PECULIARIDADES DA ATENÇÃO PSICOSSOCIAL À CRIANÇA E AO ADOLESCENTE VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18554/reas.v9i2.4143

Resumo

Objetivo: conhecer as dificuldades e facilidades enfrentadas pelos profissionais de um Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil no cuidado de crianças e adolescentes vítimas de violência. Método: estudo qualitativo realizado em um Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil no sul do Brasil, cujos dados foram coletados por meio de uma entrevista semiestruturada com 10 profissionais da equipe multidisciplinar e analisados por meio da análise temática. Resultados: as dificuldades enfrentadas pelos profissionais referem-se à violência intrafamiliar, à demora nos encaminhamentos e à falta de articulação da rede de proteção, vulnerabilidade social, enquanto as facilidades relacionam-se ao vínculo entre profissionais, vítimas e família. Conclusão: acredita-se que o estudo possa contribuir para (re)pensar estratégias de assistência na elaboração de protocolos para o reconhecimento e o encaminhamento dos casos de violência infantojuvenil, na articulação dos serviços que prestam assistência à criança e ao adolescente e no respaldo aos profissionais que trabalham com a questão.         

   Descritores: Criança; Adolescente; Serviços de saúde; Violência; Atenção à saúde.

Biografia do Autor

Jessica Stragliotto Bazzan, Universidade Federal de Pelotas. Professora substituta Faculdade de enfermagem Universidade Federal de Pelotas. Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil.

Enfermeira, Mestre em ciências pela Universidade Federal de Pelotas, Doutoranda no Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Pelotas. Pelotas, Brasil. Bolsista CAPES. Pelotas - Rio Grande do Sul Brasil. 

Manoela Souza da Silva, Hospital Santo Antonio, Blumenal, Santa Catarina, Brasil.

Enfermeira Hospital Santo Antonia Blumenal, Especialista em UTI Neonatal e Pediatrica pela Unyleya. Blumenal, Santa Catarina, Brasil.

Viviane Marten Milbrath, Universidade Federal de Pelotas. Docente na Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Pelotas. Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil.

Enfermeira. Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Docente na Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Pelotas. Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil.

Ruth Irmgard Bartschi Gabatz, Universidade Federal do Pelotas. Docente na Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Pelotas. Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil.

Enfermeira, Doutora em ciências pela Universidade Federal de Pelotas.Docente na Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Pelotas. Pelotasn Brasil.

Vera Lucia Freitag, Universidade de Cruz Alta. Professora do curso de enfermagem da Universidade de Cruz Alta. Cruz alta, Rio Grande do Sul, Brasil.

Enfermeira, Doutora em enfermagem Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Professora do curso de enfermagem da Universidade de Cruz Alta. Cruz alta, Rio Grande do Sul, Brasil.

Karine Lemos Maciel, Unidade de Terapia Intensiva Prdiatrica Hospital Santo Antonio, Blumenal, Santa Catarina, Brasil.

Enfermeira Universidade Federal de Pelotas. Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil.

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Publicado

2021-01-02

Edição

Seção

Artigos Originais