“Me conhecendo em alemão”: um estudo de caso da avaliação enquanto reflexão docente

Autores

  • Ana Clara Neves Silveira Universidade de São Paulo (USP)
  • Alice Pellegrini Vasconcelos Universidade de São Paulo http://orcid.org/0000-0001-5878-378X
  • Mariana de Lima Feitosa Universidade São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.18554/ifd.v7i4.5037

Palavras-chave:

Ensino de alemão como língua estrangeira, Estágio, Licenciatura, Formação, Avaliação, Reflexão

Resumo

O artigo tem como objetivo compartilhar três grandes reflexões nascidas durante nosso último estágio da Licenciatura em Letras - Alemão na Universidade de São Paulo (USP), no segundo semestre de 2019, sendo elas: 1) Como fizemos a avaliação durante todo o percurso considerando seus diferentes formatos?; 2) Qual foi a importância da (auto-)observação durante nosso processo de formação?; e 3) Quão relevante foi trabalhar considerando os conhecimentos linguísticos dos alunos/as, de modo a não corroborar para um ensino de viés monolíngue? Ao longo do artigo apresentamos e discutimos as atividades realizadas por nós no minicurso, que tiveram como foco a troca e compartilhamento constantes de afetos e experiências, guiaram os macro e micro planejamentos do curso e foram a base estrutural das aulas. Para responder aos questionamentos, lançamos mão, principalmente, dos conceitos de avaliação propostos por Régnier (1999) e de (auto-)observação ampliado por Mattos (2002). Dos resultados obtidos, destacamos a produção escrita e oral dos alunos/as, em alemão, de uma pequena autobiografia, da qual resultou uma espécie de anuário da turma. Procuramos pensar nas questões linguísticas de uma forma progressiva, priorizando seus interesses e afetos, e aspectos comunicativos e culturais da Língua e Cultura alemãs em São Paulo trazidos por nós e, principalmente, pelos alunos/as, sempre a “desestrangeirizar” o alemão para eles.

Biografia do Autor

Ana Clara Neves Silveira, Universidade de São Paulo (USP)

Graduada em Letras Português-Alemão (Bacharelado e Licenciatura) na Universidade de São Paulo (USP). Pesquisadora e consultora na área de formação de professores e ensino-aprendizagem de Línguas Estrangeiras, especificamente do Português e do Alemão. Atualmente é assistente da Associação Paulista de Professores (APPA).

Alice Pellegrini Vasconcelos, Universidade de São Paulo

Professora de alemão no Expert Migration Program da DEKRA Brasil Ltda. e pesquisadora na área de ensino de alemão como língua estrangeira. Formada em Letras - Português/Alemão (Bacharelado e Licenciatura) pela Universidade de São Paulo (USP).

Mariana de Lima Feitosa, Universidade São Paulo

Graduada em Letras Português-Alemão (Bacharelado e Licenciatura) na Universidade de São Paulo (USP). Mestranda pela Universidade de São Paulo, com pesquisa na área de Consultoria de Aprendizagem de línguas estrangeiras e alemão como segunda língua estrangeira após inglês para estudantes brasileiros. Trabalha como secretária de cursos e exames no Goethe-Institut São Paulo. 

Referências

FEUSP. CEPEL: Minicursos de Línguas Estrangeiras. Disponível em: <http://www4.fe.usp.br/cepel/minicursos>. Acesso em: 23 jul. 2020.

LUCENA, M. I. P. . Avaliação no Ensino de Línguas e contemporaneidade: em busca de

uma re-significação. In: VII Congresso Brasileiro de Linguística Aplicada, 2004, São Paulo. Anais do VII Congresso Brasileiro de Linguística Aplicada/ Linguística e contemporaneidade, 2004.

MATTOS, Andréa Machado de Almeida. O Professor no Espelho: conscientização e mudança pela auto-observação. Rev. bras. linguist. apl., Belo Horizonte, v. 2, n. 1, 2002.

MOITA LOPES, L. P. Oficina de Lingüística Aplicada. Campinas: Mercado das Letras, 1996.

PAIVA, Vera Lucia Menezes de Oliveira e. Modelo monitor, hipótese do input ou da compreensão. In: Aquisição de segunda língua, São Paulo: Parábola, 2014, p. 27-33.

RÉGNIER, Jean-Claude. A auto-avaliação na prática pedagógica. Revista Diálogo Educacional. 1999.

RICHARDS, J. C. & LOCKHART, C. Reflective teaching in second language classrooms. New York: Cambridge University Press, 1994.

SANTO, Diogo Oliveira do Espírito; SANTOS, Kelly Barros. A invenção do monolinguismo no Brasil: por uma orientação translíngue em aulas de “línguas”. Calidoscópio, v. 16, n. 1, p. 152 - 162, jan/abr 2018, Unisinos.

VAZ FERREIRA, M.; MARQUES-SCHÄFER, G. A consultoria individual e o diário de

aprendizagem como instrumentos para o desenvolvimento de autonomia no contexto de ensino de alemão como língua estrangeira. Pandaemonium Germanicum, v.19, n. 28. 2016, p. 101- 123.

WALLACE, M. J. Training foreign language teachers: a reflective approach. Glasgow: Cambridge University Press, 1991.

Downloads

Publicado

2021-01-25

Edição

Seção

Lições do expresso do oriente: metodologias de ensino de línguas não-hegemônicas no Brasil