Anais do Congresso Brasileiro da Associação Brasileira de Fisioterapia Traumato-Ortopédica - ABRAFITO https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito Anais do Congresso Brasileiro da Associação Brasileira de Fisioterapia Traumato-Ortopédica - ABRAFITO pt-BR Autores do manuscrito deverão preencher e assinar a Declaração de Responsabilidades e Transferência de Direitos Autorais, que deverá ser anexada, pelo autor responsável pela submissão, no passo 4 do processo de submissão no sistema da revista (Clicar na opção “Browse”, selecionar o arquivo que deve ser inserido no formato pdf, clicar no botão “Transferir”, no campo “Título” digitar: Declaração de responsabilidades, depois clicar no botão “Salvar e Continuar” e prosseguir com o processo de submissão). luciane.fernandes@uftm.edu.br (Drª Luciane Fernanda Rodrigues Martinho Fernandes) luciane.fernandes@uftm.edu.br (Luciane Fernanda Rodrigues Martinho Fernandes) Wed, 08 Jan 2025 17:58:44 -0300 OJS 3.3.0.8 http://blogs.law.harvard.edu/tech/rss 60 DOR LOMBAR INCAPACITANTE EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES: UM ESTUDO COMPARATIVO https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2484 <p>Introdução: A dor lombar (DL) está entre as dez principais causas de incapacidade em crianças e adolescentes. O aumento da frequência de DL pode impactar negativamente em seu dia a dia e estar relacionado com absenteísmo escolar. No entanto, a DL incapacitante nesta faixa etária ainda é pouco explorada, especialmente sob a perspectiva biopsicossocial para o manejo da dor. Objetivos: Caracterizar a DL incapacitante em crianças e adolescentes, e comparar as características biofísicas, psicológicas e sociais daqueles com e sem DL incapacitante. Métodos: Delineamento transversal. Participaram estudantes de 08 a 18 anos em escolas públicas. Avaliamos a DL incapacitante pelo Presence and Impact of Pain in Kids (PIP-Kids) questionnaire modificado. Avaliamos também intensidade de dor, quantidade de locais dolorosos, percepção quanto ao peso da mochila, presença de sintomas psicossomáticos, prática de atividade esportiva, tempo de uso de dispositivos eletrônicos, presença de distúrbios do sono. Também investigamos a concordância entre responsáveis e crianças sobre a presença de dor. Análises descritivas e comparativas foram realizadas entre variáveis independentes biofísicas, psicológicas, sociais e de estilo de vida de grupos de estudantes com e sem DL incapacitante. Resultados: Foram incluídos 777 estudantes, com mediana da idade de 13 anos (08-18), dos quais 59 (7.6%) apresentaram DL incapacitante. Destes, mais da metade eram do sexo feminino (61%), sendo a mediana de intensidade de dor de 6 em 10 pontos (0-10). Os participantes com DL incapacitante apresentavam maior intensidade de dor (diferença média = -1.00, IC95%:-2.0 até -1.0) e mais locais dolorosos que aqueles sem dor (diferença média = -0.91, IC95%: -1.12 até -0.70); as medidas clínicas sintomas psicossomáticos e distúrbios do sono apresentaram maior pontuação para o grupo DL incapacitante (diferença média = -2.99, IC95%: -4.0 até -2.0; diferença média = -0.08, IC95% -0.13 até -0.003, respectivamente). Perceber o peso da mochila como muito pesada foi mais frequente para o grupo com DL incapacitante (36.4%) do que para aqueles sem DL incapacitante (16.4%) Quanto à concordância sobre os relatos de dor, foi menor para o grupo de DL incapacitante, com frequências de 37.3% versus 93.9%, respectivamente (IC95%: 0.008 até 0.035, p&lt;0.001). Conclusão: Crianças e adolescentes com DL incapacitante apresentavam piores resultados quanto às variáveis biofísicas, psicológicas e sociais em comparação com aqueles que não tinham a queixa. Estudos futuros devem investigar as variáveis associadas a DL incapacitante, bem como investigar por medidas de prevenção, educação e incentivo à manutenção das atividades cotidianas sem restrições para esta população.</p> TUYRA FRANCISCA CASTRO E SILVA, ANA CARLA LIMA NUNES, TIÊ PARMA YAMATO, FABIANNA RESENDE DE JESUS MORALEIDA Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2484 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 ASSOCIAÇÃO ENTRE O NÍVEL DE DEPRESSÃO E TEMPO DE DIAGNÓSTICO EM PACIENTES COM LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2516 <p><strong>Introdução:</strong>&nbsp;O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), doença autoimune multissistêmica crônica sem causa específica delineada, acomete principalmente mulheres jovens. Entre pacientes com LES, a depressão é um sintoma prevalente que pode estar presente em decorrência dos impactos psicossociais da doença crônica, dos efeitos colaterais da corticoterapia, ou como uma manifestação por alterações no sistema nervoso.A Depressão quando associada ao LES se mostra mais prevalente se comparada com indivíduos que não possuem a doença, o nível de depressão pode estar ligado ao tempo de diagnóstico do LES. Objetivos: Investigar a relação entre o tempo de diagnóstico de pacientes com LES e o nível de depressão do paciente entrevistado pelo questionário PHQ-9.&nbsp;<strong>Métodos:</strong>&nbsp;Trata-se de um estudo observacional descritivo e abordagem quantitativa, aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal do Amapá (parecer nº. 3.287.635), realizado entre 2021 e 2022 com pacientes diagnosticados com LES ligados à Associação de amigos e pessoas com Lúpus no Amapá (AAPLAP), foram entrevistadas 40 pacientes mulheres. O nível de depressão foi avaliado por meio do questionário Patient Health Questionnaire-9 (PHQ-9) validado e utilizado para rastreio de depressão, como 1.sem depressão (0-4 pontos), 2.depressão leve (5-9 pontos), 3.depressão moderada (10-14 pontos), 4.depressão moderadamente grave (15-19 pontos) e 5.depressão grave (20-25 pontos). A análise dos dados foi realizada através do software JAMOVI versão 2.3.13. As variáveis numéricas foram analisadas a partir da média e desvio padrão. O teste Shapiro-Wilk foi utilizado para avaliar a normalidade e teste de Kruskal-Wallis para associação de valores.&nbsp;<strong>Resultados:</strong>&nbsp;As participantes apresentaram média 40,5 anos de idade com prevalência de ensino médio e superior, entre os participantes, 31 (77,5%) não apresentaram diagnóstico médico de depressão, e 9 (22,5%) eram diagnosticados. Entre as não diagnosticadas identificou-se por meio do PHQ-9, 12 pacientes sem depressão, 6 com depressão leve, 13 com depressão moderada, 6 com depressão moderadamente grave e 3 com depressão grave. Entre as diagnosticadas, 1 paciente com depressão leve, 5 pacientes com depressão moderada, 2 pacientes com depressão moderadamente grave e 1 paciente com depressão grave. A média de tempo de diagnóstico do LES foi para depressão leve de 11,7 anos, depressão moderada de 10,2 anos, depressão moderadamente grave de 7,2 anos e depressão grave de 6,3 anos. Apresentando uma associação significativa entre a depressão moderada e o tempo de diagnóstico menor que 8 anos (p=0,01) em pacientes sem diagnóstico de depressão.&nbsp;<strong>Considerações finais:&nbsp;</strong>Depressão e sintomas neuropsiquiátricos estão associados a um pior prognóstico para pacientes com LES. Os resultados desse estudo mostram a importância do rastreio de depressão na população com LES para encaminhamento e tratamento adequado por profissionais especializados principalmente nas fases iniciais dos sintomas.</p> PEDRO HUSSAY DE SOUSA SANTOS, ADRIA DE CARVALHO TABOSA, LUMA CAMILLY DOS SANTOS BARROSO, ANDRÉ ALONSO CARDENAS CELIS, HELAINY DIAS, NATALIA CAMARGO RODRIGUES IOSIMUTA, JÚLIA LEITE DE SOUZA, GABRIELA FÔRO MARINHO CARVALHO Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2516 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 EQUILÍBRIO SAGITAL DE ADOLESCENTES COM ESCOLIOSE IDIOPÁTICA ( EIA) PÓS EXERCÍCIOS ESPECÍFICOS DE ESCOLIOSE https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2415 <p>Introdução: A Escoliose Idiopática do Adolescente (EIA) representa uma das deformidades, angulares, da coluna vertebral, em crianças e adolescentes, e afeta aproximadamente 12% das adolescentes entre 10 a 18 anos. É caracterizada por curva tridimensional com possibilidade de progressão durante o crescimento. Tal deformidade produz limitação de amplitude de movimento, dificuldade funcional e dependendo da curva, dificuldade para função respiratória. Apesar do alinhamento da coluna vertebral ter sido, por anos, avaliado apenas no plano coronal, destaca-se a importância das alterações e avaliação no plano sagital. A autocorreção, definida como a capacidade de deter e reduzir a deformidade espinhal através da postura ativa do paciente ao realizar o realinhamento da coluna vertebral, é considerada como a principal estratégia em fisioterapia para a escoliose.&nbsp;Objetivo: avaliar os efeitos de um protocolo de exercícios específicos de auto correção, no equilíbrio sagital de adolescentes com escoliose idiopática conduzidos no modelo de telereabilitação.&nbsp;Métodos: estudo longitudinal com cinco adolescentes, voluntárias, acompanhadas em um serviço de coluna, de hospital público, com TCLE assinado pelos responsáveis e aprovação no Comitê de Ética local. O protocolo de intervenção foi aplicado no período de 8 semanas com um atendimento semanal de 40 minutos com o uso de exercícios específicos de auto correção respiração e estabilização. A avaliação foi realizada antes e ao término de 8 semanas de intervenção fisioterapêutica, por telereabilitação. Os desfechos avaliados foram o ângulo de Cobb e o equilíbrio sagital: incidência pélvica, inclinação sacral e balanço pélvico.&nbsp;Resultados: houve diferença estatisticamente significativa a favor da avaliação final dos desfechos, com atenção para análise do “d de Cohen” da magnitude do efeito, da proposta, o qual foi possível quantificar efeitos de baixa magnitude para a mudança do ângulo de Cobb, e efeito de moderada e grande magnitude para realinhamento dos três ângulos do equilíbrio sagital.&nbsp;Conclusão: Houve retardo na progressão na curva e aquisição de alinhamento para o equilíbrio sagital em adolescentes com escoliose idiopática adolescente, com o uso de exercícios específicos de auto correção guiados por telereabilitação representando uma estratégia efetiva de intervenção para profissionais no enfrentamento da EIA.</p> JULIA PEREIRA MONROE, LETICIA SILVA DE PAULA, ANDERSON ALVES DIAS, ANDRÉA LICRE PESSINA GASPARINI Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2415 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 PREVALÊNCIA DA DOR NO OMBRO EM PESSOAS COM DIABETES MELLITUS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2450 <p>Introdução: A Diabetes Mellitus (DM) é uma doença metabólica crônica que afeta grande parte da população mundial e que pode ocasionar comorbidades em diversos sistemas, incluindo o musculoesquelético. O complexo do ombro parece ser bastante afetado nestas pessoas, principalmente pela capsulite adesiva (ou ombro congelado), condição bastante incapacitante que pode levar a limitações de movimento e atividades, assim como comprometer a qualidade de vidas. Objetivo: Identificar a prevalência da dor no ombro em pessoas com DM. Métodos: Foi realizada uma revisão sistemática da literatura (PROSPERO CRD42020168397) com buscas nas bases PubMed/Medline, Embase, Bireme, CINAHL, LILACS, e Web of Science, em abril de 2023, utilizando os descritores “shoulder”, “shoulder pain”, “rotator cuff”, “rotator cuff injuries”, “shoulder impingement syndrome” ou “shoulder injuries” associados (“AND”) a “diabetes mellitus” ou “diabetes mellitus type 1”. Foram incluídos estudos observacionais que avaliaram a prevalência ou incidência de dor no ombro em homens e mulheres com mais de 18 anos, com DM tipo 1 ou 2. Estudos que incluíram pessoas com pré-diabetes, diabetes gestacional, osteoartrite ou quadros pós-operatórios do ombro foram excluídos. As buscas e cada etapa da seleção (títulos, resumos e textos completos) foram realizadas por consenso entre 2 revisores independentes e os conflitos foram solucionados por um terceiro revisor. Os dados extraídos dos estudos incluídos foram sintetizados e analisados de forma descritiva pelos softwares Microsoft® Excel e IBM® SPSS. Resultados: A busca resultou em 768 estudos nas bases e 76 nas listas de referências. Após a remoção das duplicatas (262 estudos), 582 títulos foram avaliados, dos quais 48 foram incluídos na revisão. De um total de 246403 pessoas com DM e 242742 controles, a prevalência média (%) da dor no ombro em pessoas com DM foi de 21,63 ± 2,23 (IC 95% 17,1 – 26,1; min - máx 1,2 – 76,0) enquanto na população controle foi de 5,98 ± 1,45 (IC 95% 3,0 – 9,0; min – máx 0,0 – 26,0). Do total de 48 estudos, 39 avaliaram especificamente a prevalência da capsulite adesiva e a prevalência média (%) nas pessoas com DM foi de 19,74 ± 2,19 (IC 95% 15,3 – 24,2; min – máx 0,7 – 76,0) e para os controles foi de 5,24 ± 1,68 (IC 95% 1,5 – 9,0; min – máx 0,5 – 18,0). Conclusão: Os achados desta revisão apontam para uma maior prevalência da dor no ombro na população com DM em relação à população sem DM, o que reforça a necessidade de melhor compreensão sobre os fatores relacionados à dor no ombro em pessoas com DM e futuras investigações sobre as melhores estratégias de intervenções específicas para essa população. No entanto, a grande variabilidade nos índices de prevalências sugere atenção à qualidade metodológica dos estudos primários. Essa pesquisa contou com o apoio da FAPESP (processo nº 2021/01771-7).</p> JULIA KORTSTEE FERREIRA, MELINA NEVOEIRO HAIK, LARISSA PECHINCHA RIBEIRO, JEAN DE PAULA FERREIRA, ISABEL DE CAMARGO NEVES SACCO, TANIA DE FATIMA SALVINI, PAULA REZENDE CAMARGO Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2450 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 EFEITOS DE UMA FORMULAÇÃO COM ÓLEO DE PIQUI NA FUNCIONALIDADE EM MULHERES COM OSTEOARTRITE DE JOELHO: ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2499 <p><strong>Introdução:</strong>&nbsp;A osteoartrite (OA) do joelho é uma das principais causas de dor e inabilidade locomotora no mundo, caracterizada pelo desgaste progressivo das estruturas anatômicas e sintomas como rigidez articular, edema e crepitação. Nesse contexto, novas propostas terapêuticas estão sendo estudadas para melhorar a qualidade de vida dos indivíduos, entre eles, os fitoterápicos, como o óleo de piqui.&nbsp;<strong>Objetivo:</strong>&nbsp;Avaliar os efeitos do uso tópico do Óleo de Piqui na funcionalidade de mulheres com OA.&nbsp;<strong>Métodos:</strong>&nbsp;Realizou-se um ensaio clínico randomizado, com distribuição aleatória, duplo cego, envolvendo 23 mulheres diagnosticadas com OA de joelho, do Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe (HU), com faixa etária entre 40 e 60 anos. Elas foram distribuídas em 4 grupos (G1: Grupo Fisioterapia, realizou 16 sessões, 2 vezes na semana, compostas por um protocolo de exercícios físicos; G2: Grupo Terapia Combinada, formado pela associação do protocolo de exercícios e a formulação de óleo de piqui; G3: Grupo Medicamento, utilizou diariamente um spray com óleo de piqui; G4: Grupo Placebo, usou diariamente uma formulação sem piqui), e foram acompanhadas durante 2 meses. Avaliou-se pré e pós-tratamento a funcionalidade através da Fleximetria, Dinamometria, teste Timed Up and Go (TUG), Teste de Caminhada de 6 minutos (TC6), do Questionário Western Ontario and McMaster Universities Osteoarthritis Index (WOMAC) e Lysholm Knee Scoring Scale (LYSHOLM). O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisas com Seres Humanos da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e sob número CAAE: 63784022.9.0000.5546. Para análise estatística definiu-se nível de significância de p&lt;0,05 (5%). Os dados foram analisados no software Bioestat 5.4 e, apo?s o teste de normalidade (<em>Shapiro-Wilk</em>), foi realizado o teste ANOVA (TwoWay) com Post Hoc de Bonferroni.&nbsp;<strong>Resultados:</strong>&nbsp;Nos dados WOMAC, apenas no parâmetro rigidez houve interação significativa entre os fatores (F1, 18=3,898; p=0,026), porém a análise em separado não foi significativa. Na Lysholm, o G1 apresentou médias mais altas após a intervenção (p = 0,002) e não houve resultados significativos na dinamometria. Na fleximetria, houve diferença apenas no G3 comparado com o antes (p = 0,005). No TC6, as médias dos grupos G2 e G1 foram maiores que a média do G4 (placebo) e no TUG, as médias dos grupos G2 e G1 foram menores que a média do placebo.&nbsp;<strong>Conclusão:</strong>&nbsp;Observou-se que a aplicação tópica do Óleo de Piqui pode ser uma alternativa benéfica para o tratamento da osteoartrite de joelho em mulheres.</p> LETÍCIA VITÓRIA VIEIRA DE CARVALHO, VICTOR AUGUSTO BARRETO MONTEIRO, ERIKA THATYANA NASCIMENTO SANTANA, LUCINDO JOSÉ QUINTANS JÚNIOR, WALDERI MONTEIRO DA SILVA JÚNIOR Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2499 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 Pilates na reabilitação pós prótese de quadril recapeamento https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2531 <p>Estudo de caso realizado como trabalho de conclusão do programa Pilates Mentor Programam de Lolita San Miguel, a única dicípula certificada por Joseph Pilates. Artrose é um termo genérico utilizado para determinar o desgaste de uma articulação. Sendo assim, a artrose de quadril, ou também conhecida como coxartrose, osteoartrose de quadril ou artrose coxofemoral é uma patologia articular crônica, inflamatória e degenerativa, caracterizada pelo desgaste progressivo da cartilagem articular (cartilagem hialina) seguindo de exposição e lesão do osso subcondral da articulação do quadril. A degeneração e, consequente, perda da função da cartilagem ocasiona atrito direto entre os ossos da articulação, por esta porção dos ossos ser altamente inervada, a progressão da doença geralmente vem acompanhada de dores com capacidade de reduzir a funcionalidade e independência do indivíduo. Esse estudo de caso envolve um homem de 45 anos com artrose em estado avançado em quadril esquerdo, com diminuição significativa de espaço articular fêmuro acetabula, professor de capoeira com 20 anos de profissão que apresentava dor a mais ou menos 5 anos, com marcha claudicante e com historico familiar de artrose de quadril. Em 2009 abandonou a profissão e somente realisou a cirugia de colocação da prótese Resurfacing em março de 2012 em serviço médico particular, iniciando o processo de reabilitação no ambiente de pilates em maio de 2012. Foram realizados 2 atendimentos semanais com duração de 50 minutos cada, por um periode de 12 meses. Durante os atendimentos foram utilizados exercícios de pré pilates e exercícios de Mat Pilates básico, intermediário e avançado, e pilates nos equipamentos contêmporanio da marca Physio Pilates, utilizando clinical Reformer, Cadilac e Combo Chair. O paciente foi submetido a avaliação postural com registro de foto, teste de força, teste de alongamento com o banco de well e goniometria de quadril antes e após a reabilitação. O pilates se mostrou uma ferramenta eficáz no tratamento pós operatório de protese total de quadril, com melhora da força, com ganho da ADM, equilíbrio, melhora da seguraça do paciente, e retorno a pratica de capoeira.</p> FLÁVIA LIMA DE ALMEIDA Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2531 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 ADAPTAÇÕES PARA A TELERREABILITAÇÃO DOS FISIOTERAPEUTAS MUSCULOESQUELÉTICOS NO BRASIL: UM ESTUDO QUALITATIVO https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2397 <p>Estudos mostram que os benefícios da telerreabilitação são similares aos de um atendimento presencial, como melhora da função e da dor do paciente e contribuindo na educação do paciente. O teleatendimento é muito utilizado na reabilitação de pacientes em condições traumato-ortopédicas porém devemos considerar que uma das principais ferramentas do fisioterapeuta está relacionada a questões do toque, partindo desse ponto não sabemos como o fisioterapeuta brasileiro se adaptou a questões que haviam necessidade de contato físico. Assim, o objetivo deste estudo foi entender as adaptações realizadas pelos fisioterapeutas para os atendimentos remotos e identificar suas percepções sobre a telerreabilitação. Foi realizado um estudo qualitativo, com entrevistas semi-estruturadas sobre os temas: 1.Percepções gerais; 2.Pontos positivos e negativos; 3.Avaliação física; 4.Recursos analgésicos; 5.Prescrição de exercícios e 6. Critérios de alta. As entrevistas foram realizadas de maneira online e os participantes entrevistados deveriam ter realizado tratamento fisioterapêutico de maneira remota com pelo menos 10 pacientes e atender pacientes da área musculoesquelética e/ou esportiva. As entrevistas foram transcritas e foi utilizado o método de análise de conteúdo para analisar os resultados da pesquisa. Foram entrevistados 7 fisioterapeutas com duração média de 30 minutos. Dentro dos resultados, a percepção geral sobre o teleatendimento foi positiva, sendo as mais apontadas a otimização de tempo para o paciente e terapeuta, maior possibilidade do alcance e facilidade geográfica para realizar o atendimento. Apesar de uma das maiores dificuldades citadas ter sido a impossibilidade de realizar a terapia manual como recurso, os fisioterapeutas relataram utilizar outras opções de técnicas analgésicas como termoterapia, automobilização, autoliberação e exercícios aeróbicos, conseguindo atingir desfechos semelhantes ao presencial. Com relação a avaliação, prescrição de exercícios e alta, não foram apontadas dificuldades relevantes e nem grandes alterações, apenas adaptações pontuais, mantendo muito semelhante do que no atendimento presencial. Os fisioterapeutas acreditam que o modelo do teleatendimento ajuda na auto-eficácia, auto-manejo e independência do paciente. Eles citam utilizar muito da sua criatividade e da comunicação efetiva na telerreabilitação. Apesar de todas as dificuldades e adaptações necessárias, eles relataram que o atendimento online não mudou o desfecho dos atendimentos. O atendimento híbrido foi dito como um modelo ideal de tratamento para ser implementado em sua rotina clínica para alguns pacientes. Assim, concluímos que embora existam desafios no uso do teleatendimento, as adaptações realizadas pelos fisioterapeutas musculoesqueléticos nessa modalidade foi percebida como uma alternativa viável e eficaz de tratamento, permitindo a ampliação do alcance dos serviços e a otimização do tempo tanto do paciente quanto do profissional.</p> ANA CAROLINA TACCOLINI MANZONI, LEANDRO FUKUSAWA, BRUNO TIROTTI SARAGIOTTO, DIEGO GALACE DE FREITAS Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2397 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 PERFIL DE SAÚDE GERAL DOS FISIOTERAPEUTAS QUE TRABALHAM COM TERAPIA MANUAL EM SERGIPE https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2430 <p>Introdução:&nbsp;As situações de estresse vividas em ambiente laboral podem levar à manifestação de sintomas físicos, emocionais, intelectuais e comportamentais, os quais favorecem uma diminuição do bem-estar e saúde do indivíduo, com consequências para as próprias organizações. E, no caso dos fisioterapeutas, as suas atividades envolvem normalmente variadas exigências físicas e psicológicas passíveis de contribuir para estados de estresse relacionados com o trabalho.&nbsp;Objetivo:&nbsp;Analisar o perfil de saúde geral dos fisioterapeutas de Sergipe que atuam com as terapias manuais.&nbsp;Métodos:&nbsp;Trata-se de um estudo observacional descritivo, de corte transversal com abordagem quantitativa e qualitativa e por conveniência, que foi realizado em todo o estado de Sergipe. Foram incluídos todos os indivíduos que fossem brasileiros(as), graduados em Fisioterapia, registrados no Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 17ª Região – CREFITO-17 e que estivessem na faixa etária de 18 a 59 anos. Foi realizada a aplicação de forma virtual do Questionário de Saúde Geral - 12 (QSG-12) para todos os indivíduos incluídos no estudo. O QSG-12 é amplamente utilizado para o rastreamento de transtornos mentais comuns e gerais não limitados a doenças específicas, no qual, as pontuações individuais são somadas, dando uma pontuação total de 0 a 12. Uma pontuação QSG-12 ? 4 é considerada para refletir a saúde mental ruim.&nbsp;Resultados:&nbsp;A grande parte dos profissionais entrevistados obtiveram valores pontuados abaixo do corte de ? 4 pontos, sendo o equivalente a 64% da amostra total, configurando um bom estado de saúde mental. Um pequeno grupo de entrevistados obteve valores acima desse ponto de corte (36%), sendo indicados para refletir sobre a saúde mental ruim.&nbsp;Conclusão:&nbsp;Apesar de a maioria dos profissionais apresentarem um estado de boa saúde geral, faz-se necessário mais estudos que identifiquem quais fatores são responsáveis pela parcela menor apresentar um nível de saúde ruim e sua correlação com a atuação desses profissionais na terapia manual.</p> BEATRIZ OLIVEIRA SANTANA, KAIC DOS SANTOS NASCIMENTO, DIEGO SILVA GÓIS, JOHNATAN WESLLEY ARAÚJO CRUZ, LEONARDO YUNG DOS SANTOS MACIEL, MARCELA RALIN DE CARVALHO DÉDA COSTA Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2430 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 “TUDO COMEÇA PELA ESCUTA”. RELAÇÃO DE FISIOTERAPEUTAS COM A EQUIPE E PACIENTES COM FIBROMIALGIA: ESTUDO QUALITATIVO https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2465 <p><strong>Introdução:</strong>&nbsp;Fibromialgia (FM) é uma síndrome reconhecida como distúrbio de dor crônica primária. Apesar da abordagem biopsicossocial centrada no paciente, profissionais ainda possuem crenças substancialmente biomédicas que influenciam no raciocínio clínico, impactando nas informações fornecidas aos pacientes. A relação entre os profissionais de saúde e os destinatários dos cuidados é uma das chaves para o sucesso terapêutico.&nbsp;<strong>Objetivos:</strong>&nbsp;I) Geral: avaliar experiências sobre relação terapeuta/paciente e com a equipe multidisciplinar. II) Específicos: a) investigar dificuldades, facilidades e estratégias na comunicação e interação com a equipe multidisciplinar; b) compreender dificuldades, facilidades e estratégias na relação terapeuta/paciente.&nbsp;<strong>Métodos:</strong>&nbsp;Estudo qualitativo baseado nos&nbsp;<em>checklists Consolidated Criteria for Reporting Qualitative Research e Standards for Reporting Qualitative Research.</em>&nbsp;Foram realizadas entrevistas por webconferência com duração média de 60 minutos. Integralmente, a entrevista contém um roteiro estruturado com 43 perguntas, selecionadas para este estudo 2 seções e 7 perguntas. Para confiabilidade da entrevista, teste piloto e análise de consultoria foram realizados. Participante, entrevistador e observador participaram da entrevista e as notas de campo foram registradas. A análise de conteúdo e codificação foram feitas no software MAXQDA 22, utilizando o método de triangulação dos dados para aumentar a confiabilidade e credibilidade da análise.&nbsp;<strong>Resultados:</strong>&nbsp;Foram avaliados 27 fisioterapeutas. Foram identificadas cinco subcategorias na análise de dados. As barreiras na relação com a equipe multidisciplinar envolveram comunicação e acessibilidade dos profissionais, limitação do próprio fisioterapeuta e ambiente de trabalho. As facilidades observadas envolveram suporte de recursos de meios de comunicação. As indicações para relação entre os profissionais foram capacitação dos profissionais, melhora da comunicação e valorização de toda equipe. Estratégias como reuniões, uso de meios de comunicação e relatórios foram descritos. A relação terapeuta/paciente foi descrita como positiva, envolvendo fatores como escuta ativa e qualificada, vínculo terapêutico com relação aberta e confiante. As dificuldades foram conhecimento e habilidade de comunicação do profissional, crenças do paciente, ajuste de expectativas e níveis sociais. As facilidades foram contato próximo com paciente, evolução clínica, confiança e educação do paciente. As estratégias para relação terapeuta/paciente foram comunicação, educação, escuta ativa, humanização e acolhimento.&nbsp;<strong>Conclusão:&nbsp;</strong>Fisioterapeutas enfrentam barreiras comunicativas com a equipe multidisciplinar utilizando recursos comunicativos para facilitar a acessibilidade profissional. Habilidades profissionais e habilidades humanas foram identificadas para a construção da relação terapeuta/paciente.</p> IZABEL CRYSTINA MOTA GOIS, FRANCIELLY AZEVEDO DA SILVA, MILENA DE JESUS DA SILVA, MONIQUE OLIVEIRA DOS SANTOS, JOSIMARI MELO DE SANTANA Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2465 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 Correlação entre sensibilização central e auto-eficácia em indivíduos com dor persistente https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2482 <p>Introdução: Muitas das condições clínicas que evoluem cronicamente baseiam-se na hipótese de alterações nos sistemas de modulação central da dor, classificadas como mecanismos nociplásticos, onde a sensibilização central (SC) é um componente importante. É de amplo conhecimento científico que aspectos emocionais estão diretamente relacionados com as evoluções positivas ou negativas de um indivíduo dentro de um programa de reabilitação, entretanto, não se conhece como isso se processa e ainda são poucos os estudos dentro da fisioterapia que se ocupam da investigação dos aspectos emocionais na dor crônica. A fisioterapia convencional tem se mostrado ineficaz na abordagem completa desse indivíduo especialmente com relação à redução da intensidade da dor e melhora funcional. A literatura atual tem sugerido que sejam adicionadas intervenções que levem em conta aspectos psicossociais e emocionais do indivíduo ao tratamento. Dor é um fenômeno extremamente subjetivo, individual e complexo e compreender melhor suas correlações com estados emocionais e comportamentais pode contribuir para melhorar a abordagem a esse paciente, aprimorar aspectos da avaliação e melhorar os resultados dos tratamentos e a manutenção dos mesmos. Objetivos: Correlacionar os índices de auto-eficácia, onde o indivíduo avalia o nível de confiança que deposita em sua capacidade em realizar atividades mesmo com dor, com a sensibilização central, um outro índice emocional/comportamental em uma população que sofre com dor persistente. Métodos: Foram avaliados 13 voluntários de ambos os sexos, entre 18 e 60 anos, que sofrem com dor persistente e que responderam ao Inventário de Sensibilização Central (CSI) e o questionário de auto-eficácia sobre a dor (<em>Pain self-efficacy questionnaire – PSEQ10</em>). A normalidade dos dados foi verificada pelo teste de Kolmogorov-Smirnov e utilizado o coeficiente de correlação de Pearson para análise, sendo considerado nível de significância de 5%. Para descrever a correlação, tomou-se como base o valor absoluto do coeficiente como forte (0,5 ? r &lt; 1), moderado (0,3 &lt; r &lt; 0,5) ou fraco (r&lt; 0,3). Resultados: A análise estatística revelou uma correlação inversa entre sensibilização central e auto-eficácia (r = -0,48). Conclusão: Foi observada uma correlação negativa e moderada entre sensibilização central e índices de auto-eficácia. Piores índices de auto-eficácia parecem estar diretamente relacionados a maiores escores de sensibilização central.</p> JULIA MARIA DOS SANTO, ANA THAYSA DE PAULO, CAUANE PEREIRA MELO, LILIAN RAMIRO FELICIO Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2482 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 PERFIL CLÍNICO E FUNCIONAL DE INDIVÍDUOS COM FRATURAS EM MEMBROS SUPERIORES INTERNADOS NA ENFERMARIA DO HOSPITAL OTÁVIO DE FREITAS: ESTUDO TRANSVERSAL https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2514 <p>Introdução: Sabe-se que o membro superior tem diversas funções e detalhes biomecânicos podendo ser dividido em suas articulações principais: complexo do ombro, cotovelo, antebraço, punho e mão. Os traumas ortopédicos se destacam dentre as patologias que acometem os membros superiores, podendo interferir na sua função. Entre as consequências que os traumas podem causar estão: dor, redução da mobilidade, fraqueza muscular, instabilidades, podendo acarretar sequelas permanentes e baixa funcionalidade no pós-operatório imediato e tardio Objetivos: Caracterizar o perfil clínico e funcional de indivíduos com fraturas em membros superiores internados na enfermaria do Hospital Otávio de Freitas (HOF). Métodos: Estudo observacional, descritivo, analítico do tipo transversal, realizado na Enfermaria de Traumato-ortopedia do HOF. Foi utilizado um questionário para identificação de dados sócio demográficos, de avaliação da capacidade funcional, atividade e participação através do questionário do Disabilities of the Arm (DASH), Shoulder and Hand and, Patient-Rated Wrist Evaluation (PRWE) e de funcionalidade e independência com a Escala Katz. Resultados: A maior parte dos pacientes com fraturas foram do sexo masculino (n=16, 84,2%), profissionais autônomos (n=4, 21,1%) em sua maioria com renda familiar de 1 salário mínimo (n=12, 63,2%). As fraturas da mão foram as mais comuns (n=12,66,7%) e a causa acidente de trabalho (n=8, 42,1%). A queixa principal relatada foi de dor (n=9, 60%) e a impossibilidade de retorno ao trabalho foi a queixa funcional mais referida (n=7, 41,2%). As funções de membros superiores (49,12±21,14) e incapacidade dos punhos para as atividades de vida diária (49,31±20,69) demonstraram considerável comprometimento. Enquanto que funcionalidade e independência (1,42±1,26) qualitativamente interpretado como muito dependente. Conclusão: O perfil clinico e funcional de indivíduos com fraturas de membros superiores internados na enfermaria do HOF caracteriza-se pela maior ocorrência de indivíduos do sexo masculino, com fraturas em regiões anatômicas da mão. A maioria dos traumas ocorridos devido a acidentes de trabalho, levando a dor e redução da capacidade funcional, assim, comprometendo o retorno para o trabalho e a capacidade funcional do membro superior, sobretudo aquelas relacionadas ao segmento distal.</p> VICTOR FRANKLYN DE OLIVEIRA, EMILLIE BIANCA SILVA DO CARMO, CARMEM LÚCIA CARNEIRO LEÃO, JULIANA FERNANDES DE SOUZA BARBOSA, RENATO DE SOUZA MELO, ANA PAULA DE LIMA FERREIRA Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2514 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 EDUCAÇÃO EM DOR EM PACIENTES COM LOMBALGIA E SENSIBILIZAÇÃO CENTRAL: UM ESTUDO PILOTO https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2413 <p>Introdução: A dor lombar crônica (DLC) e? a doenc?a musculoesquele?tica mais comum globalmente, ale?m de ser a principal causa de inatividade e um dos principais problemas de saúde pública em todo mundo pela limitac?a?o, absentei?smo e alta demanda me?dica. Parte da populac?a?o com DLC pode apresentar sintomas desproporcionais, como hiperalgesia, sintomas soma?ticos e psicossociais por meio da hiperexcitabilidade e consequente sensibilizac?a?o central, o que ser somado a? catastrofizac?a?o da dor e ter efeito potencializador para dor. Para o tratamento, as diretrizes recomendam a terapia ativa por meio de exerci?cios, o que pode ser associado à educac?a?o em neurocie?ncia da dor, que isolada tem demostrado bons resultados na reduc?a?o da intensidade da dor por meio da modulação da dor e crenças negativas sobre o movimento. Portanto, é proposto que essa abordagem pode melhorar a dor e func?a?o, sendo, dessa forma, o objetivo do estudo avaliar o efeito de um programa de educac?a?o em dor associado a? terapia com exerci?cios na agilidade e mobilidade em pacientes que tenham DLC inespeci?fica com e sem sensibilizac?a?o central, na intensidade da dor, incapacidade, cinesiofobia, catastrofizac?a?o, percepc?a?o de melhora, ni?vel de atividade fi?sica. Objetivo:<em>&nbsp;</em>Avaliar o efeito de um programa de educac?a?o em dor associado a? terapia com exerci?cios em pacientes que tenham dor lombar cro?nica inespeci?fica com e sem sensibilizac?a?o central. Métodos:<strong>&nbsp;</strong>Trata-se de um ensaio cli?nico controlado aleatorizado, em que os pacientes foram alocados em dois grupos: pacientes com DLC inespeci?fica sem sensibilizac?a?o central (G1) ou pacientes com dor lombar cro?nica inespeci?fica com sensibilizac?a?o (G2). Apo?s avaliac?a?o pre?via da intensidade da dor, percepc?a?o de melhora, incapacidade, cinesiofobia e agilidade os pacientes receberam o tratamento durante 5 semanas, totalizando 10 sesso?es. Resultados<em>: Dentre 52 indivíduos elegíveis, foram avaliados e incluídos 34 pacientes. Destes, 21 foram alocados para G1 e 10 realizaram a avaliação final, enquanto 13 pacientes foram alocados para G2, e 9 realizaram a avaliação final.</em><em>&nbsp;</em>Não houve diferenc?as entre os grupos, mas na comparac?a?o intragrupo percebeu-se melhora da mobilidade (p=0,005) e dor (p=0,005) e reduc?a?o da incapacidade (p=0,036) e cinesiofobia (p=0,012) para o G1. Para o G2 houve melhora da mobilidade (p=0,012), da dor (p=0,012) e reduc?a?o da incapacidade (p=0,018). O ni?vel de atividade fi?sica foi diferente apenas para o grupo com sensibilizac?a?o central (p=0,034). Conclusa?o:<em>&nbsp;</em>Conclui-se que, um programa de educac?a?o em dor combinado com exerci?cios e? bene?fico para melhora da funcionalidade fi?sica, dor, reduc?a?o da incapacidade e cinesiofobia para o G1, enquanto, para o G2 houve melhora do ni?vel de atividade fi?sica, mobilidade, dor e reduc?a?o da incapacidade. Por fim, esperamos que esse estudo contribua para a implantac?a?o de programas e protocolos de atendimento mais eficazes.</p> VICTOR AUGUSTO BARRETO MONTEIRO, VIVIANE NASCIMENTO BRANDÃO LIMA, JADER PEREIRA DE FARIAS NETO, ANA VERENA ALVES CALMON ALMEIDA, WALDERI MONTEIRO DA SILVA JÚNIOR Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2413 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 DOR, LIMITAÇÃO FUNCIONAL E SINTOMAS DEPRESSIVOS NA FIBROMIALGIA JUVENIL https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2448 <p><strong>Introdução:&nbsp;</strong>A dor musculoesquelética é o principal sintoma da fibromialgia juvenil (FMJ), síndrome crônica que afeta, principalmente, meninas na faixa etária de 11 a 15 anos. Fadiga constante e distúrbio do sono podem estar presentes e contribuir para o sofrimento emocional. Os sintomas podem comprometer negativamente a execução de atividades de esporte e lazer, atividades diárias e a participação escolar.&nbsp;<strong>Objetivo:</strong>&nbsp;Avaliar a intensidade e a frequência de dor, incapacidade funcional e sintomas depressivos em crianças e adolescentes com FMJ.&nbsp;<strong>Métodos:</strong>&nbsp;Realizou-se um estudo transversal, descritivo, como parte de um estudo maior de viabilidade, baseado na diretriz Strengthening the Reporting of Observational studies in Epidemiology (STROBE). Foram incluídas crianças e adolescentes com idade entre 8 e 18 anos com diagnóstico de FMJ. A coleta ocorreu de maio de 2022 a abril de 2023, por meio de aplicação de questionários validados, através de videoconferência. Coletou-se a intensidade média da dor na última semana pela escala numérica da dor; frequência da dor na última semana; limitação para atividades de esporte e lazer, de vida diária e participação escolar devido a dor; e sintomas depressivos pelo inventário de depressão Infantil (CDI). Os dados obtidos foram submetidos à análise exploratória descritiva por meio do programa estatístico BioEstat5.0 e resultados expressos em média, desvio padrão e percentual (%).&nbsp;<strong>Resultados:</strong>&nbsp;A amostra foi constituída por 12 participantes. A maioria (9/12) era do sexo feminino, com média de idade 14 ± 2,7 anos. Os resultados referentes à intensidade de dor mostraram que 6 (50%) participantes classificaram a dor como moderada e 6 (50%) como intensa. A média de intensidade de dor na última semana foi de moderada a intensa (6,8/ 10, DP ± 1,5). Quanto à frequência semanal de dor, 7 (58%) relataram dor por mais de quatro dias; 3 (25%) de dois a três dias, enquanto dois (17%) sentem um dia na semana. Quanto aos sintomas depressivos, 3 (25%) apresentaram pontuação igual ou superior a 17, indicando potencial para depressão. Com relação à incapacidade funcional, 9 (75%) relataram limitação às atividades de lazer e esporte, 8 (67 %) às atividades de vida diária e 4 (33 %) à participação escolar.&nbsp;<strong>Conclusão:</strong>&nbsp;Os resultados do estudo mostraram que a intensidade de dor é moderada a grave, com predomínio de frequência semanal superior a 4 dias e com prejuízos funcionais importantes. Além disso, a presença de sintomas depressivos mostra o impacto psicossocial da FMJ.</p> FRANCIELLY AZEVEDO DA SILVA, IZABEL CRYSTINA MOTA GOIS, MONIQUE OLIVEIRA DOS SANTOS, RIZIANE FERREIRA DA MOTA, TAINÃ RIBEIRO KLINGER FLORENCIO, JOSIMARI MELO DE SANTANA Copyright (c) 2024 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2448 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 PREVALÊNCIA DE LESÕES EM JOGADORES DE UM CLUBE DE FUTEBOL PROFISSIONAL DO NORDESTE DO BRASIL https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2497 <p><strong>Introdução:</strong>&nbsp;O futebol é um dos esportes com maior popularidade e número de praticantes no mundo. Por tratar-se de um esporte em que o contato físico entre os praticantes, bem como a alta exposição à sobrecargas biomecânicas em durante o seu gesto, vale destacar o aparecimento de lesões que podem comprometer o desempenho esportivo e a funcionalidade de seus atletas.&nbsp;<strong>Objetivos:&nbsp;</strong>Analisar a prevalência de lesões osteomioarticulares em atletas profissionais de futebol durante uma temporada.&nbsp;<strong>Métodos:</strong>&nbsp;Este é um estudo de campo, observacional, com abordagem quantitativa, em que participaram 23 jogadores profissionais de futebol de um clube do nordeste do Brasil. A coleta dos dados foi realizada através questionário digital em que foram aferidos informações sociodemográficas, número de jogos durante a temporada, quantidade de treinos realizados, posição e dominância de membro. Além disso, foi quantificado o número de lesões, o momento da lesão (treino/jogo), o local e tempo de reabilitação e as recidivas. Para a A análise descritiva, foi composta por meio de frequências absolutas e relativas, além do cálculo de medida central e variação. Em seguida, foi realizada a análise inferencial. O estudo foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário de João Pessoa – UNIPÊ (número do parecer 4.351.463).&nbsp;<strong>Resultados:</strong>&nbsp;Os 23 indivíduos (média de idade: 25,5 ± 3,85)<strong>&nbsp;</strong>26,1% sofreram alguma lesão, destes 33,3% tiveram recidiva da lesão. A articulação do joelho (33,33%) e o segmento da coxa (33,33%) foram os que apresentaram mais lesões, em seguida 16,7% na perna e 16,7% no membro superior. A maior ocorrência de lesões ocorreu nos meio-campistas (30,65%), sendo nos jogos maior incidência dessas lesões (66,7%). O tempo de reabilitação, em 50% dos casos duraram até 14 dias, 33,33% duraram mais de 21 dias de reabilitação e 16,3% entre 15 e 21 dias.&nbsp;<strong>Conclusão:&nbsp;</strong>Sugere-se que há uma considerável prevalência de lesões osteomioarticulares em atletas de futebol, essas ocorrem em maior frequência durante os jogos, os membros inferiores são os mais acometidos pelas lesões e isso pode variar de acordo com a posição dos jogadores em campo.</p> CÉSAR AUGUSTO MEDEIROS SILVA, HENRIQUE CÉSAR DE OLIVEIRA VIANA, RENATA NEWMAN LEITE DOS SANTOS LUCENA, CLÉCIO GABRIEL DE SOUZA, ELEAZAR MARINHO DE FREITAS LUCENA Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2497 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 ANÁLISE DA ÁREA DE OSCILAÇÃO GERAL DO EQUILÍBRIO DE DIABÉTICOS AMPUTADOS DE ANTEPÉ E MEDIOPÉ https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2529 <p><strong>INTRODUÇÃO:</strong>&nbsp;As amputações a nível de mediopé e antepé são mais frequentes em pacientes com diabetes mellitus (DM) e a neuropatía periférica diabética (NPD). A literatura mostra que esses níveis de amputação causam maiores complicações funcionais para o paciente devido a própria NPD e a deformidades estruturais não corrigidas, o que influencia de forma negativa no equilíbrio e funcionalidade. OBJETIVOS: Avaliar o equilíbrio semiestático de pacientes amputados a nível de antepé e mediopé.&nbsp;<strong>MÉTODOS:</strong>&nbsp;Trata-se de um estudo transversal, aprovado pelo Comitê de Ética em pesquisa da Universidade Federal do Amapá (5.336.093). Critérios de inclusão: voluntários de ambos os sexos, com idade maior de 18 anos; amputados a nível de antepé e médiopé por DM e NPD. Critérios de exclusão: desordens neurológicas de outras comorbidades. 22 voluntários participaram deste estudo e foram divididos em 2 grupos: Grupo 1- G1,com diagnóstico de DM amputados de antepé e mediopé (n=11); e Grupo 2- G2, sem DM e sem amputação (n=11). As avaliações do equilíbrio foram feitas com o CvMob em 4 diferentes posições: superfície firme e olhos abertos (SEOA); superfície firme e olhos fechados (SEOF); superfície instável e olhos abertos (SIOA); e superfície instável e olhos fechados (SIOF); por 30s em cada posição, avaliadas 3 vezes, e coletado a área de oscilação geral (AOG). A normalidade dos dados foi verificada através do Teste de Shapiro-Wilk e para os dados normais foi utilizado o Teste T de Student de amostras independentes e para os dados anormais teste de Mann-Whitney, utilizando-se um intervalo de confiança (IC) de 95%. A estatística foi realizada com o Software Jamovi (Versão 2.2).&nbsp;<strong>RESULTADOS:</strong>&nbsp;O G1 apresentou idade de 51,2 ±12,1, e o G2 apresentou idade de 41,6±6,8. Quanto ao gênero, cada grupo apresentou 7 homens e 4 mulheres. Em relação ao nível da amputação no G1 cerca de 90,9% era do tipo metatarsofalangeana e 9,1 % do tipo Lisfranc. Referente a análise do equilíbrio, o G1 apresentou maior AOG em todas as posições avaliadas quando comparada com o G2, com diferença estatisticamente significante entre os grupos para todas as posições (SEOA (p=0,016), SEOF (p=0,001), SIOA (p=0,02) e SIOF (p=0,029)).&nbsp;<strong>CONCLUSÃO:</strong>&nbsp;Diante dos resultados encontrados, é possível identificar que os pacientes amputados com DM e NPD diante das alterações de equilíbrio podem apresentar maior risco de quedas, o que junto com as alterações estruturais podem comprometer ainda mais a funcionalidade e reduzir qualidade de vida desses pacientes.</p> ISAIAS LOPES, WUEYLA NICOLY SANTOS, CLEBER CARDOSO MADUREIRA, AREOLINO PENA MATOS, NATALIA CAMARGO RODRIGUES IOSIMUTA Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2529 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 CORRELAÇÃO ENTRE AMPLITUDE DE MOVIMENTO DO TORNOZELO E MOBILIDADE FUNCIONAL EM PACIENTES COM OSTEOARTROSE DE QUADRIL https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2395 <p><strong>Introdução:&nbsp;</strong>A amplitude de movimento do tornozelo influencia na mobilidade funcional de pacientes com osteoartrose de quadril (OAQ), sendo assim, a redução dessa variável pode impactar a vida de pessoas que possuem essa doença, alterando assim sua mobilidade funcional.&nbsp;<strong>Objetivo:&nbsp;</strong>Correlacionar a amplitude de movimento do tornozelo com a mobilidade funcional de pacientes com osteoartrose de quadril.&nbsp;<strong>Métodos:&nbsp;</strong>Trata-se de um estudo transversal, que foi realizado nas dependências do Hospital Universitário de Sergipe em pacientes acometidos por OAQ em fila de espera para tratamento. Foi mensurado o valor da amplitude de movimento do tornozelo através do&nbsp;<em>Ankle Test</em>&nbsp;pela plataforma do Leg Motion e a mobilidade funcional dos pacientes através do Teste de caminhada de 6 minutos (TC6’). A pesquisa foi submetida e aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa com seres humanos da Universidade Federal de Sergipe sob parecer de n 3.953.421, bem como através da Plataforma Brasil, sob parecer de nº CAAE: 28225119.4.0000.5546, seguindo as normas da Resolução nº 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde (CNS).Inicialmente, os dados coletados foram transportados para uma planilha de dados no programa Excel for Windows 10, onde foi realizada a estatística descritiva, com as medidas de tendência central, a média (±) e o desvio Padrão (DP). O nível de significância estatística foi estabelecido em de&nbsp;<em>p</em>&nbsp;? 0,05 e intervalo de confiança de 95%. Posteriormente, foram feitas análises no programa Statistical Package for the Social Science (SPSS), versão 22.0. Todas as variáveis foram testadas quanto à normalidade através do teste de Shapiro-Wilk, de acordo com o tamanho da amostra (&lt;50). Para as correlações, utilizou-se o coeficiente de correlação de Pearson para dados paramétricos. O nível de significância foi fixado em p&lt;0,05. Os dados foram representados por média ± desvio padrão.&nbsp;<strong>Resultados:&nbsp;</strong>Com base nas características demográficas dos indivíduos com Osteoartrose de Quadril, foi possível observar uma média de idade de 52,23 ± 11,32 e uma prevalência de 54,83% do sexo feminino, o que condiz com dados de outras literaturas, que afirmam que a OAQ é mais comum em mulheres. Os indivíduos possuíam OAQ sintomática unilateral do membro inferior direito, esquerdo e principalmente bilateral, com 51,6% da amostra, fato sugestivo de que mais da metade da amostra possui um comprometimento clínico e possivelmente funcional, maior.&nbsp;<strong>Conclusão:&nbsp;</strong>Não foi encontrada correlação significativa entre mobilidade do tornozelo com a mobilidade funcional, avaliada através do TUG e do TC6’ em nossos resultados. Isso difere de outras evidências encontradas, que afirmam que o movimento das articulações dos MMII precisam estar integrados para melhor realização de AVD’s e maior capacidade de equilíbrio.</p> THAIS SANTOS TAVARES, SUZIANY DOS SANTOS CADUDA, ISABELLA DE MELO FIGUEREDO, IGOR BORGES SILVA, WALDERI MONTEIRO DA SILVA JÚNIOR Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2395 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 CINESIOTERAPIA NO TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO DE PESSOAS COM HÁLUX VALGO: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2428 <p>Introdução:&nbsp;Hálux valgo é uma deformidade caracterizada pelo desvio do primeiro dedo a nível metatarso-falangeano com presença de proeminência medial e desvio lateral do hálux, o qual acomete principalmente o sexo feminino, sendo causada comumente pelo uso de calçados fechados e saltos. Normalmente resulta em dor e redução do controle postural, podendo reduzir a capacidade funcional. A fisioterapia trata distúrbios cinéticos funcionais e tem como principal recurso a cinesioterapia. Dessa forma, é fundamental identificar e analisar a eficácia e o impacto funcional desta nesses indivíduos.&nbsp;Objetivo:&nbsp;Identificar e analisar sistematicamente a eficácia da cinesioterapia no tratamento fisioterapêutico de pessoas com hálux valgo e descrever os seus impactos na funcionalidade.&nbsp;Metodos: Revisão sistemática realizada para responder à pergunta “Quais exercícios apresentam maior eficácia para tratamento de pacientes com hálux valgo?”. Com busca feita de fevereiro a maio de 2023 por dois pesquisadores interdependentes, sendo que em caso de discordância, um terceiro analisava. Buscou-se os estudos na PubMed, SciELO, MEDLINE e LILACS em um recorte temporal de 10 anos, sem restrição idiomática. Foram usados os descritores "Hallux Valgus" e "Physical Therapy", combinados com o operador AND. Foram selecionados apenas ensaios clínicos randomizados, publicados entre 2013 e 2023. Inicialmente, realizou-se a leitura dos títulos, seguido do resumo e do artigo completo, selecionando os que mais respondiam à pergunta.&nbsp;Resultados: Foram encontrados 24 artigos, 8 selecionados pelos títulos, 1 excluído por repetição e 3 por não abordarem a cinesioterapia no tratamento de pacientes com hálux valgo. Foram incluídos 4, sendo 1 de 2023, 1 de 2018 e 2 de 2021. O número de participantes variou de 35 a 82. Em 3 estudos as intervenções ocorreram ao menos 3 vezes na semana, em 1 uma vez, a duração foi variada (3,4,8 e 12 semanas). Em 3 estudos cinesioterapia foi usada isolada e em um foi associada a separador de dedos. Grupos controle receberam exercícios domiciliares, nenhuma intervenção, eletroterapia e uso de talas noturnas. Os 3 grupos que realizaram exercícios ao menos 3 vezes por semana reduziram significativamente o ângulo do hálux e a dor, 2 deles ganharam capacidade funcional e os demais não avaliaram essa variável, 1 desses estudos avaliou força de flexão e extensão do hálux e de preensão, e obteve ganhos significativos, tais estudos tiveram como grupo pessoas com hálux valgo moderado e em um dos grupos a intervenção foi feita pelo paciente em casa. O estudo que fez intervenção 1 vez por semana teve como grupo pessoas com hálux valgo de leve a moderado apresentou resultados significativos associados ao controle postural e flexibilidade de tornozelo.&nbsp;Conclusão: Cinesioterapia feita ao menos 3 vezes na semana por no mínimo 4 semanas reduzir o ângulo de abdução, a dor e aumentar a funcionalidade em pessoas com hálux valgo. Mais estudos são necessários.</p> FRANCISCO MARIANO RAMOS SANTANA, CARLENE DUARTE AHN, LUCAS NASCIMENTO BARBOSA, JESSICA PALOMA ROSA SILVA Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2428 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 QUALIDADE DAS INFORMAÇÕES SOBRE CEFALEIAS FORNECIDAS POR FISIOTERAPEUTAS EM MÍDIA SOCIAL NO BRASIL https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2463 <p><strong>Introdução:</strong>&nbsp;Os profissionais da saúde têm utilizado das mídias sociais, a exemplo do Instagram®, como ferramenta facilitadora de acesso a informações sobre temáticas da saúde. Conteúdos embasados em evidências científicas e com referências são importantes na transmissão de informações para os cidadãos leigos. O objetivo deste estudo foi analisar a qualidade das informações sobre cefaleias fornecidas por fisioterapeutas brasileiros no Instagram®.&nbsp;<strong>Método</strong>: Estudo de revisão quantitativa de informações, na rede social Instagram®, seguindo as orientações do&nbsp;<em>Quantitative Research Design</em>. Incluímos publicações públicas do Instagram® sobre os tipos de cefaleias (tensional, migrânea e cervicogênica) de perfis de fisioterapeutas brasileiros. As pesquisas foram realizadas entre agosto e outubro de 2022 com&nbsp;<em>hashtags&nbsp;</em>#dordecabeça, #fisioterapianascefaleias, #enxaqueca, #cefaleiacervicogenica e #cefaleiatensional por dupla investigação. Variáveis: credibilidade das informações (recomendações do&nbsp;<em>Journal of the American Medical Association</em>); legibilidade e à facilidade de leitura (índice Flesch-Kincaid e do índice de Facilidade de Leitura de Flesh adaptados para o português); acurácia do conteúdo das postagens que abordaram caracterização e/ou tratamento das cefaleias; análise da qualidade dos textos para a população em geral com instrumento DISCERN para as publicações que abordaram tratamento; os perfis dos profissionais foram avaliados em relação a presença de destaques sobre a temática no Instagram®, presença de currículo Lattes na plataforma de busca, artigos científicos publicados na área, possuir especialização na área, associação ou não à Sociedade Brasileira de Cefaleia.&nbsp;<strong>Resultados:</strong>&nbsp;Um total de 2748 postagens foram analisadas, sendo 74 postagens incluídas; destas 27% eram sobre #cefaleiatensional, 8,1% #cefaleiacervicogenica, 14,9% #enxaqueca, 6,8% #dordecabeça e 43,2% #fisioterapianascefaleias. Foram analisados 53 perfis de fisioterapeutas, as cefaleias foram mencionadas 89 vezes nas 74 postagens, das quais 48,31% migrânea, 33,7% cefaleia tensional e 17,97% cefaleia cervicogênica. Na análise de elegibilidade, 20 postagens (26,66%) foram classificadas como bastante difícil, com nível de escolaridade de ensino superior; somente 17 profissionais possuíam currículo Lattes; 5 fisioterapeutas têm artigos publicados na área e apenas 2 fisioterapeutas estão vinculados a Sociedade Brasileira de Cefaleia. A caracterização das cefaleias foi abordada 87 vezes nas postagens, destas 16 (18,39%) estão de acordo com a Classificação Internacional das Cefaleias. Em relação aos tratamentos para cefaleias, foram mencionados 41 vezes, sendo 23 (58,53%) de acordo com as recomendações atualizadas.