A RETÓRICA DO OBJETO ARTÍSTICO: INTERTEXTUALIDADE E FIGURAS NA OBRA DE CILDO MEIRELES

Autores

  • Fabiola Gonçalves Giraldi Universidade de Franca

DOI:

https://doi.org/10.18554/rs.v6i1.1294

Resumo

Quando vida e obra não mais se separam, a arte passa a não mais “nascer” das mãos, mas, principalmente, da mente do artista, que se sente à vontade para, inclusive, se apropriar de qualquer objeto mundano. Objetos cotidianos são inseridos no circuito da Arte e os conceitos dessas apropriações passam a ser argumentos. O verbo torna-se parte constituinte do objeto artístico, definindo-o, contestando-o, valorizando-o. Nesse contexto, situa-se o artista Cildo Meireles, cujos ready-mades, diferentes dos duchampianos, não saem do coloquial para os lugares da arte, e sim leva o pensamento artístico para a circulação cotidiana. Compreender essas propostas do ponto de vista da argumentação é o objetivo principal deste trabalho, que tem como objeto de estudo a obra Inserções em Circuitos Ideológicos: Projeto Coca-Cola, de Meireles. Nossa proposta é desvelar estratégias argumentativas como meio empregado pelo orador (o artista) para angariar a atenção e a adesão de seu auditório à sua visão crítica e engajada sobre o papel da arte e o contexto sócio-político em que ela se insere. A presente pesquisa fundamentar-se-á nas exposições de Barthes (1990) acerca da retórica da imagem, nos pressupostos teóricos da Argumentação e Retórica, expostos por Aristóteles, Reboul (2004), Meyer (2007), Luiz Antônio Ferreira (2010) e Fiorin (2014) e em noções advindas da Linguística Textual com contribuições de Koch e Cavalcante (2008).

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Publicado

2017-06-30

Como Citar

Giraldi, F. G. (2017). A RETÓRICA DO OBJETO ARTÍSTICO: INTERTEXTUALIDADE E FIGURAS NA OBRA DE CILDO MEIRELES. Revista Do Sell, 6(1). https://doi.org/10.18554/rs.v6i1.1294

Seção

Artigos