INFLUÊNCIA DA PRÁTICA DE PILATES NA CAPACIDADE FUNCIONAL CARDIORRESPIRATÓRIA EM MULHERES IDOSAS
Abstract
INTRODUÇÃO: O declínio físico relacionado à idade e a perda da capacidade cardiorrespiratória estão frequentemente relacionados à perda de massa muscular (sarcopenia) e a mobilidade reduzida. Durante o envelhecimento há redução da capacidade aeróbica, por isso, intervenções que proporcionam sua manutenção são benéficas nesta fase da vida. O método Pilates pode contribuir para a melhora da capacidade funcional em idosos. OBJETIVO: Avaliar a efetividade do Método Pilates sobre a capacidade funcional cardiorrespiratória em mulheres idosas. MÉTODOS: Estudo do tipo Quasi-experimental com comparação de grupos pré (P) e pós intervenção (PI), com amostra por conveniência composta por 20 mulheres idosas. Elas foram avaliadas antes e depois das intervenções através da anamnese, testes e escalas: Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ), Teste de Caminhada de 6 Minutos (TC6), teste de força de Preensão Manual (FPM), Teste de sentar e alcançar (TSA), Timed Up and Go Test (TUG), Teste de Elevação do Calcanhar (TEC) e Escala de Atividade Instrumentais de Vida Diárias de Lawton e Brody (EAIVD). As pacientes realizaram 16 sessões individuais, de um mesmo protocolo contendo 23 exercícios de Pilates distribuídos entre os aparelhos Chair, Cadillac, Reformer e Ladder Barrel, sob a supervisão de uma fisioterapeuta treinada. As sessões ocorreram 2 vezes por semana, com 60 minutos cada. Os resultados foram expressos como média, desvio padrão, frequência relativa e absoluta. Foi utilizado o teste de normalidade Shapiro Wilk Test e Testes t Student. Valores de p<0,05 foram considerados significantes. RESULTADOS: A maior parte das 20 idosas participantes da pesquisa eram pardas, divorciadas e possuíam ensino médio completo. Elas tinham média de idade de 62,4 (±2,04) anos. Não houve diferença no IPAQ (P= 2,20±0,61; PI=2,35±0.87), TC6 (P= 496,2±33,32 m; PI=487,3±54,14 m), TSAD (P= 4,20±5,58 cm; PI=6,15±5,86 cm), TSAE (P= 3,37±5,36 cm; PI=6,20±6,17 cm), FPMD (P= 24,10±4,03 Kg/f; PI=24,75±4,10 K/f), FPME (P= 23,80±6,44 K/f; PI=24,63±5,60 K/f), TUG (P= 7,74±1,16 s; PI=7,72±0,94 s) e TEC (P= 50,55±47,16; PI=45,25±37,25). Entretanto, houve diferença significativa na EAIVD após o Método Pilates (P= 19,80±11,39; PI=20,65±0,67, p<0,05). CONCLUSÃO: O Método Pilates melhorou o desempenho nas atividades de vida diárias percebido pelas participantes do estudo em oito semanas de atendimento, independente da melhora isolada das funções musculoesqueléticas mensuradas pela força de preensão palmar e outros testes físicos.