RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE EXPLANAÇÃO DE INTENSIDADE DE DOR EM INDIVÍDUOS COM PARKINSON
Resumen
Introdução: Doença de Parkinson é uma condição crônica e progressiva que afeta o sistema nervoso central. Os sintomas motores típicos incluem bradicinesia, rigidez muscular, tremor e déficits na marcha e no equilíbrio. No entanto, muitas pessoas com Parkinson enfrentam o desafio adicional da dor musculoesquelética. Embora a dor não seja um sintoma primário e frequentemente pesquisado nessa população, estudos têm mostrado que pacientes com Parkinson podem experimentar algum tipo de dor ao longo da progressão da doença. A presença da dor em indivíduos com Parkinson pode ter um impacto significativo na qualidade de vida, portanto, é crucial que profissionais da saúde estejam cientes dessa relação e considerem a dor como parte integrante do tratamento. Relato de experiência: Sou integrante do projeto de pesquisa desenvolvido pelo Laboratório de Pesquisa em Neurociências da Universidade Federal de Sergipe, em prol de pessoas com Doença de Parkinson. Há um ano, o projeto vem sendo desenvolvido com avaliações e intervenção fisioterapêutica. Embora a dor não seja um sintoma típico e em análise de pesquisa frequente nessa população, é algo que muitos dos nossos pacientes atendidos experimentam e reclamam no nosso cotidiano. Durante a avaliação, verificamos que a maioria dos pacientes apresentavam dor nociceptiva, um apresentava dor neuropática e outro apresentava dor nociplástica. O nosso protocolo de tratamento não visa especificamente o alívio da dor, mas inclui exercícios de mobilização articular, transferências, fortalecimento muscular e equilíbrio. Com o tempo, foram obtidos relatos verbais em um processo de escuta ativa como feedback de alívio de dor após a realização do protocolo, pois notaram uma melhora significativa na redução de regiões com dor e diminuição da intensidade de dor. No entanto, como a doença de Parkinson é uma condição crônica e progressiva, é importante que eles continuem envolvidos em tratamento para manter seus sintomas sob controle. Considerações finais: Como graduanda em fisioterapia e futura fisioterapeuta, é gratificante ouvir dos pacientes relatos de melhoras importantes com o atendimento oferecido e perceber como cuidados adequados podem otimizar a qualidade de vida de pessoas com Parkinson. Assim também, devemos ter um olhar individualizado e humanizado para com os pacientes que nos confiam o cuidado, sem negligenciar a dor relatada pelo indivíduo, independentemente da condição clínica.