O Método Canguru como um veículo para o empoderamento materno

Autores

  • Tâniélyn Tuan Testoni
  • Luana Cláudia dos Passos Aires

DOI:

https://doi.org/10.18554/refacs.v6i0.2957

Palavras-chave:

Método canguru, Recém-nascido, Relações mãe-filho, Enfermagem neonatal, Unidades de terapia intensiva neonatal

Resumo

Estudo descritivo com abordagem qualitativa, com o objetivo de conhecer as percepções da mulher/mãe sobre a sua participação no Método Canguru, em uma maternidade pública no município de Joinville – SC. Foram entrevistadas nove mães que participaram de alguma das três etapas descritas pelo Método Canguru, no período de junho a novembro de 2017. Foi utilizada a Análise de Conteúdo Temática, sob a ótica do Referencial Teórico das Políticas Públicas de Saúde. Os resultados destacam o Método Canguru como uma tecnologia que concretiza a realização do sonho de ser mãe, a partir do empoderamento materno, permeando as principais fortalezas e fragilidades decorrentes do inesperado nascimento de um filho pré-termo. Considerando a importância do Método Canguru para o desempenho da maternidade, é necessário que a equipe de saúde acolha as mães como protagonistas no processo de internação de seu filho, minimizando efeitos negativos.


Biografia do Autor

Tâniélyn Tuan Testoni

Enfermeira. Especialista em Saúde Materno-Infantil pela Maternidade Darcy Vargas e Faculdade IELUSC. Joinville – SC, Brasil. 

Luana Cláudia dos Passos Aires

Enfermeira. Especialista em Enfermagem Neonatal. Mestre em Enfermagem. Doutoranda em Enfermagem pelo Programa de Pós Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina (PEN/UFSC). Membro do Grupo de Pesquisa em Enfermagem na Saúde da Mulher e do Recém-nascido (GRUPESMUR/UFSC). Professora assistente da faculdade IELUSC. Joinville – SC, Brasil. 

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Publicado

2018-08-13

Como Citar

Testoni, T. T., & dos Passos Aires, L. C. (2018). O Método Canguru como um veículo para o empoderamento materno. Revista Família, Ciclos De Vida E Saúde No Contexto Social, 6, 611–619. https://doi.org/10.18554/refacs.v6i0.2957

Edição

Seção

Artigos originais