio recebido por colegas de trabalho, ao reconhecimento das novas atividades desenvolvidas e de sua capacidade laboral. Já o sofrimento decorreu da desvalorização do trabalhador pela instituição, sobrecarga de trabalho, inadequação de funções e não aceitação das limitações por membros da equipe. Conclusões:conhecer relatos decorrentes dos processos de readaptação funcional devido aos acidentes do trabalho permite planejar ações de vigilância que promovam saúde e prazer no ambiente laboral.

Biografia do Autor

Érika Maria Izaias, Prefeitura Municipal de Nova Europa. Enfermeira. São Paulo - SP.

Enfermeira. Especialista em Gerência dos Serviços de Enfermagem. UEL-PR. Pós-graduada em Enfermagem do Trabalho pela UCAM ProMinas. Mestranda pelo Programa de Mestrado Profissional da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto - USP

Paloma de Souza Cavalcante Pissinati, Universidade Estadual de Londrina, Paraná.

Pós -Doutoranda. Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Universidade Estadual de Londrina (UEL) - PR.

Maria José Quina Galdino, Universidade Estadual do Norte do Paraná-PR.

Doutora em Enfermagem. Docente do Departamento de Enfermagem da Universidade Estadual do Norte do Paraná.

Maynara Fernanda Carvalho Barreto, Universidade Estadual de Londrina - PR.

Doutoranda em Enfermagem. Universidade Estadual de Londrina (UEL), PR.

Sonia Silva Marcon, Universidade Estadual de Maringá-PR.

Doutora em Enfermagem. Docente do Departamento de Enfermagem da Universidade Estadual de Maringá (UEM)-PR.

Maria do Carmo Fernandez Lourenço Haddad, Universidade Estadual de Londrina-PR.

Doutora em Enfermagem. Docente do Departamento de Enfermagem. Universidade Estadual de Londrina (UEL)-PR.

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Publicado

2020-08-07

Edição

Seção

Artigos Originais