&nbsp;<strong>Conclusão:</strong>&nbsp;Informações sobre as características das cefaleias prestadas por fisioterapeutas brasileiros no Instagram® são majoritariamente de baixa confiabilidade e não utilizam referências científicas em suas postagens.</p> INGRID KYELLI LIMA RODRIGUES, ISAAC RAFAEL SILVA LIMA, MARIA IVONE OLIVEIRA DANTAS, JOSIMARI MELO DE SANTANA Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2463 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 DOSAGEM DA MICROELETRÓLISE PERCUTÂNEA (MEP®) EM PATOLOGIAS MUSCULOESQUELÉTICAS: UM ESTUDO OBSERVACIONAL DESCRITIVO https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2480 <p><strong>Introdução:&nbsp;</strong>A Microeletrólise Percutânea (MEP®) é uma modalidade de eletroterapia galvânica de baixa intensidade, da ordem de microamperes (?A), administrada por meio de uma agulha de acupuntura, que gera uma resposta inflamatória local. Entre os resultados da sua utilização, encontra-se a ativação do sistema nervoso central, a regeneração dos tecidos e a analgesia.&nbsp;<strong>Objetivo:</strong>&nbsp;Descrever a dosagem típica de MEP®, em diferentes patologias musculoesqueléticas, dentro de um procedimento usual. Por desfecho secundário, descrever se há alguma tendência na relação entre a percepção da dor e a dosagem administrada.&nbsp;<strong>Métodos:&nbsp;</strong>Esse é um trabalho do tipo observacional descritivo, exploratório e transversal. Para o desenvolvimento foram recrutados participantes com mais de 18 anos de idade que consentiam com a intervenção por MEP® na sua assistência. As avaliações contavam com dados demográficos, a patologia a ser assistido e a dor atual percebida, utilizando-se da Escala Numérica de Dor (END). O tempo de emissão (segundos) e a intensidade de trabalho (µA) foram registrados. O fornecimento de energia foi calculado em mC.&nbsp;<strong>Resultados:</strong>&nbsp;Foram obtidos dados de 151 abordagens, sendo em sua maioria de participantes do sexo masculino, n=32 (61,9%), com idade média de 43,6 (±14,15) anos e uma END 5/10 (2-6). Para análise estratificada, as abordagens foram classificadas em: ponto gatilho miofascial (PGM) (n=11), obtendo uma END média de 4,27 (±2,20). A energia fornecida foi uma mediana de 117,0 mC (±51,8 mC). Foi realizado um teste de correlação de Spearman para avaliar a relação entre as variáveis END e mC no conjunto de dados, revelando rs -0,166 (p=0,625), indicando uma associação fraca e negativa entre as duas variáveis. Para abordagens de tendinopatia do membro superior (n=51), a END média foi 5 (2-7). A entrada de energia foi de 158,0 mC (±94,2 mC). O teste revelou um coeficiente de correlação de rs -0,319 (p = 0,023), indicando uma associação negativa entre as duas variáveis. Ademais, para as abordagens junto à tendinopatias de membros inferiores (n=59), a END foi de 5 (4-6) e a entrada de energia foi de 116,4 mC (52,8-159,8 mC). O teste de correlação apresentou um coeficiente de rs -0,241 (p = 0,065), indicando uma associação negativa entre as duas variáveis.&nbsp;<strong>Conclusão:&nbsp;</strong>Não foi encontrada nenhuma relação estatisticamente significativa entre a energia fornecida e a percepção da dor frente a abordagens de ponto gatilho miofascial. No entanto, no caso das tendinopatias do membro superior, foi encontrada uma relação estatisticamente significativa entre essas variáveis, indicando que quanto maior a percepção de dor, menor deve ser a dose. Para abordagens de tendinopatias de membros inferiores, não há evidências suficientes. Esses resultados sugerem a importância de considerar a variabilidade nas dosagens de MEP® em diferentes patologias musculoesqueléticas e a necessidade de mais pesquisas nesse campo melhor para entender essas relações.</p> SANTIAGO MARCELO D'ALMEIDA, CARLOS EDUARDO GIRASOL, TATIANA KOHAN, LUNA PRADO, OSCAR RONZIO Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2480 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 O impacto na qualidade de vida em mulheres com Lúpus Eritematoso Sistêmico https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2512 <p>Introdução: O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença causada por um distúrbio autoimune, crônico e multissistêmico, que geralmente afeta mulheres entre a puberdade e a menopausa, capaz de causar diversas disfunções em vários órgãos, incluindo a pele, sistema nervoso central e articulações. A doença possui sintomas importantes, como dor, fadiga e erupções cutâneas que impactam diretamente na qualidade de vida desses pacientes. Objetivo: Examinar o nível de qualidade de vida nos pacientes com LES. Metodologia: 40 voluntários com LES participaram deste estudo observacional descritivo, aprovado pelo CEP: (3.287.635), recrutados da Associação de Amigos e Pessoas com Lúpus no Amapá (AAPLAP), Macapá-AP. Foram incluídos pessoas com LES, do sexo feminino e residentes dos municípios Macapá e Santana-AP, e excluídos menores de 18 anos, ou que apresentaram Lúpus Eritematoso Cutâneo ou induzido por drogas. Para a avaliação da qualidade de vida foi utilizado o questionário Short Form-36 (SF-36), o qual é um instrumento responsivo, breve, confiável e validado para pessoas com LES. A análise estatística dos dados foi realizada através do software SPSS. Resultados: O questionário SF-36 apresenta os seguintes domínios, capacidade funcional, limitação da saúde física, limitação de problemas emocionais, energia/fadiga, bem-estar emocional, funcionamento social, dor, saúde geral e mudança na saúde. Os voluntários com LES apresentaram para capacidade funcional uma média de 45,4±29,7, com maior predominância em 45%, e na limitação de saúde física uma média de 30±38,9, com maior predominância em 30%, limitação de problemas emocionais (média de 32,5±43), predominante em 32%, e bem-estar emocional (média de 47,4±14,3), com maior predominância em 47,40%, todos os domínios classificados como moderadamente grave. Em relação aos dados sobre energia/fadiga (51,5±14), predominância em 51,50%, e funcionamento social (57,5±28), predominância em 57,50%, os resultados foram classificados como moderados. E para os dados sobre dor (43,1±27), maior predominância em 43,12%, e mudança na saúde (47,6±14,4), com maior predominância em 39,37%, os resultados foram moderadamente graves e ao analisar a qualidade de vida, com maior predominância em 57,62%, foram moderadamente grave. Conclusão: O questionário SF-36 mostrou-se responsivo para analisarmos a relação da qualidade de vida em mulheres com lúpus eritematoso sistêmico, no qual essas pacientes tiveram pontuações mais baixas em todas as dimensões do SF-36, quando comparado aos valores de referência do Medical Outcomes Study, indicando uma piora na qualidade de vida. Dessa forma, o questionário pode contribuir para intervenções mais eficazes para o tratamento de LES.</p> RAIMUNDA DA SILVA CHAAR NETA, CAUAN MONTEIRO COSTA, HELAINY DIAS, ANDRÉ ALONSO CARDENAS CELIS, NATALIA CAMARGO RODRIGUES IOSIMUTA, JULIA LEITE DE SOUZA, GABRIELA FORO MARINHO CARVALHO Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2512 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 TELERREABILITAÇÃO VERSUS CARTILHA DE AUTOCUIDADO PARA INCAPACIDADE FUNCIONAL E DOR EM PACIENTES COM DOR CERVICAL CRÔNICA NÃO ESPECÍFICA https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2411 <p>Introdução:&nbsp;A dor cervical se caracteriza como um importante problema de saúde pública mundial que causa incapacidade funcional e problemas socioeconômicos, gerando altos custos na saúde pública. É uma condição incapacitante comum que afeta diretamente a realização de atividades de vida diárias e a participação em atividades profissionais, sociais e esportivas. Os tratamentos baseados em telerreabilitação tem demonstrado sua importância devido à sua facilidade de uso, baixo custo e sua tendência de melhorar os resultados clínicos. No entanto, nas evidências científicas atuais há falta de estudos com boa qualidade metodológica que observam a efetividade da telerreabilitação em indivíduos com dor cervical crônica não específica.&nbsp;Objetivos:&nbsp;Verificar o efeito de um protocolo de telerreabilitação versus cartilha de autocuidado online em indivíduos com dor cervical crônica não específica.&nbsp;Métodos:&nbsp;Trata-se de um ensaio clínico randomizado controlado, cego que compara um programa de telerreabilitação para dor cervical com o grupo controle que recebeu uma cartilha de autocuidado online. Setenta pacientes foram recrutados por telefone por meio da lista de espera na clínica escola de uma universidade pública, além de ampla divulgação nas redes sociais. As avaliações foram realizadas antes do tratamento, em 6 semanas e após 3 meses da randomização. Para esse propósito, as avaliações e acompanhamentos foram efetuados de forma totalmente remota, através de plataformas online (Google Meet, mensagens de smartphone) e ligações telefônicas. O desfecho primário foi incapacidade funcional medida pelo questionário Neck Disability Index. Os desfechos secundários foram a intensidade da dor medida usando a escala de avaliação numérica, o efeito global percebido usando a escala de efeito global percebido, a autoeficácia do paciente por meio da Chronic Pain Self Efficacy Scale, qualidade de vida pelo SF-12 e cinesiofobia por meio da Tampa Scale of Kinesiophobia. Os resultados foram submetidos a análise por meio de modelos lineares mistos e p &lt; 0,05 foi considerado significativo.&nbsp;Resultados:&nbsp;Houve diferença entre os grupos para as variáveis incapacidade funcional (Média 10,3, IC 95% 4,8 a 15,7), intensidade de dor (Média 2,8, IC 95% 1,4 a 4,1), efeito global percebido (Média -2.3, IC 95% -3.7 a -0.9) e autoeficácia (Média -24.7, IC 95% -41.0 a -8.4) no período de 6 semanas após a randomização. Houve diferença entre os grupos apenas para as variáveis efeito global percebido (Média -2.0, IC 95% -3.4 a -0.6) e autoeficácia (Média -26.31, IC 95% -42.82 a -9.80) no período de 3 meses após a randomização.&nbsp;Conclusão:&nbsp;O protocolo de telerreabilitação possui efeito significativo na melhora da incapacidade, dor, autoeficácia e efeito global percebido em pacientes com dor cervical crônica não específica, quando comparado com a utilização de uma cartilha de autocuidado digital.</p> JULIENE CORRÊA BARBOSA, BRUNA VALE DA LUZ, BRENO FELIPE PORTAL DA SILVA, MAURÍCIO OLIVEIRA MAGALHÃES Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2411 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 IMPORTÂNCIA DA MONITORIA EM DISCIPLINAS PRÁTICAS APÓS PERÍODO DE ENSINO REMOTO EMERGENCIAL: RELATO DE EXPERIÊNCI https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2446 <p><strong>Introdução:</strong>&nbsp;Dentre as várias mudanças ocasionadas pela pandemia por Covid-19, estão as medidas restritivas para conter a propagação do vírus no âmbito da educação superior, na qual o Ministério da Educação (MEC) autorizou, em caráter excepcional, a substituição das atividades de ensino presenciais pelo ensino remoto emergencial. Diante do exposto, após o respectivo período, um dos maiores déficits estavam relacionados as disciplinas práticas. Nesse contexto, a atividade de monitoria possui um importante papel no reestabelecimento dos conhecimentos e habilidades, uma vez que fornece suporte aos discentes e auxilia no processo de ensino-aprendizagem, melhorando a qualidade do ensino.&nbsp;<strong>Relato de experiência:</strong>&nbsp;Trata-se de um relato descritivo de experiência sobre a importância da monitoria após ensino remoto emergencial nas disciplinas práticas de Avaliação Cinético-Funcional e Cinesioterapia ofertadas no Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal de Sergipe, fornecendo informações sobre experiências, aprendizados e dificuldades na assimilação do conhecimento prático nas disciplinas de forma remota sem suporte de monitor, e as principais experiências e vantagens vivenciadas presencialmente com suporte do monitor. O processo de ensino-aprendizagem de forma remota e sem suporte de monitor, apesar dos esforços por parte do docente, apresentou desvantagens como: fragilidade pela ausência do contato interpessoal e dificuldades do discente em manter o foco durante as aulas, déficit do desempenho acadêmico pela ausência do auxílio do monitor em atividades práticas, afetando o nível de adesão nas disciplinas impactando na maior evasão dos alunos. Durante esse período, notou-se que mesmo após todo empenho do decente, os discentes apresentaram déficits na aquisição e domínio dos conteúdos téoricos e práticos. Posteriormente ao ensino remoto emergencial, com aulas presenciais, foi proporcionado aos alunos assistência por meio da monitoria, a qual era dado suporte durante as aulas práticas, resolução de dúvidas e questionamentos teóricos em momentos extraclasse trazendo mais segurança, autoeficácia e bom desempenho nas atividades propostas. Pelo exposto, é possível notar que os discentes que vivenciaram a monitoria obtiveram melhora no desempenho, adesão e dedicação relacionados ao aprendizado prático.&nbsp;<strong>Considerações finais:&nbsp;</strong>A monitoria foi importante para aprimorar, refinar e consolidar o conteúdo prático proporcionado pelo docente, além de aumentar a adesão do aluno nas aulas, desempenho nas atividade e busca pelos conteúdos. A experiência para o monitor proporciona benefícios como a vivência com o docente e com os alunos, aprimorando competências como responsabilidade, comprometimento e dedicação. Por fim, é de grande importância a manutenção do ensino em disciplinas de caráter prático de forma presencial e com auxílio do monitor durante o processo de ensino-aprendizagem.</p> MAÍSA CERQUEIRA DOS SANTOS, MONIQUE OLIVEIRA DOS SANTOS, RIZIANE FERREIRA DA MOTA, EVALEIDE DINIZ DE OLIVEIRA, JOSIMARI MELO DE SANTANA Copyright (c) 2024 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2446 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 AVALIAÇÃO DO EQUILÍBRIO DE IDOSOS EM REALIDADE VIRTUAL E ESCALAS FUNCIONAIS: ESTUDO DE CONCORDÂNCIA DIAGNÓSTICA https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2495 <p><strong>INTRODUÇÃO:</strong>&nbsp;Com o advento da tecnologia, vários métodos diagnósticos têm sido incorporados à prática clínica, especialmente aqueles relacionados a mensuração do equilíbrio em idosos. Nesse sentido, para que tenham respaldo científico, torna-se relevante a implementação de pesquisas de concordância diagnóstica entre esses dispositivos e escalas funcionais já validadas.&nbsp;<strong>OBJETIVO:&nbsp;</strong>Verificar a concordância diagnóstica entre a avaliação da estabilidade mensurada pela variação do centro de gravidade numa plataforma de realidade virtual e escalas funcionais de avaliação do equilíbrio corporal em idosos.&nbsp;<strong>MÉTODO:&nbsp;</strong>Tratou-se de um estudo experimental, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do CESMAC. Foram incluídos idosos com 60 anos ou mais, de ambos os sexos, e excluídos indivíduos com amputações, distúrbios motores ou déficit cognitivo. O equilíbrio foi avaliado através de escalas que avaliaram mobilidade (<em>Timed Up and Go - TUG)</em>&nbsp;alcance anterior (Teste de alcance funcional - TAF) e equilíbrio dinâmico (TINETTI). A mensuração da estabilidade foi analisada em postura estática, a partir da variação do centro de gravidade na Plataforma&nbsp;<em>Wii Balance Board,&nbsp;</em>que gerava o resultado da estabilidade em percentual. Após essa avaliação inicial, os idosos foram submetidos a uma intervenção com um protocolo de equilíbrio implementado com jogos do Nintendo Wii, realizadas em 20 sessões, 2 vezes por semana. Ao final, os participantes passaram pela mesma bateria avaliativa.<em>&nbsp;</em>Os resultados foram dicotomizados em categorias (com risco e sem risco de quedas) e a análise estatística para concordância diagnóstica foi implementada através do coeficiente de Kappa.&nbsp;<strong>Resultados:&nbsp;</strong>Vinte e um idosos foram avaliados (15 mulheres e 6 homens). Na avaliação inicial, foi identificado alteração do equilíbrio pela escala de Tinetti (17,0 ± 3,0), TAF (10,23 ± 6,01), e TUG (21,19 ± 7,62). A estabilidade avaliada pela oscilação do centro de gravidade na Plataforma do&nbsp;<em>Wii</em>&nbsp;revelou uma média de 22% ± 2,35. Na reavaliação, foi verificado incremento no equilíbrio corporal verificado pela melhora na escala de Tinetti (24 ± 2,84), TAF (20,54 ± 6,99), e TUG (12,63 ± 5,64) e a avaliação na Plataforma também evidenciou melhora (54,36% ± 4,65). Na avaliação estatística inferencial, para o momento pré-intervenção, houve boa concordância diagnóstica entre a estabilidade (oscilação do centro de massa) avaliada na Plataforma e os resultados da escala de Tinetti (Kappa = 0,45; P &lt; 0,02); TAF (Kappa = 0,56; P &lt; 0,01); e TUG (Kappa = 0,25; P &lt; 0,03). A mesma significância estatística foi encontrada no pós-intervenção entre a avaliação na plataforma e escala de Tinetti (Kappa = 0,51; P &lt; 0,01); TAF (Kappa = 0,53; P &lt; 0,02) E TUG (Kappa = 0,27; P &lt; 0,02).&nbsp;<strong>Conclusão:</strong>&nbsp;Houve uma boa concordância diagnóstica entre a mensuração da estabilidade através da variação do centro de gravidade na plataforma de realidade virtual e os resultados das escalas funcionais de avaliação do equilíbrio e risco de quedas em idosos.</p> RICO TORRES DE OLIVEIRA CERQUEIRA, ALEXANDRE JOSÉ SIQUEIRA CALDAS DE MACÊDO, DEYVSON PAULO FERNANDES SILVA, LISYANNE NAYARA ALVES DE LIMA, JOSIAS VITOR DE LIMA, ROBERTO FREIRE JUNIOR, MATHEUS VICTOR DOS SANTOS, FELIPE LIMA REBÊLO Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2495 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 A prevalência de escoliose em costureiras https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2527 <p>A escoliose, é uma deformidade rotacional tridimensional complexa envolvendo a coluna, é um dos principais problemas de coluna associado ao erro ergonômico do trabalho, principalmente na indústria têxtil e apesar de “comum”, tem sua importância no agravamento de futuras lesões. O trabalho doméstico, o papel de cuidadora dos filhos, o papel de esposa e o trabalho remunerado de costura, torna a mulher o principal alvo da pesquisa, para saber a correlação existente, ou não, entre a atividade de costureira e a presença da escoliose como conjunto de consequências de uma rotina de produção de estresse, esforços repetitivos, monotonia, exigência de alta concentração, posturas erradas e muitos outros fatores que não possuem supervisão ergonômica. O objetivo deste trabalho foi analisar a presença de escoliose em costureiras. Em um estudo analítico, observacional e longitudinal prospectivo foram avaliadas 31 costureiras com anamnese com ênfase na história da moléstia pregressa e atual, exame físico observacional estático e dinâmico, aplicação do questionário de ROLLAND – MORRIS. Observou-se que 21 costureiras (67,74%) apresentaram desvio postural. A escala visual analógica de dor (EVA) demonstrou que a maioria das dores eram na cintura escapular e/ou, região lombar e cervical, coincidentes com as posturas adotadas durante o trabalho. Nenhuma morava sozinha e todas relataram realizar tarefas domésticas antes e após o período de trabalho na costura. Concluímos que há relação direta entre as trabalhadoras costureiras com o desvio postural, causado pela má postura na falta de ergonomia durante a execução do trabalho, com sobrecargas musculoesqueléticos, associados a postura sentada sem ações de prevenção. A consequência dessa patologia pode ser explicada pelo local de trabalho adaptado, o excesso de tempo de trabalho, e os esforços repetitivos comumente associados a atividade laboral. As dores associadas aos desequilíbrios musculoesqueléticos possuem relação com a dupla jornada de trabalho das avaliadas, por não possuírem em sua rotina, tempo para realizar atividades que reduza os danos laborais. Não foi encontrada relação entre a dor relatada, no ambiente de trabalho e em casa, com a presença da escoliose.</p> ADRIANA LUCIA PASTORE E SILVA, BRENDA MEDEIROS VIDAL, LAWHANDA VICTÓRIA SOUZA TIBURTINO Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2527 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 A RELAÇÃO DA PAIXÃO COM INTENSIDADE DA CORRIDA, VOLUME SEMANAL DE TREINO E LESÕES EM CORREDORES RECREACIONAIS https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2392 <p><strong>Introdução:&nbsp;</strong>A paixão é um sentimento que nutre a motivação, compelindo o indivíduo a dedicar energia e tempo significativos na prática apaixonada. Esse comportamento é observado em corredores apaixonados que, pelo modelo dualístico de paixão, podem ser divididos em dois tipos, a paixão harmoniosa (PH), que desenvolvem um engajamento equilibrado e a paixão obsessiva (PO), que são compelidos a uma prática compulsiva. A alta prevalência de lesões é uma problemática vivenciada por corredores, a alta intensidade da corrida e o alto volume de treino semanal são apontados como possíveis fatores de risco. É possível que o tipo de paixão possa estar influenciando no modo que essa população gerencia a prática, sendo um aspecto ainda pouco investigado na sua relação com as lesões em corredores.&nbsp;<strong>Objetivo:&nbsp;</strong>Verificar a relação entre o tipo de paixão com a intensidade, o volume de treino semanal e lesões em corredores recreacionais.<strong>&nbsp;Método</strong>: Trata-se de um estudo transversal e quantitativo com participação de 32 corredores recreacionais de provas acima de 15km e com um mínimo de seis meses de prática de corrida. Foram aplicados os questionários de Acompanhamento de Rotina de Corrida e de Paixão. As análises descritivas foram apresentadas em média e desvio padrão. Para análise dos dados foi realizada a correlação de Pearson e a regressão linear simples, e significância estatística adotada quando p&lt;0,05.&nbsp;<strong>Resultados:</strong>&nbsp;Os corredores recreacionais apresentaram 37,34 ± 9,526 anos, 24,59 ± 3,92 kg/m², 7,11 ± 7,19 anos de prática de corrida e 42,72 ± 25,62 km/sem de treinamento. Um total de 78,2% dos participantes relatou lesões relacionadas a corrida. A PO apresentou correlação significativa com maiores volumes semanais (r=0,447; p&lt;0,05) e maior intensidade de treino (r=-0,468; p&lt;0,05), entretanto, associou-se mais fortemente com a intensidade do que com o volume. Não houve correlação entre lesão e PO (p=0,77), como também, entre lesão e maior intensidade de treinamento (<em>pace&lt;</em>5min30seg) (p = 0,41). O aumento de 1 ponto nos escores de paixão obsessiva, repercute no aumento de 6,229 km no volume semanal de treino e em uma redução de 0,329 segundos no&nbsp;<em>pace</em>. Com isso, a PO explica 14,4% do aumento no volume semanal e 19,7% da intensidade de treinamento.&nbsp;<strong>Conclusão:</strong>&nbsp;O presente estudo é um dos poucos a avaliar a relação da paixão com a intensidade, volume semanal de treinamento e lesões em corredores recreacionais, e reforça que maiores escores de PO influenciam no aumento de volume e na intensidade de treinamento e que, em contrapartida, isso não resulta no aumento do número de lesões.</p> AYSLAINE DA CUNHA OLIVEIRA, THAYSA PASSOS NERY CHAGAS, ANDREA ALVES DO NASCIMENTO, RIZIANE FERREIRA DA MOTA, MATEUS MACIEL SANTOS, JOSIMARI MELO DE SANTANA Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2392 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 QUALIDADE DE INFORMAÇÕES DISPONÍVEIS EM SITES SOBRE EXERCÍCIOS FÍSICOS PARA PESSOAS COM OSTEOPOROSE https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2426 <p>Introdução:&nbsp;Caracterizada pela fragilidade óssea e com predomínio em mulheres e pessoas idosas, globalmente a osteoporose acomete cerca de 80% dos indivíduos em algum momento da vida. No Brasil, estima-se que cerca de 10 milhões de pessoas sejam acometidas. Embora os exercícios físicos sejam constantemente indicados para a prevenção e tratamento da doença, nem todos os indivíduos têm acesso ao acompanhamento de profissionais capacitados para prescrevê-los, recorrendo à internet como fonte de informação. Contudo, às vezes não é o mais adequado.&nbsp;Objetivos:&nbsp;Avaliar a qualidade de informações de sites sobre exercícios físicos para pessoas com osteoporose.&nbsp;Metodologia:&nbsp;Trata-se de um estudo documental quali-quantitativo, com busca feita no Google através da pergunta “Quais exercícios são bons para quem tem osteoporose". Foram incluídos os 35 primeiros sites que apareceram com a busca. Foram excluídos recursos informativos que não fossem sites ou blogs e que não se relacionassem com a pergunta-chave.&nbsp;Resultados:&nbsp;Existem evidências para muitas modalidades de exercício físico no aumento da densidade mineral óssea, sendo os exercícios resistidos os mais retratados. Analisou-se 35 sites e blogs, sendo excluídos 13 por não se encaixarem nos critérios de elegibilidade. Dos 22 selecionados, 90.9% (20) não forneceram referências para as informações citadas e 59,1% (13) não forneciam nenhuma credencial, das fornecidas, a maioria das pessoas que escreveram eram especialistas 59,1% (13). A profissão exposta por aqueles que forneciam credenciais eram em sua maioria médicos, sendo as especialidades trazidas endocrinologia, traumatologia e ortopedia. Outras profissões informadas eram educador físico, especialistas em fisiologia do exercício; jornalista e economista. Ademais, 54,5% (12) orientam sobre os cuidados a serem tomados durante a prática de exercício, 68,2% (15) orientam a busca de um profissional e 77,3% (17) fornecem informações de como o exercício deve ser realizado. Os exercícios mais recomendados foram caminhada e musculação. Abdominal, dança, hidroginástica, corrida, tai chi, crossfit, exercícios de alto impacto também foram recomendados.&nbsp;Conclusão:&nbsp;O exercício físico para o tratamento da osteoporose deve ser feito com cautela, individualizado e com acompanhamento. Muitos sites negligenciaram essa perspectiva, assim como induzem a prática de exercício de forma irresponsável sem a devida orientação, prescrição e evidência. A maioria dos sites não apresentavam referências ou credenciais dos autores, dos que apresentavam, nem todos eram especialistas. Alguns sites traziam uma linguagem científica, o que pode ser uma barreira para leigos. Embora a maioria apresentasse estratégias convergentes com a literatura científica, alguns sites não recomendam a busca por um profissional capacitado para suporte. Portanto, a qualidade das informações dos sites analisados é questionável e devem ser usadas com cautela para a aplicação na realidade desse público.</p> CARLENE DUARTE AHN, FRANCISCO MARIANO RAMOS SANTANA, LUCAS NASCIMENTO BARBOSA, VITÓRIA GRAZIELLY VIEIRA DANTAS, JESSICA PALOMA ROSA SILVA Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2426 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 MOBILIDADE FUNCIONAL E RISCO DE QUEDA EM PACIENTES COM OSTEOARTROSE DE QUADRIL https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2461 <p><strong>Introdução:</strong>&nbsp;A osteoartrose de quadril (OAQ) é uma enfermidade que pode alterar os padrões biomecânicos da marcha e aumentar os índices de queda dos indivíduos afetados. O Timed up and go Test (TUG) é um teste que tem a finalidade de avaliar o equilíbrio, velocidade de marcha e capacidade funcional. Também é utilizado para avaliar a qualidade da caminhada e os riscos de quedas de idosos e pacientes pós internações prolongadas. Diversos estudos trazem a funcionalidade desse teste para avaliar o risco de queda de diversas pessoas. Objetivo: Avaliar o risco de queda em pacientes com osteoartrose de quadril através do TUG test.&nbsp;<strong>Métodos:</strong>&nbsp;Trata-se de um estudo transversal, realizado nas dependências do Hospital Universitário de Sergipe em pacientes acometidos por OAQ em fila de espera para tratamento. Foi mensurado o nível de mobilidade funcional e risco de queda dos pacientes através do Timed Up and Go Test (TUG). A pesquisa foi submetida e aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CAAE: 28225119.4.0000.5546). Foi realizada a estatística descritiva, com as medidas de tendência central, a média (±) e o desvio Padrão (DP). O nível de significância estatística foi estabelecido em de p ? 0,05 e intervalo de confiança de 95%. Posteriormente, foram feitas análises no programa Statistical Package for the Social Science (SPSS), versão 22.0. Todas as variáveis foram testadas quanto à normalidade através do teste de Shapiro-Wilk, de acordo com o tamanho da amostra (&lt;50). Para as correlações, utilizou-se o coeficiente de correlação de Pearson para dados paramétricos.&nbsp;<strong>Resultados:</strong>&nbsp;Foram avaliados 51 sujeitos com osteoartrose de quadril, sedentários, com uma média de idade de 52,05 ± 9,09 e uma prevalência de 54,83% do sexo feminino. Os indivíduos possuíam OAQ sintomática unilateral do membro inferior direito, esquerdo e principalmente bilateral, com 51,6% da amostra. Dentre os indivíduos da amostra, 21,6% apresentaram desempenho normal no teste; 64,7 % possuem baixo risco de quedas; 9,8% médio risco de quedas e e 3,9% foram classificados como alto risco de quedas.&nbsp;<strong>Conclusão:</strong>&nbsp;Entende-se que a maioria dos indivíduos com OAQ possuem baixo risco de quedas. Contudo, sabendo que esses pacientes estão em fila de espera para tratamento, é necessário que sejam acompanhados adequadamente para que não declinem em seu nível de mobilidade funcional ao longo do tempo.</p> THIAGO FERREIRA RABELO, SUZIANY DOS SANTOS CADUDA, TALITA LEITE DOS SANTOS MORAES, ISABELLA DE MELO FIGUEREDO, THAIS SANTOS TAVARES, IGOR BORGES SILVA, WALDERI MONTEIRO DA SILVA JÚNIOR Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2461 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 PREVALÊNCIA E GRAU DE CINESIOFOBIA EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM FIBROMIALGIA JUVENIL https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2478 <p><strong>Introdução:&nbsp;</strong>A fibromialgia juvenil (FMJ) é uma condição de dor musculoesquelética crônica associada, principalmente a fadiga e distúrbio do sono, que contribuem para limitação funcional, sintomas depressivos e prejuízos na qualidade de vida. Apesar da recomendação da prática de exercícios físicos como manejo da dor nesta população, observa-se comportamento de inatividade prolongada, sedentarismo e alterações biomecânicas. O medo do movimento relacionado à dor pode contribuir para pior desempenho funcional e maior sensibilidade à dor.&nbsp;<strong>Objetivo:</strong>&nbsp;Investigar a presença e o grau de cinesiofobia em crianças e adolescentes com FMJ.&nbsp;<strong>Métodos:</strong>&nbsp;Foi realizado um estudo transversal, descritivo, como parte de um estudo maior de viabilidade. Foram incluídas crianças e adolescentes com idade entre 8 e 18 anos com diagnóstico de FMJ, que aceitassem participar da avaliação. O estudo seguiu as recomendações e diretrizes Strengthening the Reporting of Observational studies in Epidemiology (STROBE). Foi aplicada a Escala Tampa para Cinesiofobia e um questionário para coletar dados sociodemográficos e clínicos, através de videoconferência. Coletou-se idade, gênero, presença de limitação funcional devido à dor, intensidade média da dor na última semana pela escala numérica da dor e escore de cinesiofobia. Os dados obtidos foram submetidos à análise exploratória descritiva por meio do programa estatístico BioEstat5.0 e resultados expressos em média, desvio padrão e percentual (%).&nbsp;<strong>Resultados:</strong>&nbsp;A amostra foi constituída por 12 participantes, com média de idade 14 ± 2,7 anos e 75% do sexo feminino. Limitação funcional para atividades diárias foi relatada por 83% dos participantes. Dor moderada foi relatada por 50% da amostra e dor intensa pelo restante. A prevalência de cinesiofobia foi de 67%, sendo que 33% apresentaram cinesiofobia leve, 58% moderada e 8% grave. O escore médio de cinesiofobia foi de 38,1 ± 8,1 pontos.&nbsp;<strong>Conclusão:</strong>&nbsp;A presença de cinesiofobia é alta, com predomínio do grau de cinesiofobia moderado. Os achados mostram impacto nas atividades funcionais e predomínio de dor moderada a intensa. O medo do movimento pode se relacionar com falta de confiança para realizar atividades e maiores níveis de dor, e acarretar maior comportamento sedentário e pior qualidade de vida nesses indivíduos. Portanto, conhecer os níveis de cinesiofobia permite estabelecer estratégias que aumentem o engajamento na realização de exercício físico e favoreçam melhor comportamento funcional.</p> IZABEL CRYSTINA MOTA GOIS, FRANCIELLY AZEVEDO DA SILVA, MONIQUE OLIVEIRA DOS SANTOS, RIZIANE FERREIRA DA MOTA, TAINÃ RIBEIRO KLINGER FLORENCIO, JOSIMARI MELO DE SANTANA Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2478 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 DINAPENIA E DÉFICIT DE EQUILÍBRIO EM IDOSOS: EVIDÊNCIAS DO ELSI-BRASIL https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2510 <p>INTRODUÇÃO: O envelhecimento está associado a mudanças nos diversos sistemas corporais, como perda de força muscular, denominada dinapenia. Além disso, os mecanismos de controle do equilíbrio também são afetados com o envelhecimento. Acredita-se que o comprometimento do equilíbrio possa levar à restrição de mobilidade e, por consequência, à dinapenia. OBJETIVOS: Identificar a associação entre déficit de equilíbrio e dinapenia em idosos brasileiros. MÉTODOS: Estudo transversal com dados da primeira onda do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil, CAAE 34649814.3.0000.5091). Foram selecionados 4272 idosos acima de 60 anos, com dados completos, sem doenças neurológicas (Parkinson, AVE e doença de Alzheimer) e que não consumiam álcool, conforme o NIAAA. As variáveis de interesse foram dinapenia e déficit de equilíbrio. A dinapenia foi avaliada pela média das três medidas da Força de Preensão Manual, e classificada como &lt;26kg para homens e &lt;16kg para mulheres. O equilíbrio foi avaliado pelo tempo permanecido em três posições: lado a lado, semi-tandem e tandem. Os participantes tinham que permanecer, 10 segundos em cada posição para aqueles com idade &gt;70 anos e, 30 segundos para aqueles com idade inferior. Os participantes foram agrupados em categorias: alcançaram o tempo máximo no tandem, não alcançaram o tempo máximo no tandem e não tentaram (aqueles que não tentaram a posição lado a lado ou que mantiveram menos tempo que o exigido na posição semitandem). As covariáveis utilizadas foram sexo, idade, estado civil, escolaridade, renda per capita, teste de caminhada, depressão, IMC, multimorbidade, hospitalização no último ano, participação em atividades sociais, quedas, déficit de audição, polifarmácia e atividade física moderada e vigorosa. Para a análise estatística foi utilizado o Stata 16.0 para calcular as frequências, associações e razões de prevalências brutas e ajustadas. RESULTADOS: Entre os incluídos, 29,7% (IC95%:26,9-32,6) tinham dinapenia e 60,3% (IC95%:56,2-64,3) alcançaram o tempo máximo no tandem. A análise ajustada demonstrou que aqueles que não atingiram o tempo determinado para o teste de equilíbrio ou não participaram têm prevalência 41% (IC95%:1,2-1,6) maior de dinapenia. Além disso, aqueles os com velocidade de marcha &lt;0,8m/s tiveram 1,5 (IC95%:1,3-1,83) vezes maior prevalência de dinapenia, além daqueles com idade acima de 80 anos (RP:2,5; IC95%:2,1-2,9), que sofreram uma queda nos últimos 12 meses (RP:1,2; IC95%:1,1-1,3) e que realizam menos de 150 minutos de atividade física moderada e vigorosa (RP:1,2; IC95%:1,0-1,3). Por fim, daqueles com obesidade (RP:0,8; IC95%:0,7-0,9) e aqueles no segundo tercil de participação em atividade sociais (RP:0,7; IC95%:0,6-0,8) tiveram menor prevalência de dinapenia. CONCLUSÃO: Não ter alcançado o tempo máximo no tandem, ter a velocidade rápida da marcha e ter idade acima de 80 anos foram os principais fatores associados à dinapenia.</p> HELOYSE ULIAM KURIKI, BRUNA FOGAÇA, GIOVANNI MARTINS DE ALEXANDRE, IONE JAYCE CEOLA SCHNEIDER, ALEXANDRE MARCIO MARCOLINO, RAFAEL INÁCIO BARBOSA Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2510 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA, INCAPACIDADE E PREVALÊNCIA DE DOR LOMBAR EM ESTUDANTES DE FISIOTERAPIA https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2408 <p>INTRODUÇÃO:&nbsp;A lombalgia e? uma disfunção multifatorial, cuja compreensão de todos os fatores associados ainda e? limitada. Atinge uma alta parcela da população podendo causar comprometimentos psicossociais, prejuízos econômicos, limitações nas atividades e restrições na participação social. O estudante universitário da área da saúde possui uma carga de estudo acentuada, o que poderá comprometer seu envolvimento em atividades recreacionais, atividades esportivas, alimentação e sono. Compreendendo que a literatura cientifica já demonstrou uma associação positiva de tais fatores com a incidência de dor lombar, objetiva-se com este estudo avaliar a prevalência da dor lombar em universitário do curso de fisioterapia, bem como avaliar o nível de dor, de funcionalidade e de atividade física dos universitários que possuem dor lombar.&nbsp;ME?TODOS:&nbsp;Trata-se de um estudo observacional transversal, realizado com estudantes do curso de fisioterapia de uma universidade do Estado do Espírito Santo. A coleta de dados foi realizada no primeiro semestre de 2023, sendo incluídos universitários acima de 18 anos, sem diagnóstico de doenças musculoesqueléticas. O nu?mero de participantes foi definido a partir de ca?lculo amostral, considerando que a distribuic?a?o da populac?a?o e? mais homoge?nea, com ni?vel de confianc?a de 95% e a margem de erro de 6%. Aos estudantes que apresentaram dor lombar foram aplicados os instrumentos de i?ndice de incapacidade de Roland-Morris(QIRM), ni?vel de dor (Escala numérica de dor) e o&nbsp;<em>International Physical Activity Questionnaire</em>&nbsp;(IPAQ), que avalia o nível de atividade física. Esta pesquisa foi aprovada pelo comite? de e?tica em pesquisa com parecer nu?mero 5.948.867 e CAAE nu?mero 67721823.2.0000.5064.&nbsp;RESULTADOS:&nbsp;Foram avaliados 108 universita?rios, com idade me?dia de 22,4 ± 3,76, sendo a maioria do sexo feminino (87). A prevenlência de dor lombar foi de 56,48%, sendo que destes a maioria (73,77%) possuía dor crônica (maior que 12 semanas), com intensidade média moderada (5/10) . Embora fossem estudantes de fisioterapia a maior parte dos participantes acreditavam que a melhor atitude para o alívio da dor seria o repouso (47,54%), seguido de mudança de posição corporal (26,22%), alongamento (9,84%) e uso de medicamento (9,84%). Foi identificado um baixo índice de incapacidade funcional (91,80%), sendo que a maioria dos participantes compreendiam que seu nível de atividade física é de muito ativo (40,98%).&nbsp;CONCLUSA?O:&nbsp;Embora os participantes possuam alto nível de atividade física, observou-se uma&nbsp;alta prevalência de dor&nbsp;lombar nos estudantes, sendo a dor crônica e de intensidade moderada que promovem baixo nível de incapacidade funcional.</p> ANDRÉ FERNANDES SERQUEIRA, ANA CAROLLYNE AMARAL DE MACEDO, CLEIDIANE SILVA DOS SANTOS, FERNANDA MOURA VARGAS DIAS, FABIANO MOURA DIAS Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2408 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 INFLUÊNCIA DA PANDEMIA COVID-19 NA QUALIDADE DO SONO, EM ASPECTOS PSICOEMOCIONAIS E NOS NÍVEIS DE ATIVIDADE FÍSICA DE PACIENTES COM DOR CRÔNICA NO BRASIL: ESTUDO OBSERVACIONAL COVID-or https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2444 <p><strong>Introdução:</strong>&nbsp;Os efeitos na saúde mental do distanciamento social para o combate ao novo coronavírus (COVID-19), somados à redução de mobilidade, podem afetar substancialmente pacientes com dor crônica.&nbsp;<strong>Objetivo:</strong>&nbsp;Avaliar as características da dor, de sintomas psicoemocionais, qualidade do sono e nível de atividade física em pacientes com dor crônica durante a pandemia COVID-19 no Brasil.&nbsp;<strong>Métodos:</strong>&nbsp;Trata-se de um estudo observacional do tipo transversal que seguiu as recomendações do Strengthening The Reporting of OBservational Studies in Epidemiology (STROBE) checklist. O levantamento foi realizado por meio de questionário anexado no aplicativo Forms, do Google Drive, com diversas perguntas objetivas e claras sobre características da dor, aspectos psicoemocionais, qualidade do sono e nível de atividade física. Os dados foram analisados por meio de testes de regressão.&nbsp;<strong>Resultados:</strong>&nbsp;Foram avaliados 1073 indivíduos, dentre eles, 63,5% com fibromialgia e em sua maioria do sexo feminino (98,3%). O isolamento social teve associação com a interferência da dor nas atividades diárias (p&lt;0,05). As análises de regressão logística binária ou multinominal mostraram que a ansiedade aumentou a razão de chance em 395% de indivíduos com dor crônica sentirem dor (?: 1,375; OR: 3,956; p= 0,001) e a maior intensidade de dor aumenta em 62,3% a chance desses indivíduos não realizarem atividade física (?: -0,474; OR: 0,623; p= 0,001). Além disso, a dor aumentou em 186,9% a razão de chance de indivíduos com dor crônica terem insônia (?: 0,625; OR: 1,869; p= 0,001), assim como, a ansiedade que aumentou em 182,9% (?: 0,604; OR: 1,829; p= 0,001). Além disso, a intensidade de dor aumenta em 160,4% a chance de indivíduos com dor crônica tomarem medicamentos para dormir (?: 0,472; OR: 1,604; p= 0,001).&nbsp;<strong>Conclusão:</strong>&nbsp;A pandemia potencializou o ciclo vicioso entre sintomas dolorosos, aspectos psicoemocionais e distúrbios do sono em pacientes com dor crônica no Brasil. Além disso, observamos a intensificação desses fatores associados à redução dos níveis de atividade física.</p> ANNE CAROLLINE DE FREITAS SOUZA, THAÍS ALVES BARRETO PEREIRA, ANNANDA OLIVEIRA SANTOS, AKELINE SANTOS DE ALMEIDA, MARIA IVONE OLIVEIRA DANTAS, JOSIMARI MELO DE SANTANA Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2444 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 QUALIDADE DO SONO E SEDENTARISMO EM IDOSOS COM DOR LOMBAR CRÔNICA https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2493 <p>Introdução: Estima-se que até 88% dos indivíduos com dor crônica musculoesquelética possuem queixas do sono. A relação entre essas duas variáveis é descrita pela literatura como bidirecional, embora estudos evidenciem maior influência da má qualidade do sono sobre a dor. No entanto, essa relação não é linear e sofre influência de outros fatores, como o sedentarismo. O sedentarismo associa-se a um maior risco de desenvolver insônia e outros distúrbios do sono, assim como, é prevalente em indivíduos com problemas crônicos de saúde, como os idosos. Em contrapartida, a atividade física (AF) regular gera benefícios tanto na melhora do sono, quanto da dor. Além de ser uma alternativa à terapia medicamentosa e na diminuição do risco de hospitalizações e mortalidade. Objetivos: Mensurar a qualidade do sono em idosos com dor lombar crônica e comparar a qualidade do sono e intensidade da dor entre idosos que praticam e não praticam AF. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, aprovado pelo Comitê de ética da Universidade Federal de Minas Gerais (CAE: 49334621.2.00005149). Foram recrutados idosos a partir dos 60 anos, com queixa de dor lombar (DL) inespecífica há no mínimo 3 meses, que procuravam atendimento na atenção primária. Foram excluídos idosos com déficit cognitivo identificado por meio do&nbsp;<em>Leganés Cognitive Test</em>&nbsp;(pontuações &gt; 4 pontos), DL aguda, pós cirúrgicos recentes e suspeitas de patologias graves. Dados sociodemográficos, incluindo “prática regular de AF”, foram coletados. A qualidade do sono foi mensurada por meio do Índice de qualidade do sono de Pittsburgh (0-21), onde pontuações acima de 5 pontos indicam má qualidade e a intensidade da dor (dos últimos 7 dias), foi mensurada por meio da Escala Numérica de dor (END) (0-10), onde 0 representa ausência de dor e 10 pontos a pior dor possível. Para caracterização da amostra foi usado médias (desvios padrões) e porcentagens. O Mann-Whitney U&nbsp;<em>Test</em>&nbsp;foi usado para comparar a distribuição dos&nbsp;<em>scores</em>&nbsp;do Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh e da END, entre idosos sedentários e ativos (significativo quando p&lt;0,05) e os resultados foram expressos por meio de medianas (intervalos interquartis Q1 e Q3). Resultados: Participaram do estudo 99 indivíduos. Destes, 68% eram do sexo feminino, idade média de 69,8 (± 6,7) anos e IMC médio de 27,5 (±5,2) kg/m². Possuíam em média 5,5 (±2,2) comorbidades e utilizavam em média 3,7 (±2,5) medicamentos e a maioria eram sedentários (63%). Os idosos sedentários apresentaram pior qualidade de sono comparado ao grupo de idosos ativos (mediana de 10 (6,5-12,5) e 6,5 (5-8) pontos, respectivamente; p=0.00). Em relação a intensidade da dor, não foram observadas diferenças significativas entre sedentários e ativos (mediana de 8 (6,25-10) e 7 (6-8) pontos, respectivamente; p=0.11). Conclusão: Este estudo corrobora com achados de outras pesquisas. Estudos futuros devem investigar o nível de incapacidade funcional relacionado à DL crônica em relação a estes outros fatores.</p> GABRIEL MENDES DE OLIVEIRA, SAMUEL SILVA, LUCAS ANDRÉ COSTA FERREIRA, ANA FLÁVIA APARECIDA GUIMARÃES, LARISSA BRAGANÇA FALCÃO MARQUES, DANIELA SILVA MAGALHÃES, RAFAEL ZAMBELLI PINTO, ANDRESSA SILVA Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2493 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 Escala de Necessidade de Descanso e sua relação com intensidade da dor, incapacidade e cinesiofobia em indivíduos com dor lombar crônica https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2525 <p>A dor lombar crônica é uma disfunção musculoesquelética prevalente na população mundial e a principal causa de anos vividos com incapacidade, apresentando etiologia multifatorial e diagnóstico baseado principalmente no relato no paciente. Sua alta prevalência e taxa de cronicidade geram também repercussões negativas nos âmbitos sociais e econômicos, devido aos expressivos gastos com cuidados em saúde, afastamentos laborais, redução da produtividade e inatividade física. Dessa forma, identificar a relação entre a necessidade de descanso, dor percebida, limitação funcional e a incapacidade, pode fornecer informações sobre a extensão do impacto da dor na vida diária da pessoa e nas suas habilidades físicas. Nosso objetivo foi correlacionar esses instrumentos em indivíduos com dor lombar crônica. Trata-se de um estudo transversal, aprovado pelo comitê de ética em pesquisa humana da instituição (parecer 4.795.299). Foram incluídos indivíduos entre 30 a 59 anos, com duração de dor lombar igual ou superior a 3 meses e com uma pontuação maior igual a 3 pontos na escala numérica da dor. Em seguida, responderam aos seguintes questionários: Escala Numérica de da Dor (END), Tampa Escala de Cinesiofobia (ETC), Questionário de Incapacidade de Roland Morris (QIRM) e Escala de Necessidade de Descanso (ENEDE). Utilizou-se o coeficiente de correlação de Pearson para verificar a magnitude da correlação entre as medidas de dor. A amostra final do estudo foi composta por 42 participantes, sendo em sua maioria do sexo feminino (59,5%). Os voluntários apresentavam idade média de 46 anos (desvio padrão [DP] = 6,59), intensidade de dor média de 6,79 pontos (DP = 2,09) na END, escore médio na ETC de 43,6 (DP = 8.02), incapacidade média de 13,0 (DP = 5.23). Com relação as correlações, foi observada correlação de 0,408 para necessidade de descanso e intensidade da dor, 0,627 para cinesiofobia e necessidade de descanso e 0,681 para incapacidade e necessidade de descanso. Observou-se correlação boa e positiva entre necessidade de descanso e cinesiofobia e incapacidade, porém foi identificada correlação fraca entre intensidade da dor e necessidade de descanso.</p> JOCASSIA SILVA PINHEIRO, MARINA FIGUEIREDO MAGALHÃES, MARCO AURELIO GABANELA SCHIAVON, ANNA JÚLIA MATHEUS ORTOLANI, ANA BEATRIZ ROSSIGNOLO, RINALDO ROBERTO DE JESUS GUIRRO Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2525 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE EXPLANAÇÃO DE INTENSIDADE DE DOR EM INDIVÍDUOS COM PARKINSON https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2424 <p>Introdução:&nbsp;Doença de Parkinson é uma condição crônica e progressiva que afeta o sistema nervoso central. Os sintomas motores típicos incluem bradicinesia, rigidez muscular, tremor e déficits na marcha e no equilíbrio. No entanto, muitas pessoas com Parkinson enfrentam o desafio adicional da dor musculoesquelética. Embora a dor não seja um sintoma primário e frequentemente pesquisado nessa população, estudos têm mostrado que pacientes com Parkinson podem experimentar algum tipo de dor ao longo da progressão da doença. A presença da dor em indivíduos com Parkinson pode ter um impacto significativo na qualidade de vida, portanto, é crucial que profissionais da saúde estejam cientes dessa relação e considerem a dor como parte integrante do tratamento.&nbsp;Relato de experiência:&nbsp;Sou integrante do projeto de pesquisa desenvolvido pelo Laboratório de Pesquisa em Neurociências da Universidade Federal de Sergipe, em prol de pessoas com Doença de Parkinson. Há um ano, o projeto vem sendo desenvolvido com avaliações e intervenção fisioterapêutica. Embora a dor não seja um sintoma típico e em análise de pesquisa frequente nessa população, é algo que muitos dos nossos pacientes atendidos experimentam e reclamam no nosso cotidiano. Durante a avaliação, verificamos que a maioria dos pacientes apresentavam dor nociceptiva, um apresentava dor neuropática e outro apresentava dor nociplástica. O nosso protocolo de tratamento não visa especificamente o alívio da dor, mas inclui exercícios de mobilização articular, transferências, fortalecimento muscular e equilíbrio. Com o tempo, foram obtidos relatos verbais em um processo de escuta ativa como feedback de alívio de dor após a realização do protocolo, pois notaram uma melhora significativa na redução de regiões com dor e diminuição da intensidade de dor. No entanto, como a doença de Parkinson é uma condição crônica e progressiva, é importante que eles continuem envolvidos em tratamento para manter seus sintomas sob controle.&nbsp;Considerações finais:&nbsp;Como graduanda em fisioterapia e futura fisioterapeuta, é gratificante ouvir dos pacientes relatos de melhoras importantes com o atendimento oferecido e perceber como cuidados adequados podem otimizar a qualidade de vida de pessoas com Parkinson. Assim também, devemos ter um olhar individualizado e humanizado para com os pacientes que nos confiam o cuidado, sem negligenciar a dor relatada pelo indivíduo, independentemente da condição clínica.</p> BEATRIZ MENEZES DE JESUS, LEYLANNE OLIVEIRA DE SANTANA, JOSIMARI MELO DE SANTANA, ANNANDA OLIVEIRA SANTOS Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2424 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 ABORDAGEM DO CONCEITO DE FUNCIONALIDADE E INCAPACIDADE NAS DIRETRIZES DE DOR LOMBAR CRÔNICA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2459 <p><strong>Introdução</strong>: A prevalência mundial de dor lombar crônica (DLC) em 2020 foi de 619 milhões, sendo esta a principal causa de anos vividos com incapacidade. Considerando que incapacidade indica os aspectos negativos da interação entre indivíduo e fatores contextuais, é importante considerar tais fatores para elaborar diretrizes de tratamento para DLC. A Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) ajuda na compreensão e descrição dos fatores associados à DLC, alinhando o cuidado ao Modelo Biopsicossocial (BPS).&nbsp;<strong>Objetivo</strong>: Analisar como as diretrizes para DLC abordaram conceitos de funcionalidade e incapacidade em suas recomendações de tratamento.&nbsp;<strong>Métodos:</strong>&nbsp;Diretrizes de DLC inespecífica foram identificadas na literatura a partir de uma revisão sistemática nos idiomas português, inglês e espanhol nas bases PubMed, Embase e PeDro, usando os descritores "<em>Low back pain</em>", "<em>Guideline</em>", "<em>Disability</em>", "<em>International Classification of Functioning, Disability and Health</em>", bem como seus sinônimos para formulação da estratégia de busca em 12/05/2023. Três revisores cegados realizaram a análise dos estudos segundo critérios de elegibilidade. Os conceitos significativos (CS) extraídos foram considerados a partir dos desfechos abordados segundo cada recomendação de tratamento encontrados nas diretrizes e a ligação com os domínios da CIF foi realizada de acordo com regras previamente estabelecidas na literatura. Os CS foram contabilizados, e designados de acordo com as categorias da CIF. Cada diretriz foi enquadrada dentro dos modelos de saúde, onde os que continham acima de 50% dos seus CS incluídos nas categorias estrutura e função do corpo, foram considerados conforme o modelo biomédico (BM). Os demais foram considerados conforme o modelo BPS, por ter uma visão mais global, segundo ancoragem em outros domínios da CIF.&nbsp;<strong>Resultado</strong>: Encontramos 2349 artigos, sendo selecionados 2181 para leitura de título e resumo após exclusão de duplicatas. Destes, 26 foram incluídos de acordo com os critérios de elegibilidade para leitura na íntegra e, 8 foram selecionados para extração dos CS segundo a CIF. Na visão geral, 37 CS foram identificados nas recomendações analisadas. Destes, 35% pertenciam à categoria função do corpo, 5% à categoria estrutura do corpo, 27% à atividade e participação, 13,5% à fatores ambientais, 3% à fatores pessoais. Das diretrizes incluídas, duas foram de 2006, uma de 2009, 2012, 2017, 2020, 2021 e 2022. Destas, 5 foram qualificadas dentro do modelo biomédico e 3 no modelo BPS, uma de 2006 (16 CS; 41% em estrutura e função), uma de 2021 (10 CS; 45% em estrutura e função) e outra de 2022 (13 CS; 43% em estrutura e função).&nbsp;<strong>Conclusão</strong>: Apesar dos esforços, a maioria das diretrizes não atinge o modelo BPS em sua complexidade, focando mais em função e estrutura. Assim como buscaram as diretrizes mais recentes, sugerimos abranger mais CS relacionados a atividade, participação, fatores pessoais e ambientais nas futuras diretrizes.</p> LUANA DE CARVALHO PINHEIRO, LUCAS SABOYA AMORA, DENIS MACLEAM CUNHA E SILVA JUNIOR, KÁTIA VIRGINIA VIANA CARDOSO, ANA CARLA LIMA NUNES, FABIANNA RESENDE DE JESUS MORALEIDA Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2459 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 IMPACTO DA ANSIEDADE SOBRE A FREQUÊNCIA CARDÍACA E O DESEMPENHO DE ARQUEIROS ANDANTES E CADEIRANTES: ESTUDO PILOTO https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2475 <p>Introdução: O impacto psicobiológico sobre o desempenho tem sido uma preocupação no meio esportivo. O objetivo desse estudo foi avaliar o impacto da ansiedade sobre a frequência cardíaca e o desempenho de arqueiros andantes e cadeirantes. Métodos: Estudo transversal, aprovado pelo Comitê de Ética, parecer 5.674.981. Realizado durante a etapa 3 do Campeonato Brasileiro Indoor de Tiro com Arco. Incluídos atletas do Bananeiras Arco Clube inscritos na competição. Foram aplicados o Sport Competition Anxiety Test (SCAT), o Competitive State Anxiety Inventory (CSAI-2) e registradas a frequência cardíaca (FC) baseline (FCb), durante os tiros de aquecimento (FC1), durante os tiros da primeira (FC2) e da segunda (FC3) bateria do estágio de classificação e durante as séries de tiros do estágio de combates (FC4), a FCmédia (FCm) e a máxima (FCmáx). A auto percepção de desempenho dos atletas e o dos treinadores em relação aos arqueiros e a pontuação obtida por cada competidor no estágio classificatório também foram avaliadas. Resultados: A análise estatística foi realizada por meio do programa SPSS 20. Participaram do estudo 15 atletas andantes (75%) e 5 cadeirantes (25%) das classes funcionais ARST (n=2) e ARW2 (n=3). A idade e IMC foi de 31,30±19,60; 23,50±2,75 e 37,00±10,35; 30,00±5,14 em andantes e cadeirantes, respectivamente. Entre os atletas andantes com auto relato de tensão no dia a dia foi identificado maiores valores na FC3 (p=0,02), FC4 (p=0,00) e FCm (p=0,02) e também maiores escores no CSAI-2 (p=0,01). Atletas andantes com auto relato de tensão na competição mostraram maiores valores no SCAT (p=0,03). A percepção dos treinadores foi de melhor desempenho para os atletas cadeirantes quando comparado aos andantes (p=0,02). Conclusão: Não houve diferença dos fatores psicobiológicos e na pontuação obtida na competição quando comparados arqueiros andantes e cadeirantes. Os atletas andantes que se consideraram tensos no dia a dia apresentaram aumento da FC durante a segunda bateria de tiros do estágio classificatório e durante o estágio de combates. Esses atletas também apresentaram maiores níveis de ansiedade durante a competição.