MEDIDA CLÍNICA DA RIGIDEZ PASSIVA DE TORNOZELO DETECTA DIFERENÇA ENTRE INDIVÍDUOS SEDENTÁRIOS E PRATICANTES DE MUSCULAÇÃO

Autores/as

  • Marcela Tamiasso Vieira Universidade Federal de Minas Gerais
  • Bernardo Martins Soares Universidade Federal de Minas Gerais
  • Isabel Pires da Silva Gomes Universidade Federal de Minas Gerais
  • Sarah Gouvêa Favero Universidade Federal de Minas Gerais
  • Paula Lanna Pereira da Silva University of Connecticut
  • Juliana de Melo Ocarino Universidade Federal de Minas Gerais

Resumen

Introdução: A pratica regular de treinamento resistido, como por exemplo a musculação, promove modificações das propriedades teciduais intrínsecas relacionadas a níveis aumentados de rigidez articular passiva. Uma medida clínica da rigidez passiva do tornozelo (RPT) capaz de detectar diferença entre indivíduos que praticam ou não treinamento resistido, pode melhor embasar a sua utilização na pratica clínica. Objetivo: Verificar se a medida clínica de avaliação da RPT, “posição de primeira resistência detectavel”, é capaz de detectar diferença na rigidez entre indivíduos sedentarios e praticantes de musculação. Metodologia: Foi realizado um estudo quantitativo observacional transversal. Comparou-se 2 grupos, de 36 indivíduos saudaveis cada, com médias de idade de 24±4 anos, estatura de 1,70±0,09m, massa corporal de 66,22±12,77Kg e índice de massa corporal de 22,66±2,96Kg/m². O grupo ativo consistiu de praticantes regulares de musculação ha 6 meses ou mais, que poderiam ou não também praticar outro tipo de atividade física/esportiva. O grupo sedentario não poderia praticar nenhum tipo de atividade física nos últimos 6 meses. A RPT foi avaliada por meio de uma medida clínica, durante a qual o voluntario permaneceu em decúbito ventral com a musculatura do membro inferior testado relaxada. Foi colocado sobre o antepé um peso e o ângulo assumido pelo tornozelo foi mensurado de forma padronizada através de um goniometro universal. Quanto menor a angulação obtida, maior a rigidez passiva dos tecidos que resistem à dorsiflexão. Os dados utilizados neste estudo compõe o banco de dados de um trabalho de mestrado aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição de ensino superior, sob o parecer CAAE - 02005012.6.0000.5149. Resultados: A média (desvio padrão) dos valores angulares da medida de RPT para os lados dominante e não dominante, foi respectivamente: 9,27° (7,19°) e 7,58° (6,91°) para o grupo ativo, e 13,73° (6,92°) e 13,91° (6,70°) para o grupo sedentario. A analise estatística utilizou o teste t de Student, identificando diferença significativa entre os grupos (p=0,009 para o tornozelo dominante e p<0,0001 para o não dominante). Conclusão: A medida de RPT foi capaz de detectar diferença no nível de rigidez entre indivíduos praticantes de musculação e sedentarios. Os que praticam musculação apresentaram menores valores angulares, ou seja, maior nível de RPT. Os resultados suportam o uso da medida na pratica clínica com a finalidade proposta no estudo.

Publicado

2017-08-17

Cómo citar

Vieira, M. T., Soares, B. M., Gomes, I. P. da S., Favero, S. G., Silva, P. L. P. da, & Ocarino, J. de M. (2017). MEDIDA CLÍNICA DA RIGIDEZ PASSIVA DE TORNOZELO DETECTA DIFERENÇA ENTRE INDIVÍDUOS SEDENTÁRIOS E PRATICANTES DE MUSCULAÇÃO. Anais Do Congresso Brasileiro Da Associação Brasileira De Fisioterapia Traumato-Ortopédica - ABRAFITO, 2(1). Recuperado a partir de https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2017