PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS AO ENCAMINHAMENTO PARA O SERVIÇO DE FISIOTERAPIA APÓS A ALTA HOSPITALAR DE FRATURADOS POR TRAUMA DE TRÂNSITO

Autores/as

  • Bruna de Magalhães Rombaldi Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
  • Paula Rodrigues Eberhardt Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
  • Dayen Chaiere Seitenfus Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
  • Airton José Rombaldi Universidade Federal de Pelotas
  • Marcelo Faria Silva Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre

Resumen

Introdução: Segundo a Organização Mundial da Saúde, entre 20-50 milhões de pessoas sofrem lesões incapacitantes decorrentes de acidentes de trânsito (AT) a cada ano. Para o pleno restabelecimento funcional dos acidentados, se faz necessaria atenção integral; entretanto, no Brasil, inexistem estudos que verifiquem o encaminhamento para fisioterapia após a alta hospitalar em indivíduos acidentados. Objetivos: Verificar a prevalência e fatores associados de encaminhamento para o serviço de fisioterapia após a alta hospitalar de fraturados em decorrência de AT. Metodologia: O estudo foi realizado em hospital público de referência e apresentou delineamento transversal, sendo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob o parecer 1.196.61. A coleta foi estruturada em dois momentos: a) foi realizada entrevista com os acidentados internados, sendo coletadas variaveis socioeconomicas, relativas ao momento do acidente, à lesão e ao momento de internação hospitalar; b) um mês após a alta hospitalar uma segunda entrevista foi realizada por telefone, sendo verificado o acesso à fisioterapia após a alta hospitalar. Utilizou-se analise descritiva e de associação. Na analise bruta utilizaram-se os testes Qui-quadrado de Pearson e de tendência linear, na ajustada utilizou-se Regressão de Poisson. O nível de significância considerado foi de p<0,05. Resultados: Observou-se que, dentre os 150 indivíduos entrevistados, 83,3% eram do sexo masculino. A maioria tinha entre 18-43 anos (70,7%) e aproximadamente 70% era motociclista. Na entrevista realizada por telefone, 136 acidentados foram incluídos, verificando-se que apenas 19,1% foram encaminhados para fisioterapia após a alta hospitalar e, efetivamente 9,6% tiveram acesso ao serviço; entretanto, menos da metade realizou fisioterapia através do Sistema Único de Saúde. Os resultados ainda apontaram que os motociclistas apresentaram 52% menor probabilidade de serem encaminhados para a fisioterapia após a alta hospitalar (p=0,03) e conforme foi aumentando o período de internação hospitalar aumentou a probabilidade de encaminhamento para o serviço após a alta (p=0,02). Conclusão: Um a cada cinco acidentados foi encaminhado para a fisioterapia e, efetivamente, um décimo dos acidentados fraturados teve acesso. Adicionalmente, o encaminhamento esteve positivamente associado ao período de internação hospitalar e aos não motociclistas.

Publicado

2017-08-17

Cómo citar

Rombaldi, B. de M., Eberhardt, P. R., Seitenfus, D. C., Rombaldi, A. J., & Silva, M. F. (2017). PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS AO ENCAMINHAMENTO PARA O SERVIÇO DE FISIOTERAPIA APÓS A ALTA HOSPITALAR DE FRATURADOS POR TRAUMA DE TRÂNSITO. Anais Do Congresso Brasileiro Da Associação Brasileira De Fisioterapia Traumato-Ortopédica - ABRAFITO, 2(1). Recuperado a partir de https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2051