</p> VICTOR FRANKLYN DE OLIVEIRA, RENATO DE SOUZA MELO, INGRID VITÓRIA BARNABÉ DA SILVA GUEDES, PAOLLA FABÍOLA LIMA DO RÊGO BARROS, ANA FLÁVIA MEDEIROS RIBEIRO, RAFAELLA DE ANDRADE MONTEIRO, MARIA DAS GRAÇAS RODRIGUES DE ARAÚJO, ANA PAULA DE LIMA FERREIRA Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2475 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 EFEITO DO REFORÇO VERBAL NA ATIVIDADE ELETROMIOGRÁFICA E NO TEMPO DE EXECUÇÃO DA PRANCHA FRONTAL TRADICIONAL https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2508 <p><strong>Introdução:&nbsp;</strong>O reforço verbal é comumente usado durante o exercício, mas o efeito que este exerce na atividade eletromiográfica e no tempo de execução durante a prancha frontal tradicional (PFT) permanece inconclusivo.&nbsp;<strong>Objetivo:</strong>&nbsp;Analisar o efeito do reforço verbal na atividade eletromiográfica e no tempo de execução do exercício de prancha frontal tradicional em indivíduos fisicamente ativos.&nbsp;<strong>Método:&nbsp;</strong>30 sujeitos, 10 homens e 20 mulheres, com idade média de 29.3 anos (DP=14.27), foram submetidos à avaliação da atividade elétrica de seis músculos (adutor longo; bíceps femoral; eretor espinal, glúteo médio, reto abdominal, reto femoral) nos lados direito esquerdo usando o receptor&nbsp;<em>TeleMyo Clinical</em>&nbsp;da Noraxon. A Amplitude de Ativação Muscular (AAM) foi analisada por meio do&nbsp;<em>Root Mean Square</em>&nbsp;(RMS) em duas condições, com e sem reforço verbal no exercício de PFT, com 10 minutos de intervalo entre elas e, ordem de execução randomizada aleatoriamente. Os sinais eletromiograficos foram coletados pelo&nbsp;<em>software MyoResearch</em>, com a<em>&nbsp;</em>AAM dos músculos normalizada pela contração isométrica voluntária máxima de cada músculo do valor bruto do RMS e expressos em uma porcentagem da CIVM%. Foi utilizado o máximo do valor correspondente. Os dados foram analisados de forma descritiva e inferencial por meio do teste de Wilcoxon no programa IBM SPSS versão 20.0 e utilizando o&nbsp;<em>software</em>&nbsp;R. Todas as análises levaram em consideração um nível de significância de 5%.&nbsp;<strong>Resultados:&nbsp;</strong>Os resultados mostraram maior tempo de execução da prancha quando o reforço verbal foi utilizado em comparação com a condição sem reforço verbal (p &lt;0,001). A AAM para os músculos adutor direito (p = 0,003) e esquerdo (p = 0,003), bíceps femoral esquerdo (p = 0,002), eretor direito (p = 0,020), glúteo esquerdo (p = 0,038) e reto abdominal direito (p = 0,001) na prancha com reforço foi maior em comparação à sem reforço. Além disso, tanto homens quanto mulheres apresentaram um comportamento eletromiográfico semelhante quando comparadas as duas condições.&nbsp;<strong>Conclusão:&nbsp;</strong>Esses achados sugerem que o reforço verbal pode ter impacto positivo no desempenho na PFT em indivíduos fisicamente ativos. Ao fornecer orientações verbais durante a execução do exercício, é possível promover um maior tempo de sustentação da prancha, o que pode ser benéfico para o desenvolvimento da força muscular e estabilidade do&nbsp;<em>core</em>. Assim, o reforço verbal pode ser uma estratégia eficaz para melhorar o desempenho dos exercícios terapêuticos, especialmente aqueles que visam fortalecer a musculatura do&nbsp;<em>core</em>. Fisioterapeutas podem incorporar o uso do reforço verbal em suas intervenções clínicas, proporcionando orientações e encorajamento aos pacientes durante a execução dos exercícios bem como fornecer&nbsp;<em>insights</em>&nbsp;sobre a utilização dessa estratégia na melhoria do desempenho e eficácia da prática fisioterapêutica.</p> TAMIRIS BEPPLER MARTINS, TAÍS COSTELLA, ANA COSTA MIGUEL, LUIZ HENRIQUE CABRAL DUARTE, ISIS DE MELO OSTROSKI, ALEXIA ANDRÉA FUZER LIRA PEREIRA, TAÍS BEPPLER MARTINS, GILMAR MORAES SANTOS Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2508 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 INFLUÊNCIA DA MÚSICA NA FUNCIONALIDADE E APTIDÃO FÍSICA DE INDIVÍDUOS COM DOENÇA DE PARKINSON DURANTE O TESTE DE CAMINHADA DE 6 MINUTOS https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2406 <p>Introdução: O teste de caminhada de 6 minutos (TC6) é uma ferramenta padrão-ouro de predição da funcionalidade, contando com fácil planejamento e execução, o que permite a abrangência de seu uso em diversas populações e comorbidades, a exemplo da doença de Parkinson (DP). Nesta disfunção, acometimentos motores que levam ao déficit funcional são notados, como redução da qualidade da marcha. A fim de buscar estratégias para combate de tais acometimentos sintomatológicos, a música desponta como uma ferramenta promissora. Objetivos: Observar se o estímulo musical, por meio de diferentes compassos rítmicos, pode influenciar na distância percorrida de pessoas com DP e em variáveis de desfecho cardiorrespiratório. Método: Os sujeitos foram alocados, de maneira aleatorizada e cega em 4 grupos: W (TFTF), X (TTFF), Y (FFTT) e Z (FTFT). Os estímulos tinham quartis de 1,5 min totalizando 6 min. Os ritmos musicais foram: forró (binário), ressaltando o contexto da regionalidade, e tango (quaternário). Os voluntários foram submetidos ao estímulo durante o TC6 por meio de imersão sonora com fones de ouvido. Os desfechos pressão arterial sistólica (PAS), pressão arterial diastólica (PAD), frequência cardíaca (FC), saturação parcial de oxigênio (SpO2), Borg fadiga e dispneia foram coletadas antes e após o teste. Valores de p&lt;0,05 foram considerados estatisticamente significativos. O tamanho da amostra foi determinado por meio do software PEPI-for-Windows. Resultados: Ao todo 24 voluntários (60,27±7,8) participaram deste protocolo. Todos os grupos apresentaram valores de distância percorrida abaixo dos valores de distância predita, entretanto, foi encontrada diferença estaticamente significativa (p&lt;0,0001) na média da distância percorrida no TC6 no Grupo Y (FFTT), o que também apresentou maior desempenho do % de distância atingida (DA) (520 m) (p&lt;0,0001). Quanto às variáveis de aptidão cardiorrespiratória apenas a SpO2 (%) não apresentou diferenças estatisticamente significativas em nenhum dos grupos. Quanto ao Borg dispneia os grupos W (TFTF) (4±1,7 vs 6,4±1,4) p=0,0037 e Z (FTFT) (1,75±1,5 vs 4,75±2,4) p=0,0052 demonstraram maior esforço ventilatório. Outrossim, o Borg fadiga acompanhou esses achados: W (TFTF) (4,5±1,8 para 6,6±1,5) p=0,0177 e Z (FTFT) (1,75±1,5) vs (3,5±2,1) p=0,006. Ademais, todos os grupos apresentaram diferenças estatisticamente significativas na FC e PAS após o TC6, no entanto apenas o grupo W (TFTF) diferiu com relação a PAD (87,1±9,5 vs 88,5±10,7) p=0,0208. Conclusão: Os indivíduos submetidos ao forró por sequências de 3 min apresentaram maior desempenho na distância percorrida e no % de DA. Entretanto, os grupos que receberam sequências aleatorizadas a cada 1,5 min demonstraram maior esforço cardiorrespiratório, o que pode ter tido influência do estímulo musical não-familiar, impedindo assim, o desempenho da marcha e levando à conclusão de que o forró é mais eficiente do que o tango à funcionalidade de pessoas com DP durante o TC6.</p> YASMIN NASCIMENTO COSTA, ANNANDA OLIVEIRA SANTOS, BEATRIZ MENEZES DE JESUS, MÔNICA DEISE DOS SANTOS ROCHA, ALICE DA SILVA ALMEIDA, LEYLANNE OLIVEIRA DE SANTANA, NATHALIA MACEDO CAMILO, JOSIMARI MELO DE SANTANA Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2406 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 PREVALÊNCIA DE DOENÇAS DO SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO EM PESSOAS COM IDADE >_ 50 ANOS NA APS E A ASSOCIAÇÃO COM A PRÁTICA DE EXERCÍCIO FÍSICO https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2442 <p>INTRODUÇÃO: As afecções musculoesqueléticas refletem na funcionalidade e limitam significativamente a<br>mobilidade, o que contribui para a incapacidade. O envelhecimento e aumento da longevidade populacional<br>colaboram para o aumento da prevalência de doenças da senescência. A prática de exercício físico regular é<br>essencial para a prevenção, controle e recuperação dessas condições. A Atenção Primária Saúde (APS) tem<br>protagonismo no aconselhamento sobre a adesão ao exercício físico. Contudo, a literatura expõe algumas<br>fragilidades nesse processo, tais como: predomínio da perspectiva biomédica e de responsabilização individual;<br>demandas do serviço e dificuldades de gerenciamento organizacional. OBJETIVO: Descrever a prevalência de<br>doenças do sistema musculoesquelético em pessoas com idade &gt;_ 50 anos e a sua associação com a prática de<br>exercício na APS. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa de natureza observacional e prospectiva, com<br>uma abordagem quantitativa dos dados. Foi realizada em duas Unidades de Saúde da Família do estado de<br>Sergipe, em um corte temporal de 8 meses no período de 2022 a 2023. A população avaliada era composta por<br>indivíduos com idade &gt;_ 50 que estavam no serviço de saúde no momento da coleta sem comprometimento<br>cognitivo provável (CCP) pela 10-CS. Aprovado com o CAAE 60956722.4.0000.0217. RESULTADOS:<br>Participaram do estudo 80 indivíduos, sendo excluídos 12, dos quais seis foram por CCP, quatro por dados<br>incompletos e dois por desistência. Dos 68 incluídos, 59 possuíam alguma doença, sendo que 27.9% (19) dos<br>participantes apresentaram algum diagnóstico de doença musculoesquelética. Neste grupo, a maioria era do<br>sexo feminino 84.2 (16) e usava medicamentos de uso contínuo 84.2 (16). A média de idade foi de 63.89 e a<br>mediana de 61, sendo que a idade variou de 50 a 89 anos. A Artrose foi a mais frequente 13,6% (8), seguida de<br>Osteoporose com 10,2% (6) e Fibromialgia com 5,8 (3). Outras condições apresentadas foram: Reumatismo e<br>Artrite Reumatóide com 3,4% (2), além de Bursite no ombro, Síndrome do Túnel do Carpo, dor lombar (hérnia<br>discal) e Osteofitose com 1,7 (1). Dos indivíduos com tal diagnóstico, 63.2% (12) não realizam exercício físico.<br>Os que realizam exercícios regularmente 36.8% (7), têm como modalidades praticadas: caminhada (a mais<br>comum), ciclismo e academia. Em relação à frequência, 15,8% (3) praticavam 3x na semana, 10,5% (2)<br>praticavam 4x na semana, 5,3% (1) 2x na semana e 5,3% (1) 5x na semana. CONCLUSÃO: Identificou-se que<br>a maioria das pessoas com o diagnóstico de afecções musculoesqueléticas não realizavam nenhum tipo de<br>exercício físico. Hipotetiza-se que as ações de prevenção e promoção de saúde estão sendo insuficientes para a<br>adesão das pessoas com diagnóstico de doenças no sistema musculoesquelético. A inserção do fisioterapeuta<br>nas equipes de Atenção Básica pode ter reflexo positivo na mudança desse panorama. Sugere-se a realização de<br>estudos que visem entender melhor a causalidade dessa situação.</p> LUCAS NASCIMENTO BARBOSA, CARLENE DUARTE AHN, VANDERLAN DE JESUS SANTOS, FRANCISCO MARIANO RAMOS SANTANA, SHEILA SCHNEIBERG, KARINE VACCARO TAKO Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2442 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 FORRÓ ADAPTADO PARA O OBJETIVO TERAPÊUTICO MELHORA A FUNÇÃO CARDIORRESPIRATÓRIA E O EQUILÍBRIO EM IDOSOS https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2491 <p><strong>Introdução</strong>: Várias modalidades de atividade física já são validadas pela literatura científica quanto aos seus benefícios em pessoas idosas, sendo a dança uma das mais enfatizadas, uma vez que estimula vários componentes motores, além de seu caráter lúdico e prazeroso. Entre os diversos tipos de dança, o forró destaca-se como uma das modalidades de maior preferência para população idosa, principalmente entre os nordestinos. Algumas modalidades de dança têm sido estudadas em pesquisas que analisam diversos desfechos. No entanto, para o forró, que apresenta particularidades quanto ao ritmo, coreografia e cadência, há um número inferior de estudos.&nbsp;<strong>Objetivo:</strong>&nbsp;avaliar o efeito de um protocolo adaptado de treinamento funcional através da dança (forró) sobre a função cardiorrespiratória e o equilíbrio dinâmico em idosos.&nbsp;<strong>Metodologia:&nbsp;</strong>Trata-se de um estudo experimental (piloto), do tipo antes e depois, que teve protocolo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário Cesmac, realizado com Idosos de um Projeto de extensão universitária na cidade de Maceió, Alagoas. Foram incluídos idosos com idade igual ou superior a 60 anos, de ambos os sexos, cognição e capacidade de locomoção preservadas, sendo excluídos aqueles que apresentassem paraplegia, dependentes totais de dispositivos de auxílio a marcha, idosos que apresentam demência e déficit de atenção grave e qualquer alteração ortopédica, reumatológica ou neurológica que impossibilita a deambulação independente. Para avaliar a função cardiorrespiratória foi utilizado o teste de Caminhada de 6 minutos (TC6), enquanto o equilibro dinâmico foi avaliado através do teste Dynamic Gait Index (DGI). Para os dois testes, maiores valores representam melhores desempenho. O protocolo de dança utilizou componentes básicos, como: posturas que aumentem o nível de dificuldade gradualmente e que diminuam a base de suporte; movimentos dinâmicos que desordenam o centro de gravidade. Os participantes executaram 12 sessões, 2 vezes semanais com duração de 50 minutos por sessão. Ao final de toda intervenção os idosos passaram pela mesma bateria avaliativa. Os dados foram analisados mediante estatística descritiva.<strong>&nbsp;Resultados:&nbsp;</strong>No presente estudo a amostra final foi de 4 idosas. Todas do sexo feminino, com idade média de 75 anos (±10). Na avaliação inicial observou-se uma média de 16 pontos (± 5) para o teste DGI, e 372,2 (± 101) para o teste TC6. Após a realização das 12 sessões foi verificado uma melhora significativa para os mesmos testes, apresentando uma média final de 20,25 (± 4) para o teste DGI e uma média final de 407,3 (± 72) para o teste TC6, evidenciando uma melhora significativa para as funções avaliadas.&nbsp;<strong>Conclusão:&nbsp;</strong>Os dados apresentados permitem concluir que utilizar um protocolo adaptado de forró melhora a função cardiorrespiratória e equilíbrio de idosos.</p> LETÍCIA MARIA DA ROCHA SOARES, MELISSA MEDEIROS MACIEL, RIKELLY MOURA HERCULANO, TAYARA ANDRADE DOS SANTOS, MARIA EDUARDA SILVEIRA SANTOS, LISYANNE NAYARA ALVES DE LIMA, MIGUEL JOSÉ OLIVEIRA DE CARVALHO, FELIPE LIMA REBÊLO Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2491 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 EXISTE RELAÇÃO ENTRE REDUÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL, FORÇA E ATIVIDADE ELÉTRICA EM SUJEITOS COM OSTEOARTRITE DE QUADRIL? https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2523 <p><strong>Introdução:</strong>&nbsp;A osteoartrite de quadril (OAQ) acomete indivíduos de ambos os sexos, primeiros sinais e sintomas clínicos observados a partir dos 40 anos. Por ser uma condição de saúde crônica e progressiva, pode comprometer as atividades, participação social e qualidade de vida.&nbsp;<strong>Objetivos:</strong>&nbsp;Investigar a relação entre a redução da capacidade funcional, força muscular de flexores do quadril e atividade elétrica de sujeitos com OAQ.&nbsp;<strong>Métodos:</strong>&nbsp;Foram avaliados 64 indivíduos, com idade entre 40 e 74 anos, de ambos os sexos. divididos em grupo controle (GC) e grupo OAQ (GOAQ). O estudo foi realizado no Departamento de Fisioterapia da UFSCar, e foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos da UFSCar (CAAE:08630819.5.0000.5504). Foram coletados dados antropométricos de todos voluntários. A avalição da capacidade funcional foi realizada através do teste de levantar e sentar da cadeira durante 30 segundos (TSL). Para avaliação da força muscular excêntrica dos músculos flexores do quadril (FlexE) foi utilizado um dinamômetro isocinético à 30º/s, sincronicamente, para análise da atividade elétrica do músculo reto femoral (RF), foi utilizado o eletromiógrafo de superfície (EMG). Os dados foram processados no&nbsp;<em>Software MatLAb,&nbsp;</em>e foram filtrados com filtro passa-banda de 20 a 400Hz,&nbsp;<em>Butterworth&nbsp;</em>de 2ª ordem e atraso de fase zero. Foi calculada a amplitude do sinal EMG por meio da raiz quadrada da média dos quadrados. A análise estatística foi realizada no R, a normalidade dos dados foi analisada pelo teste de Shapiro-Wilk, e à homogeneidade por meio do teste de Levene. Dado a distribuição normal, foi aplicado um modelo de Regressão Logística Binomial desenvolvido via Phyton sendo a variável dependente os Grupos, e as independentes o torque FlexE, EMG RF e TSL.&nbsp;<strong>Resultados:</strong>&nbsp;Participaram 32 sujeitos no GC(53,49 anos ±8,72) e 32 no GOAQ(56,28 anos ±8,71). O modelo de regressão logística foi estatisticamente significativo (????2(3)= 43,981, p = 0,0001). O modelo explicou 66,3% (Nagelkerke R2) da variância no Grupo e classificou corretamente 82,8% dos casos. A sensibilidade de 84,4%, a especificidade de 81,2%, valor preditivo positivo de 81,8% e valor preditivo negativo de 83,9%. O desempenho do modelo foi quantificado usando a métrica&nbsp;<em>Area Under the Curve</em>&nbsp;(AUC), apresentou média de 0,928 e um intervalo de confiança de 95%[0,852, 0,981], sendo considerado um valor de AUC excelente, sobre as variáveis do modelo. Os resultados das variáveis do modelo de FlexE (p=0,026, OddsRatio 0,981), RFE (p=0,024, OddsRatio 0,849), TSL (p=0,000, OddsRatio 0,217), apresentam um OddsRatio &lt;1, ou seja, quanto menor a força muscular, menor a atividade elétrica e menor número de vezes que o indivíduo senta e levanta da cadeira, maior será o fator de exposição.&nbsp;<strong>Conclusão:</strong>&nbsp;Podemos concluir que sujeitos com OAQ, podem apresentar redução da força muscular flexora, alteração no recrutamento muscular do reto femoral e consequentemente dificuldade para sentar e levantar da cadeira.</p> CRISTIANE DE SOUSA MELO, EDUARDO AUGUSTO PEREIRA GOMES, LUIZ FERNANDO APPROBATO SELISTRE, NATALIA BARBOSA TOSSINI, PAULA REGINA MENDES DA SILVA SERRÃO Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2523 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 PENSANDO ALÉM DO OMBRO: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DE ASPECTOS DA CADEIA CINÉTICA DE NÃO ATLETAS COM DOR NO OMBRO https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2422 <p>INTRODUÇÃO: Considerando a interconexão de diferentes segmentos corporais através da cadeia cinética, uma avaliação biomecânica tanto local quanto não local torna-se plausível ao investigar as características de indivíduos com dor no ombro. Revisões sistemáticas prévias já analisaram fatores relacionados à cadeia cinética em atletas mas, até o momento, nenhuma reuniu as características biomecânicas de indivíduos com e sem dor no ombro não engajados em práticas esportivas. OBJETIVO: Revisar sistematicamente a literatura acerca das características biomecânicas da cadeia cinética de não atletas com dor no ombro quando comparados a indivíduos assintomáticos. MÉTODOS: O protocolo desta revisão foi publicado prospectivamente na base internacional PROSPERO (CRD42022384459). Foram realizadas buscas de estudos observacionais publicados em qualquer idioma até dezembro/2022 nas bases eletrônicas de dados MEDLINE (via PubMed), Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature (CINAHL), Web of Science, EMBASE e SCOPUS. O risco de viés e a qualidade da evidência foram analisados através da Joanna Briggs Institute (JBI) Critical Appraisal Tool for Analytical Cross-Sectional Studies e da Grading of Recommendations, Assessment, Development, and Evaluation (GRADE), respectivamente. RESULTADOS: Quatro estudos transversais (n = 358 indivíduos, sendo 179 com dor no ombro) com baixo risco de viés foram incluídos nesta revisão. Evidência de muito baixa qualidade sugere que não atletas com dor no ombro podem apresentar uma postura com maior cifose torácica, menor amplitude ativa de movimento e resistência muscular da região toracolombar e de quadris, e pior controle neuromuscular dos membros inferiores quando comparadas a indivíduos assintomáticos. CONCLUSÃO: Estudos transversais indicam que não atletas com dor no ombro podem apresentar alterações na postura, mobilidade, resistência e/ou controle neuromuscular na região toracolombar e membros inferiores. Esses achados sugerem que fisioterapeutas investiguem potenciais fatores da cadeia cinética que estão “além” do complexo do ombro nessa população.</p> HILMAYNNE RENALY FONSECA FIALHO, VANDER GAVA, ROMÁRIO NÓBREGA SANTOS FONSECA, DANILO HARUDY KAMONSEK, GERMANNA DE MEDEIROS BARBOSA Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2422 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 REDUÇÃO DE MOBILIDADE E FORÇA NA TALOCRURAL ESTÁ ASSOCIADO AO RISCO DE QUEDAS EM IDOSOS? https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2457 <p><strong>Introdução:&nbsp;</strong>O decurso do envelhecimento humano compreende uma série de alterações funcionais, no qual os segmentos biomecânicos relacionados ao complexo tornozelo-pé estão acometidos de variações. Esse complexo articular exerce função importante na manutenção do equilíbrio corporal, especialmente no controle postural durante as fases de apoio da marcha. Nesse sentido, é preciso atentar-se as alterações inerentes ao envelhecimento relacionadas a esse complexo articular, uma vez que as mesmas podem conduzir a um maior risco de quedas em indivíduos que envelhecem.&nbsp;<strong>Objetivo:</strong>&nbsp;Avaliar a relação entre a redução da mobilidade da articulação talocrural com alterações do equilíbrio e consequente risco de quedas em idosos comunitários.&nbsp;<strong>Método:</strong>&nbsp;Tratou-se de um estudo observacional, de corte transversal, realizado com idosos comunitários, com amostra por conveniência. O estudo teve protocolo de pesquisa aprovado pelo Comitê de ética em pesquisa do Centro Universitário Cesmac. Os participantes foram recrutados em um grupo de envelhecimento ativo da cidade de Maceió, Alagoas. Procedeu-se com uma avaliação da mobilidade de tornozelo, analisada durante a marcha, realizada através de um inclinômetro de análise digital por vídeo por meio do aplicativo&nbsp;<em>PhysioCode</em>. A força foi avaliada através de um<em>&nbsp;</em>dinamômetro. As variáveis inerentes ao equilíbrio e mobilidade foram analisadas por através do teste&nbsp;<em>Timed up and Go</em>&nbsp;(TUG).&nbsp;<strong>Resultados:</strong>&nbsp;Foram avaliados trinta e um idosos, de ambos os sexos com média de idade de 69,45 (± 5,29) anos. Houve associação estatisticamente significativa entre TUG e alteração de ADM para dorsoflexão de tornozelo (P=0,01), onde menores amplitudes de dorsoflexão estavam relacionadas a pior desempenho no TUG. A análise da relação entre TUG e força muscular revelou associação estatisticamente significativa apenas para o grupamento dos dorsoflexores (p = 0,04).&nbsp;<strong>Conclusão:&nbsp;</strong>Alterações de mobilidade de tornozelo em cadeia cinética fechada, durante a marcha e diminuição da força de dorsoflexores de tornozelo associa-se com maior risco de quedas em idosos.</p> EDMIRSON GONÇALVES DE ALBUQUERQUE NETO, ANDRÉ BORBA MELO, MATHEUS VICTOR DOS SANTOS, RICO TORRES DE OLIVEIRA CERQUEIRA, VÍTOR DE ARAÚJO BATISTA, FELIPE LIMA REBÊLO, MARCELO AUGUSTO SANTOS SILVA, MARCO PEDRO VANDERLEI MONTEIRO Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2457 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 AVALIAÇÃO DA PERCEPÇÃO DE DOR E FUNCIONALIDADE EM PACIENTES COM DISFUNÇÃO FEMOROPATELAR https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2472 <p>Introdução: A dor femoropatelar (DFP) é uma condição clínica frequente, principalmente, entre mulheres jovens e ativas, sendo definida como uma dor difusa de intensidade leve a moderada, localizada na região anterior do joelho, que influencia negativamente a qualidade de vida e funcionalidade destas mulheres. Visto a dor ser multifatorial, de caráter individual e subjetivo, pode ser influenciada por fatores biológicos, psicológicos e sociais, assim é primordial a o olhar biopsicossocial na prática para o manejo da dor destas pacientes. Sendo assim, é importante entendermos diferentes domínios relacionados a dor de pacientes com DFP. Objetivo: Foi comparar a percepção de dor e funcionalidade de mulheres, com e sem DFP, considerando seus aspectos biopsicossociais. Métodos: Foram selecionadas 100 voluntárias, distribuídas em dois grupos: 50 mulheres com DFP e 50 mulheres controle (sem DFP), as quais responderam, em formato de formulários eletrônicos, escalas que avaliam dor e/ou função. Os critérios de inclusão foram: apresentar ou não dor anterior ou retropatelar no joelho. Dor ao menos nos últimos 2 meses e presente em duas ou mais atividades como: caminhar, saltar, subir e/ou descer escadas, correr, permanecer sentado ou ajoelhado por um longo período, a extensão isométrica do joelho com contração de 60° de flexão do joelho e/ou durante a palpação da faceta lateral ou medial da patela. As escalas utilizadas, são validadas e adaptadas culturalmente para a língua portuguesa do Brasil, são elas: Escala numérica de dor (END), Escala de catastrofização da dor (PCS), Escala de atividades de vida diária (ADLS) e a Escala de afetos positivos e negativos (PANAS). Para a comparação entre grupos, foi utilizado o teste&nbsp;<em>Mann Whitney</em>, considerando nível de significância de 5%. Resultados: A mediana da END foi de 4(1; 7) para o grupo DFP, já o grupo controle sem queixa de dor. Em relação a PCS, obtivemos mediana maior no grupo DFP (20(4; 39), sendo o grupo controle de 0,0 (0;3). Em relação a percepção de funcionalidade, quantificada pelo ADLS, o grupo DFP apresentou mediana superior ao grupo controle, sendo observado valores 81,4 (48,6; 94,3) e 100 (88,6; 100), respectivamente. Os Afetos positivos também apontaram valores inferiores para o grupo DFP (31 (3;49)) comparado ao grupo controle (37,0(15;49)). Já ao ser avaliado o afeto negativo, o grupo DFP apresentou valores superiores ao observado no grupo controle, sendo mediana de 22(2;39) e 18(10; 36), respectivamente. Conclusão: Mulheres com DFP apresentaram percepção de função reduzida, maiores valores no domínio de afeto negativo e catastrofização da dor em relação a mulheres sem queixa de dor no joelho.</p> LILIAN RAMIRO FELICIO, ANA IZABEL RODRIGUES DE FREITAS, CAMILA MAGALHÃES DE LIMA, JULIA MARIA DOS SANTOS Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2472 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 AUTOEFICÁCIA E AUTOGERENCIAMENTO: UMA INVESTIGAÇÃO NACIONAL SOBRE A PRÁTICA DE FISIOTERAPEUTAS ATUANTES NA ÁREA MUSCULOESQUELÉTICA https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2506 <p><strong>Introdução:</strong>&nbsp;Autogerenciamento, mudanças comportamentais e de estilo de vida, e o desenvolvimento de autoeficácia para otimizar os resultados do tratamento fisioterapêutico, são elementos reconhecidos como importantes em abordagens biopsicossociais da dor musculoesquelética. No entanto, existe dúvida se a prática clínica fisioterapêutica no Brasil se alinha as recomendações científicas dessa abordagem.&nbsp;<strong>Objetivo</strong>: Diagnosticar o conhecimento teórico e a prática clínica de fisioterapeutas atuantes na área musculoesquelética em relação às estratégias de promoção da autoeficácia e autogerenciamento, visando fornecer subsídios para intervenções educacionais futuras.&nbsp;<strong>Métodos:</strong>&nbsp;Este estudo transversal utilizou um questionário online para coletar dados de fisioterapeutas atuantes na área musculoesquelética no Brasil. Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, aprovado pelo CEP(CAAE: 56551022.6.00005440). O questionário abordou conhecimento, prática clínica e promoção de estratégias de autoeficácia e autogerenciamento. Coletou-se ainda informações sociodemográficas, formação, perfil profissional (tempo de prática, leitura de artigos, possuir curso lato e stricto sensu) e setor de atuação (particular, público ou ambos). A análise descritiva de dados categóricos é apresentada em frequências (porcentagens).&nbsp;<strong>Resultados:</strong>&nbsp;Participaram do estudo 337 fisioterapeutas em sua maioria do sexo feminino (68,8%) com média de idade de 32,5 anos. A maioria dos participantes possuía curso Lato Sensu (73,9%), mas não formação Stricto Sensu (75,1%), e cerca de 44,2% possuíam menos de 5 anos de experiência. A atuação predominante ocorria no sistema privado de saúde (70,3%). A avaliação da autoeficácia foi considerada importante pelos fisioterapeutas (88,7%) e era realizada na clínica por meio de perguntas simples (92%), em vez do uso de questionários estruturados. Dos fisioterapeutas que promoviam autoeficácia (96,1%), apenas 44,4% utilizavam estratégias específicas, sendo a persuasão verbal (78,9%) a mais comum. As principais dificuldades para promover estratégias de autoeficácia incluíam comunicação, transferência do conhecimento teórico para a prática, adesão e crenças de pacientes. A frequência de leitura sobre autoeficácia foi baixa para maioria (82,5%). As estratégias mais frequentemente utilizadas para suportar o autogerenciamento foram aconselhar (91,7%), acordar (79,5%), assistir (72,7%) e avaliar (62,9%). A maioria dos fisioterapeutas (78,3%) indicou dificuldades para implementar o autogerenciamento na prática, especialmente relacionadas à adesão e às estratégias utilizadas.&nbsp;<strong>Conclusão:</strong>&nbsp;Embora a avaliação, promoção da autoeficácia e autogerenciamento sejam valorizadas e realizadas pelos fisioterapeutas, sua completa implementação, como estratégia de intervenção, parece enfrentar obstáculos significativos que poderiam ser superados com uma abordagem sistemática e intencional.</p> CAROLINA MATIELLO SOUZA, JAQUELINE MARTINS, ANAMARIA SIRIANI DE OLIVEIRA Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2506 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 DOR AUTORREFERIDA NA COLUNA VERTEBRAL NO BRASIL: RESULTADOS DA PESQUISA NACIONAL DA SAÚDE https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2538 <p><strong>Introdução:</strong>&nbsp;Dor lombar é uma das quatro doenças mais comuns e constitui um grande problema econômico em muitos países. A etiologia, na maioria dos casos (até 85%), é desconhecida ou inespecífica. No Reino Unido, a dor lombar é a causa mais comum de deficiência em adultos jovens sendo responsável por levar, a cada ano, cerca de 8% dos adultos deste país a consultarem o médico por referirem dor nas costas. Na Alemanha um estudo realizado com trabalhadores, para investigar a predominância de lombalgia nesta população, detectou que 34% dos trabalhadores apresentavam dor nas costas durante sete dias e 60% destes apresentavam dor nas costas durante um ano.&nbsp;<strong>Objetivo:&nbsp;</strong>Identificar a prevalência e a distribuição de casos de dor da coluna vertebral autorreferidas por pessoas com 18 anos de idade ou mais, residentes no Brasil de acordo com variáveis sociodemográficas.&nbsp;<strong>Métodos:&nbsp;</strong>Utilizou-se a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), desenvolvida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com o Ministério da Saúde. Os dados obtidos no site do Sistema IBGE de Recuperação Automática - SIDRA e o tratamento dos dados o software Statistical Package for the Social Science (SPSS) versão 20.0.&nbsp;<strong>Resultados:&nbsp;</strong>No Brasil, 19% da população adulta relatam dor crônica na coluna vertebral, sendo 15,26% (± 4,56) homens e 20,08% (± 4,11) mulheres. Após os 60 anos de idade, a prevalência é maior. Com relação à cor da pele 18,26% (± 3,53) são brancos, 17,27% (± 6,65) são negros e 17,93% (± 4,05) são pardos, sem diferença estatística. Quanto à escolaridade 23,55% (± 5,70) não tinham nenhum nível de instrução ou tinham ensino fundamental incompleto (p &lt; 0,001). A região sul do Brasil é a que apresenta o maior percentual (23,3%) de adultos com problema crônico na coluna, e o estado com maior percentual é o Paraná, com 26%.&nbsp;<strong>Conclusões:&nbsp;</strong>Os resultados mostraram que há uma relação entre dor na coluna e características sociodemográficas, apontando a região sul como a mais afetada pelos distúrbios da coluna vertebral, em comparação com as outras regiões do país.</p> WILLIANS CASSIANO LONGEN, LUIZA GOMES SANTOS, KRISTIAN MADEIRA Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2538 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 É VÁLIDO APLICAR O MODIFIED STAR EXCURSION BALANCE TEST E O MODIFIED-UPPER QUARTER Y-BALANCE TEST POR VIDEOCHAMADA EM ATLETAS AMADORES? https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2404 <p>INTRODUÇÃO:&nbsp;Testes de desempenho físico, como o Modified Star Excursion Balance Test (mSEBT) e o Modified-Upper Quarter Y-Balance Test (mUQYBT), são ferramentas de fácil acesso e de baixo custo, frequentemente utilizadas para mensurar as capacidades físicas de atletas. Usualmente, são aplicados presencialmente, com a montagem do teste e a supervisão do atleta feitas por um avaliador. Porém, em situações que demandem a ausência física do avaliador, alternativas válidas para execução desses testes são necessárias, sendo o formato remoto (isto é, por videochamada) uma opção a ser investigada. OBJETIVO:&nbsp;Verificar a validade concorrente do mSEBT e do mUQYBT aplicados por videochamada quando comparados a avaliação presencial. MÉTODOS:&nbsp;Participaram deste estudo 25 atletas amadores saudáveis (15 homens e 10 mulheres, com média de 24,5 ± 8 anos, 71,3 ± 12,6 kg e 1,69 ± 0,1 m), dos quais 21 realizaram ambos os testes e quatro apenas o mSEBT. Foram realizadas duas avaliações para ambos os testes, aleatoriamente selecionadas e supervisionadas pelo mesmo avaliador: uma presencial - montagem e orientações feitas pelo avaliador presencialmente, e outra por videochamada (via Google® Meet) - os atletas receberam materiais instrucionais para a montagem dos testes e foram supervisionados remotamente. Uma fita adesiva demarcou no solo três linhas de alcance, conforme cada teste (direções anterior [A], posteromedial [PM] e posterolateral [PL] para o mSEBT; e direções medial [M], superolateral[SL] e inferolateral[IL] para o mUQYBT). Três recipientes de plástico foram usados para demarcar o alcance final em cada direção. Foram solicitadas três tentativas de alcance em cada direção com apoio no membro inferior/superior dominante (D) e não dominante (ND) e a média foi considerada para análise. O nível de significância foi fixado em 5% e o teste de Pearson ou Spearman foi aplicado conforme a normalidade dos dados (Shapiro-Wilk). A força da correlação foi classificada como fraca (0,00 a 0,25), regular (&gt;0,25 a 0,50), moderada (&gt;0,50 a 0,75) ou forte (&gt;0,75 a 1,00). O software IBM® SPSS 22 foi utilizado. RESULTADOS:&nbsp;As avaliações presencial e remota apresentaram correlações positivas e significativas (p &lt; 0,05) para ambos os testes. No mSEBT, houve correlação de regular a moderada para o alcance A (D: r=0,41; ND: r=0,59, respectivamente) e forte para o alcance PL (D: r=,0,87; ND: r=0,83). Já para o alcance PM, houve correlação de moderada a forte (D: r=0,68; ND: r=0,83, respectivamente). No mQYBT, houve moderada correlação para os alcances IL (D: r= 0,68; ND: r=0,60) e SL (D: r=0,68; ND: 0,72). Para o alcance M, houve de moderada a forte correlação (ND: r= 0,68; D: r=0,81, respectivamente). CONCLUSÃO:&nbsp;A aplicação por videochamada do mQYBT e do mSEBT em atletas amadores mostrou-se válida quando comparada à aplicação no formato presencial. Esses achados preliminares fornecem para clínicos uma nova maneira de uso desses testes quando a avaliação presencial não for possível.</p> ROMÁRIO NÓBREGA SANTOS FONSECA, HILMAYNNE RENALY FONSECA FIALHO, JANILTON NATHANAEL SILVA, MAYCON THOMAS MOISÉS JALES, LETÍCIA BOJIKIAN CALIXTRE, DANILO HARUDY KAMONSEK, GERMANNA DE MEDEIROS BARBOSA Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2404 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 PREVALÊNCIA DE DISFUNÇÕES MUSCULOESQUELÉTICAS CERVICAIS EM INDIVÍDUOS COM MIGRÂNEA CRÔNICA NA FASE INTERICTAL https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2437 <p>Introdução:&nbsp;Dor cervical e disfunções musculoesqueléticas são queixas comuns em indivíduos com migrânea crônica. Migrânea crônica consiste numa cefaleia primária, caracterizada por dores de cabeça recorrentes e intensas, com sintomas associados que podem afetar significativamente a qualidade de vida. Estudos têm mostrado resultados conflitantes quanto à prevalência da migrânea crônica e a presença de comprometimentos musculoesqueléticos cervicais, mesmo durante o período interictal.&nbsp;Objetivos:&nbsp;Avaliar a prevalência de disfunções musculoesqueléticas cervicais durante o período interictal em indivíduos com migrânea crônica.&nbsp;Métodos:&nbsp;Estudo observacional, do tipo transversal, conduzido no Laboratório de Pesquisa em Neurociências, Universidade Federal de Sergipe, Brasil. Indivíduos com migrânea crônica, idade entre 18 até 50 anos e que não estivessem sob tratamento fisioterapêutico foram incluídos no período correspondente a agosto de 2022 até maio de 2023. Foram empregadas as seguintes medidas para avaliação dos distúrbios musculoesqueléticos cervicais: intensidade de dor cervical pela Escala Numérica da Dor de 11 pontos (<em>Numeric Rating Scale</em>), mobilidade de cervical alta avaliada por meio do teste de rotação e flexão crâniocervical (<em>Flexion rotation test</em>&nbsp;– FRT) e a incapacidade cervical avaliada por meio do Índice de Incapacidade Cervical (<em>Neck Disability Index -&nbsp;</em>NDI). Para análise dos dados, foi utilizado o software&nbsp;<em>GraphPad Prism</em>&nbsp;versão 6.0.&nbsp;Resultados:&nbsp;Um total de 207 indivíduos mostraram interesse, sendo 177 excluídos (migrânea episódica n=37; doenças associadas n=30; não respondeu n=54; sem disponibilidade n=36; em tratamento fisioterapêutico n=15; não compareceram na avaliação n=5). No total, 30 indivíduos foram incluídos nesta amostra, sendo 88,6% do sexo feminino e 11,4% do sexo masculino, idade média de 33,4±8,9 anos. Características da migrânea: 57,2% dos indivíduos apresentavam migrânea crônica com aura e 48,8% migrânea crônica sem aura, a média de tempo com migrânea foi de 16,6±10,1 anos, intensidade média das crises 7 na escala numérica da dor, frequência média de 17,02±5,7 dias com dores de cabeça por mês. Nesta amostra, 53,4% dos indivíduos autorrelataram ausência de dor cervical e 46,6% afirmaram estar com dor cervical, com a média de intensidade da dor 4 pela escala numérica da dor. No FRT, 73,4% dos indivíduos não apresentaram restrição de mobilidade, enquanto 13,3% apresentaram FRT positivo a direita e esquerda, respectivamente. Incapacidade cervical leve esteve presente em 36,6% dos casos, incapacidade moderada em 36,6% e incapacidade severa em 26,8% da amostra.&nbsp;Conclusão:&nbsp;De acordo com nossos resultados, mesmo durante o período interictal, 46,6% dos indivíduos afirmaram estar com dor cervical, com a média de intensidade da dor 4, sendo que a maioria não apresentou diminuição de mobilidade de cervical alta e a incapacidade cervical variou de leve a severa.</p> MARIA IVONE OLIVEIRA DANTAS, ANNE CAROLLINE DE FREITAS SOUZA, JÚLIA GABRIELY CORREIA SANTOS, TAUANE GRASIELA DOS SANTOS SILVA, THIFFANI SANTOS ARAGÃO, ISAAC RAFAEL SILVA LIMA, JOSIMARI MELO DE SANTANA Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2437 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 MOBILIDADE DE MEMBROS INFERIORES INTERFERE NO EQUILIBRIO ESTÁTICO E DINÂMICO E RISCO DE QUEDAS EM IDOSOS https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2489 <p><strong>Introdução:&nbsp;</strong>O processo de envelhecimento caracteriza-se por uma diminuição da capacidade funcional, comprometendo sistemas responsáveis pelo controle de equilíbrio, o que pode predispor o idoso ao evento de queda. Vários fatores podem estar relacionados as alterações de equilíbrio em idosos, sendo a redução da mobilidade, especialmente em membros inferiores, uma importante causa, e por isso, sua relação com o equilíbrio dessa população merece atenção e investigação.&nbsp;<strong>Objetivo:</strong>&nbsp;avaliar a relação entre mobilidade de membros inferiores e o equilíbrio estático e dinâmico e consequente risco de quedas em idosos.&nbsp;<strong>Método:&nbsp;</strong>O presente estudo teve protocolo de pesquisa aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário Cesmac. Tratou-se de um estudo transversal, realizado em todas as instituições de Longa Permanência para idosos na cidade de Maceió, Alagoas. Foram coletados dados socioeconômicos e demográficos, e realizada uma avaliação da mobilidade de membros inferiores e do equilíbrio corporal e risco de quedas. Para esse fim, foram aplicadas as escalas de Tinetti e o&nbsp;<em>Timed up and GO</em>&nbsp;(TUG). Os diferentes métodos diagnósticos foram comparados por meio da correlação de Spearman, para suprir possíveis violações na normalidade das variáveis. Em todas as análises foi utilizado um valor de alfa igual a 5% e o auxílio do programa estatístico SPSS v20.0.&nbsp;<strong>Resultados</strong>: A amostra final foi de 270 idosos. A média de idade foi de 78,9 anos, com predomínio do sexo feminino e baixo nível de escolaridade. Foi identificado um alto risco de quedas, onde 55,1% dos idosos avaliados apresentaram alto risco na escala de Tinetti, e 93,1% foram classificados como risco pelo teste de TUG. A análise da correlação entre os cruzamentos de Tinetti com os resultados do TUG apresentou resultados estatisticamente significativos, com correlação negativa, onde maiores valores de TUG, que representa menor mobilidade e menor velocidade de marcha e maior risco de quedas estão associados a menores valores de Tinetti, que representa pior equilíbrio e também, maior risco de quedas.&nbsp;<strong>Conclusão</strong>: A redução da mobilidade de membros inferiores e consequente redução da velocidade da marcha, correlacionou-se com alterações do equilíbrio e consequente risco de quedas.</p> ROBERTO FREIRE JUNIOR, JOSIAS VITOR DE LIMA, TAYARA ANDRADE DOS SANTOS, MIGUEL JOSÉ OLIVEIRA DE CARVALHO, LETÍCIA MARIA DA ROCHA SOARES, RICO TORRES DE OLIVEIRA CERQUEIRA, MARIA EDUARDA SILVEIRA SANTOS, FELIPE LIMA REBELO Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2489 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 FALTOU HIDROXICLOROQUINA PARA PACIENTES COM LÚPUS NO BRASIL DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19: UM SURVEY ONLINE https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2521 <p><strong>Introdução</strong>: O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença inflamatória crônica, multissistêmica, de causa desconhecida e de natureza autoimune, caracterizada pela presença de diversos auto-anticorpos. Evolui com manifestações clínicas polimórficas, com períodos de exacerbações e remissões. Apresenta manifestações musculoesqueléticas como dores articulares, musculares e edema nas articulações. A Cloroquina (CQ) e a Hidroxicloroquina (HCQ), medicamentos da classe dos antimaláricos são amplamente utilizados para pacientes com LES, pois ajudam a controlar o sistema imune, responsável por variadas manifestações clínicas da doença, além da ação anti-inflamatória diminuindo o risco de desenvolver sequelas.&nbsp;<strong>Objetivo</strong>: Avaliar o impacto da pandemia de Covid-19 no Brasil na escassez de antimaláricos para o tratamento do LES e a associação entre a falta de medicamento e aumento dos sintomas.&nbsp;<strong>Métodos</strong>: Este é um estudo transversal, quantitativo que avaliou dados de voluntários com LES, que responderam a um questionário online semiestruturado, divulgado diretamente à associações de doentes com LES no Brasil, com intuito de coletar dados sociodemográficos, informações sobre a doença, uso de hidroxicloroquina (HCQ) e informações sobre COVID-19 no período de 2020 a 2022. Procedeu-se a análise estatística descritiva (média e desvios-padrão) e inferencial utilizando-se o teste Shapiro-Wilk que comprovou a normalidade dos dados e o teste Qui-quadrado para análise de associação entre as variáveis. O nível de significância de 5% foi adotado.&nbsp;<strong>Resultados</strong>: Foram coletados dados de 466 participantes, com média de idade de 36,8+3,5 anos, com tempo médio de diagnóstico de 12,6+2 anos, sendo a grande maioria do sexo feminino 450 (96,5%), e 183 (39,2%) com ensino superior completo. Destes, 312 (66,9%) relataram que perceberam aumento dos sintomas após o início da pandemia e distanciamento social, sendo os principais: dores articulares (70,0%), ansiedade (68,3%), fadiga (64,0%) e medo (41,6%). Do total de participantes, 443 (95%) relataram o uso de HCQ, a maioria desses indivíduos 276 (59,3%), relataram que não estavam conseguindo encontrar HCQ nas farmácias e 164 (35,2%) responderam ter percebido aumento dos sintomas após terem parado de tomar HCQ devido a insuficiência nas farmácias. A escassez de HCQ foi relatada em todas as regiões do Brasil, variando de 85,0% no Norte a 36,4% no Centro-Oeste. Os resultados apontam uma associação direta entre a escassez de HCQ e o aumento de sintomas percebidos pelos doentes (OR=4,70 / IC=2,86 -7,71).&nbsp;<strong>Conclusão</strong>: Mais da metade dos pacientes com LES não encontraram HCQ nas farmácias durante a pandemia de Covid-19 entre os anos de 2020 e 2022 no Brasil na amostra estudada. É possível que a interrupção no uso regular do antimalárico HCQ tenha contribuído para aumento dos sintomas percebidos por doentes com LES neste período.</p> CECÍLIA EMILY COSTA DOS SANTOS, MYARA CRISTINY MONTEIRO CARDOSO, DANIELA GONÇALVES OHARA, MAYCON SOUSA PEGORARI, JOSÉ RIBEIRO DA SILVA NETO, CLEBER CARDOSO MADUREIRA, AREOLINO PENA MATOS Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2521 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 EXERCÍCIOS AQUÁTICOS ASSOCIADOS A EXERCÍCIOS EM SOLO NO TRATAMENTO DE FRATURA DIAFISÁRIA DE ÚMERO – RELATO DE CASO https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2420 <p>Introdução: As fraturas de diáfise de úmero representam 1,2 % de todos os casos de fraturas em adultos. Independente do tratamento escolhido, cirúrgico ou imobilização, a capacidade funcional (CF) após esse tipo de fratura é reduzida e a rapidez de retorno do paciente às atividades diárias é dependente da intervenção com fisioterapia. Esta abordagem pode diminuir as complicações e contribuir para a melhora da amplitude de movimento (ADM), força muscular, CF, além de atuar no manejo da dor desses pacientes. Contudo as referências sobre os efeitos da fisioterapia aquática (FA) no tratamento pós-operatório (PO) de fraturas de diáfise de úmero são escassas, mesmo com demonstrações prévias da efetividade da modalidade de tratamento após outras cirurgias ortopédicas.&nbsp;Relato da Experiência:&nbsp;o objetivo desse relato é simular valores de funcionalidade por meio de uma Análise de Modelagem de Simulação (<em>SMA</em>) após uma fratura de diáfise de úmero. Avaliar os efeitos da combinação de exercícios aquáticos e em solo após fraturas diafisárias de úmero para os desfechos ADM, força muscular e CF. Este é o relato de caso de um paciente de 46 anos, sexo masculino, com fratura de diáfise de úmero, o qual realizou correção cirúrgica da fratura com colocação de haste intramedular no braço esquerdo. A funcionalidade foi avaliada com o Questionário&nbsp;<em>Disabilities of the Arm, Shoulder and Hand</em>&nbsp;(<em>DASH</em>). As medidas pré e pós-intervenção do&nbsp;<em>DASH</em>&nbsp;foram analisadas por&nbsp;<em>SMA</em>&nbsp;(autocorrelação,&nbsp;<em>r</em>&nbsp;e significância) e a diferença mínima clinicamente importante (DMCI) foi utilizada. A força muscular foi medida por meio do dinamômetro portátil&nbsp;<em>MicroFet 2</em>&nbsp;(kgf) e a ADM do ombro foi medida pelo goniômetro manual. Após a realização de 15 sessões de FA e, cinco em solo, houve melhora na ADM para todos os movimentos do ombro (Flex_Inicial 52 °, Flex_Final 140 °; Abd_Inicial 58 °, Abd_Final 110°; Rot_Int_Inicial 64 °, Rot_Int_Final 90 ° e Rot_Ext_Inicial 0 º, Rot_Ext_Final 32 °), além de um ganho de 25 % na ADM do cotovelo. Foi observada a melhora da força muscular para os flexores de ombro (Inicial 3,9 kgf; Final 11,7 kgf) e flexores de cotovelo (Inicial 18,8 kgf; Final 30,2 kgf). Quanto à CF os resultados também foram positivos, a DMCI foi atingida no questionário&nbsp;<em>DASH</em>, com 18,3 % de melhora. Os dados analisados por&nbsp;<em>SMA&nbsp;</em>demonstraram autocorrelação = 0,78,<em>&nbsp;r</em>&nbsp;= - 0.87 e&nbsp;<em>P</em>&nbsp;= 0,01.Considerações Finais:&nbsp;a combinação de FA (15 sessões) e exercícios em solo (5 sessões) realizada no período PO em um indivíduo com fratura de diáfise de úmero mostrou que a predição da funcionalidade por análise de séries temporais pode ser alcançada, com uma mudança&nbsp;<em>(slope</em>) a cada sessão = -2,25. A DMCI no questionário&nbsp;<em>DASH</em>&nbsp;foi atingida e a pontuação chegou a zero, ou seja, sem comprometimento funcional algum. Foram observadas melhoras na ADM para os movimentos do ombro e cotovelo, além de aumento da força muscular no lado comprometido.</p> FERNANDA QUEIROZ R. C. MOSTAGI, PEDRO AFONSO CAZARIN, KAREN OBARA, RAIANE GUIDOLIN MARCATO, VANESSA PEREIRA ANDREOTTI, GABRIEL VASCONCELLOS ROBERTO, SHIGUEO BONILHA ODA, JEFFERSON ROSA CARDOSO Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2420 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 EFEITOS DE PALMILHAS ADAPTADAS EM CHINELOS EM PACIENTES COM DOR PERSISTENTE NO RETROPÉ. ESTUDO CLÍNICO SHAM-CONTROLADO E ALEATORIZADO https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2455 <p><strong>Introdução</strong>: Dor persistente no retropé é uma condição comum na população adulta de meia idade e pode estar relacionada com achados clínicos como a fasciopatia plantar e o esporão de calcâneo. O estado de persistência dos sintomas é prevalente em 10% da população e é muitas vezes incapacitante, afetando a qualidade de vida, a função e aspectos sociais do indivíduo. Devido sua prevalência importante, a dor persistente no retropé tem sido amplamente investigada desde a sua etiologia, diagnóstico, tratamento e administração dos sintomas. O tratamento com palmilhas é recomendado e por ser um recurso prático e confortável, palmilhas adaptadas em chinelos têm sido investigadas para fasciopatia plantar, porém, não são conhecidos os efeitos em indivíduos com dor persistente no retropé. <strong>Objetivo</strong>: Avaliar o uso de palmilhas adaptadas em chinelos no curto e médio prazo na intensidade da dor matinal, dor ao caminhar ao longo do dia, função do pé e capacidade funcional da caminhada de indivíduos com dor persistente no retropé. <strong>Métodos</strong>: Estudo clínico duplo-cego, controlado por sham. Os participantes foram aleatorizados em dois grupos: palmilhas adaptadas em chinelos (n=40), produzidas conforme o tipo de pé do participante e chinelos com palmilhas sham (n=40). Os participantes foram avaliados no baseline, em seis e 12 semanas de intervenção e 4 semanas após a intervenção (T16). O desfecho primário foi a dor matinal e ao longo do dia, avaliada pela escala numérica de dor. Os desfechos secundários foram a função do pé pelo Índice de Função do Pé e capacidade funcional pelo Teste de caminhada de 6 minutos. A catastrofização da dor foi avaliada para caracterização da amostra na avaliação inicial. Uma análise de variância com delineamento misto foi utilizada, além da interação entre tempo e grupo. <strong>Resultados</strong>: Não houve diferenças entre os grupos para intensidade da dor matinal em curto [diferença média (DM) = -0,7 (IC 95% -1,9 a 0,6)] e em médio [DM = 0,01 (IC 95% -1,4 a 1,4)] prazos. Também não houve diferenças entre os grupos nos demais desfechos para ambos os tempos. Com relação à catastrofização da dor, o grupo experimental apresentou média de 28,9 pontos (± 10,3) e no grupo controle 29,9 pontos (± 9,5). Não houve diferença estatística entre os grupos (p=0,6). <strong>Conclusão</strong>: Palmilhas adaptadas em chinelos não foi superior a chinelos com palmilhas sham para dor matinal, dor ao caminhar ao longo do dia, função e capacidade funcional da caminhada em indivíduos com dor persistente no retropé. Como mensagens clínicas podemos afirmar que utilizar palmilhas adaptadas em chinelos por 12 semanas não melhorou a dor e a função de indivíduos com dor persistente no retropé; chinelos planos (grupo sham) não são contraindicados para indivíduos com dor persistente no retropé e indivíduos com dor persistente no retropé apresentam características de catastrofização da dor.</p> MARINA GOMES FAGUNDES, ANDRÉ AUGUSTO MARTINES TEIXEIRA MENDES, GERMANNA DE MEDEIROS BARBOSA, MARCELO CARDOSO DE SOUZA Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2455 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 CORRELAÇÃO ENTRE FORÇA DE PREENSÃO MANUAL, ESTABILIDADE DINÂMICA E PREVALÊNCIA DE LESÕES EM ATLETAS DE HANDEBOL E BAILARINAS CLÁSSICAS https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2504 <p>Introdução: A prevalência de lesões é algo que aflige principalmente os indivíduos que precisam de suas capacidades físicas na mais alta performance. Como acontece no Ballet e no Handebol, que apesar de gerarem adaptações físicas distintas, tendo em vista a marcante diferença entre suas atividades, se assemelham na exposição de seus praticantes a altos níveis de demanda física, podendo ou não resultar em lesões. Objetivos: O objetivo deste estudo foi avaliar jovens atletas de Handebol e bailarinas clássicas e investigar possíveis correlações entre as variáveis de força de preensão manual, estabilidade dinâmica e a média de prevalência de lesões nessa população. Métodos: Participaram deste estudo 41 bailarinas e 40 atletas de Handebol. Ambos os grupos foram avaliados através de um questionário de investigação, do SEBT (Y Balance Test) e de um dinamômetro manual digital, que correspondem respectivamente à avaliação de lesão, estabilidade dinâmica e força de preensão manual. Para participar da pesquisa era necessário ser praticante da modalidade, por no mínimo dois anos, ter frequência de pelo menos duas vezes na semana e estar entre 12-20 anos de idade. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética da UFRJ e todos os participantes deram consentimento para participar da pesquisa. Os dados foram analisados através do programa Excel e as correlações feitas pelo Coeficiente de Correlação de Pearson (r). Resultados: Os resultados mostraram uma correlação r= + 0,006 e r= - 0,16 entre força muscular x lesão e SEBT x lesão, respectivamente, no Grupo Dança. Já no Grupo Handebol, as correlações foram r= +0,02 entre força muscular x lesão e e r= + 0,006 entre SEBT x lesão. Foram registradas 11 lesões entre 41 bailarinos e 29 lesões entre 40 jogadores de Handebol. Conclusão: O presente estudo conclui que houveram fracas correlações entre as variáveis analisadas e sugere que, para diminuir a prevalência de lesões é preciso avaliar outras variáveis e suas diferentes interações, não somente força e estabilidade dinâmica,. É preciso pensar a lesão como um acontecimento multifatorial, que integra não somente o sistema músculo esquelético, mas sim o corpo como um todo, além de contextos sociais nos quais os indivíduos estão inseridos.</p> FERNANDO EDUARDO ZIKAN, BRUNO TORRES MUTUANO, MARIA DO ESPÍRITO SANTO DE ANDRADE, PAULA MONTEIRO CLEM, THIAGO GABRIEL BITTENCOURT LOUSADA, JOÃO PEDRO MEDEIROS, BEATRIZ CAROLLINE SALVI Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2504 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 NÍVEL DE CONHECIMENTO SOBRE DOR ENTRE ACADÊMICOS DO CURSO DE FISIOTERAPIA DOS CAMPI DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2536 <p><strong>Introdução:</strong>&nbsp;A dor é um fenômeno global que acarreta limitação funcional, impacta na qualidade de vida e gera custos sociais e econômicos de grandes proporções. A dor crônica afeta mais de 30% da população mundial. Por se tratar de uma condição complexa, exige domínio de diferentes habilidades para garantir o tratamento eficaz. Para tal, é necessário que as instituições de ensino superior garantam o preparo adequado dos futuros profissionais de saúde.