Analisando as influências das proposições da OCDE nas políticas educacionais nacionais

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18554/rt.v13i3.5071

Palavras-chave:

Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômicos (OCDE). Políticas Educacionais. Pesquisas brasileiras.

Resumo

Este artigo, derivado de um estudo teórico de uma tese, finalizada em 2020, busca apresentar uma investigação de natureza bibliográfica cujo objetivo consiste em apreender se, e como, as pesquisas produzidas por pesquisadores brasileiros desvelam as possíveis influências nas políticas educacionais brasileiras das proposições da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Para tanto, baseia-se na Perspectiva Histórico-Cultural, que considera o ser humano um sujeito histórico, social e político. Os aspectos revelados se articularam em três categorias: 1) Apresentação de ideias e dados estatísticos; 2) Análise e avaliação das políticas educacionais, com enfoque na qualidade de ensino; 3) Análise e avaliação das políticas educacionais, com enfoque na formação de professores. Os resultados evidenciaram a influência das proposições dos OM, como a OCDE nas políticas educacionais brasileiras, assim, ao organizar os seus programas e plano, estas pautam-se na qualidade da educação que corroboram com os interesses do mercado, mas que não corroboram com uma educação escolar que permita, de fato, o cumprimento do direito de todos à educação como apropriação do conhecimento desenvolvido pela humanidade.

Biografia do Autor

Susimeire Vivien Rosotti de Andrade, Universidade Estadual do Paraná (UNIOESTE), campus Foz do Iguaçu, Paraná.

Licenciada em Matemática pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE (2001), Mestre em Educação para a Ciência e a Matemática pela UniversidadeEstadual de Maringá - UEM (2012) e Doutora em Educação Matemática pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul - UFMS (2020). Foi professora da Rede Estadual deEnsino, vinculada ao Núcleo regional de Educação de Foz do Iguaçu/PR, e da Rede Municipal de Ensino. Atualmente é Professora da Área de Educação Matemática, doCentro de Engenharias e Ciências Exatas-Campus Foz do Iguaçu da UNIOESTE, do curso de Licenciatura em Matemática no qual, sou membro do colegiado e coordenadorado Estágio Supervisionado obrigatório do curso. Atua em ações de extensão voltadas a formação de professores de matemática sendo coordenadora do Programa deextensão integrando os alunos do curso em Licenciatura em Matemática à comunidade. Tem experiência na área de Educação, com destaque em Educação Matemática,atuando principalmente nos seguintes temas: Educação Matemática nos Anos Finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio, Processos de ensino-aprendizagem-desenvolvimento, Trabalho docente, Formação de professores de matemática e Políticas educacionais. Participante do FOPECIM/ UNIOESTE e FORMEM/UFMS comopesquisadora. Membro da Sociedade Brasileira de Educação Matemática-SBEM e da Associação Nacional de Pós-Graduação em Educação-ANPED

Patricia Sandalo Pereira, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul : Campo Grande , MS , BR

Possui graduação em Ciências Habilitação Plena Em Matemática pela Universidade Federal de Uberlândia (1985), mestrado em Educação Matemática (1997) e doutorado em Educação Matemática (2005) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP - Rio Claro. Atualmente é Diretora do Instituto de Matemática, Docente do curso de Licenciatura em Matemática e do Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática e Docente do Doutorado em Ensino de Ciências da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática da UFMS (2011/2013). Chefe do Departamento de Matemática da UFMS (2009/2010). Avaliadora CAPES de Projetos PIBID (2013). Editora-Chefe do Periódico Perspectivas da Educação Matemática da UFMS (2010-2013).Revisora e membro do corpo editorial de inúmeros periódicos.Coordenadora do Projeto CNPq Estado da arte das pesquisas em educação Matemática que tratam da formação de professores produzidas nos Programas de Pós-Graduação das regiões norte, nordeste e centro-oeste no Brasil a partir de 2005 (2011-2013). Coordenadora do projeto em rede Trabalho colaborativo com professores que ensinam Matemática na Educação Básica em escolas públicas das regiões Nordeste e Centro-Oeste, financiado pelo Programa Observatório da Educação - CAPES na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS (Instituição sede) (2013-2016). Colaboradora do Projeto Universal CNPq Mapeamento e estado da arte da pesquisa brasileira sobre o professor que ensina Matemática (2013-2016). Coordenadora adjunta do Grupo de Trabalho Formação de Professores que ensinam Matemática (GT 7) da Sociedade Brasileira de Educação Matemática (2015-2018). Membro do GT7 - Formação de professores que ensinam Matemática da SBEM. Líder do Grupo de Pesquisa FORMEM - Formação e Educação Matemática. Atualmente desenvolve estudos e pesquisas na área de Educação Matemática e Ensino de Ciências com base nos princípios do Materialismo Histórico Dialético e da Pesquisa Colaborativa, atuando principalmente com Formação de Professores (formação inicial, formação continuada e desenvolvimento profissional).

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Publicado

2020-12-17

Como Citar

ROSOTTI DE ANDRADE, S. V.; SANDALO PEREIRA, P. Analisando as influências das proposições da OCDE nas políticas educacionais nacionais. Revista Triângulo, Uberaba - MG, v. 13, n. 3, p. 169–189, 2020. DOI: 10.18554/rt.v13i3.5071. Disponível em: https://seer.uftm.edu.br/revistaeletronica/index.php/revistatriangulo/article/view/5071. Acesso em: 25 abr. 2024.