HAGAMOS / VAMOS A HACER UN TRATO: VARIAÇÃO LINGUÍSTICA NA EXPRESSÃO DE PROPOSIÇÕES E INSTRUÇÕES NO ESPANHOL

Autores

  • Fernanda Silva Torres Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Leonardo Marcotulio Universidade Federal do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.18554/ri.v13i1.4736

Palavras-chave:

Imperativo, Futuro perifrástico, Variação linguística, Proposição, Instrução.

Resumo

A possibilidade de alternância entre a forma verbal imperativa e a perífrase de futuro flexionadas na primeira pessoa do plural em espanhol (hagamos e vamos a hacer, respectivamente) é fenômeno ainda pouco estudado e sua atestação na literatura (SEDANO, 1994; GÓMEZ TORREGO, 1999; MARTÍN, 2009), além de escassa, é restrita à sua observação para a expressão de um único valor, o exortativo. O tema parece, assim, não ter sido tratado com maior profundidade e nenhuma possível explicação para sua ocorrência foi levantada. Diante desta lacuna, este trabalho visa investigar a citada alternância entre as formas para a expressão da função comunicativa proposicional. Ademais, nesta investigação propomos o questionamento sobre a possibilidade de ocorrência do fenômeno para a expressão de outra função comunicativa: a instrucional, o que ainda não foi contemplado por nenhum estudo. Este trabalho, portanto, de orientação sociolinguística, tem natureza qualitativa e analítica e está pautado na revisão da literatura sobre o tema e na análise de dados selecionados de materiais audiovisuais de diferentes variedades do espanhol.

Biografia do Autor

Fernanda Silva Torres, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Mestre em Letras Neolatinas pelo Programa de Pós-Graduação em Letras Neolatinas da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ (Área: Estudos Linguísticos Neolatinos. Opção:  Língua Espanhola)

Leonardo Marcotulio, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Tem graduação em Português-Espanhol (2006), Mestrado em Língua Portuguesa (2008), Doutorado em Língua Portuguesa (2012) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e Pós-doutorado em Linguística Histórica (2015-2016) pela Universidade de Santiago de Compostela. É Professor do Departamento de Letras Vernáculas, e Professor Permanente dos Programas de Pós-graduação em Letras Vernáculas (PPGLEV) e Neolatinas (PPGLEN) da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Referências

ALARCOS LLORACH, Emílio. Gramática de la lengua española, Madrid, Espasa-Calpe, 1999, p. 150-154.

AUTOR. 2020

BELLO, Andres. Gramatica de la lengua castellana destinada al uso de los americanos. Caracas. La casa de Bello, 1995, p. 143-195.

BLAS ARROYO, Jose Luis. Sociolingüística del Español: desarrollos y perspectivas en el estudio de la lengua española en contexto social. Madrid: Cátedra, 2005.

DE CASTRO, Onireves Monteiro. Descrição e funcionalidade: o caso do gênero textual instrucional. Interdisciplinar: Edição Especial ABRALIN/SE, Itabaiana/SE, Ano VIII, v.17, jan./jun. 2013. Disponível em: <https://seer.ufs.br/index.php/interdisciplinar/article/view/1329>. Acesso em 01/02/2020.

FERNÁNDEZ DE CASTRO, Félix. Las perífrasis verbales en el español actual. Madrid,Gredos. 1999. Disponível em: < https://www.academia.edu/2305157/Las_per%C3%ADfrasis_verbales_en_espa%C3%B1ol_actual>. Acesso em 12/09/2020.

GARRIDO MEDINA, Joaquín. Los actos de habla. Las oraciones imperativas. In: BOSQUE, Ignacio(dir.); DEMONTE; Violeta (dir): Gramática descriptiva de la lengua española, Madrid, Espasa-Calpe,1999, p. 3879-3929.

GILI GAYA, Samuel. Curso superior de sintaxis española. Barcelona, Vox. 1961, p. 55- 142/165-166.

GÓMEZ TORREGO, Leonardo. Los verbos auxiliares. Las perífrasis verbales de infinitivo. In: BOSQUE, Ignacio(dir.); DEMONTE; Violeta (dir): Gramática descriptiva de la lengua española. Madrid, Espasa-Calpe,1999, p. 3223-3391.