&nbsp;<strong>Objetivo:</strong>&nbsp;Identificar o nível do conhecimento sobre neurofisiologia da dor entre os estudantes de diferentes períodos dos cursos de graduação em Fisioterapia da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).&nbsp;<strong>Métodos:</strong>&nbsp;CAAE 44151321.1.0000.5147, parecer: 4.643.895. Estudo transversal e descritivo, com amostra de conveniência composta por 95 acadêmicos do curso de Fisioterapia da UFJF agrupados em três grupos: períodos iniciais (PIN), intermediários (PI) ou avançados (PA). Foi aplicado um formulário&nbsp;<em>on-line</em>&nbsp;com perguntas sobre as características sociodemográficas, a experiência pessoal de dor crônica, o ensino de dor na UFJF e o Questionário Neurofisiológico da Dor (NPQ-BR). O teste do qui-quadrado foi aplicado para comparação das variáveis categóricas e ANOVA medidas independentes para comparar as variáveis contínuas entre os trê grupos, usando Tukey como&nbsp;<em>post-hoc</em>.&nbsp;<strong>Resultados:</strong>&nbsp;Amostra composta por mulheres (79%) de 18 a 40 anos. O autoconhecimento e ensino oferecido sobre dor foi declarado como regular/ruim, em especial, pelos grupo PA (P&lt;0,05). Todavia, 87% dos estudantes concordam que os exercícios e a educação podem colaborar para o tratamento. Para os discentes, o assunto dor deve ter destaque no currículo do curso e ser abordado em várias disciplinas – inter ou transdisciplinarmente. O escore médio no NPQ foi de 7 acertos e não diferiu entre os grupos (P&gt;0,05), sendo os itens “Quando parte do seu corpo está lesionado, receptores especiais da dor levam a mensagem da dor para seu cérebro” e “É possível sentir dor e não saber disso” os com maior frequência de erros.&nbsp;<strong>Conclusão:</strong>&nbsp;O nível do conhecimento sobre neurofisiologia da dor entre os estudantes dos diferentes períodos dos cursos de graduação em Fisioterapia da UFJF é insuficiente, reforçando a necessidade de aprimoramento do currículo.</p> KATY ANDRADE MONTEIRO ZACARON, RAYANE QUINTÃO CASTRO, ALINE MONTEIRO DE SOUZA, BÁRBARA ARAÚJO BICALHO CÉSAR, LUDIMILA FORECHI Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2536 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 AVALIAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR DE QUADRIL E TRONCO ENTRE INDIVÍDUOS COM E SEM DOR NO OMBRO: UM ESTUDO TRANSVERSAL DE FATORES DA CADEIA CINÉTICA https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2402 <p>INTRODUÇÃO:&nbsp;Alterações de força muscular em componentes da cadeia cinética podem comprometer a transmissão de energia entre os segmentos corporais e sobrecarregar estruturas adjacentes como o complexo do ombro. As regiões de quadril e tronco compõem o elo central da cadeia cinética e, embora déficits de força muscular já tenham sido observados em atletas com dor no ombro, tais aspectos ainda não foram explorados no público de não-atletas. OBJETIVO:&nbsp;Comparar o pico de força isométrica de músculos de quadril e tronco entre indivíduos não-atletas com e sem dor no ombro. MÉTODOS:&nbsp;Participaram do estudo 28 indivíduos sem histórico de condições reumatológicas e/ou traumas/cirurgias na região do ombro (com dor: n = 14 [10 mulheres]; 26,9 ± 7,7 anos; 22,8 ± 2,3 Kg/m²; sem dor: n = 14 [6 mulheres]; 27,0 ± 13,3 anos; -24,4 ± 3,1 Kg/m²). Foram realizadas avaliações da força muscular isométrica de músculos do quadril (flexores e, por meio do Hip Stability Isometric Test [hipSIT], os abdutores/extensores/rotadores laterais) e tronco (rotadores e extensores) utilizando o ©Lafayette Hand Held Dynamometer 01165. Com exceção da avaliação dos extensores do tronco, as demais foram realizadas nos lados dominante (D) e não dominante (ND). Cada indivíduo realizou duas contrações isométricas máximas durante cinco segundos (30 segundos de descanso entre elas). Em casos de variação &gt; 10%, um terceiro valor foi coletado e a média entre os valores mais próximos foi calculada e normalizada pelo peso corporal (N/Kg). Os dados foram analisados pelo IBM® SPSS 22 e apresentaram distribuição não-normal (Shapiro-Wilk), sendo o teste de Mann-Whitney U utilizado. O nível de significância foi fixado em 5% e o tamanho de efeito (d) foi calculado. RESULTADOS:&nbsp;Quando comparado aos assintomáticos, indivíduos com dor no ombro apresentaram menores valores de força isométrica dos músculos flexores do quadril do lado D (diferença média [DM] = 122,8 N/Kg; p = 0,02; d = 0,9), rotadores (DM, lados D/ND = 33,5/63 N/Kg; p &lt; 0,03; d = 0,6/1,1) e extensores do tronco (DM = 97,6 N/Kg; p = 0,03; d = 0,8). Não foram observadas diferenças intergrupos estatisticamente significativas para a força dos flexores do quadril (lado ND) e hipSIT (D/ND) (p &gt; 0,05). CONCLUSÃO:&nbsp;Indivíduos com dor no ombro apresentam redução de força isométrica em músculos flexores do quadril (lado D) e tronco em comparação aos assintomáticos (tamanho de efeito médio-grande). Tais achados sugerem que uma avaliação fisioterapêutica mais ampla e que considere fatores da cadeia cinética pode ser relevante em indivíduos com dor no ombro fora do âmbito esportivo.</p> HILMAYNNE RENALY FONSECA FIALHO, ROMÁRIO NÓBREGA SANTOS FONSECA, ALESSANDRA PEREIRA RIBEIRO, HIGOR PINHEIRO ALVES DE OLIVEIRA, JANILTON NATHANAEL SILVA, PAULO HENRIQUE DAS CHAGAS NASCIMENTO, DANILO HARUDY KAMONSEK, GERMANNA DE MEDEIROS BARBOSA Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2402 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 COMPORTAMENTO DE ADESÃO AO EXERCÍCIO POR USUÁRIOS COM DOR CRÔNICA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2435 <p>Introdução: O exercício físico é uma das principais abordagens para o tratamento de pacientes com dor crônica e é frequentemente recomendado pelos profissionais de saúde. No entanto, a adesão a essa modalidade é pouco investigada na atenção primária.&nbsp;Objetivo:&nbsp;conhecer o comportamento da adesão de usuários com dor crônica em relação à prática de exercícios prescritos pelos profissionais da atenção primária.&nbsp;Método: Estudo descritivo, exploratório. Participaram 30 usuários adultos, com queixas de dor crônica musculoesquelética, que estavam sendo acompanhados pelas equipes de saúde da família de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) no município de Florianópolis (SC). Foram utilizados como instrumentos: (1) formulário para coleta de dados sociodemográficos e clínicos; (2) Escala Numérica de Dor; (3) Questionário de Incapacidade Roland Morris para dor em geral (QIRM); e (4) Escala de avaliação de Adesão ao Exercício (EARS-Br). Os dados foram analisados por meio da estatística descritiva (para os dados da EARS-Br foi utilizado o cálculo do Ranking Médio).&nbsp;Resultados: A maioria dos participantes foram mulheres (80%) com idade entre 23 e 74 anos (Média: 52,9 ±13,4), com dor na coluna. Aproximadamente 96,7% relataram dor de intensidade moderada ou intensa e 53,3% tinham incapacidade funcional. Os exercícios mais frequentemente prescritos foram exercícios domiciliares (50,0%) e exercícios em grupo (46,7%). O nível de adesão foi baixo (33,3%), e aproximadamente 57% realizavam uma frequência menor que a prescrita ou não realizavam os exercícios propostos. A piora da dor e/ou cansaço durante os exercícios foram apontadas como razões que mais contribuíram para baixa adesão.&nbsp;Conclusão:&nbsp;A adesão aos exercícios recomendados é baixa e pode estar relacionada com a intensidade da dor e às modalidades de exercícios prescritas.</p> CARINA JORGE DA SILVEIRA MOREIRA, STEFFANI PINHEIRO, ANA ELISA PACHECO, GIOVANA ANASTASI PERIN, CAROLINA DOS REIS MAIER, CAROLINA SILVA DE AVILA, EDUARDO DA SILVEIRA QUEIROZ, MICHELINE HENRIQUE ARAUJO DA LUZ KOERICH Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2435 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 ACURÁCIA DIAGNÓSTICA DE TESTES NEURODINÂMICOS PARA O MEMBRO SUPERIOR EM INDIVÍDUOS COM DOR CERVICAL https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2470 <p><strong>Introdução:</strong>&nbsp;Testes neurodinâmicos para o membro superior têm sido utilizados para identificar alterações na mecanossensibilidade neural em pacientes que apresentam dor cervical e/ou nos membros superiores. Uma resposta positiva aos testes pode estar associada à sensibilidade alterada do tecido neural e dor neuropática. A acurácia diagnóstica dos testes neurodinâmicos para avaliar dor neuropática tem sido ainda pouco estudada.&nbsp;<strong>Objetivos:</strong>&nbsp;O objetivo do estudo foi analisar a acurácia diagnóstica de testes neurodinâmicos para o membro superior para avaliar dor neuropática em indivíduos com dor cervical.&nbsp;<strong>Métodos:</strong>&nbsp;Foi realizado um estudo de acurácia diagnóstica em pacientes com dor cervical avaliados por meio de anamnese, exame físico específico e pela aplicação dos testes neurodinâmicos para o membro superior (TNMS) dos nervos mediano (TNMS1), radial (TNMS2b) e ulnar (TNMS3). O diagnóstico da dor neuropática foi realizado conforme os critérios de Treede et al. (2008) que classificam a dor neuropática em definida, provável, possível ou improvável.&nbsp;<strong>Resultados:</strong>&nbsp;Foram analisados 10 pacientes com dor neuropática definida (40%) ou provável (60%), média de idade de 48,2±6,4 anos, sendo 3 (30%) do sexo masculino e 7 (70%) do sexo feminino. Os resultados demonstraram maior sensibilidade (TNMS1: 90%; TNMS2b: 100%; TNMS3: 80%) do que especificidade (TNMS1: 78,6%; TNMS2b: 64,3%; TNMS3: 78,6%) e valores preditivos negativos (TNMS1: 91,7%; TNMS2b: 100%; TNMS3: 84,6%) melhores que valores preditivos positivos (TNMS1: 75%; TNMS2b: 66,7%; TNMS3: 72,7%) para os testes neurodinâmicos para o membro superior dos nervos mediano, radial e ulnar analisados. Ao analisar a acurácia diagnóstica dos pacientes com dor neuropática definida os resultados demonstraram também sensibilidade (TNMS1: 100%; TNMS2b: 100%; TNMS3: 75%) maior do que especificidade (TNMS1: 60%; TNMS2b: 45%; TNMS3: 40%) e valores preditivos negativos (TNMS1: 100%; TNMS2b: 100%) melhores que valores preditivos positivos (TNMS1: 33%; TNMS2b: 26,7%). Não foi possível o cálculo dos valores preditivos positivo e negativo para o TNMS3 nos pacientes com dor neuropática definida porque não houve sujeitos suficientes.&nbsp;<strong>Conclusão:</strong>&nbsp;Os resultados favorecem a conclusão de que os testes neurodinâmicos para o membro superior analisados apresentam maior sensibilidade do que especificidade e valores preditivos negativos melhores do que valores preditivos positivos sendo mais úteis para descartar do que para confirmar dor neuropática em indivíduos com dor cervical.</p> LARIESSA PINTO RIBEIRO, NATHALIA CAMARGO ZEN, SUYANE DAMBROS, MARIA EDUARDA EBERT MUNARETTO, EDUARDO LINDEN JUNIOR Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2470 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 ALTERAÇÕES NA SENSIBILIDADE CUTÂNEO-PROTETORA DA REGIÃO PLANTAR AUMENTA O RISCO DE QUEDAS EM IDOSOS https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2487 <p><strong>Introdução</strong>: A literatura já aponta que alterações sensitivas em idosos podem conduzir a uma série de problemas, inclusive de ordem funcional. No envelhecimento, é comum ocorrer uma diminuição na sensibilidade cutânea protetora plantar, o que pode representar repercussões importantes sobre o equilíbrio, uma vez que o sistema somatossensorial é uma das vias extremamente importantes na manutenção do controle postural.&nbsp;<strong>Objetivo:&nbsp;</strong>avaliar a relação entre alterações de sensibilidade cutâneo-protetora com o risco de queda em idosos.&nbsp;<strong>Metodologia</strong>: Tratou-se de um estudo observacional, de corte transversal, que teve Protocolo de pesquisa aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário Cesmac. A pesquisa foi realizada com idosos comunitários participantes de um grupo para terceira idade na cidade de Maceió, Alagoas. Foram incluídos idosos de ambos os sexos, com idade entre 60 e 89 anos, e excluídos aqueles alterações e/ou deformidades reumatológicas, neurológicas ou sensoriais que interferissem no equilíbrio corporal. Os idosos foram submetidos a uma avaliação da sensibilidade, realizada através da estesiometria e uma avaliação do equilíbrio e mobilidade através do&nbsp;<em>Timed Get Up and Go test&nbsp;</em>(TUGT). As associações entre variáveis categóricas foram feitas por meio do teste do qui-quadrado, enquanto a comparação entre médias foi feita por meio do teste “t”. Para todos os casos, adotou-se um valor de alfa igual à 5% e o software estatísticos SPSS v 21.0.&nbsp;<strong>Resultados:&nbsp;</strong>Foram avaliados 31 idosos, com a média de idade de 69,45 anos (± 5,29), sendo 29 (93,5%) do sexo feminino, e 2 (6,5%) do sexo masculino. O cruzamento estatístico entre os resultados da estesiometria e do TUGT revelaram associação estatisticamente significativa (&lt;0,01), onde alterações moderadas à grave de sensibilidade associaram-se piores desempenhos e consequente maior risco de quedas avaliados pelo TUGT&nbsp;<strong>Conclusão:&nbsp;</strong>Pode-se analisar que a alteração na sensibilidade na região plantar do pé tem influência sobre o risco de quedas em idosos, o que pode ser atribuído as alterações somatossensoriais que implicam em comandos inefetivos para manutenção do controle postural, uma vez que não haverá envio de informação suficiente sobre as mudanças de pressão da planta dos pés, provocando assim instabilidade postural.</p> MARIA EDUARDA SILVEIRA SANTOS, MARCOS PEDRO VANDERLEI MONTEIRO, MARCELO AUGUSTO SANTOS SILVA, EDMIRSON GONÇALVES DE ALBUQUERQUE NETO, ROBERTO FREIRE JUNIOR, MIGUEL JOSÉ OLIVEIRA DE CARVALHO, JOSIAS VITOR DE LIMA, FELIPE LIMA REBÊLO Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2487 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 ASSOCIAÇÃO DA AUTOEFICÁCIA, AUTORREGULAÇÃO E ESTILO DE VIDA COM DOR E INCAPACIDADE DO OMBRO https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2519 <p>Introdução: Fatores psicossociais como autoeficácia e autorregulação, bem como o estilo de vida do indivíduo estão associados à condição de dor musculoesquelética crônica. A relação da autoeficácia com a dor no ombro está mais estabelecida, o que não se observa na autorregulação e no estilo de vida. Objetivo: Deste modo, o objetivo do estudo é verificar a relação da autoeficácia, autorregulação e estilo de vida com a dor e incapacidade no ombro. Métodos: Este estudo transversal do tipo observacional incluiu 71 indivíduos com dor no ombro há pelo menos três meses e com positividade em testes de impacto do ombro, recrutados dos serviços de fisioterapia do Centro de Saúde Escola – Cuiabá ou no Centro de Reabilitação do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (CER-HCFMRP). Foram excluídos indivíduos com condições reumáticas, neurológicas e com dor no ombro de origem cervicogênica. Todos os pacientes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido aprovado no CEP (CAAE: 55951822.2.0000.5440) e foram avaliados quanto aos dados sociodemográficos e variáveis autorrelatadas de autoeficácia por meio da Pain Self-Efficacy Questionnaire (PSEQ), autorregulação por meio do Short Self-Regulation Questionnaire (SSRQ), estilo de vida por meio do questionário “Estilo de Vida Fantástico”, dor e incapacidade no ombro pela escala Shoulder Pain and Disability Index (SPADI) e intensidade de dor pela Escala Visual Numérica (EVN). As variáveis de caracterização da amostra e pontuações dos questionários foram apresentadas em média e desvio padrão. A associação foi realizada por Regressão Linear Múltipla. Resultados: De forma geral, observou-se intensidade de dor moderada (6,9 pontos) pela Escala Visual Numérica, nível moderado de intensidade de dor (70,2 pontos), incapacidade importante (56,5 pontos) no SPADI, autoeficácia adequada (40,1 pontos), elevada autorregulação (114,4 pontos) e o estilo de vida muito bom (72,2 pontos). O modelo final de regressão resultou em uma única etapa que incluiu apenas a autoeficácia (PSEQ-10) e explicou 43% (<em>P</em>&nbsp;&lt;0,001) da variância total na pontuação do SPADI. O coeficiente padronizado (Beta) revelou uma relação grande entre dor e incapacidade no ombro e autoeficácia (Beta = ?0,847,&nbsp;<em>P</em>&nbsp;&lt;0,001). O coeficiente não padronizado (?) indicou que o aumento de 1 ponto na escala de autoeficácia (PSEQ-10) implica na redução de 0,85 pontos na escala SPADI (IC 95%: ?1,1 a ?0,62). Conclusão: O presente estudo mostra a relação da autoeficácia com a dor e incapacidade em pacientes com dor crônica no ombro, demonstrando a importância de se avaliar os aspectos psicológicos que determinam comportamentos que podem ser prejudiciais ao quadro clínico do paciente, ou seja, com uma abordagem além da dor e incapacidade física do paciente.</p> CAMILA SCHERRES NICOLAU, JAQUELINE MARTINS, JÚLIA FACCHINI, ANAMARIA SIRIANI DE OLIVEIRA Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2519 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 EFEITOS NEURODINÂMICOS DO NERVO CIÁTICO APÓS MOBILIZAÇÃO NEURAL ISOLADA OU COMBINADA EM INDIVÍDUOS ASSINTOMÁTICOS: Um ensaio clínico randomizado https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2418 <p>Introdução: A técnica de mobilização neurodinâmica é popular entre os fisioterapeutas apesar de não ser recomendada por diretrizes internacionais no tratamento da dor radicular do ciático.<strong>&nbsp;</strong>Estruturas adjacentes ao nervo ciático (NC) podem contribuir para o aumento da tensão do nervo ou simular um quadro de dor radicular do ciático. Objetivos: Verificar o efeito imediato da mobilização neural isolada ou combinada com o tratamento das estruturas adjacentes nos efeitos da neurodinâmica ciática em indivíduos assintomáticos. Métodos: Foi realizado um ensaio clínico randomizado controlado reportado de acordo com os requisitos&nbsp;<em>Consolidated Standards of Reporting Trials (CONSORT)</em>. Os participantes preencheram uma ficha contendo características sociodemográficas, clínicas e de estilo de vida, e em seguida realizaram avaliação neurodinâmica do NC por um examinador cego. Um ultrassom de imagem (US, ‘<em>Philips Lumify</em>’) foi utilizado para avaliar a área de secção transversa do NC, o índice de ecogenicidade e distância do ápice do nervo ciático até a pele. O teste clínico de tensão do NC foi avaliada por meio da amplitude de movimento de flexão do quadril durante o teste de ‘<em>Elevação da Perna Estendida’</em>. Após a avaliação inicial, os participantes foram alocados por randomização de blocos gerado pelo ‘<em>Research Randomizer</em>’ em dois grupos. O grupo experimental foi submetido à mobilização neurodinâmica do NC adicionado a manobras miofasciais e o grupo controle recebeu somente a mobilização do NC, ambos padronizados com o tratamento no membro inferior direito e pelo mesmo fisioterapeuta cego à avaliação. Após a intervenção, uma nova avaliação neurodinâmica do NC foi realizada. O teste estatístico utilizado para analisar a diferença entre os grupos após o tratamento foi o ANOVA de medidas repetidas e foi considerado estatisticamente significativo p=0,05. Resultados: Foram incluídos 40 indivíduos com idade entre 18 e 36 anos. Dentre os indivíduos 34 (85%) eram do sexo feminino e 25 (63%) relataram prática de atividade física regular. Os indivíduos foram divididos igualmente em dois grupos homogêneos. Houve diminuição significativa da área de secção transversa (p&lt;0.01) e da distância nervo/pele (p&lt;0.01) durante o aumento de tensão do NC em diferentes posições do membro testado para os dois grupos. Ambos os grupos apresentaram aumento significativo de ADM na&nbsp;<em>Elevação da Perna Estendida</em>&nbsp;(p&lt;0.01), mas não apresentaram diferença entre as intervenções (p=0.23) para esse desfecho. Não houve diferença significativa para ambos os grupos ou diferenças entre si nas avaliações de área de secção transversa, ecogenicidade e distância nervo/pele. Conclusão: Mobilização neurodinâmica isolada ou combinada com manobras miofasciais foram efetivas no ganho de ADM na&nbsp;<em>Elevação da Perna Estendida</em>&nbsp;e apresentaram resultados semelhantes na área de secção transversa do NC, o índice de ecogenicidade e distância do ápice do nervo ciático até a pele.</p> LUIZA FERREIRA MOREIRA, RAYSSA DE VILHENA MOREIRA, LOUISE ACALANTIS PEREIRA PIRES FERNANDES, LEANDRO ALBERTO CALAZANS NOGUEIRA Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2418 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 EXISTE UM APP PARA SUA DOR: ANÁLISE CRÍTICA DOS APLICATIVOS (APPS) MÓVEIS PARA DOR DISPONÍVEIS NO BRASIL https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2453 <p><strong>Introdução:</strong> Os aplicativos (Apps) móveis de saúde vêm sendo utilizados em diversas condições de saúde incluindo a dor. Os Apps têm o potencial de melhorar o controle da dor por meio do uso de diários, lembretes de medicamentos e de consultas, educação e facilitação da comunicação entre pacientes e profissionais de saúde. Com a popularização dos Apps para saúde, há uma necessidade crítica de se mapear os Apps para dor disponíveis no Brasil.&nbsp;<strong>Objetivo:&nbsp;</strong>Caracterizar os Apps destinados ao monitoramento, educação ao auto manejo da dor que estão disponíveis no Brasil. <strong>Métodos:&nbsp;</strong>Este estudo se caracteriza como uma revisão sistematizada de Apps sobre dor disponíveis nas lojas Apple Store e Google Play brasileiras. A busca e seleção dos Apps foram realizadas por dois revisores independentes em maio de 2023. A estratégia de busca inclui os termos “dor” e “dores”. Foram considerados os seguintes critérios de inclusão: apps direcionados a pessoas com dor, disponível no idioma português e Apps destinados a educação e ao automanejo da dor. Os critérios de exclusão foram: (1) Apps que não eram referentes a dor, (2) Apps destinados a profissionais de saúde, (3) Apps com objetivo de agendamento de consultas e (4) Apps disponíveis em outro idioma. Os Apps foram caracterizados considerando 4 domínios: descrição, desenvolvedor, profissional e segurança dos dados. Os dados são apresentados com base na análise descritiva. <strong>Resultados:&nbsp;</strong>Dos 66 Apps identificados, 39 foram selecionados na amostra final. No domínio descrição, 19 (49%) caracterizavam-se por exercícios para o controle da dor, 12 (31%) visavam o monitoramento da dor e 8 (20%) a educação. A maioria dos aplicativos eram de idade recomendada com classificação livre, com variação de tamanho de 4,0 MB a 79,04 MB. A média da das notas dadas pelos próprios usuários era de 4,1, com o máximo de 5, sendo que 15 apps (38%) não apresentavam avaliação. Todos os Apps eram gratuitos para serem baixados e 28 (71,8%) apresentavam compras adicionais para informações extras ou assinaturas, variando de 2,69 a 359,99 reais. No domínio desenvolvedor, 29 (74%) apresentavam outros Apps para saúde. No domínio profissional, apenas 1 aplicativo informou a profissão do responsável técnico. Nenhum Apps apresentou informações sobre medidas de viabilidade e eficácia. Em relação a segurança, 17 (44%) Apps não tinham nenhuma informação disponível. <strong>Conclusão:&nbsp;</strong>Os Apps identificados recomendam exercícios para pessoas com diferentes condições de dor, mas não fornecem informações sobre a formação dos profissionais responsáveis ou garantem a segurança dos dados coletados. Além disso, muitos Apps não são totalmente gratuitos. Os desenvolvedores devem ser transparentes sobre a formação dos profissionais, políticas de privacidade e disponibilidade de recursos gratuitos. Os usuários precisam de descrições confiáveis para tomar decisões informadas sobre sua saúde.</p> FELIPE JOSE JANDRE DOS REIS, CAROLINE MAIA NEVES FAVRAT Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2453 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 Programa educativo online para modificar crenças sobre dor lombar em Fisioterapeutas: um estudo de viabilidade https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2502 <p>Introdução: Uma estratégia para reduzir os impactos da dor lombar é a disseminação de diretrizes clínicas entre profissionais da saúde. Entretanto, a mera disseminação das diretrizes não aumenta a sua adesão na prática clínica. Neste contexto, programas educativos online podem ser uma boa estratégia para promover e facilitar a implementação das diretrizes de prática clínica entre os fisioterapeutas. Objetivos: Investigar a viabilidade de um programa educativo online para modificar crenças e atitudes sobre dor lombar e sobre a prescrição de exames de imagens em estudantes de fisioterapia. Métodos: O presente estudo de viabilidade foi conduzido previamente ao ensaio clínico aleatorizado que se encontra em andamento CAAE 60756422.6.0000.5149 e está registrado no ClinicalTrials.gov NCT05661968. Um total de 17 estudantes do curso de Fisioterapia com experiência no tratamento de pacientes com dor lombar e que possuem acesso à internet foram recrutados. A coleta de dados foi realizada via plataforma Research Electronic Data Capture, contendo perguntas para caracterização da amostra e questionários de avaliação. O programa educativo online foi baseado nas recomendações provenientes das diretrizes de prática clínica, com duração de 6 semanas e incluiu: videoaulas e materiais com informações sobre triagem diagnóstica, neurofisiologia da dor, papel dos exames de imagem, abordagem interdisciplinar, recomendações terapêuticas, abordagens educativas e prescrição de exercícios. Os desfechos avaliados foram a porcentagem de participantes que finalizaram o programa educativo online e dificuldades e barreiras identificados pelos participantes no acesso ao programa. Resultados: Dos 17 participantes do estudo, 14 acessaram a plataforma do curso e aderiram ao programa, totalizando mais de 80% dos participantes. Os 3 participantes que não aderiram não justificaram o motivo de não adesão. Destes 14 todos terminaram totalmente o programa, dentro das 6 semanas estabelecidas. Realizaram o curso de maneira gradativa, executando 1 Unidade por semana e relataram que a maneira como o conteúdo foi construído e distribuído facilitou a adesão. Salientaram ainda, que as questões de ao final de cada Unidade, proporcionaram melhor fixação do conteúdo. Conclusão: O programa educativo online baseado em diretrizes clínicas é factível para execução e o estudo de viabilidade foi importante para melhoria do processo de recrutamento das coletas oficiais do ensaio clínico aleatorizado, para que fosse criado um protocolo de acompanhamento e monitoramento dos participantes que fossem alocados para o grupo intervenção, para aumentar a adesão ao programa.</p> DANIELA SILVA MAGALHÃES, RAFAEL ZAMBELLI PINTO, TADEU EMANUEL PRADO OLIVEIRA, GABRIEL MENDES DE OLIVEIRA Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2502 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 EFEITOS DE UM PROTOCOLO DE EXERCÍCIO AERÓBIO COM FOTOBIOMODULAÇÃO NA DOR EM MULHERES COM FIBROMIALGIA https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2534 <p><strong>Introdução:&nbsp;</strong>A fibromialgia (FM) é uma doença crônica caracterizada por dor generalizada e outros sintomas. O exercício aeróbio e resistido são fortemente recomendados para o manejo dos sintomas da FM. No entanto, em alguns casos, os efeitos do exercício sobre o nível de dor em pacientes com FM são restritos e, associado ao estilo de vida sedentário característico dessa população, a adesão ao tratamento pode ser restrita. Assim, intervenções terapêuticas concomitantes, como por exemplo a fotobiomodulação (FBM), têm sido utilizadas a fim de potencializar os efeitos benéficos do exercício nesta população. No entanto, até o momento, não há estudos publicados investigando os efeitos do exercício aeróbio associado à FBM com dosagem progressiva na dor em pacientes com FM.&nbsp;<strong>Objetivo</strong>: Investigar os efeitos de um protocolo de exercício aeróbio (PEA) associado à FBM com dosagem progressiva na dor em mulheres com FM.<strong>&nbsp;Métodos:</strong>&nbsp;Um ensaio clínico randomizado foi conduzido. As participantes foram alocadas em dois grupos: grupo exercício aeróbio e FBM ativa (GEFA, n = 14); e grupo exercício aeróbio e FBM placebo (GEFP, n =13). A escala visual analógica foi usada para avaliar a intensidade atual de dor em repouso e em movimento tanto na avaliação quanto na reavaliação. Todas as participantes foram submetidas a um PEA que consistiu em um treinamento de progressão de carga na bicicleta estacionária ergométrica durante 20 minutos por sessão. Imediatamente após o PEA, ambos os grupos receberam FBM (ativa ou placebo) do tipo cluster com 4 diodos LASER: comprimento de onda infravermelho (808nm), modo contínuo, potência 100mW, dosagem progressiva de 20J (1<sup>a</sup>&nbsp;a 8<sup>a</sup>&nbsp;semana), 32J (9<sup>a</sup>&nbsp;a 16<sup>a</sup>&nbsp;semana) e 40J (17<sup>a</sup>&nbsp;a 24<sup>a</sup>&nbsp;semana). Os pontos da FBM incluíram os músculos trapézio superior, bíceps braquial, quadríceps femoral e gastrocnêmio bilateralmente. Ambos protocolos foram realizados duas vezes na semana durante 12 semanas. Foi realizada uma análise de modelo generalizado misto para o desfecho de interesse. Um nível de significância de 5% foi adotado para todos os testes. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos da UNIFESP (CAAE: 44863420.7.0000.5505).&nbsp;<strong>Resultados:</strong>&nbsp;A avaliação intragrupo revelou diferença estatisticamente significativa para a intensidade de dor em movimento em ambos os grupos, com uma menor intensidade no período pós-intervenção (p ? 0,05). No entanto, não houve diferença significativa para intensidade de dor em repouso (p &gt; 0,05). Houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos para o nível de dor em movimento ao comparar as médias pós-intervenção (p ? 0,05), em que o GEFP obteve melhores resultados. Não houve diferença significativa entre os grupos para o nível de dor em repouso (p &gt; 0,05).&nbsp;<strong>Conclusão:</strong>&nbsp;Os resultados indicaram que o PEA associado ou não à FBM apresentou efeitos positivos na melhora da dor em movimento em ambos os grupos, com melhores resultados para o grupo exercício associado à FBM placebo</p> ANA BEATRIZ BALÃO, PATRICIA GABRIELLI VASSÃO, BEATRIZ CREDIDIO, THATIANE IZABELE RIBEIRO SANTOS, MARIANA ARIAS AVILA, ANDRÉ PONTES-SILVA, CRISTIANO CARVALHO, ANA CLAUDIA MUNIZ RENNO Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2534 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 ANÁLISE DA FUNCIONALIDADE E DO USO DA PRÓTESE EM INDIVÍDUOS COM AMPUTAÇÃO DE MEMBRO INFERIOR PROTETIZADOS EM UM HOSPITAL PÚBLICO DE NÍVEL TERCIÁRIO https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2400 <p><strong>Introdução:&nbsp;</strong>Mesmo sabendo da necessidade e importância de garantir e manter as habilidades funcionais dos indivíduos com amputação, ainda não é claro o nível de uso ou desuso da prótese após a alta do processo de reabilitação ou os principais problemas e dificuldades enfrentados em casa ou na comunidade. Objetivo: Descrever o nível funcional e o uso da prótese de indivíduos com amputação de membro inferior (AMI) protetizados.&nbsp;<strong>Métodos:</strong>&nbsp;Os indivíduos foram recrutados no Ambulatório de Amputados de um hospital público de nível terciário e incluídos aqueles maiores de 18 anos, ambos os sexos, diagnóstico clínico de AMI de qualquer nível ou causa, que usam prótese há pelo menos 6 meses. Foram obtidos dados sócio-demográficos e aplicado o questionário Medida Funcional do Amputado (MFA).&nbsp;<strong>Resultados:</strong>&nbsp;Foram avaliados 54 indivíduos, 61,1% do sexo masculino, média de idade de 56,7 anos no momento da avaliação e 45,6 anos de idade quando sofreram AMI, 38,9% não completaram o ensino fundamental e 57,4% estavam aposentados. A causa de 51,8% das amputações foi o trauma, 47,9% a nível transtibial e 57,4% realizaram a reabilitação na mesma instituição. No MFA, 77,8% dos indivíduos foram capazes de vestir sua prótese sozinhos. A pontuação média no índice de capacidade locomotora foi de 34,7 pontos (max=42) e em cada tarefa avaliada os indivíduos não realizavam ou precisavam de alguma assistência para levantar da cadeira, pegar um objeto do chão quando em pé com a prótese, levantar do chão, andar fora de casa em piso irregular, andar fora de casa com mau tempo, subir e descer escadas segurando um corrimão, subir ou descer na calçada, subir ou descer alguns degraus sem um corrimão e andar enquanto carrega um objeto. Dentro de casa, 59,25% andam com sua prótese. Fora de casa, 74% andam com a prótese, 18,5% usam a cadeira de rodas, sendo a insegurança o motivo de 5,5% dos indivíduos não utilizarem o dispositivo protético. Em média utilizam a prótese 11,2 horas por dia e 6,25 dias na semana. Com a prótese, 37% caminham a distância que desejam e 20,4% caminham aproximadamente 100 passos ou entre 10 e 30 passos sem parar. Desde que receberam alta 50% sofreram queda enquanto usavam a prótese. O não uso da prótese foi relatado por 16,6% devido ao medo de cair, por ser muito cansativo, ou problemas com o encaixe. Nas atividades dentro e fora de casa 22,2% deixaram de fazer a maioria das atividades após a amputação da perna, 33,3% fazem todas as atividades dentro de casa e só algumas fora de casa e 35,2% retornaram às atividades exatamente como antes da amputação.&nbsp;<strong>Conclusão:</strong>&nbsp;Mesmo após a alta da reabilitação os indivíduos apresentam dificuldades funcionais, principalmente relativas à distância caminhada, atividades fora de casa e em situações adversas, além de apresentarem dificuldades com o encaixe protético, mantendo algum nível de dependência de dispositivos auxiliares ou pessoas para realizarem suas tarefas diárias e retomarem o nível funcional prévio.</p> MILENA ZAVATINI SECCO, ANA CAROLINE BOZZA MAIA, LARISSA LAVOURA BALBI, ANA REGINA DE SOUZA BAVARESCO BARROS, MARISA DE CÁSSIA REGISTRO FONSECA Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2400 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 CRENÇAS, PERCEPÇÕES E EXPECTATIVAS DE PACIENTES COM FIBROMIALGIA SOBRE A DOENÇA E O PAPEL DO FISIOTERAPEUTA: UM ESTUDO QUALITATIVO https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2433 <p>Introdução:&nbsp;A fibromialgia (FM) é um distúrbio crônico caracterizado por dor musculoesquelética generalizada, ainda muito descredibilizada e incompreendida por grande parte da sociedade. Na literatura, há poucos estudos que descrevam sobre as percepções desses pacientes e não há dados que relatem perspectivas e percepções de pacientes com FM sobre o papel do fisioterapeuta.&nbsp;Objetivo:&nbsp;Apresentar perspectivas, percepções e crenças de mulheres com FM sobre a doença e o papel do fisioterapeuta no manejo da FM.&nbsp;Métodos:&nbsp;Estudo qualitativo por entrevista seguindo os critérios estabelecidos pelo&nbsp;<em>Standards for Reporting Qualitative Research</em>&nbsp;(SRQR), realizado através de um ambiente virtual, de forma padronizada, com mulheres com FM, idade entre 18 e 60 anos, características físicas e sociodemográficas semelhantes. A análise e a codificação foram realizadas por meio do software MAXQDA 2018®? versão 18.1.1.&nbsp;Resultados:&nbsp;Foram avaliadas 30 mulheres com FM. A maioria já recebia tratamento fisioterapêutico; 29/30 mencionaram expectativas positivas quanto à abordagem fisioterapêutica, 14/30 não souberam descrever os procedimentos executados na terapia. O profissional fisioterapeuta foi considerado fundamental para tratamento da FM por 27/30 participantes. A busca pela melhora do quadro, alívio das dores e melhora da qualidade de vida foram considerados pontos que as motivam a continuarem o tratamento, e o que as desmotivam é a falta de conhecimentos acerca da FM e inadequada relação com o profissional de saúde, dificuldade ao acesso à terapia, seja por problemas financeiros, de deslocamento até o local do tratamento ou burocracia com o sistema de saúde, a fisioterapia ser um tratamento longo e continuado, a própria doença e o convívio com a dor intensa. Os objetivos pessoais das participantes foram a cura da doença, continuar ativo e com mesmo vigor de antes da FM e ser independente funcionalmente.&nbsp;Conclusão:&nbsp;O estudo abordou as percepções e perspectivas das pacientes com FM acerca da doença e do papel da fisioterapia, relatando os principais motivos de continuarem o tratamento e as desmotivações que enfrentam na busca pela qualidade de vida com a FM.</p> JÚLIA GABRIELY CORREIA SANTOS, WILZA GABRIELA ALVES SÃO MATEUS, AKELINE SANTOS DE ALMEIDA, JOSIMARI MELO DE SANTANA Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2433 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 PROPRIEDADES DE MEDIDA DO CLOSED KINETIC CHAIN UPPER-EXTREMITY STABILITY TEST EM ATLETAS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2468 <p>INTRODUÇÃO: O Closed Kinetic Chain Upper-Extremity Stability Test (CKCUEST) é um teste amplamente utilizado na avaliação funcional de atletas. No entanto, ainda é necessário analisar se suas propriedades de medida são consideradas adequadas para a avaliação da performance dos membros superiores e tronco de atletas. OBJETIVO: Revisar sistematicamente a literatura acerca das propriedades de medida do CKCUEST em atletas. MÉTODOS: Em março de 2021 foram consultadas as seguintes bases eletrônicas de dados: MEDLINE, EMBASE, CINAHL, SPORTDiscus, CENTRAL, Web of Science e SCOPUS. A qualidade metodológica de cada estudo incluído foi avaliada como muito boa, adequada, inadequada ou duvidosa através do checklist do COnsensus-based Standards for the selection of health status Measurement INstruments (COSMIN). A evidência foi sintetizada e classificada em alta, moderada, baixa, conflitante ou inexistente para cada propriedade de medida, considerando a qualidade metodológica, o tamanho da amostra e o resultado dos estudos primários. RESULTADOS: Cinco estudos primários analisaram as propriedades de medida do CKCUEST e foram incluídos na revisão. Três estudos (total de 140 atletas) apresentaram suficiente confiabilidade intra-sessão (CCI) = 0,86 - 0,95, erro padrão da medida (EPM) de 0,74 a 2,76 toques e mudança mínima detectável (MMD) de 2,04 a 3,91 toques. A qualidade metodológica desses estudos era muito boa e, portanto, a qualidade da evidência foi alta. Cinco estudos (total de 185 atletas) reportaram suficiente confiabilidade inter-sessão (CCI = 0,79 - 0,93) EPM de 0,74 a 2,31 toques e MMD de 2,06 a 6,40 toques. A qualidade metodológica desses estudos era duvidosa ou inadequada e, portanto, a qualidade da evidência foi moderada. Um estudo verificou que a validade concorrente do CKCUEST em relação à força dos músculos rotadores do ombro é insuficiente devido às correlações moderadas (r = 0,55 - 0,59). A qualidade metodológica desse estudo era muito boa, porém apenas 30 atletas foram avaliados e, por isso, a qualidade da evidência foi baixa. CONCLUSÃO: Evidências de moderada-alta qualidade sugerem que o CKCUEST apresenta boa confiabilidade inter e intra-sessão e medidas de EPM E MMD esse teste foram fornecidos para utilização em atletas. Esse teste não é válido para avaliar a força dos músculos rotadores do ombro, e as propriedades de medida ainda precisam ser investigadas.</p> GERMANNA DE MEDEIROS BARBOSA, HILMAYNNE RENALY FONSECA FIALHO, DANILO HARUDY KAMONSEK, FRANCISCO LOCKS, LETÍCIA BOJIKIAN CALIXTRE Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2468 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 EXERCÍCIOS EM CADEIA FECHADA DE MEMBROS INFERIORES EM AMBIENTE VIRTUAL MELHORA O EQUILÍBRIO DE IDOSOS https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2485 <p><strong>INTRODUÇÃO:</strong>&nbsp;A diminuição de mobilidade e a perda de força muscular, especialmente dos membros inferiores, são fatores inerentes ao processo de envelhecimento fisiológico. A literatura já aponta que o treino dessas variáveis em cadeia cinética fechada otimiza as habilidades funcionais, especialmente a marcha, uma vez que sua execução acontece eminentemente com a ativação muscular e a movimentação dos membros inferiores em cadeia fechada. Para população idosa, propostas terapêuticas lúdicas são mais motivadoras e ampliam a adesão, sendo a realidade virtual uma excelente proposta que vem se destacando com um recurso amplamente utilizado nos processos de prevenção e intervenção dessa população.&nbsp;<strong>OBJETIVO</strong>: Avaliar o efeito de um treino de mobilidade e força de membros inferiores em cadeia cinética fechada com realidade virtual sobre o equilíbrio de idosos.&nbsp;<strong>MÉTODOS:&nbsp;</strong>Tratou-se de um estudo experimental (piloto), que teve protocolo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro universitário Cesmac. Foram incluídos idosos de ambos os sexos, sem alteração cognitiva e excluídos aqueles que apresentassem alguma amputação, distúrbios motores e funcionais. A avaliação Inicial foi composta de testes e medidas objetivas de mensuração do equilíbrio e controle postural, onde foram avaliados a mobilidade de membros inferiores, equilíbrio corporal e alcance funcional anterior, através dos testes de TUG, Tinetti e TAF, respectivamente. A intervenção foi realizada com o Nintendo Wii, totalizando vinte sessões, com frequência de duas vezes semanais, durante dez semanas. Para intervenção foi escolhido o pacote de jogos&nbsp;<em>Wii fit Plus</em>, onde foram selecionados os&nbsp;<em>games</em>&nbsp;<em>Footing libre, Hulla Hoop, Slalon Skye, Plataformas e Cabeceos</em>, todos esses realizados em cadeia cinética fechada. Todos os testes realizados na avaliação inicial foram repetidos após vinte sessões. A comparação entre as médias inicial e final dos testes foi realizada por meio do teste “t”, onde adotou-se um valor de alfa igual à 5%.&nbsp;<strong>RESULTADOS:</strong>&nbsp;Participaram do estudo 15 idosos, dos quais 11 (73,33%) eram do sexo feminino e 4 (26,67%) do sexo masculino. Observou-se que o uso da realidade virtual em cadeia cinética fechada proporcionou melhora para a variável de mobilidade avaliada pelo TUG, com a média pré-intervenção 28,19s (± 7,62) e pós intervenção com média de 24,2s (± 6,88), porém com resultado não significativo pela estatística inferencial (p&lt; 0,06). Já para equilíbrio postural avaliado pelo Tinetti houve melhora estatisticamente significativa (p&lt;0,02), com a média pré intervenção de 18 (± 3) e pós intervenção de 24 (±2,64), bem como para o alcance funcional avaliado pelo TAF (p&lt;0,01), com média pré intervenção de 11,27cm (±6,01) e pós intervenção de 21,42 cm e (±9,99)<strong>. CONCLUSÃO:</strong>&nbsp;O treinamento em cadeia cinética fechada para mobilidade e força de membros inferiores em realidade virtual foi capaz de causar um incremento significativo no controle postural dos idosos participantes da pesquisa.</p> ANDRÉ BORBA MELO, ALEXANDRE JOSÉ SIQUEIRA CALDAS DE MACÊDO, DEYVSON PAULO FERNANDES SILVA, MATHEUS VICTOR DOS SANTOS, EDMIRSON GONÇALVES DE ALBUQUERQUE NETO, VÍTOR DE ARAÚJO BATISTA, LETÍCIA MARIA DA ROCHA SOARES, FELIPE LIMA REBÊLO Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2485 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 ANÁLISE DE MARCHA DE INDIVÍDUOS COM ESCORREGAMENTO EPIFISÁRIO PROXIMAL DO FÊMUR https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2517 <p><strong>Introdução:&nbsp;</strong>O Escorregamento Epifisário Proximal do Fêmur (EEPF) é o distúrbio do quadril mais comum em adolescentes. Indivíduos com EEPF podem ter padrões alterados de marcha, além de dores que pioram com atividade física. O tratamento do EEPF é cirúrgico, e os estudos têm avaliado o resultado de forma subjetiva, clínica e radiológica, no entanto, os aspectos funcionais, especialmente a influência da cirurgia na marcha tem sido negligenciado.&nbsp;<strong>Objetivo:</strong>&nbsp;Investigar diferenças entre indivíduos com tratamento cirúrgico para EEPF e controles saudáveis no que diz respeito à cinemática da marcha no plano sagital, frontal e transversal.&nbsp;<strong>Métodos:</strong>&nbsp;Trata-se de estudo observacional, no qual foram incluídos indivíduos com e sem EEPF, de ambos os sexos, com idade entre 9 e 19 anos. A avaliação tridimensional da marcha foi feita com sistema de captura Qualisys com 8 câmeras infravermelhas Oqus 300 operando em 120hz e dezenove marcadores posicionados em pelve e membros inferiores. O processamento de dados foi realizado com o Software Visual3D® (C-MOTION). Utilizando o software MATLAB 2014a foram separados os pontos de interesse. As análises estatísticas foram realizadas através de regressão linear de efeitos mistos comparando grupo EEPF e controle. Esse estudo foi aprovado pelo Conselho de Ética e Pesquisa (nº 942.952 e 2.357.360).&nbsp;<strong>Resultado:&nbsp;</strong>Participaram do estudo 20 indivíduos (12 com EEPF e 8 controles). No plano sagital, o grupo EEPF apresentou valores significativamente maiores de anteversão de pelve (p=0,01), extensão de joelho (p&lt;0,01), flexão de joelho (p&lt;0,01), dorsiflexão de tornozelo (p&lt;0,01) durante a marcha quando comparados ao grupo controle. Não houve diferença significativa entre os grupos para flexão do quadril (p=0,13), extensão do quadril (p=0,1), e flexão plantar (p=0,93). No plano frontal, o grupo EEPF apresentou valores significativamente menores de elevação pélvica (p&lt;0,01), abaixamento da pelve (p&lt;0,01) e abdução do quadril (p=0,02) do que o grupo controle durante a marcha. Não houve diferença significativa na adução do quadril (p=0,32) entre os grupos. No plano transversal, não houve diferença significativa na protração pélvica (p=0,32), retração pélvica (p=0,66), rotação interna do quadril (p=0,05) e rotação externa do quadril (p=0,2) e ângulos de progressão interna (p=0,4) e progressão externa dos pés (p=0,12) entre os grupos.&nbsp;<strong>Conclusão:</strong>&nbsp;Indivíduos com EEPF submetidos à correção cirúrgica apresentaram alterações da marcha no plano sagital e frontal para pelve, quadril, joelho e tornozelo em comparação com indivíduos saudáveis. Vale ressaltar a importância da avaliação da marcha desses indivíduos na prática clínica, bem como a implementação de abordagens para melhora de parâmetros cinemáticos.</p> LETICIA MANCINI, GABRIEL AFONSO PINHO DE OLIVEIRA, PABLO AUGUSTO SILVEIRA DA SILVA, FELIPE DE SOUZA SERENZA, DANIEL AUGUSTO MARANHO, JOSÉ BATISTA VOLPON, LARISSA MARTINS GARCIA Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2517 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 CORRELAÇÃO ENTRE NÍVEL DE CINESIOFOBIA E MOBILIDADE FUNCIONAL EM PACIENTES COM OSTEOARTROSE DE QUADRIL https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2416 <p>Introdução:&nbsp;Devido ao envelhecimento populacional mundial, a osteoartrose (OA) é um dos acometimentos mais comuns e uma das principais queixas em consultas médicas. Afeta diretamente aproximadamente 70% das mulheres e 60% dos homens com mais de 65 anos. Para além do comprometimento articular, há de forma progressiva a redução da mobilidade dos membros inferiores, perda da independência familiar, limitação na vida social e consequentemente prejuízo da saúde mental, sobretudo na população idosa. A cinesiofobia é definida como um medo excessivo na realização do movimento envolvido nas atividades diárias ou físicas, sendo assim para pacientes com OAQ movimentar-se se torna uma ação excessivamente dificultosa, pois além das possíveis limitações físicas soma-se um quadro psicológico desfavorável à movimentação.&nbsp;Objetivo:&nbsp;Avaliar se há correlação entre o nível de cinesiofobia e a mobilidade funcional de indivíduos com osteoartrose de quadril (OAQ).&nbsp;Métodos:&nbsp;Trata-se de um estudo transversal, realizado nas dependências do Hospital Universitário de Sergipe em pacientes acometidos por OAQ em fila de espera para tratamento. Foi mensurado o nível de cinesiofobia, através da Escala Tampa de Cinesiofobia (ETC); e a mobilidade funcional, pelo Timed Up and Go e o Teste de Caminhada de 6 minutos. A pesquisa foi submetida e aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa com seres humanos da Universidade Federal de Sergipe sob parecer de n 3.953.421, bem como através da Plataforma Brasil, sob parecer de nº CAAE: 28225119.4.0000.5546, seguindo as normas da Resolução nº 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde (CNS). Foi realizada a estatística descritiva, com as medidas de tendência central, a média (±) e o desvio padrão (DP). O nível de significância estatística foi estabelecido em de p ? 0,05 e intervalo de confiança de 95%. Posteriormente, foram feitas análises no programa Statistical Package for the Social Science (SPSS), versão 22.0. Todas as variáveis foram testadas quanto à normalidade através do teste de Kolmogorov-Smirnov, de acordo com o tamanho da amostra (&gt;30). Para as correlações, utilizou-se o coeficiente de correlação de Spearman para dados não paramétricos.&nbsp;Resultados:&nbsp;Foram avaliados 76 sujeitos com osteoartrose de quadril, sedentários, com uma média de idade de 53 ± 11,8 e uma prevalência de 57,9% do sexo feminino. Os resultados obtidos na ETC foram de 45,9 ± 16,5, sendo que 44,7% foram classificados como Graves, 42,1% Moderados e 13,2% Leves. Apesar de não apresentar significância, houve correlação moderada entre o nível de cinesiofobia e a mobilidade funcional medida pelo TUG (p = 0,42) e correlação fraca entre a cinesiofobia e o TC6’ (p= 0,16). Conclusão: Conclui- se que a maioria dos indivíduos com OAQ possuem nível grave de cinesiofobia, o que é sugestivo de redução da mobilidade funcional, no entanto não foram encontradas correlações significativas entre as variáveis.</p> ISABELLA DE MELO FIGUEREDO, SUZIANY DOS SANTOS CADUDA, THAIS SANTOS TAVARES, THIAGO FERREIRA RABELO, LETÍCIA VITÓRIA VIEIRA DE CARVALHO, RODRIGO LIMA MOTA, TALITA LEITE DOS SANTOS MORAES, WALDERI MONTEIRO DA SILVA JÚNIOR Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2416 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 EFEITO DO FORTALECIMENTO DO 1º INTERÓSSEO DORSAL NO QUADRO CLÍNICO DE INDIVÍDUOS COM OSTEOARTRITE CARPOMETACARPAL https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2451 <p>Introdução: O polegar é considerado o dedo mais importante da mão devido ao seu papel fundamental na função desta. Desta forma, condições de saúde que acometem as articulações do polegar estão diretamente relacionadas a disfunções da mão. Neste contexto, destaca-se a osteoartrite (OA) carpormetacarpal (CMC) do polegar, doença crônica e degenerativa, que acomete principalmente mulheres. Um dos principais sinais clínicos da doença é a fraqueza muscular relacionada aos movimentos de preensão e pinça, culminando em prejuízo funcional, sobretudo em atividades do cotidiano, tais como abrir pote de vidro, garrafas de suco, entre outras atividades, que passam a ser realizadas com dor e dificuldade. Objetivos: Diante do exposto, o objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia de um protocolo de exercícios com foco no fortalecimento do 1ª interósseo dorsal (ID) na dor, funcionalidade e força de preensão e pinça em indivíduos com OA na base do polegar, comparado a um protocolo com exercícios padrões. Métodos: Foi realizado um ensaio clínico randomizado, controlado, cego com indivíduos acima de 40 anos, de ambos os sexos e diagnóstico clínico e/ou radiográfico de OA CMC. Estes foram randomizados para o grupo intervenção (GI), que realizou exercícios de fortalecimento para o 1º ID, ou para o grupo controle (GC), que realizou exercícios tradicionais da literatura. Os dois protocolos foram aplicados seguindo o método shaping. O tratamento teve duração de seis semanas, com sessões presenciais 3x/semana em dias não consecutivos. Os indivíduos foram avaliados pré e pós- intervenção para os níveis de dor e função da mãos por meio do questionário Australian/Canadian Hand Osteoarthritis Index e força de preensão palmar e os três tipos de pinça (trípode, polpa-polpa e lateral) por meio de um dinamômetro hidráulico. Os dados foram apresentados em média e desvio padrão. Para cada variável do estudo foi calculado o delta de mudança (valor final – valor inicial) para verificar os efeitos do tratamento em cada grupo, além de representar esta mudança em porcentagem. Resultados: Foram avaliados 7 indivíduos, sendo GI = 4 (56 anos) e GC = 3 (63 anos). De maneira geral, houve melhora dos níveis de dor (redução de 60% no GI e 44,45% no GC), melhora da função da mão (46,16 no GI e 44% no GC), aumento de 4,91 na força de preensão apenas no GI e aumento da força nos três tipos de pinça, com destaque para a pinça trípode no GI (aumento de 51,48%) e pinça polpa-polpa no GC (aumento de 77,35%). Com os resultados, é possível observar que ambos os protocolos são benéficos para o quadro clínico de indivíduos com OA CMC. Conclusão: Podemos concluir que o fortalecimento do músculo 1º ID teve impacto positivo para redução da dor, melhora da funcionalidade da mão e aumento da força de preensão e pinça em indivíduos com OA CMC.</p> NATALIA BARBOSA TOSSINI, CRISTIANE DE SOUSA MELO, LAURA BEATRIZ LOREVICE, GABRIELA SARDELI DE OLIVEIRA, GUSTAVO VIOTTO GOLÇALVES, GABRIEL BERNARDI DOS SANTOS, PAULA REGINA MENDES DA SILVA SERRÃO Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2451 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 Protocolo de mobilização ativa precoce após reparo do tendão flexor: Relato de experiência de um caso https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2500 <p><strong>Introdução:&nbsp;</strong>Os tendões flexores da mão são cruciais para função e mobilidade da mão. Lesões tendinosas podem requerer reparo, levando a um comprometimento da função devido ao tempo de imobilização e aderências cicatriciais. <strong>Relato de caso:&nbsp;</strong>Paciente do sexo masculino, 66 anos na data do trauma, apresentou FCC por arma branca em zona V, com lesão dos tendões dos mm flexor ulnar do carpo e flexores profundos do 4º e 5º dedos, associada às lesões da artéria ulnar e do nervo ulnar. Após tenorrafia, neurorrafia e arteriorrafia, paciente foi imobilizado por 4 semanas com tala gessada dorsal em 0-30º de extensão do punho, 45-60º de flexão da articulação MCF e extensão das articulações IFs. No pós-operatório imediato foram orientados exercícios de mobilização passiva de flexo-extensão dos dedos até o limite da tala em 15 vezes por articulação a cada 2 horas. Após 7 dias de reparo, foi iniciado o protocolo ativo precoce consistindo em: mobilização passiva para flexão e ativa para a extensão dos dedos até o limite da tala; retirada da imobilização para realização do exercício de tenodese e exercício de flexão ativa dos dedos até quatro dedos de distância da prega palmar distal. Durante as 3 semanas subsequentes foram mantidos os exercícios, no entanto, com progressão da flexão ativa. O paciente foi orientado a manter a frequência de exercícios e recebeu cartilha ilustrada com as informações. Após 4 semanas, foi retirada a imobilização e o paciente seguiu com exercícios ativos de punho e dedos, alongamento protegido e deslizamento tendinoso diferencial. Na 8º semana foram iniciados exercícios resistidos e alongamento composto de flexores de punho e dedos. O paciente manteve frequência de atendimento semanal, totalizando 24 semanas de segmento até a alta. Em avaliação final, apresentava limiar sensitivo alterado em território de n. ulnar com ausência de discriminação térmica e preservação da sensibilidade dolorosa; força de preensão palmar pelo dinamômetro isométrico de 15kgf no membro acometido e de 34kgf no membro não acometido; força de pinças polpa a polpa, trípode e lateral de 4kgf no membro acometido e de 8kgf para pinça lateral e 6kgf para pinça polpa a polpa e trípode no membro não acometido. Obteve 7 pontos no Índice de Kapandji e 33 pontos no questionário&nbsp;<em>QuickDash</em>, com ausência de deformidade em garra ulnar e queixas funcionais. Foi avaliado o&nbsp;<em>total active motion</em> (TAM) do segundo (65%), terceiro (59%), quarto (57%) e quinto (54%) dedos, sendo classificado como resultado regular (50%-74%) após reparo.