EXERCÍCIOS EM CADEIA FECHADA DE MEMBROS INFERIORES EM AMBIENTE VIRTUAL MELHORA O EQUILÍBRIO DE IDOSOS
Resumen
INTRODUÇÃO: A diminuição de mobilidade e a perda de força muscular, especialmente dos membros inferiores, são fatores inerentes ao processo de envelhecimento fisiológico. A literatura já aponta que o treino dessas variáveis em cadeia cinética fechada otimiza as habilidades funcionais, especialmente a marcha, uma vez que sua execução acontece eminentemente com a ativação muscular e a movimentação dos membros inferiores em cadeia fechada. Para população idosa, propostas terapêuticas lúdicas são mais motivadoras e ampliam a adesão, sendo a realidade virtual uma excelente proposta que vem se destacando com um recurso amplamente utilizado nos processos de prevenção e intervenção dessa população. OBJETIVO: Avaliar o efeito de um treino de mobilidade e força de membros inferiores em cadeia cinética fechada com realidade virtual sobre o equilíbrio de idosos. MÉTODOS: Tratou-se de um estudo experimental (piloto), que teve protocolo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro universitário Cesmac. Foram incluídos idosos de ambos os sexos, sem alteração cognitiva e excluídos aqueles que apresentassem alguma amputação, distúrbios motores e funcionais. A avaliação Inicial foi composta de testes e medidas objetivas de mensuração do equilíbrio e controle postural, onde foram avaliados a mobilidade de membros inferiores, equilíbrio corporal e alcance funcional anterior, através dos testes de TUG, Tinetti e TAF, respectivamente. A intervenção foi realizada com o Nintendo Wii, totalizando vinte sessões, com frequência de duas vezes semanais, durante dez semanas. Para intervenção foi escolhido o pacote de jogos Wii fit Plus, onde foram selecionados os games Footing libre, Hulla Hoop, Slalon Skye, Plataformas e Cabeceos, todos esses realizados em cadeia cinética fechada. Todos os testes realizados na avaliação inicial foram repetidos após vinte sessões. A comparação entre as médias inicial e final dos testes foi realizada por meio do teste “t”, onde adotou-se um valor de alfa igual à 5%. RESULTADOS: Participaram do estudo 15 idosos, dos quais 11 (73,33%) eram do sexo feminino e 4 (26,67%) do sexo masculino. Observou-se que o uso da realidade virtual em cadeia cinética fechada proporcionou melhora para a variável de mobilidade avaliada pelo TUG, com a média pré-intervenção 28,19s (± 7,62) e pós intervenção com média de 24,2s (± 6,88), porém com resultado não significativo pela estatística inferencial (p< 0,06). Já para equilíbrio postural avaliado pelo Tinetti houve melhora estatisticamente significativa (p<0,02), com a média pré intervenção de 18 (± 3) e pós intervenção de 24 (±2,64), bem como para o alcance funcional avaliado pelo TAF (p<0,01), com média pré intervenção de 11,27cm (±6,01) e pós intervenção de 21,42 cm e (±9,99). CONCLUSÃO: O treinamento em cadeia cinética fechada para mobilidade e força de membros inferiores em realidade virtual foi capaz de causar um incremento significativo no controle postural dos idosos participantes da pesquisa.