REGISTROS DA EQUIPE DE ENFERMAGEM COMO SUBSÍDIO À GESTÃO HOSPITALAR

Autores

  • Alexandra Bulgarelli do Nascimento Centro Universitário Senac - SP

DOI:

https://doi.org/10.18554/

Resumo

Analisar a ocorrência, no prontuário do paciente, do registro de indicadores clínicos (dor e sinais vitais) e de indicadores de funcionalidade (tipo de banho, via de alimentação e tipo de locomoção). Foram analisados 430 prontuários de pacientes egressos de dois hospitais públicos de São Paulo. Os resultados demonstraram a ausência de registro dos indicadores propostos em maior ou menor proporção; priorização do registro dos indicadores clínicos no momento da admissão em comparação à saída do paciente; e priorização do registro dos indicadores de funcionalidade em detrimento dos indicadores clínicos. A precariedade do registro nos prontuários dos pacientes sugere a necessidade de investimento em gestão de pessoas, gestão dos processos de trabalho e melhoria nas condições de trabalho. Esta situação limita a prática gerencial baseada em evidências, coloca em risco o exercício legal da profissão e o acompanhamento clínico do paciente, que, por sua vez, pode impactar negativamente na qualidade assistencial.

Biografia do Autor

Alexandra Bulgarelli do Nascimento, Centro Universitário Senac - SP

Enfermeira. Doutoranda pela Escola de Enfermagem da USP. Docente de Pós-Graduação, Graduação e Extensão do Centro Universitário Senac - SP.

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