&nbsp;<strong>Considerações finais:&nbsp;</strong>Os resultados sugerem que o protocolo de mobilização ativa precoce apresentou um desfecho favorável na recuperação funcional e melhora dos parâmetros avaliados neste paciente. A boa evolução clínica do quadro também pode estar associada a zona de lesão e ausência de acometimento de outros tendões da mão. No entanto, novos estudos são necessários para avaliar o efeito deste protocolo em pacientes submetidos ao reparo do tendão flexor.</p> BEATRIZ NUNES DI SPIRITO, HELOISA CORREA BUENO NARDIM, RAQUEL METZKER MENDES SUGANO, AMIRA MOHAMEDE HUSSEIN, NILTON MAZZER, MARISA DE CÁSSIA REGISTRO FONSECA Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2500 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 NÁLISE DO RISCO DE VIÉS DE ENSAIO CLÍNICOS INDEXADOS NA BASE DE DADOS PEDRO SOBRE O TREINO DE RESTRIÇÃO DO FLUXO SANGUÍNEO https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2532 <p><em>Introdução:</em><strong>&nbsp;</strong>Os ensaios clínicos são utilizados para testar os efeitos de um tratamento clínico. No entanto, esses estudos podem ser influenciados por vieses durante a fase de planejamento, execução, análise ou relato. A fim de contribuir com a profissão e a assistência de pacientes, a Physiotherapy Evidence Database (PEDro) foi criada para ser uma base de dados que reúne estudos na área da fisioterapia. Para indexação na base, os ensaios clínicos são avaliados por dois julgadores independentes que aplicam a escala PEDro, que avalia o cegamento, alocação oculta, randomização, intenção de tratar, a perda de seguimento e outros aspectos dos ensaios clínicos. A cada critério atendido pelo estudo é atribuído 1 ponto, até a pontuação máxima de 10 pontos. Por se tratar de uma intervenção que tem sido mais estudada nos últimos 5 anos, a qualidade metodológica ensaios clínicos que avaliaram o treinamento de restrição do fluxo sanguíneo permanece incerta.&nbsp;<em>Objetivo:</em>&nbsp;classificar o risco de viés dos ensaios clínicos indexados na base de dados na PEDro que testaram a restrição de fluxo sanguíneo.&nbsp;<em>Métodos:</em>&nbsp;Foram utilizados os termos de busca “<em>blood flow restriction</em>” e “<em>kaatsu</em>” combinados com a seleção de ensaio clínicos. A partir da nota obtida, os ensaios clínicos podem ser dicotomizados como alto ou baixo risco de viés, em caso de pontuação de &lt;6 ou ?6, respectivamente. Para análise dos dados, foram utilizadas variáveis descritivos de frequência, porcentagens, média e desvio padrão.&nbsp;<em>Resultados:</em>&nbsp;Ao todo foram encontrados 59 ensaios clínicos, deste, 25 classificados como baixo risco de viés (42,4%) e 34 como alto risco de viés (57,6%), apresentando pontuação média de 5,06 pontos (±1,7). A pontuação máxima obtida foi de 8 e mínima de 1 ponto.&nbsp;<em>Conclusão:</em>&nbsp;Diante disso, ao nortear sua decisão clínica por um ensaio clínico sobre o treinamento com a restrição do fluxo sanguíneo, os fisioterapeutas devem atentar-se para a qualidade metodológica do estudo, que em média para essa intervenção, são de alto risco de viés, o que normalmente superestima os verdadeiros resultados. Portanto, a escolha por ensaios clínicos com maior pontuação na escala PEDro deve ser considerada, por refletirem um melhor controle dos riscos de viés, e por consequência, resultados mais fidedignos.</p> NATALIA CAMARGO RODRIGUES IOSIMUTA, ROGER ANDREY CARVALHO JARDIM, ÉRICK AUGUSTO PUREZA TEIXEIRA, AREOLINO PENA MATOS Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2532 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 ANÁLISE DO PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO E PROFISSIONAL DE FISIOTERAPEUTAS QUE UTILIZAM TERAPIAS MANUAIS EM SERGIPE https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2398 <p><strong>Introdução</strong>: Os estudos atuais referentes ao perfil de profissionais de saúde têm grande relevância para a implementação de políticas nacionais de saúde, tendo em vista que possibilitam aos órgãos de saúde, às instituições de ensino e aos órgãos de classe a organização de ações assistenciais e educativas. Uma gama de profissionais utiliza diariamente das Técnicas de TM em suas práticas clinicas. A busca por capacitação através de cursos de TM também vem aumentando significativamente.&nbsp;<strong>Objetivo</strong>: Analisar o perfil sociodemográfico e profissional de fisioterapeutas sergipanos que utilizam a utilização das terapias manuais<strong>. Métodos</strong>: o estudo foi delineado como observacional descritivo, transversal, de caráter quali-quantitativo e por conveniência, realizado no estado de Sergipe. Neste estudo, foram incluídos indivíduos graduados em Fisioterapia, de nacionalidade brasileira, tendo registro no Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 17ª Região – CREFITO-17, e estando entre a faixa etária de 18 a 59 anos, além de serem indivíduos considerados saudáveis. Ademais, o presente estudo foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisas com Seres Humanos da Universidade Federal de Sergipe – UFSLag/HUL sob o número do parecer: 5.106.522 . Aplicou-se de forma virtual o Questionário do Perfil Socioeconômico e Profissional do Fisioterapeuta (Q-PSPF). Esse instrumento, autoaplicável, contém 30 perguntas de múltipla escolha, de fácil entendimento, sendo cinco com foco no domínio socioeconômico, 12 em domínio profissional e 13 para o domínio profissional-técnicas.&nbsp;<strong>Resultados</strong>: Quanto ao vínculo empregatício, anos de formação e tipo de instituição de ensino, identificamos um grande percentual de profissionais autônomos (54%), com até 10 anos de formação, tendo apenas 1 participante com mais de 21 anos de formado (2%) e uma igualdade quanto ao estudo em instituição pública (50%) e instituição privada (50%). A parte total dos profissionais entrevistados faz uso das TM em suas práticas clínicas (100%), onde a maioria fazia esse uso de forma frequente (84%) e outra minoria raramente utilizava (16%). A capacitação através de cursos voltados para a área da TM foi relatada pela grande maioria dos participantes (82%).&nbsp;<strong>Conclusão</strong>: Conclui-se que a utilização das TM é algo indispensável na prática clinica dos profissionais de fisioterapia, e que a busca por melhoria nessas técnicas é presente em grande parte destes profissionais.</p> KAIC DOS SANTOS NASCIMENTO, BEATRIZ OLIVEIRA SANTANA, JOHNATAN WESLLEY ARAÚJO CRUZ, DIEGO SILVA GÓIS, MARCOS VICENTE MENEZES JUNIOR, INGRID NARA OLIVEIRA SANTOS, LEONARDO YUNG DOS SANTOS MACIEL, MARCELA RALIN DE CARVALHO DÉDA COSTA Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2398 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 ANÁLISE DE SINTOMAS MUSCULOESQUELÉTICOS EM FISIOTERAPEUTAS QUE UTILIZAM A TERAPIA MANUAL NO ESTADO DE SERGIPE https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2431 <p>Introdução:&nbsp;Embora os fisioterapeutas tenham conhecimento adequado das lesões musculoesqueléticas e das diferentes estratégias de prevenção, isso não lhes garante proteção contra o desenvolvimento de disfunções musculoesqueléticas. Além disso, as evidências indicam que os fisioterapeutas tendem a continuar trabalhando enquanto sentem dor ou uma lesão musculoesquelética, mesmo quando exacerbam sua condição.&nbsp;Objetivo:&nbsp;Analisar os sintomas musculoesqueléticos presentes nos fisioterapeutas sergipanos que atuam com as terapias manuais.&nbsp;Métodos:&nbsp;Trata-se de um estudo observacional descritivo, de corte transversal com abordagem quantitativa e qualitativa e por conveniência, que foi realizado em todo o estado de Sergipe. Foram incluídos todos os indivíduos que fossem brasileiros(as), graduados em Fisioterapia, registrados no Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 17ª Região – CREFITO-17 e que estivessem na faixa etária de 18 a 59 anos. Foi aplicado de forma virtual o Questionário Musculoesquelético Nórdico, um instrumento padronizado utilizado para analisar sintomas musculoesqueléticos em um contexto ergonômico ou de saúde ocupacional.&nbsp;Resultados:&nbsp;De acordo com os achados, foi identificado que as regiões de maior prevalência de sintomas musculoesqueléticos foram pescoço (58%), região superior das costas (54%) e região inferior das costas (42%) como os maiores pontos de dor. Quanto ao impedimento para a realização de atividades normais nos últimos 12 meses, uma pequena parcela dos profissionais entrevistados relatou tal condição, onde as regiões corporais que mais causaram impedimento foram a parte inferior das costas (8%), seguida do ombro (6%), parte superior das costas (6%), quadril (6%) e joelho (6%).&nbsp;Conclusão:&nbsp;Os fisioterapeutas do presente estudo que atuam com TM apresentaram uma grande variedade de distúrbios osteomusculares em diferentes regiões do corpo, sendo o pescoço, partes superior e inferior das costas, tornozelos/pés e punhos/mãos as áreas de acometimento mais relatadas por esses profissionais.</p> BEATRIZ OLIVEIRA SANTANA, KAIC DOS SANTOS NASCIMENTO, JOHNATAN WESLLEY ARAÚJO CRUZ, DIEGO SILVA GÓIS, LEONARDO YUNG DOS SANTOS MACIEL, MARCELA RALIN DE CARVALHO DÉDA COSTA Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2431 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 BARREIRAS AMBIENTAIS VIVENCIADAS POR INDIVÍDUOS COM ARTRITE REUMATOIDE https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2466 <p>INTRODUÇÃO: A artrite reumatóide (AR) é uma doença autoimune caracterizada por rigidez matinal que pode levar à incapacidade funcional, além de limitações nas atividades de vida diárias e na participação social. A influência dos fatores ambientais como barreiras sobre a participação do indivíduo com AR ainda não é bem estabelecida. OBJETIVO: Identificar como os indivíduos com artrite reumatoide percebem as barreiras ambientais e quais deficiências e fatores pessoais estão associados às barreiras percebidas. MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal, em que foi utilizado o questionário Craig Hospital Inventory of Environmental Factors, versão em português (CHIEF-BR). Os participantes foram recrutados no Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes, Vitória, Brasil (abril/2021 a setembro/2021). Os critérios de inclusão foram: idade ?18 anos; e diagnóstico de AR por pelo menos 3 meses. Os critérios de exclusão foram: ter doença cardiopulmonar grave; sequelas de doenças neurológicas ou ser incapaz de atender ao telefone. A amostra final totalizou 60 participantes. Para análise estatística foi utilizado o teste de normalidade Kolmogorov?Smirnov, correlação de Pearson e Kruskal-Wallis com pos hoc de Dunn’s. Os resultados do CHIEF foram demonstrados como média e desvio padrão, separados como resultados gerais e resultados das subescalas. RESULTADOS: 52 mulheres e 8 homens, com idade média de 57 (DP 13) anos e tempo médio desde o diagnóstico de 12 (DP 7) anos foram avaliados. A maior parte dos indivíduos era casado, empregado em atividade com serviços braçais, com média de dor moderada 6 (DP 2), entretanto relatava não ter fadiga e deformidades. Houve diferença significativa entre as subescalas “serviços e assistência” (5,65±4,61), “estrutura física” (5,47±5,25) e “ trabalho e escola” (5,51±4,82) quando comparado com a subescala “atitude e apoio” (2,47±3,73). Essas mesmas subescalas não foram diferentes da subescala “política” (3,48±3,18). Não foi identificada correlação significante quando foram associadas às deficiências e os fatores pessoais às barreiras percebidas pelos pacientes com AR. CONCLUSÃO: Fatores relacionados à “serviços e assistência”, “estrutura física” e “trabalho e escola” parecem ser percebidos como maiores barreiras na participação de pessoas com AR. Provavelmente porque estes estão mais diretamente relacionados com os fatores ambientais aos quais os indivíduos com AR estão expostos como transporte, estrutura de ruas e poluição. Contudo, não foi possível correlacionar quais deficiências e fatores pessoais estão associados às barreiras percebidas pelos indivíduos com diagnóstico de Artrite reumatóride.</p> FERNANDA MOURA VARGAS DIAS, LAÍS HERINGER GAMA, SAMIRA TATIYAMA MIYAMOTO, LUCAS RODRIGUES NASCIMENTO Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2466 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 EFEITO DE UM TREINO DE DUPLA TAREFA EM REALIDADE VIRTUAL SOBRE A MOBILIDADE E ESTABILIDADE DE IDOSOS https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2483 <p><strong>Introdução:</strong>&nbsp;Considerando as repercussões negativas sobre a mobilidade e estabilidade durante atividades com maior demanda cognitiva em indivíduos idosos, e, entendendo a necessidade de inovação com recursos preventivos e terapêuticos para implementação de protocolos que potencializem essas habilidades, destaca-se a ludicidade da Realidade Virtual por seu caráter motivacional e de interação, surgindo como excelente opção para implementação de exercícios de dupla tarefa.&nbsp;<strong>Objetivo:</strong>&nbsp;Avaliar o efeito de um treino de dupla tarefa com realidade virtual sobre a mobilidade dos membros inferiores e estabilidade em idosos.&nbsp;<strong>Métodos:</strong>&nbsp;Tratou-se de um estudo experimental do tipo antes e depois, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário Cesmac. Os idosos foram recrutados em um grupo para Terceira Idade da cidade de Maceió e avaliados quanto a mobilidade por meio do teste&nbsp;<em>Timed up and go</em>&nbsp;(TUG), a resistência e força de membros inferiores através do Teste Senta e Levanta de 1 minuto (TSL1), quanto ao condicionamento físico através do Teste do Degrau de 6 Minutos (TD6), e, por fim, quanto ao nível de estabilidade postural durante uma requisição cognitiva por meio da plataforma&nbsp;<em>Wii Balance Board,</em>&nbsp;através do módulo de avaliação&nbsp;<em>Stability Test</em>. Após a avaliação inicial, procedeu-se com as intervenções com um protocolo de treinamento de dupla tarefa associado a realidade virtual utilizando o&nbsp;<em>exergame Nintendo Wii</em>. Os jogos usados foram o S<em>ingle-leg Test, Agility Test, Basic Balance Test, Perfect 10, Table Tilt, Ski Slalom e Balance Bublle</em>. Todos foram feitos em 2 séries, realizando evoluções de forma a subir o nível programado nos próprios jogos. A intervenção foi realizada durante 16 sessões, com duração de 60 minutos cada, com frequência de 2 vezes por semana. Após as sessões, toda bateria avaliativa foi reaplicada. Os dados foram analisados descritivamente.&nbsp;<strong>Resultados:&nbsp;</strong>A amostra foi composta por 6 idosos com predominância do sexo feminino e média de 73,83 anos (± 9,28).<strong>&nbsp;</strong>Na avaliação do TUG obteve-se média inicial de 11,8 segundos (± 4,40) reduzido para 10,41 segundos (± 2,93). Já no TSL1 a média inicial foi 21,83 repetições (± 7,26), passando para, 25,50 repetições (± 7,20) na avaliação final, e no TD6 a média inicial foi 105,66 repetições (± 47,14), aumentando para 118,00 repetições (± 41,43) na reaplicação do teste. Na mensuração da estabilidade realizada no&nbsp;<em>Wii Balance Board&nbsp;</em>a média inicial foi 44% (± 0,12) aumentando para, 53% (± 0,15) na reavaliação.&nbsp;<strong>Conclusão:&nbsp;</strong>A realidade virtual foi efetiva para melhora da mobilidade e estabilidade postural perante a demandas cognitivas, embora, destacou-se limitações como o N amostral reduzido e a ausência de uma análise estatística interferencial. Diante disso, será realizada a continuação desse estudo piloto com uma amostra maior, para que que seja possível gerar resultados mais significativos.</p> TAYARA ANDRADE DOS SANTOS, ÍTALO ENZO DOS SANTOS MEDEIROS, LUAN DE MORAES FIGUEIRA PACHIONI, MATHEUS VICTOR DOS SANTOS, MARIA EDUARDA SILVEIRA SANTOS, ROBERTO FREIRE JUNIOR, JOSIAS VITOR DE LIMA, FELIPE LIMA REBÊLO Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2483 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 CARACTERÍSTICAS PRÉ-OPERATÓRIAS QUE PREDIZEM O ALCANCE DA MDCI DE PACIENTES SUBMETIDOS À ARTROPLASTIA TOTAL DE JOELHO https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2515 <p><strong>Introdução:</strong>&nbsp;A artroplastia total de joelho (ATJ) é a opção de tratamento cirúrgico mais indicada para indivíduos com osteoartrite avançada. Um dos meios de avaliar o sucesso dessa cirurgia em relação a recuperação funcional pós-operatória é analisar o alcance dos valores da mínima diferença clínica importante (MDCI) já estabelecidos em diferentes testes clínicos.&nbsp;<strong>Objetivo:&nbsp;</strong>Analisar a quantidade de pacientes que alcançaram a MDCI no Womac e TC6m após seis meses de pós-operatório de ATJ e verificar se variáveis funcionais pré-operatórias podem predizer o alcance da MDCI.&nbsp;<strong>Métodos:</strong>&nbsp;Recrutou-se indivíduos de ambos os sexos submetidos a ATJ primária, divididos em dois grupos: o grupo SIM, que atingiu a MDCI no WOMAC-função (15 pontos) e no TC6 (55 metros), e o grupo NÃO, que não atingiu a MDCI em ambos. Os indivíduos foram avaliados no pré-operatório e aos seis meses da cirurgia. Foram aplicados os questionários Womac (domínio função) e SF-12 (componente mental), e escala de EVA para analisar dor. Ademais, testes de desempenho físico como TC6m, TUG e Dinamômetro Isocinético foram realizados. Para análise estatística utilizou-se a regressão logística binária com um p-valor &lt;0,05, sendo adotada uma razão de chance (OR) &gt; 1, a qual indicava a chance de estar no grupo SIM em relação ao grupo NÃO.&nbsp;<strong>Resultados</strong>: Dos 85 indivíduos avaliados (idade média 66,76 ± 6,36 anos) 51 compuseram o grupo SIM e 34 o grupo NÃO. As variáveis WOMAC-F (OR = 1,04; IC 95% = 1,00 - 1,08), força flexores de joelho operado (OR = 1,07; IC 95% = 1,00 - 1,14), força flexores joelho não operado (OR = 0,93; IC = 0,86 - 0,99) e questionário SF-12 (OR = 0,93; IC 95% = 0,87 - 0,99), apresentaram correlação positiva, entretanto, com OR discreto para essas variáveis.&nbsp;<strong>Conclusão</strong>: A chance do paciente de estar no grupo SIM ou NÃO após seis meses de cirurgia de ATJ pode ser prevista pelas variáveis pré-operatórias apontadas, porém consideramos que a relevância clínica desta relação é baixa para uma possível tomada de decisão clínica.</p> VICTORIA MARIANNE ARAÚJO VALADÃO MALTA, ISADORA SCARPA HILÃRIO, GUILHERME JAFRONI ALVES SILVA, FELIPE DE SOUZA SERENZA, THIAGO BATISTA MUNIZ, ALINE MIRANDA FERREIRA Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2515 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 CAPACIDADE FUNCIONAL DE INDIVÍDUOS PÓS ARTRODESE DA COLUNA VERTEBRAL COM INTERVALO TEMPORAL DE ATÉ CINCO ANOS https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2414 <p>INTRODUÇÃO:&nbsp;A dor lombar é uma das causas mais comuns de incapacidades na sociedade, e ocupa o primeiro lugar das disfunções crônicas não transmissíveis entre homens e mulheres. A etiologia pode ser inespecífica ou específica com processos degenerativos, traumas ou neoplasias. Nestas condições, os tratamentos irão variar de acordo com as causas e o grau de acometimento do paciente sendo a artrodese uma das opções de tratamento cirúrgico, no entanto, preocupa-se com o desfecho funcionalidade, expresso, no decorrer dos anos pós operatório pois, evoluções desfavoráveis, independente do êxito técnico, podem estar presentes e, sob influências psicossociais geram interferências diretas sobre a morbidade, cronicidade e aumento dos custos socioeconômicos.&nbsp;OBJETIVO: O objetivo do presente estudo foi avaliar a capacidade funcional de indivíduos submetidos a artrodese da coluna vertebral no intervalo de até cinco anos pós operatório.&nbsp;MÉTODOS:&nbsp;Estudo transversal, descritivo, com inclusão intencional de pacientes tratados cirurgicamente, com artrodese da coluna tóracolombar, nos últimos 5 anos, em hospital público na região sudeste do País. Foi realizada uma busca no sistema hospitalar e coletados os registros para contato telefônico de 98 usuários do serviço tratados cirurgicamente. Dezessete compareceram para avaliação. Para avaliar o desfecho capacidade funcional foi aplicado o Questionário Oswestry Disability Index (ODI), que instrumentaliza a intensidade da dor e a influência desta sobre atividades diárias diversas, que exigem a participação da coluna lombar e gera um escore de incapacidade. Após a aplicação do questionário, fez-se exame de imagem, para a mensuração da curvatura da coluna tóracolombar ou lombar pós artrodese.&nbsp;RESULTADOS:&nbsp;A média de idade dos pacientes foi de 50(±18) anos, sendo 70% do sexo masculino e 30% do sexo feminino. Observou-se que a prevalência de incapacidade, que varia, segundo o instrumento de incapacidade mínima (0–20%), incapacidade moderada (21-40%), incapacidade severa (41–60%), paciente que apresenta-se inválido (61– 80%), e indivíduo restrito ao leito (81–100%) em cada seção do ODI foi para “intensidade da dor”, 24%; “Cuidados pessoais”, 22,35%; “Levantar objetos”, 35,29%; “Caminhar”, 25,88%; “Sentar”, 29,41%; “Ficar em pé”, 24,7%; “Dormir”, 18,82%; “Vida sexual”, 27,05%; “Vida social”, 29,41%; “Locomoção”, 25,88%. De acordo com o escore total, 47,05% dos indivíduos foram classificados com incapacidade mínima e angulação da lordose lombar, pós artrodese, variando de 30° a 56°; 29,41% com incapacidade moderada e variação angular de 31° a 79°; 11,76% com incapacidade intensa, 5,88% inválidos e 5,88% sem funcionalidade e variação angular entre todos estes de 30° a 44°.&nbsp;CONCLUSÃO:&nbsp;Considerando as características individuais e o tempo de seguimento pós artrodese, há prevalência de incapacidade funcional, porém com condições de atividades de vida diária, com exceção para 11,76% classificados sem funcionalidade.</p> ANDRÉA LICRE PESSINA GASPARINI, THUANY MORAIS DA SILVA, ISADORA VILARINHO GALDIANO, ANDERSON ALVES DIAS Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2414 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 “PACIENTE POLIQUEIXOSO”. VISÃO DE FISIOTERAPEUTAS SOBRE ASSISTÊNCIA EM SAÚDE NA FIBROMIALGIA: ESTUDO QUALITATIVO https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2449 <p><strong>Introdução:</strong>&nbsp;Fibromialgia (FM) é uma síndrome caracterizada por dor crônica muscular generalizada, que impõe custos consideráveis à sociedade relacionados à comorbidade e incapacidade. A FM adquiriu maior importância e se tornou um problema de saúde pública.&nbsp;<strong>Objetivos:&nbsp;</strong>I) Geral: investigar percepções sobre assistência nos sistemas de saúde no Brasil e diferentes modelos de atendimento. II) Específicos: a) investigar barreiras, facilidades e estratégias de utilização de modelos de atendimento em saúde; b) compreender experiências de fisioterapeutas nos sistemas de saúde; c) compreender percepções e indicações sobre as políticas públicas; d) entender barreiras e facilidades nos sistemas de saúde no manejo clínico.&nbsp;<strong>Métodos:</strong>&nbsp;Estudo qualitativo embasado nos checklists&nbsp;<em>Consolidated Criteria for Reporting Qualitative Research e Standards for Reporting Qualitative Research&nbsp;</em>contendo análise de conteúdo. Foi realizada uma entrevista com duração de 60 minutos. Integralmente, o roteiro contém 43 perguntas, selecionadas para este estudo 2 seções e 10 perguntas. Procedimentos como notas de campo, teste piloto e análise de consultoria foram realizados. A análise de conteúdo e codificação foram feitas no do software MAXQDA 22 com o método de triangulação dos dados para aumento da confiabilidade e credibilidade da análise.&nbsp;<strong>Resultados:</strong>&nbsp;Foram avaliados 27 fisioterapeutas. Oito subcategorias na análise de dados foram identificadas. Percepções sobre acolhimento nos sistemas de saúde envolveram falta de capacitação dos profissionais, falta de preparação dos sistemas para acolher o fluxo de pacientes, estigmatização dos pacientes como poliqueixosos, além de barreiras como flexibilidade no tempo, esgotamento do paciente pela busca de intervenções e limitações estruturais. Indicações para políticas públicas foram flexibilidade para medicamentos, maiores ações de conscientização da FM, programas de tratamento em grupo, capacitação e contratação de profissionais. A estimativa de número de casos variou entre 2 e 20. Barreiras para utilização da Classificação Internacional de Funcionalidade, Prática Baseada em Evidências e Modelo Biopsicossocial envolveram tempo, capacitação, conhecimento e adesão do profissional. As facilidades observadas envolveram suporte científico para o manejo clínico da FM. Consumo de artigos científicos, contextualização do paciente nos aspectos biopsicossociais e educação continuada foram relatas por alguns profissionais para facilitar o uso dos modelos de atendimento em saúde.&nbsp;<strong>Conclusão:&nbsp;</strong>A visão de fisioterapeutas do acolhimento de pacientes com fibromialgia nos sistemas de saúde é de baixo acolhimento, envolvendo barreiras profissionais e estruturais. A utilização de modelos de atendimento em saúde foi observada como um facilitador para o tratamento por alguns profissionais, entretanto, a capacitação profissional dificulta a utilização em pacientes com fibromialgia.</p> MONIQUE OLIVEIRA DOS SANTOS, FRANCIELLY AZEVEDO DA SILVA, IZABEL CRYSTINA MOTA GOIS, MILENA DE JESUS DA SILVA, JOSIMARI MELO DE SANTANA Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2449 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 EFEITOS DE UM PROGRAMA DE EXERCÍCIO COMBINADO COM ÓLEO DE PEQUÍ NA DOR E CATASTROFIZAÇÃO DA DOR EM MULHERES COM OSTEOARTRITE DE JOELHO https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2498 <p>Introdução: A osteoartrite do joelho (OA) é caracterizada pela degeneração progressiva das estruturas anatômicas, se manifestando por meio de dor, crepitação, fraqueza muscular e edema, que podem ser associados à catastrofização da dor (CD), assim afetando a funcionalidade e consequentemente a qualidade de vida desses indivíduos. A prescrição de exercícios para esta população é o padrão ouro, porém podem ser utilizadas novas propostas terapêuticas para complementar de forma positiva à terapia pela adição de fármacos, dentre eles fitomedicamentos como o óleo de pequi, por ter potencial anti-inflamatório e antinociceptivo sem efeitos adversos. Objetivos: Avaliar a eficácia da associação da aplicação de uma formulação farmacêutica contendo óleo de pequí na dor e CD associado ou não a exercícios terapêuticos em mulheres com OA. Métodos: Trata-se de um ensaio clínico randomizado, com distribuição aleatória e duplamente encoberto<em>.</em>&nbsp;em mulheres entre 40 e 60 anos, com diagnóstico clínico de OA, da fila de espera do Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe distribuídas em 4 grupos (G1= Grupo Fisioterapia, composto por exercícios terapêuticos; G2= Grupo Terapia Combinada, com exercícios terapêuticos e a formulação nanoestruturada com base no óleo de pequi; G3= Grupo Formulação, também utilizando a formulação nanoestruturada com óleo de pequi; G4= Placebo, sem o princípio ativo da formulação farmacêutica), sendo G1 e G2 submetidos a 16 atendimentos por 8 semanas, e G2, G3 e G4 à utilização 1 vez por dia da formulação entregue, durante 8 meses. As variáveis estudadas foram: Dor; limiar de dor (LDP); Catastrofização da dor e funcionalidade, respectivamente avaliadas por meio da Escala visual numérica da dor (EVN), Algometria; Escala de catastrofização da dor (ECD); Western Ontario and McMaster Universities Osteoarthritis Index (WOMAC). Os dados foram analisados no software Bioestat 5.4 e apo?s o teste de normalidade (<em>Shapiro-Wilk</em>), foi realizado o teste ANOVA (TwoWay) com Post Hoc de Bonferroni. O nível de significância adotado foi de p &lt; 0,05. Resultados: Dentre 263 pacientes elegíveis, 52 pacientes atenderam aos critérios de inclusão e à avaliação inicial, e destes 23 realizaram a avaliação final. A dor diminuiu significativamente (p&lt;0,05) em G1 (2,33±1,75), G2 (1,83±1,1) e G3 (2,6±2,7); O LDP aumentou significativamente (p&lt;0,05) em G2 (6,07±2,35) e G3 (6,0,6±2,59), enquanto o G4 (2,23±0,65) apresentou redução significativa (p&lt;0,05). Não houve significância para a catastrofização da dor e a funcionalidade em nenhum dos grupos (p&gt;0,05). Conclusão: Observou-se que a realização de exercícios com associação ao óleo de pequi de forma tópica foi benéfica na redução da dor em mulheres com osteoartrite de joelho. Apenas os grupos que o utilizaram apresentaram aumento no limiar de dor por pressão. Apesar da melhora da dor, não houve mudanças na CD e funcionalidade.</p> VICTOR AUGUSTO BARRETO MONTEIRO, LETÍCIA VITÓRIA VIEIRA DE CARVALHO, ERIKA THATYANA NASCIMENTO SANTANA, WALDERI MONTEIRO DA SILVA JÚNIOR, JADER PEREIRA DE FARIAS NETO, LUCINDO JOSÉ QUINTANS JÚNIOR Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2498 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 RESTRIÇÃO DE FLUXO SANGUÍNEO: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DE AVALIAÇÃO DE VIESES DE RELATO DE DESFECHO https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2530 <p>Introdução: A restrição de fluxo sanguíneo (RFS) é uma técnica que visa reduzir o curso do sangue em vasos e artérias do corpo durante a realização de um exercício. Os ensaios clínicos (EC) são guias de suma importância para verificar as intervenções com essa técnica. Assim, faz-se necessário avaliar se os relatos de desfecho desses estudos possuem viés, que comprometem a qualidade das evidências existentes. Objetivos: Este estudo visa avaliar os vieses nos relatos de desfechos em ensaios clínicos (EC) cujo tema é a restrição de fluxo sanguíneo (RFS) para reabilitação musculoesquelética. Métodos: Trata-se de um estudo do tipo revisão sistemática. Realizou-se buscas independentes por dois revisores de estudos indexados à Medline, SPORTDiscus, Central, LILACS, CINAHL, Embase, J-STAGE e PEDro, além de fontes de literatura cinzenta e nas referências bibliográficas dos estudos incluídos na revisão, totalizando 43 estudos selecionados. Considerou-se elegíveis ensaios clínicos com grupo paralelo que testaram a eficácia ou segurança do treinamento com RFS em indivíduos com idade igual, ou maior a 18 anos, por no mínimo três semanas. A escala PEDro foi utilizada para avaliar o risco de viés. Foram utilizadas as pontuações na plataforma (pedro.org.au). Nos casos indisponíveis, a escala PEDro foi aplicada por dois autores independentes. Para pontuações discordantes, um terceiro juiz decidiu o resultado. Os ensaios com uma pontuação ?6 foram considerados como "baixo risco" de viés. Ensaios com uma pontuação &lt;6 foram considerados como "alto risco" de viés. Para a realização da coleta dos dados, foram consultadas as baixas de registros dos estudos onde comparou-se as descrições, de desfechos, presentes nos protocolos com a versão final pertencente aos estudos para identificar as divergências entre os desfechos. Resultados: Foram analisados 43 estudos do tipo ensaio clínico. Desses estudos, 32,55% possuem protocolo registrado, enquanto que 20,93% não possuem protocolo registrado ou identificado nas pesquisas. 11,62% desses estudos publicaram o protocolo após o início do estudo. Além disso, 25,58% dos estudos possuem desfechos divergentes entre o protocolo e a publicação. Entre esses desfechos divergentes encontrados, 61,01% correspondem ao total de desfechos que estavam somente no protocolo, enquanto 38,98% correspondem ao total de desfechos relatados apenas nos estudos. Conclusão: este estudo constatou que um número considerável de ensaios clínicos (EC) possuem viés de desfecho, alguns não apresentam protocolo registrado, enquanto outros iniciaram o estudo previamente ao registro do protocolo. Esses fatores comprometem a qualidade do estudo refletindo diretamente nos resultados obtidos relacionados a técnica de restrição de fluxo sanguíneo.</p> ÉRICK AUGUSTO PUREZA TEIXEIRA, ROGER ANDREY CARVALHO JARDIM, TAMARA SILVA DE SOUSA, AREOLINO PENA MATOS, NATALIA CAMARGO RODRIGUES IOSIMUTA Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2530 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 CRIAÇÃO DO QUESTIONÁRIO DO PERFIL SOCIOECONÔMICO E PROFISSIONAL DO FISIOTERAPEUTA (Q-PSPF) https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2396 <p><strong>Introdução:</strong>&nbsp;Os estudos mais recentes no que diz respeito ao perfil de profissionais de saúde é de grande importância para a criação de políticas nacionais de saúde, devido a abertura que possibilitam, às instituições de ensino, e aos órgãos de saúde. No âmbito da fisioterapia, ainda é escassa a presença de estudos sobre a realidade da atuação dos mesmos. O Q-PSPF Ele foi desenvolvido por não encontrar, na literatura atual, questionários que avaliassem esse público em específico, e foi buscado na literatura informações relevantes que pudessem ser implementadas no instrumento, para que o mesmo se torne uma ferramenta muito útil para ser utilizada na avaliação desses profissionais. Para isso o questionário precisou passar por uma rigida avaliação de jurados, até que se chegasse em um consenso para sua utilização.&nbsp;<strong>Objetivo:</strong>&nbsp;Criar um questionário capaz de analisar o perfil socioeconômico e profissional do fisioterapeuta que atua com terapias manuais e complementares.&nbsp;<strong>Métodos:</strong>&nbsp;Foram selecionados 20 profissionais especializados na área, que julgaram todo o questionário, para isso foi construído um barema de avaliação que continha logo após a pergunta nos questionários uma escala com opções de “concordo totalmente; concordo parcialmente” e “discordo totalmente; discordo parcialmente”, os jurados também poderiam sugerir alguma mudança ou melhoria para a pergunta ali presente.&nbsp;<strong>Resultados:</strong>&nbsp;Após toda a avaliação feita pelos jurados, se conseguiu obter o índice de concordância maior que 80%, considerado como de boa qualidade para ser usado em trabalhos. Após a correção das sugestões dos avaliadores, o questionário piloto passou a ser aplicado aos demais profissionais fisioterapeutas para confirmar a clareza das perguntas&nbsp;<strong>Conclusão:</strong>&nbsp;Conclui-se que o questionário Q-PSPF é uma ótima ferramenta fazendo-se necessário realização de mais estudos que utilizem o questionário em amostras maiores e em diferentes regiões do Brasil, a fim de identificar precisamente qual é o perfil dos profissionais que trabalham com as TM.</p> KAIC DOS SANTOS NASCIMENTO, BEATRIZ OLIVEIRA SANTANA, MARCOS VICENTE MENEZES JUNIOR, INGRID NARA OLIVEIRA SANTOS, JOHNATAN WESLLEY ARAÚJO CRUZ, DIEGO SILVA GÓIS, LEONARDO YUNG DOS SANTOS MACIEL, MARCELA RALIN DE CARVALHO DÉDA COSTA Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2396 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 QUALIDADE E EVIDÊNCIA DE INFORMAÇÕES EM SITES SOBRE PREVENÇÃO DE LESÃO DE OMBRO EM JOGADORES DE VOLEIBOL https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2429 <p>Introdução:&nbsp;Vôlei é uma das modalidades mais praticadas no país entre atletas amadores, e o ombro é uma das articulações que mais lesiona nesses atletas devido às demandas durante a prática. Estratégias de prevenção de lesão são necessárias e informações acessíveis ao público leigo são encontradas na internet. Contudo, faz-se necessário avaliar a qualidade de tais informações e a sua convergência com a literatura científica para evitar a desinformação e atitudes lesivas.&nbsp;Objetivos:&nbsp;Identificar e avaliar a qualidade de informações de sites e blogs sobre prevenção de lesões no ombro em praticantes de voleibol e compará-las com técnicas, estratégias e recursos com evidências científicas na literatura.&nbsp;Metodologia:&nbsp;Trata-se de um estudo documental quali-quantitativo, com busca feita no Google através da pergunta “Como prevenir lesões no ombro em quem joga vôlei?". Foram incluídos os 50 primeiros sites e blogs que apareceram na busca e que retratam a prevenção de lesões de ombro em praticantes de vôlei. Foi realizada busca na PubMed, usando os descritores “Primary Prevention", “Shoulder Injuries” e "Volleyball". Selecionou-se revisões sistemáticas publicadas nos últimos 10 anos e as evidências apresentadas nestas foram usadas para comparação. Elaborou-se tabelas para informações dos sites e das evidências científicas.&nbsp;Resultados:&nbsp;Encontrou-se evidências para treinamento de resistência supervisionado e individualizado; exercícios em cadeias cinéticas fechada e aberta; treino do gesto esportivo; pliometria; exercício excêntrico e exercícios proprioceptivos. Excluiu-se 29 aparições do Google por não se encaixarem como o tema investigado e por ser outro tipo de recurso informativo como artigo e vídeo. Dos 21 sites incluídos, 47,6% apresentaram credenciais do autor, dos quais 80% foram escritos por especialistas; 66,7% mostram como realizar a estratégia de prevenção; 19,1% continham as referências usadas e 76,2% dos sites retratavam de pelo menos uma estratégia para este tipo de prevenção que convergiam com a literatura científica atual. Os responsáveis pela escrita, quando forneciam as credenciais, eram fisioterapeuta e médico. Os sites discutiam sucintamente sobre as formas de prevenção, embora fosse o ponto principal, sendo que alguns traziam informações obsoletas como o uso de alongamento para prevenção de lesões.&nbsp;Conclusão:&nbsp;A maioria dos sites não apresentavam referências ou credenciais dos autores, dos que apresentavam, nem todos eram especialistas. Alguns sites traziam uma linguagem científica, o que pode ser uma barreira para leigos. Embora a maioria apresentasse estratégias convergentes com a literatura científica, aproximadamente metade mostrava como realizá-las, assim como alguns sites não recomendam a busca por um profissional capacitado para suporte. Portanto, a qualidade das informações dos sites analisados sobre prevenção de lesões em ombro em praticantes de voleibol é questionável e devem ser usadas com cautela para a aplicação no esporte.</p> FRANCISCO MARIANO RAMOS SANTANA, CARLENE DUARTE AHN, LUCAS NASCIMENTO BARBOSA, JESSICA PALOMA ROSA SILVA Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2429 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 O USO DO MODELO BIOPSICOSSOCIAL NO TRATAMENTO DE PACIENTES COM DOR LOMBAR CRÔNICA: UMA REVISÃO DE ESCOPO https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2464 <p><strong>Introdução:&nbsp;</strong>A dor lombar envolve aspectos físicos, psicológicos e disfunções sociais, e o tratamento eficaz requer uma intervenção que aborde esses diferentes fatores. As características psicossociais são consideradas importantes indicadores prognósticos para o tratamento de pacientes com dor lombar crônica, mas há heterogeneidade na aplicação do modelo biopsicossocial (BPS) nesta condição de saúde.&nbsp;<strong>Objetivos:</strong>&nbsp;Explorar o conhecimento disponível na literatura sobre a aplicação da avaliação utilizando o modelo BPS em pacientes com dor lombar crônica, visando facilitar a aplicação do mesmo nos serviços de saúde e servir de base para estudos futuros com melhor qualidade metodológica.&nbsp;<strong>Métodos:</strong>&nbsp;Trata-se de uma revisão de escopo que fornece uma síntese do tema e uma análise qualitativa para destacar os aspectos mais importantes. A questão principal da revisão foi baseada no&nbsp;<em>Population-Concept-Context</em>&nbsp;do “<em>Joanna Briggs I</em><em>nstitute</em>” e foram selecionados estudos, publicados em qualquer idioma, que aplicaram o modelo BPS para gerenciar pacientes com dor lombar crônica de idade igual ou superior a 18 anos. Para isso, foram utilizados os seguintes bancos de dados: PubMed, Cochrane Library, PEDro, Scopus, Embase and Lilacs e no total, foram incluídos, nessa revisão, 47 artigos.&nbsp;<strong>Resultados:</strong>&nbsp;Os estudos incluídos foram categorizados em seis possíveis usos do modelo BPS. A categoria principal foi a combinação de exercício com intervenção psicológica ou social, que correspondeu à 22 estudos. As outras categorias foram: a avaliação de fatores biopsicossociais, avaliações do uso de profissionais que utilizam o modelo BPS, implementação de abordagens e tratamentos baseados no modelo BPS, educação do paciente com base no modelo e a relação entre os fatores biopsicossociais e a dor lombar crônica. Foi observado que, embora as diretrizes clínicas reforcem a importância de considerar o modelo BPS para lidar com pacientes com dor lombar, este modelo ainda permanece um desafio para os profissionais de saúde. Foram encontrados poucos estudos que considerassem a perspectivas dos profissionais, e os achados da revisão permitem inferir que ainda existem lacunas na implementação do modelo BPS na educação e formação daqueles que trabalham diretamente com pacientes com dor.&nbsp;<strong>Conclusão:</strong>&nbsp;Embora o modelo biopsicossocial tenha sido amplamente difundido, seu uso clínico ainda enfrenta barreiras significativas. A interpretação subjetiva de como é aplicado permitem que alguns profissionais de saúde usem o modelo apenas parcialmente, comprometendo a sua totalidade. Os principais aspectos avaliados e utilizados nas intervenções foram os físicos e psicológicos. O braço social da tríade é coberto, na sua maioria, por questões relacionadas com o trabalho.</p> SÂMARA LETÍCIA SANTOS ANDRADE, LUANA CAROLINE DANTAS PEREIRA, ANA VERENA ALVES CALMON ALMEIDA, WALDERI MONTEIRO DA SILVA JÚNIOR, LEONARDO YUNG DOS SANTOS MACIEL, JADER PEREIRA DE FARIAS NETO Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2464 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 Correlação entre dor, catastrofização e afetos em indivíduos com dor persistente https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2481 <p>Introdução: O conceito sobre dor agrega a si dimensões afetivo-motivacionais que se referem à percepção do indivíduo em relação ao fenômeno doloroso, sendo portanto, um fenômeno individual e subjetivo, e como tal, deve ser avaliada e tratada pelos profissionais da saúde envolvidos em seu manejo. É sabido que aspectos emocionais estão diretamente relacionados com as evoluções positivas ou negativas de um indivíduo dentro de um programa de reabilitação, todavia, ainda não se sabe como isso se processa. Características de enfretamento positivo ou negativo perante as situações da vida do indivíduo, associadas a presença de dor crônica, podem afetar diretamente o sucesso ou fracasso do tratamento. O papel do afeto negativo na dor crônica tem sido muito pesquisado. Quando sentida cronicamente, a dor provoca uma série de comportamentos e afetos negativos, que aumentam a vulnerabilidade do indivíduo em desenvolver comorbidades, como depressão e/ou outras desordens de humor. De forma geral, a literatura sugere que quando os tratamentos psicossociais destinados a reduzir os índices de afeto negativo tem sucesso, os sintomas relacionados a dor tendem a melhorar. Objetivos: Correlacionar a intensidade da dor com escores de catastrofização e índices de afetos negativos em indivíduos que sofrem com dor persistente. Métodos: Foram avaliados 13 voluntários de ambos os sexos, entre 18 e 60 anos, que sofrem com dor crônica e que responderam ao questionário de catastrofização sobre a dor (PCS), a escala numérica de dor e a escala de afetos positivo e negativo (PANAS). A normalidade dos dados foi verificada pelo teste de Shapiro-Wilk e utilizado o coeficiente de correlação de Pearson para análise, sendo considerado nível de significância de 5%. Para descrever a correlação, tomou-se como base o valor absoluto do coeficiente como forte (0,5 ? r &lt; 1), moderado (0,3 &lt; r &lt; 0,5) ou fraco (r&lt; 0,3). Resultados: A análise estatística revelou correlação direta entre a magnitude da dor e a catastrofização sobre a mesma (r = 0,50). A catastrofização sobre a dor também se correlaciona diretamente com os afetos negativos nessa população (r = 0,38). Conclusão: Foi observada uma correlação direta e moderada entre a magnitude da dor, catastrofização sobre a mesma e afetos negativos em uma população que sofre com dor crônica. Colaborar com maior conhecimento e compreensão dos aspectos afetivos-comportamentais interferindo na dor de cada indivíduo pode fornecer subsídios para melhor abordagem ao indivíduo durante o tratamento fisioterapêutico.</p> JULIA MARIA DOS SANTOS, CAUANE PEREIRA MELO, ANA THAYSA DE PAULO, LILIAN RAMIRO FELICIO Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2481 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 INDIVÍDUOS COM MIGRÂNEA CRÔNICA APRESENTAM ALTERAÇÕES SOMATOSSENSORIAIS NA FASE INTERICTAL: CASO-CONTROLE https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2513 <p><strong>Introdução:&nbsp;</strong>Migrânea consiste numa cefaleia primária caracterizada por hipersensibilidade a estímulos, sendo classificada como condição crônica a partir da recorrência de 15 dias por mês, dos quais, pelo menos, 8 dias apresentam características típicas da migrânea. Supõe-se que haja ativação e envolvimento de diversas áreas cerebrais, seja desencadeando uma crise migranosa, ocasionando a dor, ou até mesmo na presença dos sintomas associados que ocorrem na duração da crise. Na maior parte das vezes, esses aspectos somatossensoriais não são incluídos na avaliação durante a fase interictal de indivíduos com migrânea crônica.&nbsp;<strong>Objetivo:</strong>&nbsp;Investigar a apresentação clínica dos aspectos somatossensoriais em indivíduos com migrânea crônica durante a fase interictal em comparação com indivíduos saudáveis.&nbsp;<strong>Métodos:</strong>&nbsp;Estudo caso-controle, conduzido em indivíduos com migrânea crônica e indivíduos saudáveis ??de janeiro de 2019 a fevereiro de 2020. As seguintes variáveis foram mensuradas: somação temporal, modulação condicionada da dor, limiar de dor por pressão nos músculos temporais, frontais, masseteres, esternocleidomastoides, trapézios superiores e tibial anterior, sintomas de sensibilização central pelo Inventário de Sensibilização Central (<em>Central Sensitization Inventory)&nbsp;</em>e os sintomas alodinicos por meio do Checklist de 12 itens de Sintomas Alodinicos (<em>12 item Allodynia Symptom Checklist</em>). Foi utilizado o software&nbsp;<em>GraphPad Prism</em>&nbsp;versão 6.0 para análise dos dados.&nbsp;<strong>Resultados:</strong>&nbsp;Trinta e dois indivíduos com migrânea crônica (GM) e 22 participantes no grupo controle saudável (GC) foram adicionados neste estudo. No teste de somação temporal, a amplificação da dor apresentou diferença significativa em todos os momentos analisados, considerando que os limiares de dor por pressão foram significativamente menores nos três momentos de mensuração no grupo GM em comparação ao GC no teste de modulação condicionada da dor. O limiar de dor por pressão nos músculos da cabeça, do pescoço e no músculo tibial anterior direito foram significativamente menores no GM em comparação ao GC. Os escores do Inventário de Sensibilização Central foram equivalentes à média de 56 pontos, indicando níveis de gravidade moderados para os sintomas de sensibilização central no grupo GM. Enquanto os sintomas alodinicos foram graves em sua maioria no grupo GM.&nbsp;<strong>Conclusão:</strong>&nbsp;Indivíduos com migrânea crônica exibiram alterações nos aspectos somatossensoriais identificados por meio da amplificação da magnitude de resposta a dor, distúrbio nos mecanismos de inibição endógena da dor e hiperalgesia quando comparados aos indivíduos controles saudáveis.</p> MARIA IVONE OLIVEIRA DANTAS, AMANDA SANTOS FEITOSA, FERNANDA MYLLA QUEIROZ FERREIRA, ITANARA BARBOSA DOS SANTOS, INGRID KYELLI LIMA RODRIGUES, THAÍS ALVES BARRETO PEREIRA, JOSIMARI MELO DE SANTANA Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2513 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 REALIDADE VIRTUAL NO MANEJO DA DOR CERVICAL CRÔNICA: ESTUDO PILOTO https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2412 <p>A incidência da dor cervical na população é alta, promovendo repercussões negativas na saúde funcional dos indivíduos, tornando-a uma condição de saúde com impacto global. A realidade virtual (RV) emergiu como uma alternativa ao tratamento convencional para a dor cervical, pois acredita-se que promova a melhora do movimento através da distração da dor. Diante disso, um estudo clínico piloto, randomizado e controlado, com avaliadores cegos foi conduzido, com o objetivo de avaliar os efeitos imediatos da realidade virtual na intensidade da dor em repouso e ao movimento, avaliados através da Escala Numérica da Dor (END); no nível de cinesiofobia mensurado pela Escala Tampa de Cinesiofobia (TSK) e na amplitude de movimento cervical avaliada através de um goniômetro universal. Foram recrutados 45 indivíduos, porém somente 10 satisfizeram os critérios de elegibilidade e foram incluídos na pesquisa, sendo randomizados aleatoriamente de maneira secreta, através de envelopes opacos, em dois grupos, com taxa de alocação 1:1. O grupo realidade virtual imersiva (RVI) que envolvia a exposição a um ambiente imersivo e interativo promovido pelo jogo “<em>Astro Protector VR – Cardboard</em>” e o grupo realidade virtual simulada (RVS) onde os sujeitos foram expostos a um vídeo, porém sem imersão e interação. Ambos os grupos, utilizaram os óculos de realidade virtual do tipo&nbsp;<em>head-mounted displa</em>y acoplado a um&nbsp;<em>smartphone</em>, e o fone de ouvido tipo&nbsp;<em>headphone over-ear.&nbsp;</em>As intervenções tiveram uma duração total de 30 minutos, sendo os 10 minutos iniciais destinados a explicação e ajuste dos dispositivos, 5 minutos para a ambientação dos sujeitos e 15 minutos para a experimentação da realidade virtual simulada ou imersiva. Imediatamente após receberem as intervenções selecionadas os sujeitos foram reavaliados com relação aos desfechos de interesse da pesquisa. A análise estatística não demonstrou diferenças estatisticamente significativas entre o grupo RVI e RVS para a dor em repouso (4,6 ±2,51; 2,6 ±2,61; p = 0,206), dor ao movimento (6,2 ±2,68; 4 ±2,83; p = 0,325); cinesiofobia (34,8 ±7,79; 31,4 ±6,07; p = 0,374) e amplitude de movimento cervical - flexão (25,2 ±3,77; 40,2 ±12,28; p = 0,171), extensão (30,6 ±16,92; 32 ±8,22; p = 0,504), inclinação direita (17,6 ±4,93; 23 ±6,74; p = 0,438), inclinação esquerda (18,4 ±5,18; 30 ±7,91; p = 0,363), rotação direita (39,2 ±13,46; 45,4 ±15,99; p = 0,727) e rotação esquerda (38,6 ±9,32; 41,4 ±14,28, p = 0,328). Ademais, o desenho do estudo mostrou-se viável no ambiente clínico, sugerindo-se a realização de estudos com um maior tamanho amostral, bem como com mais sessões de tratamento, tendo como objetivo avaliar os efeitos cumulativos de médio e longo prazo.</p> TISSIANE BONA ZOMER, JÉSSICA NUNES, SABRINA TONIOLI BOOS, MARCELO ANDERSON BRACHT Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2412 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 USO DA TERMOGRAFIA INFRAVERMELHA ASSOCIADA A ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA TRANSCUTANEA NERVOSA (TENS) NA DOR E TEMPERATURA CORPORAL DE MULHERES COM FIBROMIALGIA: ESTUDO QUALI-DESCRITIVO https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2447 <p><strong>Introdução:</strong>&nbsp;Indivíduos com dor crônica nociplástica apresentam disautonomia, podendo ter influência sobre a reatividade vascular. A eletroestimulação transcutânea nervosa (TENS) é uma corrente analgésica amplamente utilizada no tratamento da fibromialgia (FM) e outras dores crônicas, entretanto, mesmo se sabendo da sua ação sobre os receptores ?-2-adrenérgicos, opioidérgicos periféricos e centrais, promovendo redução da intensidade da dor, o efeito da terapia sobre a temperatura cutânea ainda é pouco conhecido e a análise termográfica pode avaliar esse desfecho.&nbsp;<strong>Objetivo:</strong>&nbsp;Testar um protocolo de análise termográfica ideal para determinação de áreas de interesse de fibromiálgicas submetidas a um protocolo de eletroestimulação.&nbsp;<strong>Material e método:</strong>&nbsp;Trata-se de um ensaio clínico aleatorizado, duplamente encoberto, controlado por placebo. O n amostral foi determinado mediante estudo piloto e análise de proporção no software WinPepi 11.6. Foram incluídas mulheres com FM (18 e 65 anos), sedentárias e sem distúrbios hemodinâmicos. As participantes foram aclimatadas por 30 minutos em sala adaptada, temperatura controlada (21oC) e membros expostos. A aquisição das imagens foi realizada antes e após a TENS (80 Hz; 150 ?s; 30 min, intensidade sensorial), nos planos frontal, dorsal e látero-lateral. O software Flir Tools 5.13 foi utilizado para a adequação e comparação das imagens.&nbsp;<strong>Resultados:</strong>&nbsp;Dezenove participantes foram recrutadas (52.90 ± 3.34 anos). Um total de 112 imagens foram analisadas, com filtro Raibow HC, janela de temperatura e parâmetros de pixels padronizados para todas as imagens. Do total, 100% das imagens apresentaram redução de temperatura à altura da região mediana posterior de tríceps sural, 57% atingindo região poplítea e 72% tibial anterior. Coxas e tronco ântero-posteriores não foram considerados. Além disso, foi avaliado todo perímetro do antebraço esquerdo, havendo redução de 29% na temperatura cutânea. Em geral, os tons dessas áreas partiram do branco e vermelho (maiores temperaturas) para amarelo e verde (menores temperaturas). No grupo TENS-ativa, a intensidade da dor caiu 4 pontos (média: 8,5 para 3,2).&nbsp;<strong>Conclusão:</strong>&nbsp;O método de análise foi eficiente para analisar a superfície corpórea total, excluir áreas que configurariam risco de viés de performance e destacar outras que apresentaram padrões de oscilações de temperatura semelhantes. Assim, os dados apontaram a região central posterior da perna como principal área de interesse para realização de análise.</p> TAUANE GRASIELA DOS SANTOS SILVA, ANDRÉ LUIZ SILVA SANTOS, ANNANDA OLIVEIRA SANTOS, JOSIMARI MELO DE SANTANA Copyright (c) 2024 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2447 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 ESTRATÉGIAS DE ABORDAGENS BIOPSICOSSOCIAIS E TREINAMENTO CONCORRENTE EM PACIENTES COM OSTEOARTRITE DE JOELHO https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2496 <p><strong>Introdução:</strong>&nbsp;A osteoartrite (OA) é uma das doenças reumáticas mais prevalentes na população e está associada ao envelhecimento e crescentes índices de obesidade. A principal característica no quadro clínico desses pacientes é a dor crônica. Diversos fatores explicam o quadro clínico do paciente com osteoartrite de joelho, com foco geralmente voltado para o aspecto físico da diminuição de força e equilíbrio. Mas para um olhar integral e humanizado sobre esse paciente é necessário entender o seu quadro psicossocial. Fatores como ansiedade, depressão, medos e prévias concepções contribuem para o aumento da intensidade da dor nesses indivíduos. A literatura evidencia a eficácia do uso de exercícios físico para o tratamento da OA, contudo, é preciso compreender se o uso de técnicas de relaxamento e&nbsp;<em>mindfulness</em>&nbsp;podem contribuir para melhora de dor em portadores de OA de joelho.&nbsp;<strong>Objetivo:</strong>&nbsp;Avaliar se a implementação de abordagens biopsicossociais ao protocolo de treinamento concorrente aplicado por fisioterapeutas pode ser eficaz na redução da intensidade da dor de pacientes com osteoartrite de joelho.&nbsp;<strong>Métodos:</strong>&nbsp;Foi realizado um estudo com dois braços, sendo um grupo controle (GC) (n=8) recebeu o treinamento concorrente (exercícios aeróbios e anaeróbios feitos na mesma sessão, visando aprimorar diversas características dos indivíduos como força, resistência e aptidão cardiorrespiratória) e o grupo intervenção (GI) (n=11) recebeu o tratamento concorrente adicionado as abordagens biopsicossociais com técnicas de relaxamento, educação sobre dor e doença e&nbsp;<em>mindfulness</em>, visando abranger também os aspectos emocionais e sociais dos participantes. Foram realizadas avaliações ao início e ao fim do tratamento, após 6 semanas, utilizadas a Escala Numérica de Dor (END), Questionário de Funcionalidade e Qualidade de vida (KOOS), Teste de Caminhada de 6 minutos (TC-6),&nbsp;<em>Sit to stand test (STS), Timed Up and Go test (TUG)</em>&nbsp;e Inventário de Sensibilização Central (CSI)&nbsp;<strong>Resultados:&nbsp;</strong>Para comparar os grupos em relação às variáveis de interesse foi aplicado o teste t de&nbsp;<em>Student</em>&nbsp;para amostras não relacionadas. Além disso, foi aplicado o teste d de Cohen para as médias finais entre os grupos analisando a magnitude de efeito. Para escala END apresentaram diferença estatística as atividades relatadas pelos participantes como mais doloridas antes do início do tratamento e atividade de ajoelhar-se, ambos a favor do GI (<em>p</em>&lt;0,05;<em>&nbsp;d</em>&gt;1,3). No questionário KOOS, apresentaram diferença estatística as variáveis de sintomas, dor, AVD´S e lazer para o GI (<em>p</em>&lt;0,05;&nbsp;<em>d</em>&gt;1,1). Os testes TC-6 e TUG apresentaram melhora significativa para o GI (<em>p</em>&lt;0,05;&nbsp;<em>d</em>&gt;1), enquanto o STS não apresentou diferença significante. Não foi encontrado diferença para o questionário CSI.