A escrita epistolográfica de Clarice Lispector e a importância do gênero epistolar para os estudos literários

Autores

  • Luciana Aparecida Silva Universidade Federal de Uberlândia

DOI:

https://doi.org/10.18554/rs.v6i2.1338

Resumo

Clarice Lispector residiu muitos anos no exterior, em diversos países: Suíça, Estados Unidos, Itália e Inglaterra, em razão do casamento com o diplomata brasileiro Maury Gurgel Valente. Por esse motivo, utilizou as missivas como a principal forma de manter contato com amigos e familiares e para tratar dos mais variados assuntos. As correspondências da autora estão publicadas em três livros: Cartas perto do coração (2000) - engloba as cartas trocadas entre a autora e o escritor Fernando Sabino; Correspondências (2002) - cujos interlocutores eram familiares, amigos, intelectuais, artistas e escritores; e Minhas queridas (2007), obra que reúne a vasta correspondência entre as irmãs Tania, Elisa e Clarice Lispector. Nas missivas trocadas entre a autora e seus interlocutores são tratados os mais diversos assuntos: momentos banais do cotidiano, literatura, arte, política, etc. Além disso, podemos notar que Lispector deixa transparecer aspectos que nos auxiliam na tentativa de desvendar a subjetividade da intrigante escritora que desempenhou vários papéis (mãe, mulher, escritora, amiga, irmã, etc) e utilizou várias "máscaras" ao longo da vida, pois "Escolher a própria máscara é o primeiro gesto voluntário humano. E solitário”. 

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Publicado

2017-06-30

Como Citar

Silva, L. A. (2017). A escrita epistolográfica de Clarice Lispector e a importância do gênero epistolar para os estudos literários. Revista Do Sell, 6(2). https://doi.org/10.18554/rs.v6i2.1338