BARREIRAS AMBIENTAIS VIVENCIADAS POR INDIVÍDUOS COM ARTRITE REUMATOIDE

Autores/as

  • FERNANDA MOURA VARGAS DIAS Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)
  • LAÍS HERINGER GAMA Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)
  • SAMIRA TATIYAMA MIYAMOTO Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)
  • LUCAS RODRIGUES NASCIMENTO Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)

Resumen

INTRODUÇÃO: A artrite reumatóide (AR) é uma doença autoimune caracterizada por rigidez matinal que pode levar à incapacidade funcional, além de limitações nas atividades de vida diárias e na participação social. A influência dos fatores ambientais como barreiras sobre a participação do indivíduo com AR ainda não é bem estabelecida. OBJETIVO: Identificar como os indivíduos com artrite reumatoide percebem as barreiras ambientais e quais deficiências e fatores pessoais estão associados às barreiras percebidas. MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal, em que foi utilizado o questionário Craig Hospital Inventory of Environmental Factors, versão em português (CHIEF-BR). Os participantes foram recrutados no Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes, Vitória, Brasil (abril/2021 a setembro/2021). Os critérios de inclusão foram: idade ?18 anos; e diagnóstico de AR por pelo menos 3 meses. Os critérios de exclusão foram: ter doença cardiopulmonar grave; sequelas de doenças neurológicas ou ser incapaz de atender ao telefone. A amostra final totalizou 60 participantes. Para análise estatística foi utilizado o teste de normalidade Kolmogorov?Smirnov, correlação de Pearson e Kruskal-Wallis com pos hoc de Dunn’s. Os resultados do CHIEF foram demonstrados como média e desvio padrão, separados como resultados gerais e resultados das subescalas. RESULTADOS: 52 mulheres e 8 homens, com idade média de 57 (DP 13) anos e tempo médio desde o diagnóstico de 12 (DP 7) anos foram avaliados. A maior parte dos indivíduos era casado, empregado em atividade com serviços braçais, com média de dor moderada 6 (DP 2), entretanto relatava não ter fadiga e deformidades. Houve diferença significativa entre as subescalas “serviços e assistência” (5,65±4,61), “estrutura física” (5,47±5,25) e “ trabalho e escola” (5,51±4,82) quando comparado com a subescala “atitude e apoio” (2,47±3,73). Essas mesmas subescalas não foram diferentes da subescala “política” (3,48±3,18). Não foi identificada correlação significante quando foram associadas às deficiências e os fatores pessoais às barreiras percebidas pelos pacientes com AR. CONCLUSÃO: Fatores relacionados à “serviços e assistência”, “estrutura física” e “trabalho e escola” parecem ser percebidos como maiores barreiras na participação de pessoas com AR. Provavelmente porque estes estão mais diretamente relacionados com os fatores ambientais aos quais os indivíduos com AR estão expostos como transporte, estrutura de ruas e poluição. Contudo, não foi possível correlacionar quais deficiências e fatores pessoais estão associados às barreiras percebidas pelos indivíduos com diagnóstico de Artrite reumatóride.

Publicado

2025-01-08

Cómo citar

FERNANDA MOURA VARGAS DIAS, LAÍS HERINGER GAMA, SAMIRA TATIYAMA MIYAMOTO, & LUCAS RODRIGUES NASCIMENTO. (2025). BARREIRAS AMBIENTAIS VIVENCIADAS POR INDIVÍDUOS COM ARTRITE REUMATOIDE. Anais Do Congresso Brasileiro Da Associação Brasileira De Fisioterapia Traumato-Ortopédica - ABRAFITO, 4(1). Recuperado a partir de https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2466