&nbsp;<strong>Conclusão:</strong>&nbsp;Concluímos que o uso de abordagens psicossociais adicionada ao tratamento com exercícios físicos é eficaz na redução da intensidade de dor comparada ao tratamento realizado apenas com exercícios físicos.</p> VALTER FERREIRA RUIZ, MAYNARA DO AMARAL ALFONSI, ENZO MARTINS BENEVENTO, FABIOLA SOCORRO SILVA LISBOA, CLARA BEATRIZ AMBROSIO DA SILVA, LAURA GIACOMINI COSTA, CAROLINA OCANHA JORGE, ANDRÉ CABRAL SARDIM Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2496 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 EFEITO DA TENS EM TESTES SENSORIAIS QUANTITATIVOS EM INDIVÍDUOS COM DOR MUSCULOESQUELÉTICA: REVISÃO SISTEMÁTICA E META-ANÁLISE https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2528 <p><strong>Introdução:&nbsp;</strong>A estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS) é uma ferramenta terapêutica que emite impulsos elétricos para promover analgesia. Com a dimensão da literatura científica sobre a TENS e a intensidade de dor, foi proposto averiguar a ação da TENS em relação aos testes sensoriais quantitativos.&nbsp;<strong>Objetivo:&nbsp;</strong>Revisar sistematicamente a literatura sobre a ação da TENS através da análise de testes sensoriais quantitativos em estudos com dor musculoesquelética crônica e dor experimental aguda.&nbsp;<strong>Métodos:</strong>&nbsp;O protocolo foi registrado no PROSPERO (CRD42020213473). A pergunta norteadora foi “Quais os efeitos da TENS comparado a TENS placebo através de testes sensoriais quantitativos na população com dor musculoesquelética crônica e dor experimental aguda em qualquer ponto no tempo, nos desfechos de hiperalgesia primária e secundária, somação temporal da dor, modulação condicionada da dor, intensidade da dor em repouso e em movimento?”. As bases de dados utilizadas para busca sistemática foram: CENTRAL, CINAHL, EMBASE, LILACS via BVS, PEDro, PubMed, Science Direct, Web of Science, Google Scholar e busca manual na lista de referências. Foram incluídos ensaios clínicos aleatorizados, sem restrição de idioma ou ano de publicação. O teste Kappa foi utilizado para avaliar o nível de concordância das duas pesquisadoras que realizaram as etapas da revisão. Foi seguida a escala de risco de viés da colaboração Cochrane. Para o desenvolvimento das meta-análises, foi utilizado o software estatístico Review Manager. A classificação GRADE foi aplicada para analisar a qualidade de evidência.&nbsp;<strong>Resultados:&nbsp;</strong>No geral, foram encontrados 22.252 artigos. Após as etapas de triagem e seleção, foram selecionados 58 artigos, sendo 22 referentes à população de dor musculoesquelética crônica e 36 referentes à dor experimental aguda. O nível de concordância das investigadoras foi calculado como alto (Kappa &gt; 0,92). A intensidade da dor foi avaliada em 34 estudos, hiperalgesia foi analisada em 24 estudos, somação temporal foi investigada em 2 estudos e a modulação condicionada da dor não foi identificada nos estudos incluídos na revisão. O tamanho amostral dos estudos influenciou como alto risco de viés e nos demais pontos houve uma variância entre baixo risco de viés e viés incerto. Houve favorecimento para TENS ativa em relação aos desfechos analisados nas meta-análises desenvolvidas. Alto nível de evidência foi identificado no desfecho de hiperalgesia primária na população com dor musculoesquelética crônica e moderado nível de evidência foi exibido nos demais desfechos, exceto somação temporal e modulação condicionada da dor, pois não foi possível inclusão na meta-análise.&nbsp;<strong>Conclusão:&nbsp;</strong>A TENS mostrou evidência moderada para analgesia quanto aos desfechos hiperalgesia primária, hiperalgesia secundária, intensidade de dor em repouso e durante movimento na população com dor musculoesquelética crônica e dor experimental aguda.</p> BEATRIZ MENEZES DE JESUS, INGRID KYELLI LIMA RODRIGUES, ISABELA AZEVEDO FREIRE SANTOS, JOSIMARI MELO DE SANTANA Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2528 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 Aceitabilidade e percepções do fisioterapeuta na telerreabilitação e o impacto de um treinamento online em larga escala https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2394 <p>A pandemia devido ao COVID19 acelerou a necessidade de regulamentação e utilização de recursos de telessaúde. Muitos fisioterapeutas adotaram essas práticas sem o devido treinamento, sendo essencial investir na formação desses profissionais para garantir a efetividade e segurança da telerreabilitação. Compreender os processos de ensino e aprendizagem nessa área é fundamental para otimizar os resultados clínicos. O objetivo deste estudo foi avaliar a aceitabilidade e percepções do fisioterapeuta e o impacto de um treinamento online sobre telerreabilitação. Para isso foi elaborado um treinamento que teve como objetivo disseminar sobre os princípios do teleatendimento, evidências científicas e orientações práticas para atendimentos remotos. O treinamento teve uma carga horária de 15 horas, com aulas assíncronas, e foi entregue através de uma plataforma de ensino online em parceria com o CREFITO-3. O conteúdo foi baseado nas habilidades e conhecimentos essenciais para o atendimento remoto, de acordo com a literatura: 1. Os princípios do teleatendimento, 2. Avaliação baseada em mecanismos de dor neurofisiológica, 3. Avaliação no teleatendimento, 4. Princípios da Lei Geral de Proteção de Dados, 5. Comunicação terapêutica e 6. Intervenções no teleatendimento. Ao final do treinamento foi aplicado um formulário para avaliar as impressões sobre a telerreabilitação e os efeitos do treinamento. Com relação as características dos participantes: não possuíam pós-graduação ou especialização (46%), com pós-graduação (33%) e graduando (10%). O tempo médio de formação entre os graduados foi de aproximadamente 7 anos. A maioria atuava em atendimento domiciliar (57%), seguido por clínica particular (33%), e Saúde Pública (19%). A maioria não tinha experiência prévia com teleatendimento (58%). Os resultados mostraram que em relação às barreiras e facilitadores, os participantes concordaram que infra-estrutura físicas (65%), transporte (60%), oportunidades de expansão de negócios (78%), flexibilidade de tempo (86%) e disponibilidade (83%) são facilitadores para a telessaúde. Quanto às barreiras tecnológicas e ao engajamento do paciente, houve opiniões divergentes e neutras, e a falta de opções terapêuticas presenciais não foi considerada uma barreira significativa. Dentro do conteúdo disponibilizado, Fundamentos e Aspectos Gerais em Telessaúde, Adaptações para o Teleatendimento e o Atendimento Centrado na Pessoa foram os aspectos do treinamento mais citados como trazendo melhorias e confiança no teleatendimento. No entanto, alguns participantes mencionaram Barreiras de Mercado e Impossibilidade Para Atender. Após o treinamento, os fisioterapeutas relataram utilizar ou utilizarão o atendimento online para alcançar novos públicos e facilitar suas rotinas de trabalho. Conclui-se que os fisioterapeutas tiveram uma boa aceitabilidade da telerreabilitação, porém com dificuldade de aceitação de mercado e uso em sua rotina de serviço.</p> ANA CAROLINA TACCOLINI MANZONI, LEANDRO FUKUSAWA, BRUNO TIROTTI SARAGIOTTO, RAFAEL KRASIC ALAITI, LUCAS CHAGAS NERY, DIEGO GALACE DE FREITAS Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2394 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 APENAS PESSOAS IDOSAS CAEM?: UM ESTUDO SOBRE A PREVALÊNCIA DO RISCO DE QUEDAS EM INDIVÍDUOS DA COMUNIDADE COM IDADE INFERIOR A 60 ANOS https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2427 <p>Introdução:&nbsp;As quedas podem provocar grandes problemas de saúde, são uma das principais causas de incapacidade e mortalidade no mundo. Encontram-se vários fatores de riscos para a ocorrência de quedas, tais como idade avançada, sexo feminino, déficit visual, declínio cognitivo e estilo de vida. Os estudos analisam, em sua maioria, a perspectiva de pessoas idosas, contudo, os riscos de quedas não são restritos à essa população, tornando-se necessário a identificação precoce dos riscos de quedas, bem como da queda e sua frequência.&nbsp;Objetivo:&nbsp;Descrever a prevalência de quedas, medo de cair e episódio de quedas em pessoas com idade ?50 e &lt;60 anos, assim como o risco de ocorrência nesses indivíduos.&nbsp;Metodologia:&nbsp;Trata-se de uma pesquisa de natureza observacional e prospectiva, com abordagem quantitativa dos dados. Foi realizada em duas Unidades de Saúde da Família do estado de Sergipe, em um corte temporal de 8 meses. A população avaliada era composta por indivíduos com idade ?50 que estavam no serviço de saúde no momento da coleta sem comprometimento cognitivo provável (CCP) pela 10-CS. O risco de quedas foi avaliado pela Morse Fall Scale traduzida e adaptada para o português. Avaliou-se também o medo de cair, ocorrência, local e quantidade de quedas. Resultados: Participaram do estudo 80 indivíduos, sendo excluídos 52, dos quais 40 tinham idade &gt;60 anos, seis foram por CCP, quatro por dados incompletos e dois por desistência. Foram incluídos 28 indivíduos com idade menor que 60 anos. A média de idade do grupo de interesse desta pesquisa foi de 54.64, mediana 55 e as idades variaram de 50 a 59 anos, além de 75% dos participantes serem mulheres. A maioria dos participantes caiu alguma vez no último ano 53,7%(15), sendo que a maioria caiu apenas no ambiente domiciliar 53,3%(8), 33,3%(5) caíram em casa e na rua, 6,7%(1) caiu em casa, na rua e no ambiente rural e 6,7%(1) caiu apenas no ambiente rural. Dentro de casa os ambientes onde as quedas aconteceram foram quintal, banheiro e quarto. A média de quedas foi de 2.86, a média foi 1, variando de 1 a 8 quedas. A maior parte apresentou medo de cair 75%(21), sendo que 61,9%(13) apresentou muito medo de cair, 33,3%(7) mais ou menos e 4,8%(1) um pouco. Em relação ao risco de quedas, a maioria apresentou risco de cair 60,7%. CAAE 60956722.4.0000.0217.&nbsp;Conclusão:&nbsp;Nota-se que a ocorrência e o risco de quedas não é algo exclusivo de pessoas idosas. Logo, é imprescindível um olhar cauteloso perante essa problemática para evitar danos como o impacto na funcionalidade e gastos para o sistema de saúde e social. Necessita-se de mais estudos direcionados a entender o que está causando as quedas nesses públicos mais jovens, especialmente em mulheres e o que falta nas políticas públicas na prevenção e manejo, haja vista a recorrência. É necessário ações de prevenção e promoção de saúde de quedas no ambiente domiciliar direcionadas, também, a populações com idade &lt;60 anos, assim como uma análise do perfil funcional.</p> CARLENE DUARTE AHN, LUCAS NASCIMENTO BARBOSA, VANDERLAN DE JESUS SANTOS, FRANCISCO MARIANO RAMOS SANTANA, KARINE VACCARO TAKO Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2427 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 ASSOCIAÇÃO ENTRE O BAIXO NÍVEL DE RENDA E O RISCO DE MAU PROGNÓSTICO EM IDOSOS COM DOR LOMBAR CRÔNICA: UM ESTUDO TRANSVERSAL https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2462 <p>Introdução: A dor lombar é a condição que mais coopera para a incapacidade no mundo todo e, com o aumento na incidência da dor lombar crônica (DLC) em idosos nos próximos anos, este cenário se torna ainda mais alarmante. No Brasil, a prevalência de dor lombar crônica é maior no grupo de pessoas idosas, com o estado de saúde precário e com baixo nível socioeconômico. Embora fatores sociais, como a baixa renda, influenciem diretamente o mau prognóstico de recuperação da dor lombar crônica em adultos, eles foram pouco explorados na população idosa com esta condição. Objetivo: Explorar a associação entre renda familiar e o risco de mau prognóstico de recuperação por meio do STarT Back Screening Tool (SBST) em idosos com dor lombar crônica. Métodos: Foram coletadas informações de 65 idosos com DLC no município de Fortaleza, na Universidade Federal do Ceará. Os dados analisados foram: ?renda (categorizada em até um salário e maior que 1 salário) medida nas informações reportadas pelos pacientes e risco de mau prognóstico para a dor lombar crônica por meio do SBST, além d?as variáveis incapacidade (Roland Morris 0-24) e medo de movimento (Escala Tampa de Cinesiofobia 0-68). Realizou-se uma regressão linear para se analisar a relação entre renda familiar e a pontuação no SBST, considerando também para o modelo as variáveis relacionadas à experiência dolorosa, idade, e número de comorbidades. Resultados: A idade da amostra variou de 60 a 84 anos (Média=67±5,4). A respeito da renda, 29 idosos (44,6%) possuíam renda familiar de até um salário mínimo e 36 idosos (55,4%) possuíam renda maior que um salário mínimo. As médias de incapacidade e SBST foram 15±5,2 e 5,38±2,2 pontos, respectivamente. O modelo explorado revelou que a renda demonstrou uma associação negativa com risco de mau prognóstico, avaliado através do SBST, cerca de 60%. Além disso, comorbidades, incapacidade e medo de movimento se associaram positivamente ao risco de mau prognóstico segundo a interpretação do mesmo instrumento. Conclusão: A renda de idosos com DLC está associada ao risco de mau prognóstico para recuperação de um episódio de dor. Portanto, recomendamos investigações sobre o impacto de fatores sociodemográficos na dor lombar nessa população e o desenvolvimento de estratégias que considerem esses fatores ao projetar e implementar recomendações de tratamento para o público nesse cenário. Além disso, sugerimos a elaboração de estudos que busquem explorar, de maneira mais aprofundada, a associação entre o número de comorbidades, assim como o tipo de comorbidade mais prevalente em pacientes idosos com DLC, visando uma compreensão mais ampla da associação encontrada com a incapacidade, cinesiofobia e o risco de mau prognóstico.</p> CAMILA CERON COSSA BRAGA, MACELLE GOMES SOARES, MATHEUS MARQUES MESQUITA COSTA, ANA CARLA LIMA NUNES, FABIANNA RESENDE DE JESUS MORALEIDA Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2462 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 AVALIAÇÃO DA FORÇA ISOMÉTRICA E DA RELAÇÃO ISQUIOTIBIAIS/QUADRÍCEPS EM INDIVÍDUOS SAUDÁVEIS DE CROSSFIT https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2479 <p><strong>Introdução:&nbsp;</strong>O CrossFit® é um programa de exercícios que utiliza movimentos funcionais de alta intensidade, com repetições limitadas e descanso limitado, para desenvolver força e resistência com uma combinação de exercícios cardiovasculares, levantamento de peso (olímpico e de força) e movimentos de ginástica. A dinamometria isométrica digital permite a avaliação da força isométrica voluntária máxima (FMVI). Seu baixo custo, facilidade de uso e confiabilidade fazem dela uma ferramenta útil na fisioterapia. O conhecimento da relação entre isquiotibiais e quadríceps (relação H:Q) fornece evidências relevantes e confiáveis sobre os desequilíbrios de força muscular entre os dois grupos, considerados um fator de risco em membros inferiores, tanto para lesões musculares quanto para lesões de joelho, principalmente do ligamento cruzado anterior. <strong>Objetivos:</strong> O objetivo principal deste trabalho é analisar a relação muscular entre isquiotibiais e quadríceps em membros do CrossFit®, com dinamometria isométrica. O objetivo secundário é comparar a força do quadríceps e dos isquiotibiais entre homens e mulheres em indivíduos do CrossFit®.&nbsp;<strong>Métodos:</strong> Foi realizado um estudo transversal, observacional e analítico. Participaram 59 voluntários com idade entre 20 e 40 anos que treinam na Tuluka Fitness. Um dinamômetro Fisiomove® Isoforce® foi usado para avaliar a força isométrica voluntária máxima. Os ângulos foram corroborados com goniometria. Este estudo conta com a aprovação do Comitê de Ética UMAI, número 5738, e está registrado no Clinical Trials com o número NCT05500729.&nbsp;<strong>Resultados:</strong> Nos homens, a força isométrica voluntária máxima do quadríceps (FMVI-H-C) apresentou uma média de 498,73 N (+/- 161,88), a FMVI dos isquiotibiais (FMVI-H-I) foi de 175,26 N (+/- 42,16). Nas mulheres, a força isométrica voluntária máxima do quadríceps (FMVI-M-C) foi em média de 422,73 N (+/- 120,77), a FMVI dos isquiotibiais (FMVI-M-I) foi de 131,57 N (+/- 29,33). A análise estatística resultou em uma diferença estatisticamente significativa (p&lt;0,05) entre FMVI-H-C vs. FMVI-M-C. A relação H:Q em homens foi de 0,37 (+/- 0,09) e em mulheres foi de 0,32 (+/- 0,07). A análise estatística mostrou uma diferença estatisticamente significativa (p = 0,0316) entre a relação H:Q - H e a relação H:Q - M.&nbsp;<strong>Conclusão:</strong>&nbsp;Este estudo avaliou a força e a relação entre quadríceps e isquiotibiais em membros regulares da Tuluka Fitness, de ambos os sexos, que treinam CrossFit® há mais de um ano. É possível concluir que tanto homens quanto mulheres apresentam uma relação H:Q alterada no membro inferior dominante, um fator que predispõe a lesões graves nos membros inferiores. Os dados obtidos fornecem informações relevantes para modificar o planejamento de treinamento do CrossFit®.</p> CAMILA VELO ETCHEVERRY, SANTIAGO MARCELO D'ALMEIDA, TOMÁS TANTUCCI ARIAS, SANTIAGO SZAJT, JORGE ANDRADE, OSCAR RONZIO Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2479 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 VIABILIDADE DAS PRÁTICAS DIGITAIS APLICADAS AOS IDOSOS SOB A ÓTICA DO FISIOTERAPEUTA E DO IDOSO https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2511 <p>INTRODUÇÃO: a Fisioterapia promove a saúde da pessoa idosa, melhorando ou evitando déficts físicos e cognitivos decorrentes do processo de envelhecimento. No entanto, diversas barreiras podem dificultar o atendimento fisioterapêutico ambulatorial para essa população como problemas de locomoção, tempo de espera ou situações de isolamento social. As tecnologias da informação e telecomunicação, por meio de práticas digitais como videochamada, podem se apresentar como solução, possibilitando o atendimento de fisioterapia a distância, conhecida como telerreabilitação. OBJETIVOS: verificar a opinião de fisioterapeutas e de pessoas idosas sobre a viabilidade da telerreabilitação aplicada aos idosos. MÉTODOS: foi realizado um estudo transversal no qual fisioterapeutas registrados no Brasil e pessoas idosas foram convidadas, via redes sociais, canais instituicionais ou presencialmente, a preencher um formulário eletrônico com questões de múltipla escolha sobre a percepção da telerreabilitação. Os formulários ficaram disponíveis por 18 meses (jun/2021 a nov/2022). Os dados coletados foram analisados calculando a proporção das respostas dos participantes e avaliando os níveis de concordância em cada afirmação. RESULTADOS: 307 fisioterapeutas participantes, 276 incluídos para análise; 80% do sexo feminino; 55% formados nos últimos 10 anos; e 67% com pós-graduação. A maioria concorda que videochamada não violaria a privacidade do paciente (72%), melhoraria a condição de saúde do idoso (63%), economizaria tempo do paciente (54%), seria uma maneira útil (58%), aceitável (56%) e acessível (53%) para prescrever uma sessão de exercícios para idosos; e 51% estariam interessados em participar de um local que oferecesse esse tipo de serviço. Contudo, 92% discordam de gostar de não ter contato físico com o paciente ao consultar por videochamada. Grupo de idosos: 97 participantes, 94 incluídos para análise; média de 70 anos; 78% do sexo feminino; 97% possuem celular. Apesar de 67% dos idosos não se sentirem confiantes para usar celular ou computador, a maioria concorda que uma consulta de fisioterapia por videochamada: lhes pouparia tempo (69%) e dinheiro (62%); seria fácil (66%); seria conveniente (62%); teria sua condição clínica entendida pelo fisioterapeuta (62%); melhoraria sua saúde (60%); seria uma maneira acessível (55%), aceitável (53%), eficaz (52%) e segura (51%) para receber um programa de exercícios de fisioterapia. A maioria teria interesse em usar um serviço com videochamada (56%) e concorda que deveria custar menos que uma sessão tradicional (70%). CONCLUSÃO: há concordância entre os grupos que um atendimento de fisioterapia por videochamada melhoraria a condição de saúde do idoso, seria uma maneira aceitável e acessivel, além de fisioterapeutas e idosos demonstrarem interesse em usar esse tipo de serviço. Os resultados sugerem que a videochamada pode ser uma forma viável de entrega de serviço de fisioterapia para idosos na opinião dos participantes.</p> HELOYSE ULIAM KURIKI, RAFAEL BONATTO DO AMARAL, BRUNA FOGAÇA, IONE JAYCE CEOLA SCHNEIDER, RAFAEL INÁCIO BARBOSA, ALEXANDRE MARCIO MARCOLINO Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2511 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 QUAIS FATORES PODEM INFLUENCIAR A SATISFAÇÃO DOS PACIENTES SUBMETIDOS AO REPARO DO MANGUITO ROTADOR? https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2410 <p>Introdução:&nbsp;Indivíduos com dor no ombro frequentemente apresentam diagnóstico de ruptura nos tendões do manguito rotador. As abordagens terapêuticas podem ser conservadoras ou cirúrgicas. Falhas no tratamento conservador levam o indivíduo a optar pelo tratamento cirúrgico, mas nem sempre o tratamento cirúrgico promove uma satisfação do paciente.&nbsp;Objetivo:&nbsp;Identificar quais fatores influenciam na satisfação do paciente após cirurgia de reparo do manguito rotador.&nbsp;Métodos:&nbsp;Trata-se de um estudo transversal com questionário online. Participaram desse estudo indivíduos que foram submetidos à cirurgia de reparo do manguito rotador. Foram coletadas informações demográficas, histórico prévio e atual com perguntas sobre abordagem cirúrgica, qualidade do sono, realização de tratamento fisioterapêutico, satisfação, além da aplicação de questionários que avaliam dor e incapacidade do ombro (<em>Shoulder Pain and Disability Index</em>), e cinesiofobia (Tampa). Uma regressão linear múltipla foi utilizada para investigar a associação entre as variáveis independentes e a satisfação dos indivíduos.&nbsp;Resultados:&nbsp;Sessenta e três indivíduos (46,0% do sexo feminino, 59,2±13,6 anos, 79,2±12,2 kg, 1,68±0,09 m) participaram da pesquisa. A cirurgia foi realizada no lado dominante em 54,0% dos indivíduos, e 38,1% se consideram muito melhores (+7) na escala global de mudança. O procedimento cirúrgico mais realizado foi a artroscopia (73,0%), 34,9% relataram dificuldade para dormir sobre o ombro, e 77,8% realizaram tratamento fisioterapêutico após a cirurgia. A média da pontuação do questionário SPADI e Tampa foi 26,9±31,8 e 38,8±9,3 pontos, respectivamente. Altos níveis de incapacidade e cinesiofobia influenciaram negativamente a satisfação dos pacientes com a cirurgia.&nbsp;Conclusão:&nbsp;Incapacidade do ombro e cinesiofobia influenciaram a satisfação do paciente após o reparo do manguito rotador. Estudos futuros devem investigar se intervenções que visem aumentar a função do membro superior e minimizar a cinesiofobia antes e após a cirurgia podem alterar a satisfação com a cirurgia.</p> LARISSA PECHINCHA RIBEIRO, DANILO HARUDY KAMONSEK, LUIZ FERNANDO BARBIERI D'ÉLIA, PAULA REZENDE CAMARGO Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2410 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE NO PLANO DE TRATAMENTO E GERENCIAMENTO DA DOR: RELATO DE EXPERIÊNCIA https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2445 <p><strong>Introdução:</strong>&nbsp;A educação em saúde é uma abordagem de baixo custo que faz uso da linguagem acessível para promover a aprendizagem das atitudes de saúde. Por meio dessa abordagem, o desenvolvimento da autonomia e da responsabilidade dos indivíduos no cuidado com a sua saúde torna-se possível, proporcionando que o paciente seja protagonista de seu plano de tratamento.&nbsp;<strong>Relato de experiência:</strong>&nbsp;Trata-se de um relato descritivo de experiência sobre a elaboração de cartilhas com foco na prevenção e promoção em saúde, por meio da linguagem acessível e ilustrações trazendo informações sobre a dor, assim como os fatores de risco e gatilhos para o seu surgimento, além de orientações sobre levantamento e carregamento adequado de peso ,importância da alimentação, qualidade do sono, saúde mental e ingestão de água, da prática de exercícios e entre outros tópicos. Por meio dessa abordagem, o paciente em questão demonstrou maior interação através da realização de perguntas para sanar suas dúvidas. Dessa forma, houve um maior fortalecimento da relação terapeuta-paciente, fato este que é de extrema importância para proporcionar adequada adesão do paciente ao plano de tratamento.&nbsp;<strong>Considerações finais:</strong>&nbsp;Nesse contexto, observa-se como a educação em saúde foi extremamente importante para evitar o surgimento de nova reagudização do quadro álgico, proporcionando adesão ao tratamento e as orientações que foram repassadas, potencializando os resultados do plano de tratamento convencional baseado na cinesioterapia. Através dessa abordagem, é possível promover mudança de comportamento, aumentando a motivação e adesão dos pacientes ao processo de tratamento, proporcionando adequado autogerenciamento e melhora da compreensão da paciente em relação à sua condição clínica. Com base no exposto, é possível observar a grande contribuição da educação em saúde na promoção da melhora do estado geral de saúde, possibilitando uma melhor qualidade de vida, adesão ao plano de tratamento e prevenção de reagudização do quadro clínico. Destaca-se a importância da continuidade de ações de educação em saúde. Dessa forma, sugere-se a execução de ações de educação em saúde em grupo, com o intuito de ampliar a transmissão do conhecimento.</p> JESSICA ELLEN CARDOSO SANTOS, MONIQUE OLIVEIRA DOS SANTOS, RIZIANE FERREIRA DA MOTA, JOSIMARI MELO DE SANTANA Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2445 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 ORIENTAÇÕES POSTURAIS TÊM EFEITOS SOBRE A REDUÇÃO DA DOR E DESVIOS DA POSTURA? RESULTADOS DE UM ESTUDO PILOTO https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2494 <p><strong>Introdução:&nbsp;</strong>Trabalhadores de escritórios adotam posturas repetitivas que podem conduzir a desvios posturais, desconfortos e comprometimentos osteomioarticulares importantes. Nesse sentido, se faz necessário a implementação de programas educacionais para minimizar as consequências biomecânicas decorrentes das atividades laborais.<strong>&nbsp;</strong><strong>Objetivo:&nbsp;</strong>analisar o efeito de orientações posturais sobre a dor e desvios posturais em trabalhadores de escritórios.&nbsp;<strong>Métodos:&nbsp;</strong>trata-se de um estudo piloto do tipo antes e depois que teve protocolo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário Cesmac, realizados com trabalhadores de escritórios. Os participantes foram avaliados quanto ao quadro álgico através da Escala Visual Analógica (EVA) e a avaliação postural foi realizada através de inspeção estática onde foi verificado a presença de desvios nos seguimentos: cabeça, ombro, pelve, coluna cervical, torácica e lombar. Após isso, foi dado início as intervenções que ocorreram em forma de um encontro semanal, durante dez semanas, com duração de 15 minutos para realização de educação em saúde, onde os principais temas abordados foram alimentação, ergonomia, estilos e hábitos de vida e os participantes recebiam orientações posturais, recomendações de alongamentos e posicionamento no ambiente de trabalho. A comparação entre médias independentes se deu por meio de um teste “t”. Em todas as análises adotou-se um valor de alfa igual à 5% e o software estatístico SPSS v25.0.&nbsp;<strong>Resultados:&nbsp;</strong>A amostra foi composta por 10 trabalhadores com média de idade de 42,3 (±2,35), sendo 6 (60%) do sexo feminino e 4 (40%) do sexo masculino. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas para nenhum desfecho avaliado na análise entre os momentos pré e pós-intervenção.&nbsp;<strong>Conclusão:&nbsp;</strong>Os resultados apontam que as orientações posturais realizadas uma vez por semana não são eficazes sobre a melhora do quadro álgico e das alterações posturais. Destaca-se as limitações do estudo aqui apresentado quando ao tamanho da amostra, bem como ao tempo de intervenção, que durou apenas dez semanas.</p> LISYANNE NAYARA ALVES DE LIMA, GUSTAVO FELIPE PEREIRA DOS SANTOS, PEDRO HENRIQUE CORREIA DA SILVA, TAYARA ANDRADE DOS SANTOS, LETÍCIA MARIA DA ROCHA SOARES, MATHEUS VICTOR DOS SANTOS, ANDRÉ BORBA MELO, FELIPE LIMA REBÊLO Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2494 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 Avaliação da funcionalidade de trabalhadores por meio da versão brasileira do Questionário de Reabilitação Profissional (WORQ) https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2526 <p><strong>Introdução:</strong>&nbsp;O indivíduo acometido por uma incapacidade tem mudança no rendimento do trabalho que pode repercutir negativamente, levando a redução da qualidade de vida, perda de produtividade e maior demanda por serviços de saúde. Informações a respeito da funcionalidade são de extrema importância para guiar, desde o afastamento de um trabalhador, até a concessão de um benefício e o retorno ao trabalho. O WORQ é um instrumento de avaliação de incapacidades baseado na CIF, criado para uso em reabilitação profissional, traduzido para o português e posteriormente validado para uso com trabalhadores ativos. Seu uso possibilita o monitoramento da funcionalidade de trabalhadores, facilitando a elaboração de ações estratégicas de prevenção de incapacidades e recuperação da funcionalidade.&nbsp;<strong>Objetivo:</strong>&nbsp;Avaliar a funcionalidade de trabalhadores ativos de uma instituição pública de ensino superior e correlacionar os achados com a qualidade de vida destes indivíduos.&nbsp;<strong>Metodologia:&nbsp;</strong>Foram selecionados por meio de sorteio 241 servidores ativos que responderam o questionário de reabilitação profissional (WORQ) e o questionário de qualidade de vida (WHOQOL). Foram realizadas análises descritivas para caracterização das incapacidades encontradas (WORQ) e realizados testes de correlação com os escores do WHOQOL. Foi utilizado o programa SPSS.20.&nbsp;<strong>Resultados:</strong>&nbsp;A amostra estudada tinha média de idade de 41,78 anos (DP 10,99) com distribuição homogênea de mulheres (50,2%) e homens, maioria casada (59,3%), trabalhando em período integral (52,7%) e possuindo pós-graduação (78,4%). O escore total do WORQ varia de 0 a 400 (soma dos 40 itens com escala de 1 a 10) e neste estudo obteve média de 100,95 (±66,9). As principais alterações de funcionalidade encontradas foram relativas às dificuldades com o sono (n=241; score médio 4,59), sentir-se cansado (n=238; score médio 4,17), preocupação excessiva (n=241; escore médio 4,01), dificuldade em cuidar da própria saúde (n=240; score médio 3,78), presença de dor (n=241; score médio 3,76), resistência física (n=241; score médio 3,75), força muscular (n=241; score médio 3,51) e dificuldade para manter a atenção (n=242; score médio 3,38). O auto relato de problemas de funcionalidade (WORQ) se correlacionou moderada e inversamente com a qualidade de vida (WHOQOL) dos participantes (Spearman r= 0,671; p-valor 0,001).&nbsp;<strong>Conclusão:</strong>&nbsp;Mesmo os trabalhadores ativos, apresentam algum grau de incapacidade, conforme evidenciado por este estudo. A presença de dor e as alterações relacionadas a cansaço, stress e dificuldade para cuidar da própria saúde são indicativos da situação de saúde dos trabalhadores desta amostra, sinalizando a necessidade de acompanhamento da funcionalidade no ambiente de trabalho para minimizar os impactos na saúde e no desempenho laboral ao longo do tempo. A presença de incapacidades se mostrou inversa e moderadamente correlacionada à qualidade de vida, indicando impacto importante no dia a dia destes trabalhadores.</p> JULIANA SCHOLTÃO LUNA, GINA TORRES REGO MONTEIRO, ROSALINA JORGE KOIFMAN Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2526 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 NÍVEL DE CONHECIMENTO EM DOR, ATITUDES E CRENÇAS ENTRE ESTUDANTES DE FISIOTERAPIA EM RELAÇÃO A PACIENTES COM DOR LOMBAR CRÔNICA: ESTUDO TRANSVERSAL DESCRITIVO https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2425 <p>Introdução:&nbsp;A Dor Lombar (DL) é a principal causa de incapacidade em 160 países. A DL que persiste por mais de três meses é considerada crônica. A Dor Lombar Crônica (DLC) atinge entre 4,2% e 14,7% da população brasileira. A maioria dos casos de DL (90%) não pode ser atribuída a uma causa específica. Recomenda-se o uso de um modelo biopsicossocial para avaliar e tratar a dor, considerando fatores comportamentais, psicológicos e sociais. Fisioterapeutas desempenham um papel importante no manejo da dor e são parte da primeira linha de tratamento não farmacológico. O conhecimento em neurociência da dor melhora a classificação e o tratamento da dor, bem como atitudes e comportamentos relacionados a ela. Sendo assim, um conhecimento completo da dor é essencial para estudantes de Fisioterapia, visando a qualidade do tratamento e abordagens holísticas considerando as crenças, estilo de vida e auto eficácia dos pacientes.&nbsp;Objetivos:&nbsp;Diagnosticar o conhecimento em neurofisiologia da dor, atitudes e crenças dos estudantes do curso de Fisioterapia da graduação de uma instituição de ensino superior no estado de Alagoas.&nbsp;Métodos:&nbsp;Estudo transversal descritivo, realizado com estudantes do curso de Fisioterapia de uma instituição de ensino superior, utilizando os questionários: Questionário Neurofisiológico da Dor Revisado (QNDr) e Escala de Atitudes e Crenças para Fisioterapeutas (PABS-PT), com critérios de inclusão: 1) estudantes matriculados regularmente no curso de Fisioterapia, e os critérios de exclusão: 1) estudantes menores que 18 anos; 2) estudantes que não aceitassem em participar do estudo após leitura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). A coleta de dados ocorreu após a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP), sob parecer 6.000.423. Os estudantes responderam os questionários via Google Forms, as respostas foram registrados no Google Sheets e analisadas pelo SPSS® 20. A ANOVA de uma via foi utilizada para comparar as médias das pontuações entre os anos da graduação, o Teste T de Student de Amostras independentes para comparar as médias das pontuações entre os sexos e a Correlação de Pearson para analisar a correlação entre as subescalas do PABS-PT.&nbsp;Resultados:&nbsp;Participaram 52 estudantes (32%) do curso de Fisioterapia, sendo 13 homens e 39 mulheres. Não houve diferença significativa nas médias das pontuações entre os anos no QNDr. No PABS-PT, houve uma média decrescente na pontuação da subescala biomédica com o avançar da graduação, ainda assim, todos os anos apresentaram maior pontuação na subescala biomédica quando comparada com a subescala biopsicossocial.&nbsp;Conclusão:&nbsp;Os estudantes do curso de Fisioterapia apresentaram baixo conhecimento em neurofisiologia da dor. Todos apresentaram uma maior atitude e crença na abordagem biomédica, mas que foi decrescente com o avançar da graduação. É encorajado a inclusão de uma disciplina em educação de dor visando desenvolver habilidades no tratamento de pacientes no contexto da DLC.</p> EDUARDO SALOMÃO RODRIGUES NASCIMENTO DOS SANTOS, MATEUS DUARTE DE ARAÚJO LIBERATO, GUILHERME AUGUSTO NUNES PAULINO SILVA, CESÁRIO DA SILVA SOUZA, AYRA LISIANE FERREIRA DOS SANTOS, GABRIEL MALTA WANDERLEY Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2425 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 EFEITOS IMEDIATOS DA ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA NERVOSA TRANSCUTÂNEA NO TRATAMENTO DE INDIVÍDUOS COM MIGRÂNEA CRÔNICA: ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2460 <p><strong>Introdução:</strong>&nbsp;Migrânea crônica é uma cefaleia primária presente em, pelo menos, 15 dias por mês, sendo que em oito é caracterizada por dor unilateral, pulsátil, associada a fotofobia e/ou fonofobia, tendo intensidade de moderada a grave, durando de 4 até 72 horas. Atualmente, existem opções de tratamento farmacológico e não farmacológico. A estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS) é um recurso analgésico não farmacológico promissor para o tratamento da migrânea. Dessa forma, o objetivo do presente estudo foi analisar se a TENS promove alívio da dor em indivíduos com migrânea crônica após uma única sessão.&nbsp;<strong>Método:</strong>&nbsp;Ensaio clínico randomizado, duplo cego, controlado por placebo. Os participantes que se encaixaram nos critérios de inclusão e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido foram randomizados em dois grupos: TENS ativa e TENS placebo. Na intervenção, os participantes receberam a TENS durante 30 minutos, utilizando o aparelho Neurodyn Portable TENS® (IBRAMED, Amparo, SP, Brasil). Os eletrodos foram colocados sobre os músculos frontal e trapézio superior bilateralmente. Limiar de dor por pressão (LDP) foi medido pelo algômetro de pressão digital (Impac®, Paulínia, SP, Brasil) nos músculos frontal, trapézio superior e tibial anterior; amplitude de movimento (ADM) da região cervical por meio do inclinômetro (Sanny®, São Paulo, SP, Brasil) dos movimentos de flexão, extensão, inclinação e rotação direita e esquerda, e intensidade da dor mensurada pela escala numérica de dor. A avaliação foi realizada antes e após a intervenção. Os dados coletados foram organizados em planilhas no Microsoft Office Excel, as análises estatísticas foram realizadas no software&nbsp;<em>Graphpad Prism</em>.&nbsp;<strong>Resultados:&nbsp;</strong>Trinta e cinco participantes foram incluídos no estudo, 18 foram incluídos no grupo ativo e 17 no grupo placebo, não havendo perda de segmento dos participantes no decorrer do processo. Dados sociodemográficos foram homogêneos (idade, peso, IMC, anos com migrânea, intensidade, duração e frequência das crises). Não houve diferenças significativas entre os grupos em relação ao LDP, a ADM da região cervical, a intensidade de dor e a intensidade de dor ao movimento da região cervical.&nbsp;<strong>Conclusão:</strong>&nbsp;Uma única sessão com aplicação de TENS não foi suficiente para aumentar o limiar de dor por pressão, reduzir a intensidade de dor ou aumentar a ADM cervical.</p> INGRID KYELLI LIMA RODRIGUES, ANNE CAROLLINE DE FREITAS SOUZA, THIFFANI SANTOS ARAGÃO, JÚLIA GABRIELY CORREIA SANTOS, ISAAC RAFAEL SILVA LIMA, TAUANE GRASIELA, MARIA IVONE OLIVEIRA DANTAS Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2460 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 MAPEANDO A INCAPACIDADE EM INTERVENÇÕES DE AUTOGESTÃO PARA DOR LOMBAR: UMA ANÁLISE INSTRUMENTAL VINCULADA À CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE FUNCIONALIDADE, INCAPACIDADE E SAÚDE https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2477 <p><strong>Introdução:&nbsp;</strong>A incapacidade é comumente o desfecho primário de intervenções que visam à autogestão da dor lombar crônica. Considerando a perspectiva biopsicossocial, sugere-se que os instrumentos utilizados para avaliação da incapacidade abranjam a multidimensionalidade ancorada pela Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF). Identificar os domínios da CIF contidos nos instrumentos mais utilizados neste tipo de estudo contribui para a compreensão da abrangência dos mesmos em relação à incapacidade.&nbsp;<strong>Objetivos:&nbsp;</strong>Identificar e comparar questionários utilizados para avaliar a incapacidade em estudos de intervenções de autogestão da dor lombar baseados na CIF como referência.&nbsp;<strong>Métodos:&nbsp;</strong>Estudo metodológico de análise instrumental. Selecionamos os instrumentos de medida de incapacidade usados em ensaios clínicos controlados nas intervenções de autogestão na dor lombar crônica inespecífica a partir de uma revisão de literatura realizada nas bases Central via Cochrane Library, Embase e PsycInfo, em 26 de fevereiro de 2023. Os instrumentos foram analisados a fim de identificar e relacionar seus itens aos conceitos da CIF, codificando-os em seus domínios aplicando o refinamento das regras de vinculação da CIF.&nbsp;<strong>Resultados:&nbsp;</strong>De 19 estudos incluídos, foram extraídos nove questionários usados para avaliar incapacidade como desfecho em ensaios sobre autogestão da dor lombar. Os quatro instrumentos mais utilizados foram 24-Items Roland Morris Disability Questionnaire (24-RMDQ) (27%), 23-Items Roland Morris Disability Questionnaire (23-RMDQ) (23%), Oswestry Disability Index (ODI-1.0) (14%) e Oswestry Disability Index (ODI-2.0) (9%). Foram analisados 67 itens e identificados 193 conceitos relacionados à CIF, sendo 43% correspondendo ao domínio de “função e estrutura do corpo”, 44% ao de “atividade e participação” e 13% ao de “fatores ambientais”. Em nenhum dos instrumentos houve codificação para “fatores pessoais”. No 24-RMDQ foram identificados 54 conceitos vinculados à funcionalidade, e a maioria de suas codificações ancoradas no domínio de “função e estrutura do corpo” (52%), bem como o 23-RMDQ (53% de 51 conceitos identificados). O ODI-1 tem a metade de suas 48 codificações ancoradas em “atividade e participação” e, no ODI-2.0, esse domínio é representado por 53% dos 40 conceitos identificados.&nbsp;<strong>Conclusão:&nbsp;</strong>Embora a perspectiva biopsicossocial embasada na CIF seja o modelo recomendado para a avaliação da incapacidade em pessoas com dor lombar crônica, a avaliação deste desfecho em estudos que envolvem autogestão desta condição ainda utiliza instrumentos que não contemplam todos os domínios que compõem a funcionalidade. Encorajamos os pesquisadores e clínicos que promovem intervenções de autogestão a usar instrumentos de avaliação de incapacidade mais abrangentes, com mais equilíbrio entre os domínios da CIF, e com inclusão especial de fatores contextuais.</p> VIVIANE ROCHA CELEDONIO, FABIANNA RESENDE DE JESUS MORALEIDA, TUYRA FRANCISCA CASTRO E SILVA, LIDIANE ANDRÉA OLIVEIRA LIMA, ANA CARLA LIMA NUNES Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2477 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 VISÃO DE FISIOTERAPEUTAS SOBRE EXERCÍCIO, ADESÃO E EVOLUÇÃO CLÍNICA NA FIBROMIALGIA: ESTUDO QUALITATIVO https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2509 <p><strong>Introdução:</strong>&nbsp;Fibromialgia (FM) é uma condição de dor muscular crônica generalizada. Embora o exercício seja fortemente indicado, desafios são enfrentados na adesão nesta população.&nbsp;<strong>Objetivos:</strong>&nbsp;I) Geral: compreender a prescrição de exercícios e aspectos da adesão e evolução de pacientes com FM. II) Específicos: a) identificar modalidades e dose do exercício prescritos por fisioterapeutas; b) investigar dificuldades e facilidades para prescrição do exercício; c) analisar estratégias na inserção e adesão do exercício; d) avaliar fatores que influenciam na adesão e evolução no tratamento; e) compreender a percepção sobre autoeficácia e estratégias de modificação.&nbsp;<strong>Métodos:</strong>&nbsp;Trata-se de um estudo qualitativo fundamentado nos&nbsp;<em>checklists Consolidated Criteria for Reporting Qualitative Research&nbsp;</em>e&nbsp;<em>Standards for Reporting Qualitative Research</em>. As entrevistas foram conduzidas por uma avaliadora com experiência em coleta de dados qualitativos. Integralmente, a entrevista contém um roteiro de 43 perguntas, selecionadas para este estudo 2 seções e 9 perguntas. Na entrevista houve a participação da entrevistadora, participante e observador, com o registro das notas de campo. Para aumentar a confiabilidade da entrevista, foram realizados o teste piloto e análise de consultoria por especialistas. A análise de conteúdo e codificação foram feitas por meio do software MAXQDA 2022, utilizando o método de triangulação dos dados para aumento de confiabilidade e credibilidade.&nbsp;<strong>Resultados:</strong>&nbsp;Foram avaliados 27 fisioterapeutas. Sete subcategorias na análise de dados foram encontradas. A autoeficácia de pacientes com FM foi descrita como baixa pelos fisioterapeutas. Alguns participantes não souberam descrever ou identificar autoeficácia e fatores de modificação nesses pacientes.<strong>&nbsp;</strong>Modalidades de exercício prescritas foram exercícios de fortalecimento, aeróbico no solo e aquático, mobilidade, pilates, alongamentos, técnicas de relaxamento e distração. Estratégias como educação do paciente, educação em dor, escuta qualificada, exposição gradativa, supervisão do exercício, ajuste no horário e uso de checklists e recursos de mídia, além do nível de complexidade do exercício foram identificados. As barreiras para o exercício foram intensidade da dor, níveis de catastrofização, experiências anteriores e cinesiofobia. As facilidades foram vínculo afetivo, preferência do paciente e competência do profissional. Fatores familiares, individualidade do atendimento, habilidade e competência do profissional, vínculo terapêutico, contato manual, fatores psicossociais e ocupacionais, experiências prévias foram descritos como influenciadores na adesão e evolução do tratamento.&nbsp;<strong>Conclusão</strong>: Fisioterapeutas prescrevem exercícios mistos na fibromialgia utilizando estratégias gradativas. Fatores relacionados ao quadro clínico, habilidades e competências do profissional influenciam na adesão e evolução do tratamento fisioterapêutico.</p> MONIQUE OLIVEIRA DOS SANTOS, FRANCIELLY AZEVEDO DA SILVA, IZABEL CRYSTINA MOTA GOIS, MILENA DE JESUS DA SILVA, JOSIMARI MELO DE SANTANA Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2509 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 ACOMPANHAMENTO FISIOTERAPÊUTICO E O NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA EM PACIENTES COM LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO: RESULTADOS DE UM SURVEY NACIONAL ENTRE 2020 E 2023 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2407 <p>Introdução: Doença autoimune, o Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma condição de característica inflamatória crônica, em que pode-se observar comprometimento de múltiplos sistemas do organismo, ocasionando lesões na pele, dor nas articulações e rigidez muscular. A prática de atividade física é uma das estratégias mais eficazes no combate ao LES, pois, juntamente com o tratamento medicamentoso, possibilita a melhora dos sintomas, reduzindo a atividade da doença e proporcionando maior qualidade de vida; sendo fortemente recomendada. Objetivos: Estimar a frequência da assistência fisioterapêutica bem como o nível de atividade física em pacientes com LES, durante a Pandemia de COVID-19. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional descritivo do tipo survey, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UNIFAP (3.287.635). Foram incluídos pacientes com LES, sendo excluídas pessoas menores de 18 anos, ou que apresentavam outros tipos de Lúpus. Os participantes responderam a um questionário online auto aplicável desenvolvido na plataforma especializada em Formulários, com perguntas estruturadas envolvendo seguintes domínios: dados sociodemográficos, acompanhamento profissional e nível de atividade física. Este foi disponibilizado nacionalmente no período de abril de 2020 a 2023. Os dados coletados foram exportados em uma planilha padronizada e posteriormente foi realizada análise estatística dos dados por meio do software JAMOVI (V. 2.3) utilizando-se médias, frequências e porcentagens. Resultados: Foram analisadas 533 respostas de pacientes de 24 Estados brasileiros e mais o Distrito Federal, nas quais os participantes apresentaram uma média de 37,34±10,3 anos de idade. Na análise dos dados relacionados à assistência fisioterapêutica, 89,50% dos entrevistados não realizavam acompanhamento com o fisioterapeuta, enquanto apenas 10,50% eram assistidos por um profissional da área. Sobre a prática de atividade física para o controle dos sintomas sistêmicos, 46,20% (248) dos participantes relataram não realizar nenhum tipo de atividade física, enquanto 53,80% (285) dos pacientes realizavam algum tipo de atividade física para alívio ou redução dos sintomas. Destes últimos, 7,60% (40) realizavam exercícios em casa, 4,90% (26) alongamentos, 11,50% (61) caminhada, 4,90% (26) exercícios na academia, 1,60% (8) yoga/meditação e 23,30% (124) realizam mais de uma modalidade de exercício físico para melhora do quadro clínico e sintomatologia da doença. Conclusão: Os dados obtidos neste estudo demonstram que grande parte dos pacientes com LES no Brasil não realizam acompanhamento fisioterapêutico, assim como quase metade deles não praticavam nenhum tipo de atividade física no período analisado. Este cenário pode interferir diretamente na piora de capacidades funcionais e perda da qualidade de vida destes pacientes.</p> SIDONIZI DA SILVA MEDEIROS, FELIPE VIANA GAMA, MARCOS PAULO VIEIRA MACHADO, REINALDO OLIVEIRA CUNHA, RINALDO SOARES DE FARIAS, MYARA CRISTINY MONTEIRO CARDOSO, NATALIA CAMARGO RODRIGUES IOSIMUTA, AREOLINO PENA MATOS Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2407 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 DOR E CARACTERÍSTICAS MENSTRUAIS ESTÃO ASSOCIADAS NA DISMENORREIA PRIMÁRIA? UM ESTUDO OBSERVACIONAL TRANSVERSAL https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2443 <p><strong>Introdução:</strong>&nbsp;Dismenorreia primária (DP) corresponde a uma cólica na região inferior do abdome. Esta condição pode afetar aspectos pessoais e sociais devido às limitações para realizar esforço físico ou intelectual. A DP é desencadeada pela redução de progesterona no período menstrual, que resulta em contração uterina, elevação de prostaglandinas e ocorrência de dor, porém sua etiologia e fatores de risco ainda não são exatamente conhecidos.&nbsp;<strong>Objetivo:</strong>&nbsp;Apresentar as principais características da dor, elementos psicoemocionais, perfil menstrual e social das pacientes com DP.&nbsp;<strong>Métodos:</strong>&nbsp;Trata-se de um estudo observacional transversal. A avaliação foi realizada no primeiro dia do período menstrual, contendo as seguintes variáveis: intensidade da dor pela Escala Numérica de 11 pontos em repouso, durante a contração do abdome e durante pressão mecânica no abdome; intensidade de fadiga; limiar de dor por pressão (LDP) através do algômetro digital; teste de caminhada de 6 minutos (desempenho funcional), Questionário de Motivação, Questionário Internacional de Atividade Física (aptidão física), Escala de Catastrofização da Dor, Questionário de Qualidade de Vida em Endometriose. Foram, ainda, coletados dados antropométricos e de caracterização da menstruação (idade da menarca, intensidade, regularidade e duração da menstruação). Os dados foram analisados com o software SPSS Statistics 22® e foram conduzidos métodos de regressão.&nbsp;<strong>Resultados:</strong>&nbsp;Foram incluídas no estudo 50 mulheres com dismenorréia primária. A partir das informações obtidas, foi possível inferir que mulheres que menstruam por um período de 1 a 4 dias apresentam LDP lombar maior que aquelas que menstruam por um período de 5 a 7 dias e que apresentam ciclo irregular; maior duração da menstruação relaciona-se com maior fluxo de sangramento e com menor idade da menarca. Há relação positiva entre: qualidade de vida e idade; motivação e intensidade de fadiga; qualidade de vida e catastrofização; e associação inversa da mobilidade funcional com idade e com intensidade de dor em movimento.&nbsp;<strong>Conclusão:</strong>&nbsp;A idade da menarca influencia o surgimento da DP, mas pode não estar associada com a gravidade dos sintomas. Além disso, características da menstruação como fluxo, duração e regularidade do sangramento possuem associações, bem como aspectos dolorosos e psicoemocionais.</p> ANNE CAROLLINE DE FREITAS SOUZA, PRISCILA DE ARAÚJO GARCEZ, AKELINE SANTOS DE ALMEIDA, JOSIMARI MELO DE SANTANA Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2443 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 TREINAMENTO ISOLADO DE FORÇA ABDOMINAL É CAPAZ DE INFLUENCIAR A CAPACIDADE FUNCIONAL CARDIORRESPIRATÓRIA https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2492 <p><strong>Introdução:&nbsp;</strong>Alterações de força nos músculos abdominais e descondicionamento físico podem ser consequências do sedentarismo, afetando negativamente a qualidade de vida. Dessa forma é importante proporcionar a indivíduos sedentários, condutas efetivas para melhora simultânea destas duas funções. Os músculos abdominais exercem função de promover a estabilidade do tronco, compressão das vísceras abdominais e manutenção da postura, além de auxiliar em processos fisiológicos como tosse, defecação e parto, sendo um grupo muscular essencial para atividades do dia a dia e prática de exercícios. Frente a isso, levanta-se o seguinte questionamento: o quanto o fortalecimento desse grupamento muscular interfere sobre a capacidade funcional cardiorrespiratória?&nbsp;<strong>Objetivo</strong>: avaliar o efeito de um treinamento de fortalecimento abdominal sobre a capacidade cardiorrespiratória em adultos jovens sedentários.&nbsp;<strong>Método:&nbsp;</strong>Tratou-se de um estudo experimental, aprovado pelo Comitê de ética em pesquisa do Centro Universitário CESMAC. Os participantes foram recrutados entre os graduandos do curso de Fisioterapia de uma Instituição de Ensino Superior. Os critérios de inclusão foram: ser acadêmico da instituição, possuir idade entre 18 e 29 anos de ambos os sexos; ser sedentário há pelo menos 6 meses; possuir as faculdades mentais preservadas. Foram excluídos: indivíduos amputados não protetizados; portadores doenças vestibulares em crises agudas; doenças com comprometimento neuromotor e doenças cardiovasculares não controladas. Os participantes foram avaliados quanto a sua resistência cardiorrespiratória através do Teste de caminhada de Seis Minutos (TC6) no início e ao final de toda intervenção. O protocolo foi elaborado com exercícios do tipo prancha e suas variações, com progressão do treinamento conforme a melhora do desempenho. As intervenções foram realizadas duas vezes na semana, durante dois meses, com duração de 30 minutos cada sessão de treino. A comparação entre as médias inicial e final do TC6 foi realizada por meio do teste “t”. Para todos os casos, adotou-se um valor de alfa igual à 5% e o software estatísticos SPSS v 21.0.&nbsp;<strong>Resultados:&nbsp;</strong>A amostra foi composta por 12 indivíduos com uma média de idade de 21 anos ± 2,44 e predominância do sexo masculino.<strong>&nbsp;</strong>Na avaliação inicial os resultados do TC6 revelaram uma média de 581,065 ± 59,40 e após a intervenção os valores demonstraram um aumento nestes valores com uma média de 680,015 ± 64,21. A comparação estatística inferencial revelou um resultado estatisticamente significativo (p&lt;0,01), evidenciando melhoria no teste funcional de resistência.&nbsp;<strong>Conclusão:</strong>&nbsp;O presente estudo permite afirmar que treinos de fortalecimento abdominal com exercícios de prancha podem influenciar na capacidade cardiorrespiratória de adultos jovens sedentários.