Significado da morte de pacientes para os profissionais de saúde em unidade de terapia intensiva

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18554/refacs.v7i4.3671

Palavras-chave:

Morte, Pessoal de saúde, Atitude frente à morte, Unidade de terapia intensiva

Resumo

Esta é uma pesquisa descritiva e exploratória com abordagem qualitativa, realizada em 2017 e, que teve como objetivo descrever e analisar o significado da morte de pacientes para os profissionais de saúde que atuam na Unidade de Terapia Intensiva, realizado num hospital do interior de Minas Gerais. Os dados foram coletados por meio de roteiro semiestruturado e submetido à análise de conteúdo temática. Emergiram as categorias: “Significado da morte dos pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva Adulto”; “Emoções despertadas nos profissionais de saúde frente ao processo de morte de seus pacientes”; e, “Fatores dificultadores enfrentados pelos profissionais de saúde ao lidaram com a morte de seus pacientes”. Verificou-se que é relevante a gestão de equipes vinculadas a esta Unidade de Terapia Intensiva pesquisada se atentar para oferta de suporte psíquico e educação em serviço relacionada aos cuidados paliativos/finitude de vida aos seus profissionais de saúde.

Biografia do Autor

Laura Andrade Martins, Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba/MG, Brasil.

Graduanda em Enfermagem pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba/MG, Brasil.

José Henrique da Silva Cunha, Programa de Pós Graduação em Atenção à Saúde pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba/MG, Brasil.

Terapeuta Ocupacional. Acupunturista. Especialista em Saúde do Adulto na modalidade Residência Multiprofissional. Mestre em Atenção à Saúde pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba/MG, Brasil.

Lúcia Aparecida Ferreira, Universidade Federal do Triângulo Mineiro/Curso de Graduação em Enfermagem

Mestre em Enfermagem Psiquiátrica. Doutora em Enfermagem. Professora Associada da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba/MG, Brasil.

Heloísa Cristina Figueiredo Frizzo, Curso de Terapia Ocupacional da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba/MG, Brasil.

Especialista em Administração Hospitalar. Especialista em Acupuntura. Especialista em Informação em Saúde. Mestre em Ciência Médicas: Saúde Mental. Doutora em Ciências. Pós-Doutorado em Ciências, Tecnologia e Sociedade. Professora Adjunta do curso de Terapia Ocupacional da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba/MG, Brasil.

Ludmila Borges de Castro Prata Carvalho, Programa de Pós Graduação em Atenção à Saúde pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro.

Enfermeira. Cursando Pós-Graduação Latu Sensu em Atenção ao paciente crítico: urgência, emergência e UTI pela UNINTER. Mestranda em Atenção à Saúde pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde.  Uberaba/MG, Brasil.

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Publicado

2019-10-07

Como Citar

Martins, L. A., Cunha, J. H. da S., Ferreira, L. A., Frizzo, H. C. F., & Carvalho, L. B. de C. P. (2019). Significado da morte de pacientes para os profissionais de saúde em unidade de terapia intensiva. Revista Família, Ciclos De Vida E Saúde No Contexto Social, 7(4), 448–457. https://doi.org/10.18554/refacs.v7i4.3671

Edição

Seção

Artigos originais