GONZÁLEZ ARGÜELLO, María Vicenta. El imperativo y su presentación en los manuales de español como lengua extranjera para nível principiante. In: ¿Qué español enseñar?: norma y variación lingüisticas en la enseñanza del español a extranjeros: actas del XI Congreso Internacional ASELE, Zaragoza 13-16 de septiembre de 2000, ISBN 84-95480-34-4, p. 383-392. Disponível en: < El imperativo y su presentación en los manuales de español como lengua extranjera para nivel principiante>.Acesso em 17/01/2020.

GONZÁLEZ CALVO, José Manuel. Nueva consideración del imperativo. In: Anuario de estudios filológicos, ISSN 0210-8178, Vol. 3, 1980, p. 57-75. Disponível em: < https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=58469>. Acesso em 20/09/2019.

LABOV, W. Sociolinguistic patterns. Philadelphia. University of Pennsylvania, Press 11.ed. [1972]1991.

¬ _____. Where does the linguistic variable stop? A response to Beatriz Lavandera. Working Papers in Sociolinguistics, Philadelphia, v. 44, p. 1-22, 1978. Disponível em: <https://files.eric.ed.gov/fulltext/ED157378.pdf>. Acesso em: 22/02/2020.

LAVANDERA, B. Where does the sociolinguistic variable stop? In: Language in

Society, Great Britain, 1978, p. 171-182.

¬

MARTÍN, Ana Bravo. La perífrasis “ir a +infinitivo” en el sistema temporal y aspectual del español. Memorial para optar al grado de doctor. Madrid, 2009. Disponível em: <https://eprints.ucm.es/8074/>. Acesso em 20/09/2019.

MATTE BON, Francisco. Gramática Comunicativa del Español I: De la lengua a la idea. Madri: Edelsa, 2 v, 1992.

MATTE BON, Francisco. Maneras de hablar del futuro en español entre gramática y pragmática Futuro, ir a + infinitivo y presente de indicativo: análisis, usos y valor profundo. RedEl: revista electrónica de didáctica español lengua extranjera. Madrid, 2006, n. 6, febrero. Disponível em: <http://redined.mecd.gob.es/xmlui/handle/11162/72207> Acesso em 20/01/2020.

REAL ACADEMIA ESPAÑOLA. Esbozo de una nueva gramática de la lengua española, Madrid, Espasa-Calpe. 1973, p. 253-268 e 425-460.

SEDANO, Mercedes. El futuro morfológico y la expresión ir a + infinitivo en el español hablado de Venezuela. VERBA 21. Universidad Central de Venezuela. p. 225-240. 1994. Disponível em: <https://minerva.usc.es/xmlui/bitstream/handle/10347/3231/pg_227-242_verba21.pdf?sequence=1&isAllowed=y> Acesso em 02/12/2019.

SILVA-CORVALÁN, Carmen. Sociolingïística y pragmática del español. Washington: Georgetown University Press, 2001.

SILVESTRI, Adriana. El discurso instrucional. In: Discurso Instruccional – Enciclopedia Semiológica. Universidad de Buenos Aires, 1998, p. 14-17. Disponível em: <http://revistas.unife.edu.pe/index.php/educacion/article/download/1550/1559> Acesso em: 01/02/2020.

WEINREICH, Uriel; LABOV, William; HERZOG, Marvin. Fundamentos empíricos para uma teoria da mudança lingüística. Trad. de Marcos Bagno. São Paulo: Parábola Editorial, 2006 [1ª ed.: Empirical foundations for a theory of language change. In: LEHMANN, W. P.; MALKIEL, Y. (eds.). Directions for historical linguistics. Austin: University of Texas Press, 1968].

ZORRAQUINO, Maria Antonia Martin e LAZARO, Jose Portoles. Los marcadores del discurso. In: Bosque, I.; Demonte, V. (Orgs.). Gramática descriptiva de la lengua española: las construcciones sintácticas fundamentales, relaciones temporales, aspectuales y modales. Madrid, Espasa Calpe,1999. p. 4051-4057.

Downloads

Publicado

2020-11-19

Como Citar

TORRES, F. S.; MARCOTULIO, L. HAGAMOS / VAMOS A HACER UN TRATO: VARIAÇÃO LINGUÍSTICA NA EXPRESSÃO DE PROPOSIÇÕES E INSTRUÇÕES NO ESPANHOL. InterteXto, Uberaba, v. 13, n. 1, p. p. 09–32, 2020. DOI: 10.18554/ri.v13i1.4736. Disponível em: https://seer.uftm.edu.br/revistaeletronica/index.php/intertexto/article/view/4736. Acesso em: 18 abr. 2024.

Edição

Seção

ARTIGOS (Temática: "Perspectivas sociolinguísticas sobre a língua espanhola”)