</p> MATHEUS VICTOR DOS SANTOS, RAFAEL VINICIUS DE ALMEIDA TABOSA, TYRONE RAPHAEL FEITOSA LIMA, LISYANNE NAYARA ALVES DE LIMA, ANDRÉ BORBA MELO, VÍTOR DE ARAÚJO BATISTA, EDMIRSON GONÇALVES DE ALBUQUERQUE NETO, FELIPE LIMA REBÊLO Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2492 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 EFICÁCIA DA REABILITAÇÃO COMO TRATAMENTO COADJUVANTE DO ALONGAMENTO TIBIAL COM MÉTODO ILIZAROV: REVISÃO SISTEMÁTICA https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2524 <p>Introdução: O método Ilizarov, fixador rígido circular, é o método mais utilizado para auxiliar na não união óssea, com deslocamento controlado e gradativo, chamado de alongamento ósseo. No entanto, o tempo prolongado do alongamento pode causar contratura muscular do gastrocnêmio resultando em “pé equino” com rigidez articular. Além disso, outros efeitos adversos podem ser esperados como complicações cirúrgicas, sociais e/ou psicológicas. Assim, a intervenção terapêutica pode preservar ou recuperar a amplitude de movimento necessária para marcha funcional e prevenir outros agravos. Contudo, são escassos os trabalhos que avaliam a eficácia da reabilitação durante a distração tibial pelo método Ilizarov. Objetivos: Essa revisão sistemática busca avaliar a eficácia da reabilitação como tratamento coadjuvante do alongamento tibial com o método Ilizarov. Métodos: Essa revisão sistemática, registrada na plataforma PROSPERO (432698) incluiu ensaios clínicos randomizados publicados até maio de 2023. A estratégia de busca foi realizada e adequada para cada base de dados (Pubmed, Scielo, Lilacs via Porta BVS, Pedro, Web of science e Embase). Buscas na literatura cinzenta também foram realizadas para garantir a inclusão de potenciais estudos relevantes. Dois autores realizaram a seleção dos estudos de forma independente. Desacordos foram resolvidos por meio de um terceiro autor. Resultados: Um total de 1268 artigos foram encontrados, publicados entre 1988 e 2022. Após a exclusão das duplicatas e dos artigos que não apresentavam os critérios de inclusão, 62 foram incluídos para a avaliação da leitura completa, sendo que 4 apresentaram os critérios de inclusão: (1) Ensaios clínicos, (2) Alongamento tibial e (3) protocolo de reabilitação. Os 4 estudos tiveram um total de 88 participantes, com uma média de idade de 25 anos, Com diagnósticos de fratura tibial cominutiva, não união tibial, defeito no osso tibial decorrente de fratura exposta e encurvamento anterolateral congênito da tíbia. Os quatro estudos não especificaram o tempo de alongamento ósseo. Os estudos compararam os efeitos da terapia com ultrassom pulsado e da estimulação elétrica com um grupo de placebo, sendo que nenhum utilizou exercícios físicos ou alongamentos . Em todos os casos, o grupo ativo teve melhores resultados quanto ao tempo de recuperação, consolidação óssea e prevenção de perda de massa óssea. Conclusão: A terapia de ultrassom pulsado e a estimulação elétrica parecem ser eficazes na redução do tempo de recuperação, consolidação óssea e prevenção da perda de massa óssea em pacientes com fixador externo. Novos ensaios clínicos randomizados, com um número maior de participantes e acompanhamento mais longo, são necessários para aprimorar a precisão dos resultados e promover a padronização dos protocolos de tratamento com terapia de ultrassom pulsado e estimulação elétrica em relação aos parâmetros a serem utilizados, duração do tratamento e local de aplicação.</p> GABRIELY CRISTINA SOUSA DOS ANJOS, ALICE DE SOUSA AMORAS TÁVORA, NATALIA CAMARGO RODRIGUES IOSIMUTA, ANA CAROLINA NUNES PINTO Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2524 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 INTENSIDADE E INTERFERÊNCIA DA DOR NOCICEPTIVA EM INDIVÍDUOS COM DOENÇA DE PARKINSON https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2423 <p>Introdução:&nbsp;A Doença de Parkinson (DP) é uma condição neurodegenerativa, crônica e progressiva, na qual ocorre perda de neurônios dopaminérgicos localizados na parte compacta da substância negra, o que gera alterações motoras e não motoras. Dentre as não motoras, destaca-se a dor nociceptiva somática. Entretanto, essa variável pode ser negligenciada devido à crença limitante de associar condição neurológica apenas com dor neuropática.&nbsp;Objetivo:&nbsp;Avaliar dor nociceptiva quanto a intensidade e a interferência da dor em pessoas com DP.&nbsp;Método:&nbsp;Trata-se de um braço de estudo epidemiológico, observacional e transversal, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos, correspondente ao CAAE: 64807417.6.0000.5546. Todos os participantes frequentaram o Laboratório de Pesquisa em Neurociências (LAPENE) situado na Universidade Federal de Sergipe para assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e realizar a coleta de dados. Foi preenchida uma ficha com dados sociodemográficos, anamnese e o Inventário Breve de Dor (BPI). O BPI é um instrumento multidimensional, o qual avalia a dor por meio de uma escala de zero a dez para graduar duas variáveis: a intensidade da dor que é analisada a dor máxima, média e mínima sentida nas últimas 24 horas e no momento exato da avaliação, e a interferência da dor de acordo com os itens de atividade geral, humor, caminhar, trabalho, relações com outras pessoas, sono e o prazer de viver. Os critérios de inclusão foram: ambos os sexos com diagnóstico de DP; classificação entre 1 e 4 na escala de Hoehn e Yahr; quadro clínico estável e acompanhado por neurologista. Os critérios de exclusão foram: Parkinsonismo; distúrbios psiquiátricos, em uso de fármacos analgésicos, com algum tipo de distúrbio metabólico não controlado. A análise dos dados foi realizada de forma descritiva através da média e o erro padrão da média.&nbsp;Resultado:&nbsp;Foram obtidos 24 voluntários com DP, sendo seis do sexo feminino com idade média de 62,1±5,6 anos e 18 do sexo masculino com idade média de 58,6±6,4 anos. Os resultados desse estudo expuseram que as áreas com maior prevalência de dor foram: trapézio superior e coluna lombar. Com relação à intensidade da dor, obteve-se uma média de 14,08±2,05 mostrando que os pacientes possuem uma acentuação de leve a moderada nesse quesito, sendo intensidade 10 referida como dor máxima por três pessoas, apenas um participante permaneceu com intensidade 9 em todos os itens, e os demais variaram entre 0 e 8 nas respostas. Já em relação à interferência da dor nas atividades cotidianas, a média foi de 24,84±3,94 e expressaram maior impacto da dor nos quesitos de atividade geral e sono quando comparados aos demais itens.&nbsp;Conclusão:&nbsp;Os achados denotam que as pessoas com DP podem apresentar dor nociceptiva, um fato possivelmente decorrente da alteração da modulação da dor através dos núcleos da base afetando o limiar de dor e tal experiência sensitiva promove repercussão na qualidade de vida desses pacientes.</p> LEYLANNE OLIVEIRA DE SANTANA, BEATRIZ MENEZES DE JESUS, ANNANDA OLIVEIRA SANTOS, JOSIMARI MELO DE SANTANA Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2423 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 INFLUÊNCIA DA CAPOEIRA SOBRE A MOBILIDADE DE TRONCO E CAPACIDADE FUNCIONAL CARDIORRESPIRATÓRIA DE IDOSOS https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2458 <p><strong>Introdução</strong>: O envelhecimento humano é um processo natural que carrega uma série de alterações fisiológicas próprias de todo ser vivo, destacando-se a diminuição progressiva da funcionalidade. Deste modo, é fundamental debater sobre a importância da adesão do idoso à pratica de atividades físicas. Assim, a capoeira revela-se como uma excelente proposta para essa população, uma vez que por ser executada de uma forma bem dinâmica, a prática dessa modalidade está diretamente ligada a melhora de múltiplas variáveis motoras e funcionais.&nbsp;<strong>Objetivo:&nbsp;</strong>Avaliar a influência da capoeira sobre a mobilidade de tronco e capacidade funcional cardiorrespiratória em idosos.&nbsp;<strong>Método:&nbsp;</strong>A pesquisa em questão trata-se de um estudo piloto e teve protocolo aprovado pelo Comitê de ética em pesquisa do Centro Universitário Cesmac, e foi realizada com idosos vinculados a um Projeto de extensão para idosos da cidade de Maceió, Alagoas. Foram incluídos idosos de ambos os sexos, sendo excluídos aqueles com desordens motoras e funcionais que impossibilitassem a ortostase. A capacidade funcional cardiorrespiratória foi avaliada através do Teste de Caminhada de seis minutos (TC6), e a mobilidade de tronco através do Teste de Alcance Funcional (TAF). Os participantes foram submetidos a 10 sessões de treinamento funcional através da capoeira, de forma adaptada, com frequência de 2 vezes semanais e duração de 35 minutos. Após as 10 sessões, todos os testes foram reaplicados.&nbsp;<strong>Resultados:&nbsp;</strong>Ao final, três idosas, com idade média de 76,5 (±9,19) concluíram o treinamento, apresentando uma melhora geral em relação ao início da intervenção. No Teste de Alcance Funcional, realizado na pré-intervenção, obteve-se a média de 6,00 cm (±1,20) e no Teste de Caminhada de 6 minutos, a média de 223,6 m (±34,55). Já no pós-intervenção, foi apresentado uma significativa melhora, onde no TAF a média foi de 15,16 (±3,83), e no TC6 a média de metros percorridos foi de 461,33 (±78,1), evidenciando essa melhora nas funções analisadas&nbsp;<strong>Conclusão:&nbsp;</strong>Baseado nos dados apresentados nos resultados, é possível concluir que a capoeira influencia significativamente na mobilidade de tronco (impactando diretamente no equilíbrio), como também, na capacidade cardiorrespiratória dos idosos. Destaca-se, no entanto, que se trata de um estudo piloto, com tamanho amostral pequeno, e os resultados devem ser analisados com cautela. O estudo seguirá com novos recrutamentos.</p> MIGUEL JOSÉ OLIVEIRA DE CARVALHO, MELISSA MEDEIROS MACIEL, RIKELLY MOURA HERCULANO, WILLIAN CARNEIRO RIOS DE OLIVEIRA, MARIA EDUARDA SILVEIRA SANTOS, LISYANNE NAYARA ALVES DE LIMA, RICO TORRES DE OLIVEIRA CERQUEIRA, FELIPE LIMA REBÊLO Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2458 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 PROPRIEDADES MÉTRICAS DE TESTES FUNCIONAIS EM MULHERES COM SÍNDROME DA DOR DO GRANDE TROCÂNTER https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2474 <p><strong>Introdução:</strong>&nbsp;A síndrome da dor do grande trocânter (SDGT) é uma causa comum de dor na lateral do quadril, e é caracterizada clinicamente por dor na região do trocânter maior, que pode se estender pela coxa. Estudos apontam que pessoas com esta condição apresentam níveis de incapacidade e qualidade de vida semelhantes a indivíduos com osteoartrite de quadril severa. Apesar das alterações de funcionalidade presentes, ainda não existem parâmetros de referência ou testes funcionais com propriedades métricas estabelecidas para esta disfunção.&nbsp;<strong>Objetivo:</strong>&nbsp;Estabelecer as propriedades métricas (validade, confiabilidade e reprodutibilidade) de testes funcionais em mulheres com SDGT.&nbsp;<strong>Materiais e métodos:</strong>&nbsp;Trata-se de um estudo piloto em que até o momento foram avaliadas 16 mulheres com SDGT, entre 35 e 60 anos. As participantes preencheram o questionário de caracterização da amostra, a Escala Visual Analógica de dor, a versão curta do questionário internacional de atividade física (IPAQ) e o&nbsp;<em>Victorian Institute of Sport Assessment – Gluteal&nbsp;</em>(VISA-G) e foram aleatorizadas para a sequência de execução de quatro testes funcionais: Sentar e levantar em 30 segundos (SL30), teste de subida em escada (TSE), teste de descida em escada (TDE) e o timed up and go (TUG), aplicados por dois avaliadores aleatorizados e cegos. Os testes foram realizados em dois dias diferentes com intervalo de 7 a 14 dias. Foram analisadas a confiabilidade intra e intervaliadores e a validade através da correlação dos resultados dos testes funcionais com o VISA-G.&nbsp;<strong>Resultados:</strong>&nbsp;Os resultados dos testes funcionais de mulheres com SDGT estabeleceram 15 (±2,65) repetições para o SL30, 3,93 (±1,01) segundos na subida de escada, 3,80 (±1,19) segundos na descida da escada e 6,81 (±1,05) no TUG. Todos os testes apresentaram confiabilidade de moderada à boa intravaliadores (ICC de 0,61 a 0,87) e interavaliadores (ICC de 0,64 a 0,89). Os testes funcionais e o VISA-G apresentaram correlação fraca (Rô de Spearman entre 0,04 e 0,34).&nbsp;<strong>Conclusão:</strong>&nbsp;Os testes funcionais para mulheres com SDGT se mostraram confiáveis e reprodutíveis. A validade dos testes funcionais, no entanto, não foi estabelecida. Salienta-se que se trata de um estudo piloto, e os resultados devem ser interpretados com cautela.</p> LARYSSA OLIVEIRA SILVA, AMANDA PAULA RICARDO RODRIGUES DA CUNHA, FLÁVIA CAROLINE CHAGAS MACHADO, JOÃO ROBERTO DE BARROS, CHRISTIANE DE SOUZA GUERINO MACEDO Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2474 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 EFEITO IMEDIATO DE PALMILHAS COM CUNHA MEDIAL NA CINEMÁTICA DO MEMBRO INFERIOR DE CORREDORES COM DOR FEMOROPATELAR https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2507 <p><strong>Introdução:&nbsp;</strong>A literatura aponta que o uso de palmilhas para os pés que controlam a eversão do retropé está associado à melhora imediata na dor de pessoas com dor femoropatelar (DFP). Porém, embora seja hipotetizado que essa melhora ocorra devido a alterações cinemáticas no membro inferior, isso não foi comprovado até o momento. Uma possível explicação para isso é o fato de os estudos prévios terem usados dados discretos, tais como os picos angulares, nas análises. No entanto, dados discretos podem não representar adequadamente o movimento. Assim, para uma melhor compreensão das alterações cinemáticas ocorridas devido ao uso da palmilha para o pé, há necessidade de estudos que utilizem técnicas mais robustas para a análise do movimento, tal como a análise&nbsp;<em>Statistical Parametric Mapping</em>&nbsp;(SPM).&nbsp;<strong>Objetivos:&nbsp;</strong>Verificar o efeito imediatos do uso de uma palmilha com cunha medial na cinemática do membro inferior de corredores com DFP, analisada por meio da SPM.&nbsp;<strong>Métodos:</strong>&nbsp;Trata-se de resultados preliminares de um ensaio randomizado&nbsp;<em>cross-over&nbsp;</em>duplo cego, que comparou duas condições: (1) Tênis neutro padronizado e (2) Intervenção - Palmilha ¾ com cunha medial no retropé de quatro graus. Um sistema de análise de movimento 3D foi usado para obter a cinemática da corrida em velocidade auto selecionada. Para comparar os ângulos dos segmentos retropé, tíbia e fêmur entre as condições, uma análise de séries temporais foi realizada usando a SPM.&nbsp;<strong>Resultados:&nbsp;</strong>13 corredores com DFP (29 ± 5,3 anos), foram avaliados. A palmilha com cunha medial resultou em uma redução significativa da eversão do retropé durante grande parte da fase de apoio da corrida (16-74% do apoio), bem como, um aumento da rotação medial da tíbia durante uma pequena parte da fase de apoio (22-27% do apoio). O uso da palmilha com cunha medial não resultou em alterações na cinemática da tíbia no plano frontal e do fêmur nos planos transverso e frontal. C<strong>onclusão:&nbsp;</strong>A análise SPM revelou que a palmilha a palmilha com cunha medial resultou na principal mudança que se espera do seu uso, ou seja, reduziu a eversão do retropé durante grande parte da fase de apoio. Porém, considerando o acoplamento existente entre a menor pronação subtalar e a menor rotação medial da tíbia, o aumento da rotação medial da tíbia com o uso da palmilha foi, de certa forma, inesperado. O aumento no tamanho da amostra poderá esclarecer melhor o efeito da palmilha com cunha medial na cinemática do membro inferior de corredores com DFP. Por fim, o presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Brasil (CAPES).</p> HYGOR FERREIRA DA SILVA, FÁBIO VIADANNA SERRÃO Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2507 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 CASOS REGULADOS PARA FISIOTERAPIA TRAUMATO-ORTOPÉDICA VIA SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE EM UM MUNICÍPIO SUL CATARINENSE https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2539 <p><strong>Introdução:</strong>&nbsp;Deste a criação do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil, a Fisioterapia passa a integrar-se progressivamente ao sistema, sendo um serviço de especialidade de direito do cidadão, considerada como um procedimento de média complexidade dentro do sistema e responsável por uma parte dos recursos públicos destinados ao financiamento da saúde. De modo geral a demanda por assistência ambulatorial de Fisioterapia no SUS veio aumentando consideravelmente. Municípios que contavam com poucos ou nenhum profissional têm necessitado ampliar seus quadros com o passar do tempo.&nbsp;<strong>Objetivo:</strong>&nbsp;O objetivo do estudo é identificar a demanda da Fisioterapia regulada para atendimento no SUS em um município do sul catarinense.&nbsp;<strong>Metodologia:</strong>&nbsp;Este estudo caracteriza-se como transversal, quantitativo e descritivo. Em Criciúma existe a atenção especializada, dentre estas está a Fisioterapia, a qual possui um setor próprio de cadastro do paciente, verificação da requisição e autorização para execução do acompanhamento fisioterapêutico. Foram analisados os dados de 5.020 encaminhamentos regulados na Secretaria Municipal de Saúde do município. Os dados foram coletados no setor de autorização de Fisioterapia, no período de janeiro a dezembro, com detalhamento mês a mês em 2022. Foi utilizado no tratamento dos dados o software Statistical Package for the Social Science (SPSS) versão 22.0.&nbsp;<strong>Resultados:</strong>&nbsp;A média de encaminhamentos / mês foi de 418,33±79,28, com variação de 265 no mês de dezembro, representando o menor volume de encaminhamentos e 555 no mês de julho, este o que contou com o maior volume. Foi encontrada maior frequência dos acometimentos ortopédicos, neurológicos e traumatológicos, sendo que os ortopédicos e traumatológicos representaram 2.905 encaminhamentos, enquanto os neurológicos representaram 1.018, seguidos por outras especialidades, dentro do total de 5.020 encaminhamentos no ano. Na análise global dos dados 57,4%, representando 2.879 envolveram o sexo feminino e 42,6%, com 2.141 foram do sexo masculino. O feminino se destacou na área de ortopedia, reumatologia e uroginecologia, já o masculino foi na traumatologia, cardiorrespiratória e neurológica. O recorte específico da traumatologia demonstrou que o sexo masculino (432) foi maior do que o feminino (380), mesmo a maioria geral sendo feminina, da totalidade de 811 casos traumatológicos.&nbsp;<strong>Conclusão:</strong>&nbsp;Os dados denotam a necessidade dos olhares dos gestores e profissionais da assistência para análises macro dos dados demandados para reabilitação, áreas mais demandadas e comportamento da distribuição dos usuários nas diferentes especialidades. A articulação em rede com as políticas públicas de prevenção e promoção da saúde envolvendo os usuários, com ações na Atenção Primária voltadas para a promoção da saúde e prevenção de agravos a exemplo dos traumatológicos ocupacionais, esportivos, de trânsito e outras formas de violências.</p> WILLIANS CASSIANO LONGEN Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2539 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 A ESCASSEZ DE INFORMAÇÕES FÍSICO-FUNCIONAIS DISPONÍVEIS SOBRE A DEFORMIDADE DE SPRENGEL: REVISÃO DE ESCOPO https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2405 <p><strong>Introdução:&nbsp;</strong>A Deformidade de Sprengel (DS) ou Escápula Alta Congênita, é caracterizada pela ausência de migração caudal da escápula durante a vida embrionária. Apesar de ser uma das anomalias congênitas mais comuns do ombro, a literatura ainda apresenta-se escassa acerca de algumas informações importantes relacionadas ao tema, o que dificulta a reabilitação fisioterapêutica desses pacientes.&nbsp;<strong>Objetivo:</strong>&nbsp;Descrever as evidências disponíveis sobre as características físico-funcionais encontradas nos pacientes com deformidade de sprengel.&nbsp;<strong>Métodos:</strong>&nbsp;O estudo foi registrado na plataforma International Prospective Register Of Systematic Reviews (PROSPERO) (CRD42022381782) e a busca dos artigos foi realizada nas bases de dados: MEDLINE via PubMed, Cochrane, EMBASE, LILACS, SciELO, VHL Regional Portal e Pediatric Care Online, utilizando descritores e sinônimos específicos para cada base de dados e relacionados com o tema. Foram incluídos estudos de qualquer ano, sem restrição de língua e excluídos estudos de outras comorbidades congênitas. Foi solicitado a alguns autores estudos não disponíveis na íntegra de forma gratuita. Os estudos foram analisados por 2 autores de forma independente.&nbsp;<strong>Resultados:</strong>&nbsp;No total, foram encontrados 1947 artigos. Desses, 1789 foram excluídos por não contemplarem os critérios de inclusão. Restaram 158 artigos para leitura na íntegra, dos quais 74 foram incluídos. Os 74 estudos continham um total de 1.602 participantes. com média de idade de 8,09±7,65 anos e faixa etaria de 0,33 - 54 anos; 63,61% dos indivíduos eram do sexo feminino. O tempo desde o diagnóstico e uso de medicamentos foram informações que apenas dois estudos informaram. 40,54% dos estudos tratam-se de relatos de caso ou série de casos. Destes 31,08% relatava informações sobre o pré e/ou pós operatório envolvendo as principais cirurgias da área, visando melhora estética, como o procedimento Green Modificado e o procedimento Woodward. No entanto, 82,60% dos estudos não destacavam valores comparativos sobre ganhos e perdas funcionais dos pacientes no pré e pós operatório desses procedimentos.&nbsp;<strong>Conclusão:</strong>&nbsp;Informações sobre limitações nas atividades de vida diárias (AVDs) e/ou ganhos funcionais de pacientes no pré e pós-cirúrgico são pontos ainda pouco difundidos nas evidências disponíveis sobre o assunto. É de fundamental importância o desenvolvimento de mais estudos, que relatem informações com maior riqueza de detalhes sobre a Síndrome de Sprengel, suas características, repercussões funcionais e possibilidades terapêuticas, para que o conhecimento acerca dessa condição seja difundido e possa embasar a tomada de decisão de fisioterapeutas que tratam estes pacientes.</p> PAULA GABRIELLY OLIVEIRA DEMES, ÉRICK AUGUSTO PUREZA TEIXEIRA, ISAIAS LOPES, ANA CAROLINA NUNES PINTO, NATALIA CAMARGO RODRIGUES IOSIMUTA Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2405 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 INFLUÊNCIA DA PRÁTICA DE PILATES NA CAPACIDADE FUNCIONAL CARDIORRESPIRATÓRIA EM MULHERES IDOSAS https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2438 <p>INTRODUÇÃO: O declínio físico relacionado à idade e a perda da capacidade cardiorrespiratória estão frequentemente relacionados à perda de massa muscular (sarcopenia) e a mobilidade reduzida. Durante o envelhecimento há redução da capacidade aeróbica, por isso, intervenções que proporcionam sua manutenção são benéficas nesta fase da vida. O método Pilates pode contribuir para a melhora da capacidade funcional em idosos. OBJETIVO: Avaliar a efetividade do Método Pilates sobre a capacidade funcional cardiorrespiratória em mulheres idosas. MÉTODOS: Estudo do tipo Quasi-experimental com comparação de grupos pré (P) e pós intervenção (PI), com amostra por conveniência composta por 20 mulheres idosas. Elas foram avaliadas antes e depois das intervenções através da anamnese, testes e escalas: Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ), Teste de Caminhada de 6 Minutos (TC6), teste de força de Preensão Manual (FPM), Teste de sentar e alcançar (TSA), Timed Up and Go Test (TUG), Teste de Elevação do Calcanhar (TEC) e Escala de Atividade Instrumentais de Vida Diárias de Lawton e Brody (EAIVD). As pacientes realizaram 16 sessões individuais, de um mesmo protocolo contendo 23 exercícios de Pilates distribuídos entre os aparelhos Chair, Cadillac, Reformer e Ladder Barrel, sob a supervisão de uma fisioterapeuta treinada. As sessões ocorreram 2 vezes por semana, com 60 minutos cada. Os resultados foram expressos como média, desvio padrão, frequência relativa e absoluta. Foi utilizado o teste de normalidade Shapiro Wilk Test e Testes t Student. Valores de p&lt;0,05 foram considerados significantes. RESULTADOS: A maior parte das 20 idosas participantes da pesquisa eram pardas, divorciadas e possuíam ensino médio completo. Elas tinham média de idade de 62,4 (±2,04) anos. Não houve diferença no IPAQ (P= 2,20±0,61; PI=2,35±0.87), TC6 (P= 496,2±33,32 m; PI=487,3±54,14 m), TSAD (P= 4,20±5,58 cm; PI=6,15±5,86 cm), TSAE (P= 3,37±5,36 cm; PI=6,20±6,17 cm), FPMD (P= 24,10±4,03 Kg/f; PI=24,75±4,10 K/f), FPME (P= 23,80±6,44 K/f; PI=24,63±5,60 K/f), TUG (P= 7,74±1,16 s; PI=7,72±0,94 s) e TEC (P= 50,55±47,16; PI=45,25±37,25). Entretanto, houve diferença significativa na EAIVD após o Método Pilates (P= 19,80±11,39; PI=20,65±0,67, p&lt;0,05). CONCLUSÃO: O Método Pilates melhorou o desempenho nas atividades de vida diárias percebido pelas participantes do estudo em oito semanas de atendimento, independente da melhora isolada das funções musculoesqueléticas mensuradas pela força de preensão palmar e outros testes físicos.</p> FERNANDA MOURA VARGAS DIAS, BEATRIZ CORTES CAETANO MATOS, GISELLE BARROCO DE FREITAS, LAÍS HERINGER GAMA, INGRID QUARTAROLO VARGAS Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2438 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 SEDESTAÇÃO PROLONGADA E SAÚDE POSTURAL: AVALIÇÃO ERGONÔMICA DE UM AMBIENTE DE TRABALHO https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2490 <p><strong>Introdução</strong>: O avanço tecnológico nos países industrializados, alterou o formato de trabalho, trazendo a necessidade, cada vez maior, de jornadas em escala de tempo e metodologias de trabalho que demandam com maior frequência a postura sentada. A manutenção dessa postura por longos períodos e a má adaptação ergonômica, causa sobrecarga na estrutura osteoarticular, fadiga muscular e comprometimento proprioceptivo, que são riscos emergentes para alterações da circulação sanguínea em membros inferiores, lesões e dores lombares.&nbsp;<strong>Objetivo:</strong>&nbsp;Avaliar o risco ergonômico apresentado em um ambiente de trabalho que utiliza computadores por longos períodos.&nbsp;<strong>Método:</strong>&nbsp;O presente trabalho consiste em um estudo transversal, que teve protocolo aprovado pelo Comitê de ética em pesquisa do Centro Universitário Cesmac. A pesquisa foi realizada em secretarias acadêmicas de uma Instituição de ensino, onde procedeu-se com uma avaliação do risco ergonômico ambiental, na qual foi realizado um questionário&nbsp;<em>Checklist</em>&nbsp;para avaliar as condições ergonômicas em postos de trabalho e ambientes informatizados. Neste Checklist o trabalhador expressa sua visão a respeito do local onde exerce sua função, comunicando se sente ou não desconforto ou incômodo, ou tenha algum problema como fadiga, descrevendo sua intensidade e ao mesmo tempo possíveis sugestões de melhoria. Todos os participantes foram contatados pessoalmente pelos pesquisadores, onde foram incluídos trabalhadores de ambos os sexos que fizessem uso de computadores por longos períodos, com idade entre 18 a 59 anos. Foram excluídos trabalhadores aqueles que apresentassem distúrbios físicos e mentais. Os resultados estão expostos em médias e desvio padrão.&nbsp;<strong>Resultado:</strong>&nbsp;Vinte trabalhadores participaram do estudo. A idade média dos indivíduos da pesquisa foi de 41,8 anos (±9,7). Houve predomínio do sexo feminino e identificou-se alto nível de escolaridade Em geral a situação ergonômica foi considerada ruim (49,53% ± 10,65%), destacando-se o suporte de teclado, apoio para os pés, porta documentos e notebook e acessórios em condição ergonômica de excelente a boa destaca-se o teclado e a acessibilidade.&nbsp;<strong>Conclusão:&nbsp;</strong>O ambiente avaliado foi considerado ergonomicamente ruim. Esses resultados devem ser analisados dentro de uma perspectiva construtiva, e não punitiva, possibilitando que todos os envolvidos nesses espaços de trabalho possam refletir sobre suas práticas laborais.</p> JOSIAS VITOR DE LIM, ROBERTO FREIRE JUNIOR, RICO TORRES DE OLIVEIRA CERQUEIRA, MIGUEL JOSÉ OLIVEIRA DE CARVALHO, EDMIRSON GONÇALVES DE ALBUQUERQUE NETO, VÍTOR DE ARAÚJO BATISTA, YARA RAFAELLY GOUVEIA SILVA, FELIPE LIMA REBELO Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2490 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 Exercícios físicos supervisionados e não supervisionados em pacientes com osteoartrite de joelho: revisão sistemática e meta-análise https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2522 <p>Osteoartrite (OA) é uma doença inflamatória e degenerativa que promove destruição da cartilagem articular, sendo a dor um dos principais sintomas. O diagnóstico clínico associado a radiografia simples são as formas mais utilizadas e o tratamento pela equipe multiprofissional envolve perda de peso, aspectos de educação em relação a doença e inclusão de atividade física e exercício. Objetivo foi comparar os efeitos dos exercícios supervisionados e não supervisionados em pacientes com OA de joelho em relação a dor e função. Foram realizadas buscas nas bases de dados PubMed, EMBASE, PEDro e Cochrane. Ensaios clínicos randomizados (ECRs) envolvendo adultos com OA de joelho submetidos a programas de exercícios supervisionados e não supervisionados foram incluídos. O risco de viés foi analisado pela ferramenta&nbsp;<em>risk of bias</em>&nbsp;2 e a qualidade da evidência foi avaliada usando a metodologia GRADE. A meta análise foi realizada pelas diferenças das médias e a heterogeneidade pela estatística I2. Com relação aos resultados, foram verificados 642 estudos, somente 7 estudos foram incluídos na análise qualitativa e 6 na quantitativa, desses 6 para o desfecho dor e 5 para função. A amostral total foi de 903 pessoas, em sua maioria do sexo feminino, média de idade de 63,05 anos (DP = 4,40). Os protocolos de exercícios variaram entre exercícios de fortalecimento e exercícios aeróbicos. A periodicidade das sessões de exercícios variou entre 2, 3 e 5 vezes na semana, assim como o período da intervenção (6, 8, 9, 12 e 16 semanas), sendo que todos os protocolos demonstraram resultados positivos. No geral o risco de viés foi considerado incerto, o processo de randomização foi considerado eficaz na maioria dos artigos e o cegamento dos participantes foi prejudicado por se tratar de conduta relacionada a exercícios. De acordo com os critérios GRADE, a qualidade da evidência avaliada foi muito baixa para os dois desfechos. O efeito dos tratamentos sobre dor e função foi estimado de -0,67 (IC 95%, -2,09 a 0,74) para dor e de -1,07 (IC 95%, -4,30 a 2,16) para função, a heterogeneidade foi classificada como grande para os dois desfechos. Como conclusão, não foram observadas diferenças significativas entre a realização de exercícios supervisionados e não supervisionados em relação a dor e função do joelho com osteoartrite.</p> MARCO AURELIO GABANELA SCHIAVON, JOCASSIA SILVA PINHEIRO, RINALDO ROBERTO DE JESUS GUIRRO Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2522 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 DESVENDANDO O ENIGMA: AUTOPERCEPÇÃO DA DOR LOMBAR CRÔNICA E FUNCIONALIDADE DA PESSOA IDOSA https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2421 <p>Introdução:&nbsp;A dor lombar crônica (DLC) é uma condição altamente prevalente em ambulatório, incapacitante e dispendiosos. Diante do aumento de 17,5% do número de anos vividos por indivíduos com incapacidade devido a DLC e da limitada disponibilidade de recursos de saúde, avaliar se a autopercepção de DLC prediz o desempenho funcional é fundamental para mitigar o ônus social dessa condição.&nbsp;Objetivo: Investigar a relação entre a presença do autorrelato de dor lombar crônica não específica e o desempenho funcional em pessoas idosas.&nbsp;Método: Estudo observacional transversal envolvendo 48 pessoas idosas do sexo feminino com idade entre 60 e 75 anos. A dor lombar foi avaliada pelo autorrelato (sim/não) e sua intensidade classificada entre leve, moderada e grave. A funcionalidade foi avaliada pelo teste timed up and go (TUG) e o teste de levantar e sentar cinco vezes consecutivas (TLS-5x). A amostra foi divida em dois grupos: (1) DLC moderada com frequência quase diária, por um período mínimo de três meses; e (2) não DLC ou dor leve com frequência de uma vez por semana e com melhora espontânea. Condições socioeconômicas, comportamentais e clínicas foram avaliadas por meio de questionários. Análise de regressão linear ajustada por características sociodemográficas, comportamentais e clínicas foram utilizados para analisar a influência da dor na funcionalidade da pessoa idosa.&nbsp;Resultado:&nbsp;A presença de DLC foi um preditor significativo do desempenho no teste TUG (? = -4,17; p &lt; 0,001; R2 = 0,442) e no teste TLS-5x (? = -3,24; p = 0,006; R2 = 0,284) independente das covariáveis com poder amostral de 98,3%. Isso indica que a DLC está associada a um aumento no tempo necessário para executar tarefas específicas, comprometendo o desempenho funcional.&nbsp;Conclusão: a autopercepção da DLC não específica é um indicador do declínio funcional em pessoas idosas. Diante disso, é essencial implementar triagem e manejo adequados da dor lombar crônica DLC não específica em pessoas idosas, a fim de prevenir complicações futuras, como quedas, e melhorar sua qualidade de vida.</p> MANOEL DE SOUZA COSTA NETO, ROBERTA DA SILVA DANEZI, PATRICIA SILVA TOFANI Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2421 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 TREINAR PRANCHA ABDOMINAL EM AMBIENTE VIRTUAL É MAIS EFETIVO QUE EM AMBIENTE REAL? UM ESTUDO PILOTO https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2456 <p>Introdução: A força dos músculos centrais do tronco, responsáveis pela estabilização e equilíbrio, quando alterados, impactam negativamente na qualidade de vida, já que, uma vez fracos, podem conduzir a dores e instabilidades. Nesse sentido, torna-se necessário o incentivo ao treinamento dessa variável, e, os recursos lúdicos que aumentam a adesão as práticas físicas surgem como excelentes propostas para reduzir o sedentarismo e estimular a prática de exercícios físicos. Nesse sentido, com o advento da tecnologia na área da saúde, novas estratégias na reabilitação estão surgindo, sendo um dos artifícios em ascensão, a realidade virtual (RV). Objetivo: Avaliar o efeito do treinamento de força dos músculos estabilizadores centrais em ambiente virtual em jovens sedentários em comparação ao treinamento convencional. Métodos: Trata-se de um estudo piloto de um ensaio clínico randomizado, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário Cesmac, realizado com jovens sedentários. Os participantes foram avaliados, pelo teste de prancha frontal/ventral, com enfoque na contração estática, onde quanto maior o tempo na posição de prancha, entende-se que tenha uma melhor contração e estabilidade da musculatura central do tronco. Após avaliação inicial, os participantes foram então randomizados em dois grupos: o experimental, exercitando o CORE (conjuntos dos músculos centrais) com realidade virtual através do Nintendo Wii e o grupo controle, exercitando-se de forma convencional. Foram realizadas 12 sessões, sendo 2 vezes por semana. Ao final, as avaliações iniciais foram repetidas para fins de comparações. A comparação entre médias independentes se deu por meio de um teste “t”. As diferenças entre as médias dentro de cada grupo foram analisadas por meio de uma ANOVA de medidas repetidas, com post-hoc de Bonferroni. Adotou-se um valor de alfa igual à 5%. Resultados: A amostra do estudo foi composta por doze jovens sedentários entre 18 e 29 anos, sendo 3 no grupo controle e 9 no grupo experimental. Em relação ao teste aplicado antes e após a intervenção, os dados relacionados à força do CORE Os dois grupos apresentaram aumento significativo no teste de prancha no momento pós intervenção. O grupo experimental obteve uma média pré intervenção de 62.35s (±24.59), aumentando para 90.3s, (±30.51) no pós intervenção, apresentando resultado estatisticamente significativo na avaliação intra grupo (p&lt;0,01). Já o grupo controle obteve média de 129.55s (±26.64) aumentando para 212.7s (±48,53) no pós intervenção, também apresentando resultado estatisticamente significativo. Na comparação entre os dois grupos foi encontrada uma diferença significativa (p = 0,04), denotando que o grupo controle teve uma melhora superior. Conclusão: Conclui-se que para a população avaliada, o treinamento de prancha com realidade virtual foi efetivo no entanto, inferior ao convencional, para fortalecimento dos músculos estabilizadores do tronco.</p> VÍTOR DE ARAÚJO BATISTA, RAFAEL VINICIUS DE ALMEIDA TABOSA, TYRONE RAPHAEL FEITOSA LIMA, MATHEUS VICTOR DOS SANTOS, ANDRÉ BORBA MELO, LETÍCIA MARIA DA ROCHA SOARES, TAYARA ANDRADE DOS SANTOS, FELIPE LIMA REBÊLO Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2456 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 ASSOCIAÇÃO ENTRE INCAPACIDADE, SINTOMAS DEPRESSIVOS E QUALIDADE DO SONO EM MULHERES IDOSAS COM DOR LOMBAR CRÔNICA https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2505 <p>Introdução: Acredita-se que dor lombar crônica (DLC) atinja de forma mais prevalente o sexo feminino e a população idosa de forma linear a partir dos 60 anos. Esta condição é o principal motivo de anos vividos com incapacidade no Brasil. A dor e a incapacidade são frequentemente associadas à sintomas depressivos. Assim como, a depressão pode se relacionar à piores índices de qualidade do sono e vice-versa. Por sua vez, a qualidade do sono também se relaciona de forma bidirecional à dor, criando um ciclo vicioso. Essas relações dificultam a recuperação, piorando o prognóstico dos pacientes com DLC. Tratando-se da população idosa multimórbida e mulheres, a literatura científica ainda tem poucos estudos acerca do tema. Objetivos: Investigar a correlação entre a incapacidade, sintomas depressivos e qualidade do sono de mulheres idosas com DLC. Métodos: Estudo transversal, aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Federal de Minas Gerais (CAE: 49334621.2.00005149). Mulheres com idade a partir de 60 anos, com queixa de DLC (mínimo 3 meses) inespecífica e que procuravam atendimento na atenção primária a saúde de Belo horizonte foram recrutadas. Déficit cognitivo identificado pelo&nbsp;<em>Leganés Cognitive Test&nbsp;</em>(pontuação &gt; à 4 pontos), DL específica, suspeitas de bandeiras vermelhas e casos de cirurgias recentes na coluna foram considerados critérios excluídos. A incapacidade foi avaliada através do Questionário Roland-Morris (escala de 0-24, pontuação mais elevada indica maior incapacidade); os sintomas depressivos foram avaliados utilizando a Escala Geriátrica de Depressão (escala de 0-15, quanto maior a pontuação maior os sintomas depressivos); e a qualidade do sono foi avaliada através do Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh (escala de 0-21, pontuações &gt; que 5 pontos indicam má qualidade). A análise descritiva foi realizada por meio de médias (desvios padrões) e porcentagens. A normalidade dos dados foi conferida através do teste de&nbsp;<em>Shapiro-Wilk</em>&nbsp;e a análise de correlação foi realizada pelo teste de&nbsp;<em>Spearman</em>, por meio do&nbsp;<em>software&nbsp;</em>SPSS<em>&nbsp;</em>22<em>.</em><em>&nbsp;</em>Resultados: Participaram do estudo 67 idosas, com idade média de 68,8 anos (±6,4 anos) e IMC médio de 28,4kg/m² (±5,2kg/m²). Setenta por cento declararam ser sedentárias, 82% não exerciam atividade remunerada e 71,6% eram solteiras, divorciadas ou viúvas. A pontuação média de incapacidade correspondeu à 14,5 (±5,1) pontos, enquanto a pontuação média para sintomas depressivos e qualidade de sono foi de, respectivamente, 5,5 (±4,4) e 9,3 (±4,0) pontos. O coeficiente de correlação entre incapacidade e sintomas depressivos correspondeu à r=0,583 (p=0,000); entre incapacidade e qualidade do sono à r=0,536 (p=0,000); e entre sintomas depressivos e qualidade de sono à r=0,589 (p=0,000). Conclusão: Encontramos correlações de força moderada entre as variáveis estudas. Outros estudos devem avaliar a capacidade de predição dessas variáveis, assim somo, controlar as possíveis covariváveis existentes.</p> GABRIEL MENDES DE OLIVEIRA, SAMUEL SILVA, RAIMUNDO LUCAS GOMES MATEUS DOS SANTOS, DANIELA SILVA MAGALHÃES, MARIA CAROLINA VIANA LEMUCHI, ELEONORA ESPOSITO, RAFAEL ZAMBELLI PINTO, ANDRESSA SILVA Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2505 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 ANÁLISE DO CONTROLE POSTURAL, FORÇA E RECRUTAMENTO MUSCULAR DO QUADRIL E TRONCO DE MULHERES COM E SEM SÍNDROME DA DOR NO GRANDE TROCÂNTER https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2537 <p><strong>Introdução:</strong>&nbsp;A Síndrome da Dor no Grande Trocânter (SDGT) é causa comum de dor lateral no quadril em mulheres de meia-idade ativas. Evidenciam-se alterações de força e recrutamento muscular no quadril, porém não existem resultados sobre a recrutamento muscular do tronco, controle postural ou que relacionem esses achados com a força muscular.&nbsp;<strong>Objetivo:</strong>&nbsp;Comparar e correlacionar o controle postural, força e recrutamento muscular do quadril e tronco em mulheres com e sem SDGT.&nbsp;<strong>Materiais e métodos:</strong>&nbsp;A amostra foi composta por 36 mulheres distribuídas em grupo SDGT (GSDGT n=18) e grupo controle (GC n=18). As participantes preencheram o questionário de caracterização da amostra, a Escala Visual Analógica de dor e foram submetidas a avaliação do controle postural estático e dinâmico na plataforma de força&nbsp;<em>EMG System</em>&nbsp;na posição unipodal, da força muscular isométrica por meio do dinamômetro portátil&nbsp;<em>microFET®</em>&nbsp;e do recrutamento muscular com o eletromiógrago&nbsp;<em>EMG System</em>&nbsp;modelo SAS1000 V8, durante a realização dos testes funcionais&nbsp;<em>Prone Bridge Test</em>&nbsp;(PBT) e&nbsp;<em>Supine Bridge Test</em>&nbsp;(SBT). O teste de Shapiro-Wilk estabeleceu a distribuição normal da amostra. Para comparação do controle postural, força muscular e ativação muscular entre os grupos foi estabelecida por meio do teste U de Mann-Whitney, com nível de significância de 5%. Adicionalmente, foi realizado análises de correlações por meio do Coeficiente de Correlação de Spearman entre as variáveis de força dos músculos do quadril, variáveis de controle postural e ativação muscular nos testes funcionais. O programa de análise estatística utilizado foi o SPSS versão 22.0.&nbsp;<strong>Resultados:&nbsp;</strong>O controle postural estático apresentou maiores oscilações no GSDGT para área do centro de pressão (p&lt;0,05) e para amplitude médio-lateral (p&lt;0,05). O Controle Postural dinâmico apresentou maiores oscilações no GSDGT para todas as variáveis analisadas (p&lt;0,05). A força de todos os grupos musculares do quadril foi menor no GSDGT (p&lt;0,01). Em relação ao recrutamento muscular, o GSDGT apresentou maior recrutamento do músculo reto abdominal no SBT (p?0,01), e nos músculos reto abdominal e glúteo máximo no controle postural estático (p?0,01). Por fim, as correlações entre força muscular e controle postural, força e recrutamento muscular foram fracas ou insignificantes (r&lt;0,50).&nbsp;<strong>Conclusão:</strong>&nbsp;O presente estudo encontrou diferenças no controle postural, força muscular e no padrão de recrutamento muscular em mulheres com SDGT durante testes funcionais. Os resultados sugerem a importância da avaliação funcional da força, recrutamento muscular e do controle postural nessas pacientes na avaliação inicial e em reavaliações e para direcionar as condutas de reabilitação e os critérios de alta da fisioterapia. Os padrões diferentes de recrutamento e força encontrados nesse estudo em mulheres com SDGT apontam a importância de direcionar o tratamento visando equilíbrio muscular entre os músculos do quadril e tronco.</p> AMANDA PAULA RICARDO RODRIGUES DA CUNHA, MARIELI ARAUJO ROSSONI MARCIOLI, MAURÍCIO RODRIGUES MIYASAKI, LARYSSA OLIVEIRA SILVA, CHRISTIANE DE SOUZA GUERINO MACEDO Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2537 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 A ESCOLHA DA ABORDAGEM TERAPÊUTICA E SUA RELAÇÃO COM AS CRENÇAS E ATITUDES DE FISIOTERAPEUTAS SOBRE PACIENTES COM DOR LOMBAR CRÔNICA INESPECÍFICA https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2403 <p><strong>Introdução:</strong>&nbsp;Diretrizes de prática clínica reconhecem a importância do modelo biopsicossocial na abordagem clínica da dor lombar crônica inespecífica e, acredita-se que as atitudes e crenças dos profissionais de saúde podem influenciar diretamente na tomada de decisões. Tendo em vista a importância do papel do fisioterapeuta na avaliação, manejo e orientações ao paciente, torna-se imprescindível que as atitudes e crenças desses profissionais em relação ao modelo de abordagem biomédico ou biopsicossocial seja investigado, objetivando a implementação eficaz das diretrizes existentes e melhora na educação dos fisioterapeutas, por conseguinte, a obtenção de melhores resultados terapêuticos.&nbsp;<strong>Objetivos:&nbsp;</strong>Investigar crenças e atitudes do fisioterapeuta e a associação com a abordagem terapêutica em pacientes com dor lombar crônica inespecífica.&nbsp;<strong>Métodos:</strong>&nbsp;Trata-se de um estudo transversal, realizado através de pesquisa online, com 302 fisioterapeutas brasileiros que tratam pacientes com Dor Lombar Crônica Inespecífica. Foram utilizadas as escalas Health Care Providers’ Pain and Impairment Relationship Scale (HC-PAIRS) e Pain Attitudes and Beliefs Scale for Physiotherapist (PABS.PT) para investigar as atitudes e crenças acerca da Dor Lombar Crônica Inespecífica. Estatística descritiva foi realizada e testes de análises bivariadas (Testes T e Mann-Whitney) e multivariadas (ANOVA e Kruskall Wallis) para análise dos dados a fim de investigar características sociodemográficas que pudessem estar associadas às crenças e atitudes do fisioterapeuta sobre Dor Lombar Crônica Inespecífica, medidas por ambas as escalas. Além disso, análises de regressão linear múltipla também foram utilizadas.&nbsp;<strong>Resultados:&nbsp;</strong>A pontuação média geral da HC-PAIRS foi de 54,0 (DP 9,0) e dos fatores biomédicos e biopsicossociais da PABS.PT foram de 29,7 (DP 9,0) e 36,2 (DP 5,3), respectivamente. Foram identificadas associações significativas entre sexo (p-valor=0,04 e p-valor=0,00) e nível de formação acadêmica (ambos com p-valor&lt;0,00) em ambas as escalas, HC-PAIRS e PABS.PT, respectivamente. Variáveis como idade e tempo de experiência profissional indicaram que quanto menor a idade e/ou tempo de experiência profissional dos fisioterapeutas brasileiros, mais forte é a crença na relação entre dor e dano tecidual. E, fisioterapeutas que utilizavam tratamentos ativos obtiveram menor pontuação na escala HC-PAIRS e maior pontuação na sessão biopsicossocial da PABS.PT.&nbsp;<strong>Conclusão:</strong>&nbsp;Há incertezas quanto à orientação de tratamento, biomédica ou biopsicossocial, do fisioterapeuta brasileiro acerca da dor lombar crônica inespecífica.</p> JULIENE CORRÊA BARBOSA, LAYS DA SILVA FERREIRA, MAURÍCIO OLIVEIRA MAGALHÃES Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2403 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 COOPERADOR: UNIÃO DE AÇÕES UNIVERSITÁRIAS EXTENSIONISTAS PARA CONDUTAS QUE ENVOLVEM A DOR CRÔNICA https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2436 <p>Introdução:&nbsp;As atividades que envolvem a extensão universitária têm como um dos principais objetivos a implementação de ações junto à comunidade, com o compartilhamento do conhecimento técnico-científico do ambiente acadêmico às necessidades extramuros. No país, algumas universidades de destacam em ações extensionistas regionais na abordagem populacional no âmbito da dor crônica. Mas, se somarmos forças entre tais instituições para alcançar feitos mais abrangentes?&nbsp;Relato de Experiência:&nbsp;Instigados por este questionamento, docentes de projetos de extensão nacional que abordam tal temática reuniram-se para viabilizar ações conjuntas, por meio de estratégias que buscam aproveitar as potencialidades de cada grupo envolvido, dentro do campo de suas respectivas atribuições e especialidades. Docentes e discentes das Universidades de Taubaté, junto às Universidades Federais do Amapá, Ceará, Juiz de Fora (<em>campus</em>&nbsp;Governador Valadares), São Carlos e Sergipe, uniram-se para discutir possíveis intervenções normativas do grupo em temáticas relacionadas com a dor crônica. Esta iniciativa foi denominada como CooperaDor, a qual, após reuniões iniciais, foram definidas tais ações conjuntas, as quais destacam-se: 1) desenvolvimento do conhecimento em temáticas que envolvem o contexto da dor crônica; 2) interação cooperativa entre discentes e docentes com as ações extensionistas dos projetos de cada universidade vinculada à cooperação; 3) atuação, de forma cooperativa, em ações que envolvam o manejo da dor crônica, por meio dos saberes construídos por evidências científicas e discutidos no âmbito universitário de forma interdisciplinar, em prol da comunidade, dos acadêmicos e dos profissionais da área da saúde; 4) estabelecimento de meios de divulgação de conhecimento sobre a temática relacionada com a dor crônica, com foco em disseminar boas informações à população em geral.&nbsp;Considerações Finais:&nbsp;A interação entre discentes e docentes envolvidos na presente cooperação tem gerado excelentes frutos, dentre os quais destacam-se a participação dos alunos em outras ações extensionistas diferentes das realizadas em suas universidades, a idealização de evento online, com foco na abordagem de temas relacionados com a dor e a construção de material que foca a comunicação educativa sobre dor crônica, com metáforas e analogias regionais. As ações têm gerado o amadurecimento para futuras práticas conjuntas, que envolvam benefícios à população brasileira, a qual tem sofrido com os problemas relacionados com à dor crônica.</p> RENATO JOSE SOARES, ALEX SANDRA OLIVEIRA DE CERQUEIRA SOARES, MELINA NEVOEIRO HAIK, ANA CARLA LIMA NUNES, AREOLINO PENA MATOS, FABIANNA RESENDE DE JESUS MORALEIDA, JOSIMARI MELO DE SANTANA, KATY ANDRADE MONTEIRO ZACARON Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2436 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 CORRELAÇÃO ENTRE DOR E FUNCIONALIDADE EM PACIENTES COM DISFUNÇÃO FEMOROPATELAR https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2471 <p>Introdução: A disfunção femoropatelar (DFP) é uma condição frequente de dor no joelho, afetando principalmente mulheres jovens e ativas. A DFP tem como principal característica a dor na região anterior do joelho de nível moderado e intermitente. Visto a dor ser o principal sintoma, alguns autores relatam que mulheres com DFP apresentam piora na qualidade de vida, além de reduzirem a prática de exercício físico em relação a dor. Diante disso, é fundamental a compreensão de aspecto voltados a avaliação multidimensional da dor, assim como entender a relação com a percepção de funcionalidade de mulheres com DFP. Sendo assim, estes resultados colaboraram no processo de avaliação fisioterapêutico, assim como a abordagem terapêutica desses pacientes. Objetivos: Analisar a correlação entre percepção de funcionalidade e aspectos da dor em mulheres com DFP. Métodos: Foram selecionadas 50 mulheres entre 18 e 30 anos com DFP, as quais responderam, em formato de formulários eletrônicos, escalas que avaliam dor e/ou função. As escalas utilizadas, são validadas e adaptadas culturalmente para a língua portuguesa do Brasil, sendo elas: Escala de atividades de vida diária (ADLS), Escala numérica de dor (END), Escala de catastrofização da dor (PCS) e a Escala de afetos positivos e negativos (PANAS). Para a avaliação da correlação, foi utilizado o teste de correlação de&nbsp;<em>Spearman (r)</em>, sendo considerado nível de significância de 5%. As correlações superiores a 0,5 foram consideradas fortes. Resultados: A funcionalidade apresenta correlação inversa com a magnitude de Dor (r=-0,31), com a Catastrofização da dor (r=-0,3), e com a PANAS domínio de Afeto Negativos (r=-0,22). Já em relação a PANAS domínio de afetos positivos, a correlação é direta, sendo de r= 0,4. Apesar das correlações, apenas a correlação percepção de funcionalidade e afetos negativos foram classificadas como fraca, as demais correlações foram consideradas moderadas (0,3&lt;r&gt;0,5). Conclusão: Foram observadas correlações negativa e moderada entre funcionalidade e magnitude de dor, funcionalidade e catastrofização de dor. Já em relação à funcionalidade e PANAS, foram observadas correlação negativa e fraca para os afetos negativos; e correlação positiva e moderada para o afeto positivo de mulheres com DFP.</p> LILIAN RAMIRO FELICIO, CAMILA MAGALHÃES DE LIMA, ANA IZABEL RODRIGUES DE FREITAS, JULIA MARIA DOS SANTOS Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2471 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 MODULAÇÃO CARDÍACA AUTONÔMICA DE ATLETAS DE TIRO COM ARCO E PERCEPÇÃO DE DESEMPENHO ENTRE ARQUEIROS E SEUS TREINADORES: ESTUDO PILOTO https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2488 <p>O desempenho do atleta durante a competição sofre influência de seu estado de ansiedade competitiva que acarreta mudanças no sistema autonômico cardíaco com consequente aumento da frequência cardíaca. O objetivo desse estudo foi avaliar a frequência cardíaca de arqueiros andantes e cadeirantes bem como a percepção de desempenho entre arqueiros e seus treinadores durante a Etapa 3 do Campeonato Brasileiro Indoor de Tiro com arco realizasdo na cidade de João Pessoa no ano de 2023. Trata-se de um estudo transversal, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Pernambuco sob o parecer 5.674.981. O estudo foi realizado durante a etapa 3 do Campeonato Brasileiro Indoor de Tiro com Arco do ano de 2023. Foram incluídos atletas do Bananeiras Arco Clube inscritos na competição. Para avaliar a frequência cardíaca foram usados relógios do tipo smartwatch Garmin, modelo Forerunner 245, para registro da frequência cardíaca (FC), baseline (FCb), durante os tiros de aquecimento (FC1), entre a 5ª e 7ª séries de tiros da primeira (FC2) e da segunda (FC3) bateria de tiros do estágio de classificação e entre a 2ª e 3ª séries de tiros do estágio de combates (FC4), FCmédia (FCm) e máxima (FCmáx). A percepção de desempenho relatada por atletas e treinadores foi avaliada pela escala de Likert ancorada pelos extremos 1 (longe do melhor desempenho) e 5 (perto do melhor desempenho). Foram registradas as pontuações obtidas por cada competidor no estágio classificatório. A análise estatística de dados foi realizada por meio do programa SPSS20, usando os testes T-Student ou Mann-Whitney, qui-quadrado de Pearson ou o Exato de Fisher e o teste de correlação de Pearson. Participaram do estudo 15 atletas andantes (75%) e 5 cadeirantes (25%) das classes funcionais ARST (n=2) e ARW2 (n=3). A idade e IMC foi de 31,30±19,60; 23,50±2,75 e 37,00±10,35; 30,00±5,14 em andantes e cadeirantes, respectivamente. A percepção dos treinadores foi de melhor desempenho para os atletas cadeirantes quando comparado aos andantes (p=0,02). Não houve diferença entre as medidas de FC entre arqueiros andantes e cadeirantes e para ambos os grupos foi observado aumento progressivo da FC nas progressões dos estágios de tiros.