Capacidade para o trabalho, fatores ocupacionais e socioeconômicos de mulheres economicamente ativas

Autores

  • Patricia Ribeiro Marcacine Programa de Pós-Graduação em Atenção à Saúde (PPGAS) pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM)
  • Sybelle de Souza Castro Departamento de Saúde Coletiva e do PPGAS da UFTM
  • Marilita Falangola Accioly Curso de Graduação em Fisioterapia e do Programa de Pós Graduação em Fisioterapia (PPGF) da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM)/Universidade Federal de Uberlândia (UFU)
  • Jéssica Carvalho Lima UFTM/UFU // Programa de Pós Graduação em Fisioterapia (PPGF)
  • Juliana Martins Pinto UFTM/curso de Graduação em Fisioterapia
  • Isabel Aparecida Porcatti de Walsh UFTM/curso de Graduação em Fisioterapia

DOI:

https://doi.org/10.18554/refacs.v8i2.4524

Palavras-chave:

Trabalho, Mulheres trabalhadoras, Avaliação da capacidade de trabalho.

Resumo

O objetivo deste estudo foi avaliar a capacidade para o trabalho e verificar a influência das características sociodemográficas e ocupacionais em mulheres economicamente ativas. Trata-se de um estudo transversal, com mulheres trabalhadoras na cidade de Uberaba-MG, em 2014. Na avaliação da capacidade para o trabalho utilizou-se o Índice Capacidade para o Trabalho. A idade das participantes variou de 18 a 82 (42,70±13,74) anos. Destaca-se que 21,20% das mulheres apresentaram ótima capacidade para o trabalho, 32,3% boa, 19,3% moderada e 4,10% baixa. As mulheres que se declararam chefes de família, que usavam medicamentos, as mais velhas e as que já se afastaram do trabalho apresentaram capacidade significativamente menores. Ainda, quanto maior a renda mensal individual, melhor foi esta. A avaliação e acompanhamento por meio do Índice de Capacidade pata o Trabalho pode subsidiar as ações de regulação das relações entre trabalho e saúde, e complementar os exames dos programas de saúde ocupacional.

Biografia do Autor

Patricia Ribeiro Marcacine, Programa de Pós-Graduação em Atenção à Saúde (PPGAS) pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM)

Fisioterapeuta. Especialista em Fisioterapia Musculo Esquelética. Mestre em Atenção à Saúde. Doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Atenção à Saúde (PPGAS) pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM)

Sybelle de Souza Castro, Departamento de Saúde Coletiva e do PPGAS da UFTM

Enfermeira. Mestre em Ciências da Saúde. Doutora em Enfermagem em Saúde Pública. Pós Doutora em Saúde da Comunidade. Professora Associada do Departamento de Saúde Coletiva e do PPGAS da UFTM

Marilita Falangola Accioly, Curso de Graduação em Fisioterapia e do Programa de Pós Graduação em Fisioterapia (PPGF) da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM)/Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

Fisioterapeuta. Especialista em Clínica Fisioterapêutica. Mestre em Educação Física. Mestre e e Pós Doutora em Ciências da Saúde. Professora Associada do curso de Graduação em Fisioterapia e do Programa de Pós Graduação em Fisioterapia (PPGF) da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM)/Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

Jéssica Carvalho Lima, UFTM/UFU // Programa de Pós Graduação em Fisioterapia (PPGF)

Fisioterapeuta. Mestranda do Programa de Pós Graduação em Fisioterapia (PPGF) da UFTM/UFU

Juliana Martins Pinto, UFTM/curso de Graduação em Fisioterapia

Fisioterapeuta. Especialista em Gerontologia. Mestre e Doutora em Gerontologia. Pós Doutora em Fisioterapia e Epidemiologia do Envelhecimento. Professora do curso de Graduação em Fisioterapia na UFTM

Isabel Aparecida Porcatti de Walsh, UFTM/curso de Graduação em Fisioterapia

Fisioterapeuta. Especialista em Saúde Pública. Mestre em Engenharia de Produção. Doutora em Fisioterapia. Professora Associada do curso de Graduação em Fisioterapia da UFTM e do PPGF da UFTM/UFU

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Publicado

2020-06-15

Como Citar

Marcacine, P. R., Castro, S. de S., Accioly, M. F., Lima, J. C., Pinto, J. M., & Walsh, I. A. P. de. (2020). Capacidade para o trabalho, fatores ocupacionais e socioeconômicos de mulheres economicamente ativas. Revista Família, Ciclos De Vida E Saúde No Contexto Social, 8(2), 189–199. https://doi.org/10.18554/refacs.v8i2.4524