Políticas linguísticas indígenas no Brasil: uma breve revisão

Autores

  • Wesley Pinto Hoffmann Universidade de Passo Fundo (UPF)
  • Raquel Aparecida Loss Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT).
  • Sumaya Ferreira Guedes Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT)

DOI:

https://doi.org/10.18554/ifd.v8i2.5131

Palavras-chave:

políticas linguísticas, línguas indígenas, educação indígena.

Resumo

O Brasil é considerado um país multicultural e multilíngue, dada a formação social composta por diversas culturas, entretanto, o espaço dedicado ao estudo e promoção das línguas indígenas ainda é incipiente. Neste estudo, após uma breve revisão sobre os conceitos de planejamento e políticas linguísticas, abordaremos as questões contemporâneas das políticas linguísticas e educacionais no contexto brasileiro, como o caso do ensino multilíngue, bem como os documentos que norteiam o ensino no Brasil. O objetivo deste artigo é apresentar uma breve revisão sobre as políticas públicas que envolvem o ensino de línguas indígenas no Brasil. A pesquisa enquadra-se como qualitativa, quanto à abordagem, e bibliográfica e documental, quanto aos procedimentos. Utilizamos como aporte teórico as noções de Cooper (1989), acerca das concepções de políticas linguísticas; Seki (2000), sobre os estudos e linguísticos indígenas, e as colaborações de Cunha (2008) sobre as políticas públicas para indígenas no panorama brasileiro. Consideramos os índios como os principais mobilizadores de ações envolvendo seus povos, seja em relação às políticas linguísticas, e ao ensino, em uma perspectiva geral, ou em relação a qualquer mobilização política e ideológica de interesse das comunidades indígenas, nesse sentido, a legislação atual ainda precisa avançar para garantir a proteção e manutenção dos direitos linguísticos dos indígenas.

Biografia do Autor

Wesley Pinto Hoffmann, Universidade de Passo Fundo (UPF)

Acadêmico do Curso de Letras na Universidade de Passo Fundo (UPF).

Raquel Aparecida Loss, Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT).

Professora do Curso de Engenharia de Alimentos na Universidade do Estado de Mato Grosso, campus Barra do Bugres/MT.

Sumaya Ferreira Guedes, Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT)

Professora do Curso de Mestrado em Educação e Engenharia de Alimentos na Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT).

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Publicado

2021-08-02

Edição

Seção

A educação de povos originários (indígenas), africanos e afrodescendentes no Brasil.