</p> CAROLINE RAMOS MARTINS, RENATO DE SOUZA MELO, RAFAELLA DE ANDRADE MONTEIRO, INGRID VITÓRIA BARNABÉ DA SILVA GUEDES, IGOR AILTON BRITO SANTOS, LIDIO MAIA DE OLIVEIRA, CINTHYA ROBERTA DO RÊGO BARROS, ANA PAULA DE LIMA FERREIRA Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2488 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 O EFEITO DA IMERSÃO EM ÁGUA FRIA NA DIMINUIÇÃO DA FADIGA EM NADADORES: UM ENSAIO CLÍNICO ALEATORIZADO https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2520 <p>Fadiga muscular é a perda gradual de força muscular resultante de carga excessiva impossibilitando a manutenção do desempenho a níveis ótimos. A demanda de ativação muscular decorrente de exercícios de alta intensidade pode promover aumento de tônus, afetando assim a coordenação e o desempenho. Além disso, estudos mostram que 56% das lesões relacionadas à fadiga de nadadores são atraumáticas e associadas ao estresse. Desta forma, estratégias recuperativas ganham cada vez mais destaque em diversas modalidades esportivas. O objetivo foi avaliar o efeito a curto prazo da imersão em água fria (IAF) em nadadores após um protocolo de fadiga usual. Trata-se de um ensaio clínico aleatorizado com amostra de nadadores saudáveis entre 16 e 20 anos de ambos os sexos, que treinam regularmente no Centro de Treinamento Esportivo (CTE) da UFMG. O protocolo de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da FCT/UNESP (CAAE: 40230320.0.0000.5402). Os participantes compareceram ao CTE duas vezes com intervalo de 7 dias para realizar as duas condições (controle e IAF) em ordens aleatorizadas previamente. O protocolo de fadiga foi realizado em piscina longa coberta, onde os participantes realizaram um aquecimento de 15 minutos<em>,&nbsp;</em>seguido de 8x100 metros estilo&nbsp;<em>crawl</em> utilizando um palmar e um paraquedas M, em intensidade correspondente ao VO2max, e intervalo de 30 segundos, objetivando promover fadiga periféricas dos membros superiores. Ao final das séries os voluntários responderam o nível de fadiga no momento, a partir da escala modificada de Borg (CR10), que varia de 0 (nenhum esforço) a 10 (esforço máximo). Em seguida, foram submetidos à condição controle, caracterizada pelo descanso em pé ou sentado, desde que não realizassem atividades físicas, ou a IAF, caracterizada pela imersão em tanque de água fria até os ombros com a temperatura de 11-15 °C, ambas por 12 minutos. Os grupos foram comparados pelo modelo linear geral com distribuição normal, com pós teste de bonferroni e nível de significância de 5%. Foram avaliados 16 participantes com as seguintes características (idade: 16,86 ± 1,46 anos; peso: 66,95 ± 8,42kg; altura: 171,15 ± 8,47cm). Em média, os voluntários relataram fadiga acima de 7 após o protocolo na piscina. Ambas as condições testadas diminuíram significativamente a fadiga sendo que o grupo controle teve redução de -2,12 (-3,31 a -0,92) e o grupo intervenção de -5,29 (-6,52 a -4,05). Destacamos também que a IAF promoveu uma melhora significativamente maior do que a condição controle, resultando em um nível de fadiga baixo (2,50 ± 1,61), enquanto o controle resultou em um nível moderado (5,05 ± 2,37). Ambas as condições reduziram significativamente a fadiga, porém a IAF apresentou melhores resultados o que promoveu uma recuperação quase completa desta sensação em apenas 12 minutos. Assim, quando logisticamente viável, a IAF se apresenta como uma boa alternativa clínica para diminuição da fadiga em nadadores após treinamentos de alta intensidade</p> MARIA JULIA MOURA DOS SANTOS, FLAVIA ALVES DE CARVALHO, FERNANDA PEGORIN DINIZ, ISAQUE MACHADO DA SILVA, NICOLAS JUSTO SCHIOCHET, BEATRIZ TEIXEIRA PEROSSO, LUCAS ANTONIO BUARA ARMINIO, CARLOS MARCELO PASTRE Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2520 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 COMPARAÇÃO DO JULGAMENTO DE LATERALIDADE COM A FUNCIONALIDADE, DOR E ASPÉCTOS PROPRIOCEPTIVOS DE INDIVÍDUOS COM SÍNDROME DA DOR FEMOROPATELAR https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2419 <p>Introdução: A Síndrome da Dor Patelofemoral (SDPF) é um dos achados clínicos mais frequentes da articulação do joelho. Déficits funcionais como dor, perdas de função e desordens motoras são comumente encontradas nessa população. A reorganização do córtex somatossensorial pode contribuir para distúrbios motores. Entretanto, a capacidade de julgamento de lateralidade de pacientes com SDPF é desconhecida, e ainda não foi correlacionada com estas desordens motoras. Objetivo: Analisar a correlação entre o julgamento de lateralidade de pacientes com SDPF e acuidade proprioceptiva, estabilidade dinâmica do membro inferior, intensidade de dor e função autorreferida. Metodologia: Análise transversal secundária a partir de um estudo anterior realizado por nosso grupo com 48 adultos com diagnóstico clínico de SDPF. Os participantes preencheram um questionário com características sociodemográficas e clínicas e, em seguida, foram submetidos aos exames físicos e questionários específicos. O julgamento de lateralidade dos joelhos e tornozelos foi avaliado por meio do aplicativo&nbsp;<em>Recognise</em>®, que fornece a acurácia e o tempo das respostas do participante separadamente para cada dimidio. A intensidade da dor (Item 6 do Brief Pain Inventory, BPI) e função do joelho (Questionário das desordens patelofemurais de Kujala) foram mensurados por instrumentos autorreferidos. Os testes de desempenho físico para a extremidade inferior foram o Single Leg Triple Hop Test (SLTHT) e o Y-Balance Test. A análise estatística foi realizada através do JASP 0.17 e foi utilizado o teste de correlação para comparar as variáveis. Foi considerado estatisticamente significativo p ? 0,05. Resultados: Dentre os 48 participantes incluídos 30(63%) eram do sexo masculino, 42(88%) eram praticantes de atividade física e 43(90%) apresentavam dor crônica (&gt;3 meses). A acurácia do teste Recognise do joelho no membro inferior sintomático esteve associado ao resultado do Y-Balance test do mesmo membro inferior (p&lt;0,01), assim como o tempo do tornozelo do membro sintomático (p=0,04). Não houve correlação entre o julgamento de lateralidade do joelho e do tornozelo com o SLTHT (p=0,1), o Kujala (p=0,7) e a dor no instante da avaliação (p=0,1). Conclusão: O julgamento de lateralidade de indivíduos com SDPF esteve correlacionado com a instabilidade dinâmica das articulações do joelho e tornozelo do membro afetado, mas não apresentou associação com intensidade de dor e função mensurados pelo Kujala e BPI e com a avaliação de força e potência do SLTHT.</p> LUIZA FERREIRA MOREIRA, VANESSA KNUST COELHO, LUCAS FERREIRA MENDONÇA, GUSTAVO FELICIO TELLES, LEANDRO ALBERTO CALAZANS NOGUEIRA Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2419 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 USO DA VENTOSATERAPIA NOS DISTÚRBIOS MUSCULOESQUELÉTICOS NO BRASIL: UM ESTUDO TRANSVERSAL https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2454 <p><strong>Introdução</strong>: A ventosaterapia é uma técnica amplamente utilizada na fisioterapia brasileira para o tratamento de disfunções musculoesqueléticas. No Brasil, a ventosaterapia ganhou espaço e visibilidade, principalmente após o Jogos Olímpicos em 2016. Naquele ano, o Google Trends registrou um aumento de 2.100% em pesquisas de ventosaterapia na plataforma. No entanto, existem muitas limitações para estudos atuais testando a eficácia desta técnica. Ensaios clínicos anteriores mostram várias limitações metodológicas, como randomização não adequada, falta de cegamento do avaliador e dos pacientes, falta de grupo sham como comparador, sem padronização em tempo e dose de aplicação, intensidade de sucção e frequência de aplicações. Isso dificulta qualquer recomendação clínica, e estudos recentes com maior qualidade metodológica não mostraram diferença da terapia sham para a maioria dos resultados clínicos na dor lombar crônica, por exemplo. <strong>Objetivo</strong>: Investigar o perfil, a formação, a prática clínica e as atualizações científicas dos fisioterapeutas que utilizam a ventosaterapia como recurso terapêutico para tratar distúrbios musculoesqueléticos. <strong>Métodos</strong>: Foi realizado um estudo transversal por meio de um questionário online, incluindo respostas de 646 fisioterapeutas que usam a ventosaterapia em sua prática clínica. Todos os dados foram analisados descritivamente. <strong>Resultados</strong>: A ventosaterapia é realmente uma técnica amplamente adotada na prática clínica por fisioterapeutas, particularmente entre profissionais jovens do sexo feminino que recentemente graduou-se em instituições privadas. A principal razão para o interesse nesta técnica entre esses fisioterapeutas está a alta demanda dos pacientes. Além disso, muitas vezes, é usado em conjunto com outras técnicas terapêuticas manuais. Eles identificaram o fácil acesso, o baixo custo e a facilidade de uso como os principais fatores que tornam a ventosaterapia uma opção atraente. No entanto, a falta de evidências científicas de alta qualidade, conforme descrito na literatura, foi apontada como uma grande barreira ao seu uso. <strong>Conclusão</strong>: Os fisioterapeutas incluídos neste estudo utilizam a ventosaterapia em sua clínica prática, confiando fortemente em sua própria experiência e nas preferências de seus pacientes, em vez de utilizar o terceiro pilar da prática baseada em evidências, que é também valorizar a melhor evidência disponível. Este estudo sugere que esses fisioterapeutas estão atualmente estão implementando uma técnica sem recomendações científicas atuais para ser usada como forma de tratamento de disfunções musculoesqueléticas.</p> WESLEY RODRIGO RIOS, HUGO JÁRIO DE ALMEIDA SILVA, MARIANA ARIAS AVILA, BRUNO TIROTTI SARAGIOTTO, GERMANNA DE MEDEIROS BARBOSA, MARCELO CARDOSO DE SOUZA Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2454 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 ADESÃO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM FIBROMIALGIA JUVENIL A UM PROGRAMA DE TELEREABILITAÇÃO https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2503 <p><strong>Introdução:</strong>&nbsp;O exercício físico é recomendado na fibromialgia juvenil (FMJ) e, se realizado de modo regular, pode contribuir para melhorar dor, funcionalidade e qualidade de vida. Entretanto, barreiras como dificuldade em conciliar com atividades escolares e de acesso a serviços especializados, além de cinesiofobia e crenças, resultam em baixa adesão. Os exercícios ofertados por meio da internet, juntamente com educação em dor, têm sido apontados como estratégia para minimizar essas barreiras.&nbsp;<strong>Objetivo:&nbsp;</strong>Verificar a adesão de crianças e adolescentes com FMJ a um programa de educação em dor associada a exercícios por telerreabilitação e identificar as dificuldades.<strong>&nbsp;Método:</strong>&nbsp;Realizou-se um estudo prospectivo, de telerreabilitação, no período de maio de 2022 a maio de 2023. Foram incluídas crianças e adolescentes com idade entre 8 e 18 anos, com diagnóstico de FMJ, que aceitaram participar do programa de reabilitação, e que não tivessem nenhuma contraindicação para realização de exercícios. O programa consistia em dois encontros síncronos por semana, um para realização de exercício e outro para educação em dor, ambos em grupo, durante 8 semanas. Houve orientação para realização de exercícios com base em material digital por duas vezes na semana, de modo assíncrono. Ao final de cada sessão, os participantes deveriam preencher um formulário online de registros da realização do exercício e dificuldades encontradas. A participação em cada sessão síncrona foi registrada em uma planilha. Os dados obtidos foram expressos em percentual (%).&nbsp;<strong>Resultados:</strong>&nbsp;Participaram do estudo 9 crianças. Todos os participantes finalizaram o programa. Com relação aos exercícios síncronos, 78% dos participantes aderiram a mais de 5 sessões (de um total de 8) e no que se refere aos encontros de educação em dor síncrono, 67% dos participantes aderiram a mais de 5 sessões (de um total de 8). A não adesão foi justificada por 3 participantes, que referiram motivos de dor (3 sessões) e de saúde (4 sessões). Quanto aos exercícios orientados para realização assíncrona, em um total de 16 sessões, 67% dos participantes realizaram os exercícios sendo que, 50% fizeram 2 sessões, 33% fizeram 9 sessões e 17% fizeram 3 sessões. Não houve registros de justificativas para não adesão. Porém, os participantes relataram dificuldade para conciliar os exercícios com a rotina de tarefas escolares.&nbsp;<strong>Conclusão:</strong>&nbsp;Houve boa adesão das crianças ao programa de tratamento nos momentos síncronos, e as principais causas de ausências foram relacionadas a questões de saúde e presença de dor. Os resultados mostraram baixa adesão aos exercícios de modo assíncrono, o que pode refletir baixa autoeficácia desses indivíduos. Programas de telerreabilitação implementados com a supervisão do profissional de modo síncrono podem ser uma estratégia para realização de exercícios regulares nesta população.</p> FRANCIELLY AZEVEDO DA SILVA, TAINÃ RIBEIRO KLINGER FLORENCIO, IZABEL CRYSTINA MOTA GOIS, MONIQUE OLIVEIRA DOS SANTOS, RIZIANE FERREIRA DA MOTA, JOSIMARI MELO DE SANTANA Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2503 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 EFEITOS DO EXERCÍCIO AERÓBIO NA QUALIDADE DE VIDA E FADIGA EM INDIVÍDUOS COM FIBROMIALGIA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2535 <p><strong>Introdução:&nbsp;</strong>A fibromialgia (FM) é uma síndrome multifatorial caracterizada principalmente por dor musculoesquelética crônica, atingindo cerca de 7% da população mundial. Além disso, um aumento significativo nos níveis de fadiga e diminuição da qualidade de vida são constantemente observados nesses pacientes. Atualmente, as opções de tratamento para FM são baseadas em abordagens farmacológicas, não farmacológicas ou uma combinação de ambas. Entre as abordagens não farmacológicas, o exercício aeróbio e de fortalecimento são fortemente recomendados para o manejo dos sintomas da FM. Neste sentido, os efeitos benéficos do exercício físico, principalmente do exercício resistido, na FM têm sido reportados por diversas revisões sistemáticas e meta-análises. No entanto, até o momento, nenhuma revisão sistemática sintetizou toda a literatura relevante sobre os efeitos do exercício aeróbio na fadiga e qualidade de vida em indivíduos com FM.&nbsp;<strong>Objetivo:</strong>&nbsp;Investigar os efeitos dos exercícios aeróbios na qualidade de vida e fadiga em indivíduos com FM.&nbsp;<strong>Métodos:</strong>&nbsp;Foi realizada uma busca eletrônica na Medline, Embase e Web of Science para artigos relevantes publicados até fevereiro de 2023. Dois revisores independentes analisaram os artigos recuperados durante a busca nas bases de dados e selecionaram aqueles que atenderam aos critérios de inclusão previamente estabelecidos. Foram incluídos ensaios controlados randomizados que verificaram os efeitos do exercício aeróbio em comparação a um grupo controle na qualidade de vida e fadiga em indivíduos com FM. A escala&nbsp;<em>Physiotherapy Evidence-Based Database</em>&nbsp;(PEDro) foi usada para avaliar o risco de viés e o nível de evidência foi analisado e sintetizado usando a abordagem&nbsp;<em>Grading of Recommendation, Assessment, Development, and Evaluations&nbsp;</em>(GRADE).&nbsp;<strong>Resultados:</strong>&nbsp;A busca eletrônica nas bases de dados resultou na recuperação de 1.171 estudos. Após o processo de seleção realizado por consenso, cinco estudos foram incluídos. Sessenta por cento dos estudos foram considerados de baixo risco de viés. Os critérios menos atendidos foram sujeitos cegos (0%), terapeutas cegos (0%) e acompanhamento adequado (40%). Todos os estudos incluídos avaliaram a qualidade de vida e o nível de evidência foi baixo e sem efeito. Com relação à fadiga, três estudos avaliaram este desfecho e o nível de evidência foi baixo e sem efeito.&nbsp;<strong>Conclusão:</strong>&nbsp;Os programas de exercício aeróbio parecem não promover melhora na qualidade de vida nem na fadiga em indivíduos com FM nos estudos analisados nesta revisão. Assim, estudos futuros devem ser desenvolvidos para elucidar a eficácia desse tratamento nestes desfechos. Ressalta-se a importância que sujeitos e terapeutas sejam cegados em relação aos tratamentos aplicados a diferentes grupos para evitar possíveis vieses.</p> CRISTIANO CARVALHO, PATRICIA GABRIELLI VASSÃO, THATIANE IZABELE RIBEIRO SANTOS, JULIA RISSO PARISI, HOMERO GARCIA-MOTTA, ANA CLAUDIA MUNIZ RENNO Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2535 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 ANÁLISE DE DIFERENTES TIPOS DE ALONGAMENTO NA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO DE FORÇA E ESTABILIDADE POSTURAL DE JOVENS UNIVERSITÁRIOS https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2401 <p><strong>INTRODUC?A?O:&nbsp;</strong>O alongamento e? um método frequentemente aplicado na maioria das rotinas de treinamento, com o objetivo de aumentar a flexibilidade muscular. O alongamento pode ser realizado de forma ativa ou passiva e ainda de forma estática (AE), dinâmica (AD) ou por energia muscular. A literatura atual apresenta controvérsias nos resultados agudos do alongamento em relação às variáveis de forca, estabilidade postural e potencia muscular.&nbsp;<strong>OBJETIVOS:&nbsp;</strong>Avaliar os efeitos agudos do alongamento estático e do alongamento dinâmico na capacidade de produc?a?o de forc?a, pote?ncia e estabilidade postural de jovens universitários.<strong>METODOLOGIA:&nbsp;</strong>Estudo do tipo quase-experimental composto por 30 universita?rios, de ambos os sexos, alocados de forma aleatória, onde os indivi?duos elegi?veis foram divididos em grupos, grupo 1 (AE) e grupo 2 (AD), todos os indivi?duos possui?am uma probabilidade igual de pertencer a um grupo. Foi avaliada a forc?a muscular dos músculos isquiotibiais, quadríceps e tríceps sural do lado dominante, através de dinamômetro digital portátl, avaliada a pote?ncia muscular através do salto verical e do aplicativo My Jump e a estabilidade postural, através plataforma de forc?a do Nintendo Wii, com ana?lise de sinais estabilome?tricos pelo sistema SeeSway. Após a avaliação os indivíduos passaram por protocolo de alongamento conforme o grupo ao qual estava alocado e posteriormente realizada reavaliação através dos mesmos testes. A pesquisa teve a aprovac?a?o do Comite? de E?tica e Pesquisa em Seres Humanos sob o parecer nu?mero 4.977.945. Na comparac?a?o entre o pre? e o po?s teste, foram realizados o teste estati?stico de t pareado para as varia?veis com distribuic?a?o normal e teste de Wilcoxon para as varia?veis de distribuic?a?o anormal, sendo considerados significativos para P&lt;0,05.&nbsp;<strong>RESULTADOS:&nbsp;</strong>A flexibilidade do tri?ceps sural melhorou significativamente apo?s o AD, o mesmo não foi observado após o AE. Em relação à avaliação estabilométrica, observou-se diminuic?a?o no deslocamento total, deslocamento ântero-posterior e na velocidade de deslocamento quando em apoio unipodal após o AE, em relação à força e potência muscular não foram observados diferenças significantes.&nbsp;<strong>CONCLUSA?O:&nbsp;</strong>O alongamento dinâmico do tríceps sural promoveu maior flexibilidade aguda da articulação do tornozelo quando comparado com o alongamento estático, que por sua vez, demonstrou gerar alterações negativas no equilíbrio postural em apoio unipodal.</p> LUANNA DA PENHA RODRIGUES, THAYS CARVALHO PEREIRA, THAYLA DA SILVA DE CASTRO, FERNANDA MOURA VARGAS DIAS, FABIANO MOURA DIAS Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2401 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 REPERCUSSÕES DO ISOLAMENTO SOCIAL DURANTE A PANDEMIA POR COVID-19 NA DOR E ATIVIDADE FÍSICA DE PACIENTES COM DOR CRÔNICA: UM ESTUDO QUALITATIVO https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2434 <p>Introdução:&nbsp;A dor crônica (DC) é uma dor persistente por mais de 3 meses ou além da cicatrização normal do tecido, sendo um grande problema de saúde pública que acomete uma boa parcela da sociedade e gera impactos biopsicossociais. Com o isolamento social decorrente da pandemia da COVID-19, os indivíduos com DC foram afastados de sua rotina habitual e do acesso a seus tratamentos de saúde, o que prejudicou sua condição.&nbsp;Objetivo:&nbsp;Analisar o impacto sofrido no âmbito da dor desses pacientes como consequência da pandemia.&nbsp;Métodos:&nbsp;Estudo qualitativo seguindo os critérios estabelecidos pelo&nbsp;<em>Standards for Reporting Qualitative Research</em>&nbsp;(SRQR) e&nbsp;<em>Consolidated Criteria for Reporting Qualitative Research (COREQ).&nbsp;</em>A coleta de dados foi realizada por meio de um questionário eletrônico que dispunha de duas perguntas subjetivas para realizar a análise qualitativa de conteúdo. As respostas foram transcritas e codificadas por meio do MAXQDA 2020 Standard<em>.</em>&nbsp;Resultados:&nbsp;Foram avaliados 85 participantes de ambos os sexos, no entanto, a maioria da amostra foi composta por mulheres, contendo apenas um homem, que teve diagnóstico de migrânea crônica. A média de idade foi de 43,9 anos, com a menor idade sendo 19 e maior 75 anos. O diagnóstico clínico foi composto por fibromialgia e enxaqueca crônica, sendo a maioria composta pela população fibromiálgica. Os resultados foram descritos por meio das categorias e subcategorias criadas com base na análise das respostas ao questionário, para cada subcategoria foram criados subcódigos, preenchidos posteriormente por frases que continham alguma palavra ou citação que se relacionasse e fosse capaz de preenchê-lo. Ocorreram alterações físicas e mentais, percepção que houve piora de sintomas depressivos e no sono, aumento da frequência e intensidade de dor e redução da prática de atividade físicas.&nbsp;Conclusão:&nbsp;Pacientes com DC sofreram importante impacto negativo devido ao isolamento social decorrente da pandemia da COVID-19, pois foi possível observar uma piora na frequência, na intensidade e na distribuição da dor por meios dos relatos.</p> JÚLIA GABRIELY CORREIA SANTOS, LAÍS BARRETO PEREIRA, MICHELLY CARDOSO SILVA, ANNANDA OLIVEIRA SANTOS, JOSIMARI MELO DE SANTANA Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2434 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 ACURÁCIA DA MENSURAÇÃO DO ÂNGULO ALFA NA RADIOGRAFIA CONVENCIONAL NA AVALIAÇÃO DO IFA-CAM: REVISÃO SISTEMÁTICA https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2469 <p><strong>Introdução:</strong>&nbsp;Impacto femoroacetabular do tipo Cam (IFA-Cam) resulta de uma deformidade do fêmur onde há diminuição ou ausência da concavidade na junção cabeça-colo femoral. Essa deformidade pode ser detectada por exames de imagem, incluindo radiografia convencional, e quantificada utilizando o ângulo alfa.&nbsp;<strong>Objetivos:</strong>&nbsp;O objetivo do estudo foi analisar a acurácia diagnóstica da mensuração do ângulo alfa na radiografia convencional para avaliar o impacto femoroacetabular do tipo Cam.&nbsp;<strong>Métodos:</strong>&nbsp;O&nbsp;<em>Cochrane Handbook for Diagnostic Test Accuracy Reviews</em>&nbsp;e a recomendação&nbsp;<em>Prisma</em>&nbsp;foram utilizados na condução do estudo. O protocolo do estudo foi elaborado a partir da definição de uma questão de pesquisa diagnóstica utilizando o acrônimo PIRO (<em>patients, index test, reference standard e outcome</em>) e a definição dos critérios de elegibilidade. Uma estratégia de busca sensível foi conduzida nas bases de dados: (PubMed (1950-2020), Embase (1980-2020), Lilacs (1985-2020) e Scielo (1996-2020). Foram registrados 560 estudos. Depois de excluídas as duplicatas, triagem por títulos, análise dos resumos e leitura completa, restaram cinco estudos que atendiam aos critérios de inclusão.&nbsp;<strong>Resultados:</strong>&nbsp;Os estudos elegíveis investigaram sete incidências radiográficas. Um total de 256 indivíduos, 135 do sexo feminino e 121 do sexo masculino, com diagnóstico de impacto femoroacetabular e/ou quadril doloroso e 274 quadris foram avaliados, pois a amostra conteve condições unilaterais ou bilaterais. As incidências Dunn (45° e 90°) demonstraram maior sensibilidade em todos os estudos analisados. A sensibilidade das incidências radiográficas avaliadas variou de 6% a 96,43%, sendo que a maior sensibilidade foi demonstrada na incidência Dunn 45° (96,43%). A especificidade evidenciou valores de 0% a 100%, com incidências anteroposterior (AP) e&nbsp;<em>cross-table</em>&nbsp;obtendo resultados de especificidade de 100% em dois estudos. Dentre as incidências radiográficas avaliadas, AP e&nbsp;<em>cross-table</em>&nbsp;obtiveram os melhores resultados de valores preditivos positivos apresentando 100% em dois estudos, e Dunn 45° obteve o maior valor preditivo negativo (90%) em um dos estudos, sendo que os valores preditivos positivos variaram de 60% a 100% e os valores preditivos negativos variaram de 0% a 90%.&nbsp;<strong>Conclusão:</strong>&nbsp;Os achados do estudo sugerem que uma série radiográfica contendo as incidências Dunn (45°), AP e&nbsp;<em>cross-table</em>&nbsp;podem melhor avaliar o impacto femoroacetabular do tipo Cam por meio da mensuração do ângulo alfa, sendo a incidência Dunn (45º) melhor para descartar a presença de IFA-Cam e as incidências AP e&nbsp;<em>cross-table</em>&nbsp;melhores para confirmar a presença de IFA-Cam.</p> MARIA EDUARDA EBERT MUNARETTO, DAYANA CRISTINA KÄFER, MARCOS VINICIUS SCARABOTO, LARIESSA PINTO RIBEIRO, EDUARDO LINDEN JUNIOR Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2469 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 ASSOCIAÇÃO ENTRE PERCEPÇÃO DE SINTOMAS E VISITAS MÉDICAS EM PACIENTES COM LÚPUS NO BRASIL DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19: UM SURVEY ELETRÔNICO https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2486 <p><strong>Introdução:&nbsp;</strong>O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença crônica e autoimune de natureza inflamatória, com etiologia desconhecida e fisiopatologia multifatorial. Manifesta-se de diversas formas, abrangendo desde problemas cutâneos e musculoesqueléticos até falência de órgãos, além de apresentar períodos intercalados de surtos e remissões. A Hidroxicloroquina (HCQ) e a Cloroquina (CQ) são medicações globalmente utilizadas no tratamento do LES. O distanciamento social durante a pandemia do COVID-19 pode ter interferido na assistência a pacientes com LES, influenciando na continuidade do tratamento da doença.&nbsp;<strong>Objetivo:</strong>&nbsp;Avaliar a percepção dos sintomas e assistência médica recebida em indivíduos com LES durante a pandemia de COVID-19 no Brasil.<strong>&nbsp;Métodos:&nbsp;</strong>Estudo transversal, observacional e retrospectivo, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Amapá sob número de parecer: 3.287.635, que utilizou dados de um questionário semi estruturado, respondido por voluntários com LES, o mesmo foi divulgado diretamente à associações de doentes com LES no Brasil, onde foram coletadas informações sobre a doença, tratamento em andamento e sobre COVID-19, no período de 2020 a 2023. Realizou-se a análise estatística descritiva (médias e desvios-padrão) e inferencial utilizando-se o teste Kolmogorov-Smirnov para verificar a normalidade dos dados e o teste Qui-quadrado para análise de associação entre as variáveis. O nível de significância de 5% foi adotado.&nbsp;<strong>Resultados:&nbsp;</strong>No período 534 participantes com diagnóstico de LES, das cinco regiões do Brasil responderam ao questionário, com média de idade de 37.3+10.3 anos, grande maioria do sexo feminino 516 (96,6%), 217 (40,6%) com ensino superior completo e 169 (31,6%) com ensino médio completo. Identificou-se que 357 (66.9%) indivíduos relataram apresentar o LES controlado. Quando indagados sobre a realização de acompanhamento com médicos reumatologistas, 492 (92,1%) responderam que sim, enquanto 42 (7,9%) responderam que não. Com relação à pergunta sobre o possível acompanhamento com fisioterapeuta, apenas 56 (10,5%) responderam que sim, enquanto 478 (89,5%) responderam que não. Questionados sobre o aumento dos sintomas durante a pandemia e distanciamento social, 358 (67%) relataram que houve aumento e 176 (33%) relataram que não houve. Os resultados apontam ainda uma associação direta entre a desmarcação de consultas com o médico reumatologista e o aumento de sintomas percebidos pelos doentes (OR=1,89 / IC=1,31 -2,74).&nbsp;<strong>Conclusão:</strong>&nbsp;No presente estudo foi possível verificar que houve um aumento dos sintomas da doença na percepção dos pacientes brasileiros, durante a pandemia de COVID-19. O distanciamento físico e social pode ter atuado como fator determinante nesse aspecto, relacionando-se ao medo de contrair a infecção pelo coronavírus. Observou-se ainda, uma associação significativa entre a ausência das consultas médicas e o agravamento dos sintomas relatados durante o período pandêmico.</p> PAULA GABRIELLY OLIVEIRA DEMES, LUCAS HENRIQUE CALDAS DA SILVA, CECÍLIA EMILY COSTA DOS SANTOS, MYARA CRISTINY MONTEIRO CARDOSO, JOSÉ RIBEIRO DA SILVA NETO, AREOLINO PENA MATOS Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2486 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 RELAÇÃO DO ESTILO DE VIDA COM A AUTOEFICÁCIA E A AUTORREGULAÇÃO NA DOR CRÔNICA NO OMBRO https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2518 <p>Introdução: A dor musculoesquelética crônica está associada a fatores psicossociais como autoeficácia e autorregulação, bem como o estilo de vida do indivíduo. A relação do estilo de vida com a autoeficácia na dor no ombro tem sido mais estudada do que a relação com a autorregulação. Objetivo: Deste modo, o objetivo do estudo é verificar a relação do estilo de vida com a autoeficácia e a autorregulação na dor crônica no ombro. Métodos: Este estudo incluiu 71 indivíduos com dor no ombro há pelo menos três meses e com positividade em testes de impacto do ombro, recrutados dos serviços de fisioterapia do Centro de Saúde Escola – Cuiabá ou no Centro de Reabilitação do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (CER-HCFMRP). Foram excluídos indivíduos com condições reumáticas, neurológicas e com dor no ombro de origem cervicogênica. Todos os pacientes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido aprovado no CEP (CAAE: 55951822.2.0000.5440) e foram avaliados quanto aos dados sociodemográficos e variáveis autorrelatadas de autoeficácia por meio da Pain Self-Efficacy Questionnaire (PSEQ), autorregulação por meio do Short Self-Regulation Questionnaire (SSRQ), estilo de vida por meio do questionário “Estilo de Vida Fantástico”, dor e incapacidade no ombro pela escala Shoulder Pain and Disability Index (SPADI) e intensidade de dor pela Escala Visual Numérica (EVN). As variáveis de caracterização da amostra e pontuações dos questionários foram apresentadas em média e desvio padrão. A associação foi realizada pelo Coeficiente de Correlação de Pearson com nível de significância de 0.05. A magnitude das correlações foi classificada como alta (r?0,70), moderada (r? 0,40 e &lt;0,70) e baixa (r &lt;0,40). Resultados: Os indivíduos apresentaram intensidade de dor moderada (6,9 pontos) pela Escala Visual Numérica, considerável intensidade de dor (70,2 pontos) e incapacidade (56,5 pontos) no SPADI, autoeficácia adequada (40,1 pontos, considerando que pontuação ? 40 pontos indica baixa autoeficácia), elevada autorregulação (114,4 pontos) e estilo de vida muito bom (72,2 pontos). O estilo de vida mostrou correlação moderada com os níveis de autoeficácia (r = 0,49; p &lt; 0,001) e de autorregulação (r = 0,60; p &lt; 0,001). Conclusão: O presente estudo mostrou que o melhor estilo de vida provavelmente está associado à confiança do indivíduo em sua capacidade de ter sucesso na conclusão de uma determinada atividade e pela capacidade de se manter ativo no processo para alcançar seus objetivos. Portanto, é importante que o tratamento do indivíduo com dor crônica no ombro considere os aspectos de estilo de vida bem como seus possíveis determinantes como autoeficácia e autorregulação.</p> CAMILA SCHERRES NICOLAU, JAQUELINE MARTINS, JÚLIA FACCHINI, ANAMARIA SIRIANI DE OLIVEIRA Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2518 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 ATITUDES DE PROFISSIONAIS DA ÁREA DA SAÚDE SOBRE O CUIDADO DA PESSOA COM DOR CRÔNICA: ANÁLISE POR GRUPOS FOCAIS https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2417 <p>Introdução:&nbsp;A dor crônica musculoesquelética é uma das principais condições de saúde atendidas na Atenção Primária, mas poucos investigam como os profissionais de saúde ofertam cuidado para essa população.&nbsp;Objetivo:&nbsp;analisar as atitudes de profissionais da área da saúde na Atenção Primária, sobre o cuidado da pessoa com dor crônica musculoesquelética.&nbsp;Método: Estudo observacional transversal, de cunho qualitativo, realizado com 10 profissionais da saúde (Enfermeiros, Fisioterapeutas, Médicos, Dentistas, Nutricionistas, Psicólogos, Assistente Social e Profissional de Educação Física), todos participantes dos Programas de Residência Médica e Multiprofissional em Saúde da Família, e que desenvolviam atividades em um território sanitário do Distrito Continental do município de Florianópolis, Santa Catarina. A coleta ocorreu por meio de entrevista semiestruturada com um grupo focal, em um único encontro, com duração de duas horas e meia. Os dados foram interpretados utilizando a Análise de Conteúdo Temática.&nbsp;Resultados:&nbsp;Após a análise, emergiram as seguintes categorias: (1) Realizar acolhimento, escuta ativa, e humanização do cuidado; (2) Estabelecer relacionamento terapêutico com criação de vínculo; (3) Favorecer a adesão ao tratamento; (4) Modular expectativas; (5) Compreender a especificidade do indivíduo; (6) Promover qualidade de vida; (7) Promover autoeficácia; e (8) Selecionar modalidades terapêuticas disponíveis na APS (fármacos, termoterapia, apoio psicológico, exercícios) em conjunto com a equipe multiprofissional.&nbsp;Conclusão: As atitudes estão voltadas para um cuidado humanizado e centrado no usuário (como preconiza as diretrizes da APS) e pautadas em algumas das evidências descritas nas diretrizes. Sugere-se que podem ser aprimoradas focando em incluir tratamentos ativos com exercícios específicos de controle muscular, abordagens de educação em dor, universalidade e acessibilidade aos usuários, além de garantir a integralidade do cuidado na sua prática profissional.</p> CAROLINA SILVA DE AVILA, MICHELINE HENRIQUE ARAUJO DA LUZ KOERICH, CAROLINA DOS REIS MAIER, GUILHERME KINDLEIN, GIOVANNA GUOLO, GEOVANA ZIMMERMAN, NATALIA MACEDO, FERNANDA ROMAGUERA Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2417 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 CRENÇAS E PERCEPÇÕES RELACIONADAS À EXPERIÊNCIA DE MULHERES COM DOR ASSOCIADA AO INTERCURSO SEXUAL: UM ESTUDO QUALITATIVO https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2452 <p>Introdução: A dor crônica é um problema de saúde pública que afeta pessoas de ambos os sexos e de todas as faixas etárias. Algumas dores crônicas ainda são pouco investigadas, assim como a experiência vivida pelos pacientes. Entre essas destacamos a dor sexual. Não diferente dos outros tipos de dor, a dor sexual é multifatorial e pode estar associada à depressão, pensamentos catastróficos, ansiedade, hipervigilância a dor, incapacidade, autoimagem negativa, baixa autoestima, baixa autoeficácia, e modificações nas atividades diárias. Objetivo: Investigar a experiência de mulheres com dor sexual dentro de um modelo biopsicossocial. Métodos: Estudo qualitativo composto por mulheres com dor relacionada à atividade sexual. Foram realizadas entrevistas online semiestruturadas com perguntas abertas. A caracterização da amostra incluiu dados de identificação e características da dor. Foi utilizado o Índice de Função Sexual Feminina (IFSF) para avaliar a função sexual. A análise qualitativa e extração de códigos foi realizada através do Taguette. A análise temática dos dados considerou: 1) leitura inicial; 2) identificação preliminar de códigos; 3) alocação dos códigos nos temas; 4) revisão de temas; 5) alocação dos temas em categorias; 6) síntese final do estudo. Os dados quantitativos foram analisados pelo software JASP 0.14.1.0. Os resultados das análises estão apresentados pela análise de frequência, tendência central e dispersão. Resultados: A análise parcial do estudo incluiu 10 participantes. A média ± DP de idade das participantes foi de 26,5 ± 7,11 anos, com média de 52,40 ± 42 meses de convivência com a dor. A pontuação média no IFSF foi de 21,4 ± 3,46 pontos. O local de dor sexual mais frequente da amostra consistiu em canal vaginal (40.9%), seguido por pequenos lábios (13.6%). A experiência das participantes foram agrupadas em nove temas: (1) Histórico de dor sexual; (2) Experiência; (3) Crenças; (4) Comportamento; (5) Busca por ajuda; (6) Tratamento; (7) Relação com profissionais da saúde; (8) Facilitadores e barreiras; (9) Expectativas futuras. Apesar de 40% das mulheres terem realizado algum tipo de tratamento com o objetivo de melhora da dor, todas as participantes apresentaram crenças positivas quanto à resolução total ou parcial da queixa dolorosa. Em geral, as mulheres com dispareunia atribuíram a causa da dor à lubrificação insuficiente e traumas. Impactos negativos na relação sexual, no relacionamento e na autoestima foram as consequências mais comuns da dor. O sentimento predominante evocado pela recorrência do quadro de dor sexual foi a frustração. Conclusão: Identificou-se que o quadro álgico pode ser incapacitante e apresenta limitação funcional e restrição de atividade sexual à mulheres com dispareunia. Além disso, as crenças das mulheres indicam que elas atribuem múltiplas causas para a dor. As participantes tinham altas expectativas de melhora, entretanto, a minoria realizou algum tipo de tratamento para enfrentamento da dor.</p> ANDRESA AGUIAR DOS SANTOS, FELIPE JOSE JANDRE DOS REIS Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2452 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 CORRELAÇÕES ENTRE MOBILIDADE ARTICULAR SISTÊMICA, FORÇA MUSCULAR E DOR EM JOVENS PRATICANTES DE NATAÇÃO E BALÉ CLÁSSICO https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2501 <p>Introdução: O balé clássico assim como a natação, requer de seus praticantes grandes amplitudes articulares e movimentos repetitivos na sua performance. Tais aspectos são considerados um risco devido ao tempo de exposição a essas condições, tornando-se frequentes as lesões por “overuse”. Embora não haja um consenso sobre mobilidade, isoladamente, ser um fator de risco, nas duas atividades observa-se que a laxidão e instabilidade articular podem estar associadas à presença de dor. Diante disso, é necessário avaliar individualmente cada praticante a fim de identificar os condicionantes físicos que possam estar relacionados ao agravamento de riscos para lesões musculoesqueléticas. Objetivos: Este estudo tem por objetivo principal apresentar as características osteomioarticulares em relação à mobilidade, força e presença de dor em bailarinos e nadadores e correlacionar a variável dor com mobilidade e força entre os praticantes de balé e natação. Métodos: Trata-se de um estudo transversal descritivo com bailarinos e nadadores, com idade entre 12 e 20 anos. Para participar da pesquisa era necessário ser praticante da modalidade, por no mínimo dois anos, ter frequência de pelo menos duas vezes na semana e estar entre 12-20 anos de idade. O índice de mobilidade articular foi avaliado a partir do Beighton Score, no qual ? 4 é um preditor para a hipermobilidade articular. A força foi mensurada pelo dinamômetro manual e a presença de dor a partir do autorrelato em questionário específico. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética da UFRJ e todos os participantes deram consentimento para participar da pesquisa. Os dados foram analisados através do programa Excel e as correlações feitas pelo coeficiente de correlação de Pearson. Resultados: Foram avaliados neste trabalho, 15 praticantes de natação e 15 praticantes de balé clássico, com idades de 16 ± 1,92 e 13,3 ± 1,17, IMC 20,34 ± 3,39 e 19,4 ± 1,75, respectivamente. O índice de mobilidade articular do grupo da natação foi de 2,86 ± 3,04 e do balé 5,6 ± 1,95. Já a dor esteve presente em 6 indivíduos na natação e em 4 no balé. Em relação a força, a média foi de 32,81 ± 9,07 para a natação e 20,44 ± 3,66 no balé. Ao correlacionarmos dor e Ìndice de Mobilidade Articular identificamos r= -0,13 no balé e r= -0,10 na natação; a correlação de Dor e Força fora de r= -0,19 no balé e r= +0,05 na natação. Conclusão: Como esperado, observou-se um maior índice de mobilidade articular nos praticantes de balé clássico. Apesar disso, não houve maior prevalência de dor no grupos das bailarinas. No grupo natação, apesar do menor nível de laxidão ligamentar não houve uma correlação com dor. As correlações de mobilidade e dor foram muito fracas para ambos os grupos e as de força e dor foram também fracas mas de maneiras diferentes entre os grupos, numa correlação positiva na natação e negativa no balé. Estas análises e resultados nos confirmam a necessidade de avaliar a dor e seus condicionantes de forma multifatorial.</p> FERNANDO EDUARDO ZIKAN, RENAN FERREIRA DA SILVA, YASMIN LOURENÇO, RAFAEL RAMALHO DOS SANTOS PUGLIESI PORTELLA, ANIELLY BASTOS DE JESUS Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2501 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 PROPRIEDADES MECÂNICAS E VISCOELÁSTICAS DA REGIÃO TORACOLOMBAR EM CORREDORES: SÉRIE DE CASOS https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2533 <p><strong>Introdução:</strong><strong>&nbsp;</strong>A fáscia toracolombar possui distribuição tridimensional conferindo estabilidade e equilíbrio dinâmico ao corpo, podendo contribuir na corrida. Quando a fáscia e músculos estão tensos podem<strong>&nbsp;</strong>restringir a extensibilidade muscular e reduzir a amplitude de movimento articular, com consequente diminuição na performance da corrida. Acredita-se que a aplicação de um protocolo adaptado do&nbsp;<em>fascial fitness<sup>®</sup></em>&nbsp;poderia alterar propriedades biomecânicas e viscoelásticas da região toracolombar de corredores, desempenho na corrida.&nbsp;<strong>Objetivo:</strong>&nbsp;Avaliar as propriedades mecânicas e viscoelásticas da região toracolombar após única aplicação de um protocolo adaptado do&nbsp;<em>fascial fitness<sup>®</sup></em>,<em>&nbsp;</em>alongamento estático e placebo em corredores.<strong>&nbsp;Método:&nbsp;</strong>Estudo de uma série de casos, aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa envolvendo Seres Humanos sob o parecer: 5.173.734. Foram selecionados três homens de maneira não probabilística e intencional divididos em três grupos (<em>fascial fitness</em><em><sup>®</sup></em>, alongamento estático e placebo – ultrassom), sem histórico de trauma ou lesão na região toracolombar. As propriedades mecânicas foram determinadas com base na Rigidez (N/m), Elasticidade [Log], Tempo de relaxamento (ms) e&nbsp;<em>Creep</em>&nbsp;e avaliadas por meio do Myoton PRO (Myoton AS, Tallinn, Estônia). As medidas foram realizadas antes e imediatamente após a aplicação das intervenções, com sujeito em decúbito ventral, em estado relaxado, sem ativação muscular e, ponto de medida no lado dominante entre L4 e S1, situado na junção entre fáscia toracolombar e latíssimo do dorso. Para a caracterização das variáveis foram utilizadas a estatística descritiva (média e desvio padrão).&nbsp;<strong>Resultados:</strong>&nbsp;A amostra foi composta por três sujeitos do sexo masculino, com média de idade de 34,00±4,0 anos, massa de 75,6±6,77 kg, estatura de 174±0,02 cm, IMC de 43,26±3,54 Kg/m<sup>2</sup>. Os achados mostraram que intervenção com&nbsp;<em>fascial fitness</em><em><sup>®</sup></em>&nbsp;ocasionou rigidez maior (+10,0N/m) quando comparada ao alongamento (-5,0N/m) e placebo (+9,0N/m). Nas variáveis de elasticidade apresentou menor valor (-31,57[log] para o alongamento -26,28[log] e placebo 14,41[log], e tempo de relaxamento (-0,8ms) e&nbsp;<em>Creep&nbsp;</em>(-0,03) menor quando comparada ao alongamento (0,1ms e 0,01). O placebo não apresentou alteração entre o tempo de relaxamento e&nbsp;<em>Creep</em>&nbsp;do tecido.&nbsp;<strong>Conclusão:</strong>&nbsp;O grupo fascial fitness apresentou maior e melhor elasticidade na região toracolombar.</p> MAYANE DOS SANTOS AMORIM BOTTI, LARISSA SINHORIM, JULIA KURTZ REIS, RODRIGO AMERICO, MARIA ELISA DUARTE FRANÇA, MARIA EUGÊNIA ORTIZ, ROBERT SCHLEIP, GILMAR MORAES SANTOS Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2533 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 ANÁLISE DO RISCO ERGONÔMICO E DO PERFIL DE TRABALHADORES DE UM HOSPITAL DE NÍVEL TERCIÁRIO https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2399 <p><strong>Introdução:</strong>&nbsp;As lesões por esforços repetitivos (LER) e os distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (Dort) são grupos de doenças que afetam o sistema musculoesquelético. Os principais segmentos corporais atingidos pela LER/Dort são pescoço, coluna e membros superiores (MMSS), sendo mais comum os sintomas de parestesia, perda de força e fadiga muscular.&nbsp;<strong>Objetivos:</strong>&nbsp;Descrever as exposições aos fatores de risco musculoesquelética no trabalho, a capacidade para o trabalho, fadiga residual ocasionada pelo trabalho, a capacidade e desempenho funcional de trabalhadores de um hospital escola com queixas no pescoço associado a alguma queixa nos membros superiores.&nbsp;<strong>Métodos:</strong>&nbsp;foram utilizados os questionários QEC (Quick Exposure Checklist), Índice de Capacidade para o trabalho (ICT), Escala de Necessidade de Descanso (ENEDE), QuickDASH-BR e FIT-HaNSA (<em>Functional Impairment Test-Hand, and Neck/Shoulder/Arm</em>) em trabalhadores de um hospital escola com queixas no pescoço associado a alguma queixa nos membros superiores. 36 voluntários preencheram os critérios de inclusão e foram entrevistados e avaliados.&nbsp;<strong>Resultados:</strong>&nbsp;36 voluntários com idade média de 50,17 anos e desvio padrão de 11,29 anos; prevalência de IMC com sobrepeso (n=15; 41,7%), seguido por obesidade (n=11; 30,6%) e normal (n=10; 27,8%). A predominância de função foi do setor administrativo (n=17; 47,2%) e 66,7% (n=24) acham que a dor está relacionada com o trabalho e 61,1% (n=22) da amostra possui mais de 12 meses de tempo de dor e a região mais acometida é o ombro (direito: 30,6%; esquerdo: 25%). As pontuações médias dos questionários foram: QuickDASH-BR (41,81), ICT (34,14), ENEDE (43,9), QEC (116,25) e FIT-HaNSA (166,92 segundos).&nbsp;<strong>Conclusão:&nbsp;</strong>Os resultados deste estudo mostraram que a maior incidência de trabalhadores com queixas no pescoço associada a algum sintoma nos membros superiores de um hospital universitário são mulheres, com idade média de 50 anos e que trabalham no setor administrativo. Eles apresentam risco moderado para Dort, incapacidade para o trabalho moderada e necessidade de descanso moderado para fadiga.</p> MILENA ZAVATINI SECCO, LEONARDO DUTRA DE SALVO MAUAD, KAREN AYUMI KAWANO SUZUKI, PEDRO CAMPOS RIBEIRO DE LIMA, ISABELA SALES BIGNOTTO, NATÁLIA CLARO DA SILVA, MARISA DE CÁSSIA REGISTRO FONSECA Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2399 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 DINÂMICA MUSCULAR DO COMPLEXO DO OMBRO APÓS TRAUMA NA EXTREMIDADE DISTAL DO MEMBRO SUPERIOR https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2432 <p>Introdução:&nbsp;Para executar adequadamente uma tarefa motora, é essencial que haja uma sequência coordenada de todos os segmentos do membro superior. Traumas no segmento distal podem resultar em mudanças nos segmentos adjacentes. Incluindo a escápula, sendo suscetível a alterações que afetam sua posição e movimento. O objetivo deste estudo é avaliar a dinâmica muscular do complexo do ombro de um indivíduo que sofreu uma fratura na extremidade distal do membro superior direito.&nbsp;Métodos:&nbsp;Estudo foi realizado com um homem, de 20 anos e história de tratamento cirúrgico para fratura de rádio e ulna devido a acidente automobilístico ocorrido em dezembro de 2022. Aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, parecer nº 2.715.11. Para descartar lesões no ombro foi realizado o cluster para síndrome do impacto. Foi avaliada a discinese escapular através de vídeo dos movimentos de flexão e abdução do ombro com uma carga distal de 2kg. Para coleta de dados eletromiográficos foi utilizado o equipamento da marca Delsys (Trigono Wireless Systems). A preparação da pele e colocação dos eletrodos seguiu as recomendações do SENIAM. Eletrodos foram posicionados nos músculos trapézio superior, deltoide fibras médias, trapézio inferior e serrátil anterior. Processamento dos sinais foi realizado no programa Matlab (2015). Foram selecionadas as tarefas de elevação do ombro de 90º e 120º no plano da escápula, sem carga e com a carga de 2kg em ambos os membros e as variáveis eletromiograficas selecionadas foram o tempo inicial de ativação (onset) para identifição do primeiro músculo a ser ativado e root mean square (RMS) para mensurar a amplitude média de ativação muscular.&nbsp;Resultados:&nbsp;A classificação da discinese escapular foi&nbsp;tipo I bilateral, com predominância do lado esquerdo.&nbsp;No membro do lado da fratura (direito),&nbsp;o primeiro músculo a ser ativado, na tarefa sem a carga distal, foi o trapézio superior nas elevações de 90º e 120º e quando adicionada a carga, o trapézio superior foi o primeiro músculo na elevação de 90º e o trapézio superior e deltoide fibras médias, simultaneamente, à 120º. No membro contralateral (esquerdo) o primeiro músculo a ser ativado na elevação à 90º foi o deltoide fibras médias tanto na tarefa sem carga quanto com carga. Porém na elevação à 120º trapézio fibras superiores na tarefa sem carga e trapézio fibras inferiores na tarefa com carga. Ao analisar o RMS observamos que, os músculos do lado direito (lado lesão) foram mais recrutados quando comparados com o lado esquerdo (sem lesão). Do lado direito na elevação sem carga a 90º e 120º o músculo mais recrutado foi o trapézio superior, enquanto que nos movimentos com carga a 90º e 120º o músculo mais recrutado foi o deltóide fibras médias.&nbsp;Conclusão:&nbsp;Nossos resultados sugerem que há uma diferença no padrão do movimento entre lado da fratura e o lado contralateral, tanto em relação aos músculos que iniciam os movimentos quanto ao recrutamento muscular.</p> BRENDA THAÍS ALVES CARDOSO, JOB JOSÉ DE QUEIROZ NETTO, CARLOS DANIEL REZENDE RESTON, DENISE MARTINELI ROSSI, LUCIANE FERNANDA RODRIGUES MARTINHO FERNANDES Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2432 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 CARACTERÍSTICAS SOCIODEMOGRÁFICAS PREDIZEM CRENÇAS E ATITUDES SOBRE DOR LOMBAR EM BRASILEIROS: UM ESTUDO TRANSVERSAL https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2467 <p><strong>Introdução:&nbsp;</strong>Crenças e atitudes estão associadas a incapacidade e intensidade álgica de indivíduos com dor lombar. Devemos investigar tais crenças, não apenas em pessoas com dor lombar, mas também na população geral, dadas as taxas altas de prevalência ao longo da vida para esta condição de saúde, e entendendo o potencial papel da comunidade na redução da incapacidade relacionada à mesma.&nbsp;<strong>Objetivos:&nbsp;</strong>Identificar as crenças e atitudes sobre dor lombar de indivíduos residentes no Brasil; investigar se características sociodemográficas podem estar associadas com as crenças.&nbsp;<strong>Métodos:&nbsp;</strong>Este é um estudo observacional secundário a um Ensaio Controlado Randomizado registrado no The Brazilian Registry of Clinical Trials - ReBEC (RBR-10kpgx78). Foram incluídos residentes brasileiros de 18 anos ou mais, com ou sem dor lombar, com proficiência adequada no português brasileiro, entre 16 de dezembro de 2022 e 15 de maio de 2023. O recrutamento utilizou estratégias digitais, audiovisuais e de abordagem direta de potenciais participantes. A survey foi desenvolvida e hospedada no Research Electronic Data Capture - REDCap. Os participantes responderam a questões de caracterização sociodemográfica (idade, sexo biológico, estado civil, nível de instrução, renda familiar), incluindo o nível de letramento em saúde eletrônico na versão brasileira do The eHealth Literacy Scale - eHEALS (8-40 pontos). O desfecho primário foram as crenças e atitudes sobre dor lombar utilizando a versão brasileira do Back Pain Attitudes Questionnaire - BackPAQ-Br 34 itens (-68 a 68 pontos). Analisamos a associação entre as medidas do questionário e variáveis sociodemográficas por meio de modelo de regressão linear.&nbsp;<strong>Resultados:&nbsp;</strong>Participaram 275 brasileiros com idade média de 37,6 (±12,4) anos, sendo a maioria do sexo feminino (75%), casados ou vivendo em união (54%), com nível superior completo (72%), e renda familiar de mais de 4 a 20 salários mínimos (47%). A média total da pontuação do BackPAQ-br foi de -10,2 (±15) pontos. Idade, letramento em saúde eletrônico e renda familiar apresentaram associação com crenças e atitudes sobre dor lombar. Neste modelo, as crenças positivas sobre dor lombar foram associadas a níveis de letramento em saúde eletrônico (?=0,297; 95% IC=0,182 - 0,413) e inversamente à idade (?=-0,139; 95% IC=-0,262 - -0,016) e renda familiar (até 2 salários mínimos, ?=-0,375; 95% IC=-0,698 - -0,052).&nbsp;<strong>Conclusão:&nbsp;</strong>Em média, brasileiros têm crenças e atitudes negativas sobre dor lombar, e variáveis sociodemográficas estão associadas às crenças avaliadas. Para promover informação a respeito da condição para a comunidade brasileira, recomendamos desenvolver estratégias educativas considerando faixa etária, nível de letramento em saúde eletrônico, e renda familiar. Tais alcances podem potencializar o desenvolvimento de crenças e atitudes positivas sobre dor lombar e contribuir para a diminuição do peso dessa condição de saúde em pessoas que vivem no Brasil.</p> VIVIANE ROCHA CELEDONIO, ANA CARLA LIMA NUNES, FABIANNA RESENDE DE JESUS MORALEIDA Copyright (c) 2025 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2467 Wed, 08 Jan 2025 00:00:00 -0300 AVALIAÇÃO FUNCIONAL DAS ARTICULAÇÕES DOS MEMBROS INFERIORES DE ATLETAS AMADORES DO TIME DE FUTEBOL AMERICANO TUBARÕES DO CERRADO https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2391 <p>Introdução: O futebol americano é um esporte que surgiu a partir do rugby e do futebol de campo, porém com regras e jogadas próprias. É um dos esportes que traz riscos de lesões, especialmente de membros inferiores, uma vez que, há deslocamento em direções diversas e a velocidade de arranque. Embora seja um fator importante, o risco de lesão não é amplamente explorado em atletas amadores do futebol americano. Sabe-se que uma lesão pode afastar definitivamente um atleta da prática esportiva, de modo que a avaliação funcional se torna importante, pois pode servir como um preditor de lesões articulares, que pode ajudar a prevenir a ocorrência de novas lesões. Times amadores, trabalham com equipe e orçamento reduzidos, e assim, a utilização de avaliações de baixo custo e de fácil aplicação, viabilizam a quantificação e padronização de dados funcionais dos atletas. Objetivo: Aplicar testes funcionais das articulações dos membros inferiores de atletas amadores do time de futebol americano Tubarões do Cerrado. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, onde foi utilizado o “hop test” nas avaliações do “6 meters timed, triple hop and single hop”, “Y test” para avaliar assimetria dos membros e mapeamento do perfil dos atletas. Resultados e Discussão: Foram avaliados 8 atletas amadores do time de futebol americano, média de idade 28 anos, altura e massa corporal média 1,80m e 92 kg respectivamente; sem comorbidades associadas; Tempo de atividade física na semana; 9 horas. O “Y test” mostrou em 6 dos 8 atletas, parâmetros de assimetria menor do que 4 cm, resultado este dentro do esperado para o teste. Hop test mostrou de valores nos “6m timed” (média esquerda 2,27s e média direita 2,12s) e com média dos valores abaixo do parâmetro para “single hop” (média esquerda 1,43m e média direita 1,40) e “triple hop” (média esquerda 4,69m e média direita 4,53m). Esses resultados indicam alterações menores do que aos encontrados por estudos prévios na literatura em atletas do “high school” e “college” de futebol americano. Conclusão: A avaliação funcional das articulações dos membros inferiores de atletas amadores de futebol americano do time tubarões do cerrado revelou média abaixo dos parâmetros para preditores do hop test para lesões de membros inferiores.</p> ALINE ARAUJO DO CARMO, LUMMA ALMEIDA OLIVEIRA, RITA CRISTINE BARBOZA PATRÍCIO, ANDREA DA SILVA NORONHA, GABRIEL TOURINO MAFRA, GABRIELLE BRITO VIANA, RAQUEL SANTANA BERNARDES, OSMAIR GOMES DE MACEDO Copyright (c) 2024 https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2391 Sat, 16 Sep 2023 00:00:00 -0300