Utilização da biomassa de uva como biossorvente na remoção de metais pesados de águas residuais

Autores

  • Larissa Fernanda Finazzi da Costa UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL (UERGS)
  • Daiana Maffessoni UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL (UERGS)

DOI:

https://doi.org/10.18554/rbcti.v4i2.3710

Palavras-chave:

Uva, Biossorção, Remoção

Resumo

Em 2018, na região da Serra Gaucha foram produzidos cerca de 132,6 milhões de quilos de resíduos sólidos provenientes das atividades da viticultura e que poderiam ser utilizados como matéria prima para o processo de biossorção de metais. O objetivo do presente trabalho foi avaliar o potencial da biomassa de uva como biossorvente na remoção de metais bem como as melhores condições de operações dos parâmetros estudados. A primeira etapa foi o pré- tratamento na qual o engaço e bagaço foram lavados separadamente, secos e triturados. A segunda etapa foi a determinação da melhor composição entre bagaço e engaço foram testados diferentes composições para a remoção de cobre pela técnica de espectrofometria, dentre os melhores resultados optou-se por trabalhar com a proporção 50/50. A determinação do ponto de carga zero foi realizada utilizando soluções de ácido clorídrico e hidróxido de sódio e o resultado foi de 5,9. Nos ensaios de otimização da biossorção utilizou-se solução de CuSO4 e analisou-se o tempo de agitação e pH ideal. Os tempos de agitação analisados foram 30 a 90 minutos e para pH ideial foram testados no intervalo 2 a 12. Os dados de equilibrio surgerem que a adsorção seja em monocamadas, melhor representado pelo modelo de Langmuir,sendo a capacidade máxima de biossorção de 10.000 mg g-1. Tais resultados demonstram que a aplicação da biomassa da uva como biosservente é uma um técnica de 72% de grau de eficiência para a remoção de cobre.

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Publicado

2019-09-30

Como Citar

Finazzi da Costa, L. F., & Maffessoni, D. (2019). Utilização da biomassa de uva como biossorvente na remoção de metais pesados de águas residuais. Revista Brasileira De Ciência, Tecnologia E Inovação, 4(2), 157–168. https://doi.org/10.18554/rbcti.v4i2.3710