FORRÓ ADAPTADO PARA O OBJETIVO TERAPÊUTICO MELHORA A FUNÇÃO CARDIORRESPIRATÓRIA E O EQUILÍBRIO EM IDOSOS
Resumen
Introdução: Várias modalidades de atividade física já são validadas pela literatura científica quanto aos seus benefícios em pessoas idosas, sendo a dança uma das mais enfatizadas, uma vez que estimula vários componentes motores, além de seu caráter lúdico e prazeroso. Entre os diversos tipos de dança, o forró destaca-se como uma das modalidades de maior preferência para população idosa, principalmente entre os nordestinos. Algumas modalidades de dança têm sido estudadas em pesquisas que analisam diversos desfechos. No entanto, para o forró, que apresenta particularidades quanto ao ritmo, coreografia e cadência, há um número inferior de estudos. Objetivo: avaliar o efeito de um protocolo adaptado de treinamento funcional através da dança (forró) sobre a função cardiorrespiratória e o equilíbrio dinâmico em idosos. Metodologia: Trata-se de um estudo experimental (piloto), do tipo antes e depois, que teve protocolo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário Cesmac, realizado com Idosos de um Projeto de extensão universitária na cidade de Maceió, Alagoas. Foram incluídos idosos com idade igual ou superior a 60 anos, de ambos os sexos, cognição e capacidade de locomoção preservadas, sendo excluídos aqueles que apresentassem paraplegia, dependentes totais de dispositivos de auxílio a marcha, idosos que apresentam demência e déficit de atenção grave e qualquer alteração ortopédica, reumatológica ou neurológica que impossibilita a deambulação independente. Para avaliar a função cardiorrespiratória foi utilizado o teste de Caminhada de 6 minutos (TC6), enquanto o equilibro dinâmico foi avaliado através do teste Dynamic Gait Index (DGI). Para os dois testes, maiores valores representam melhores desempenho. O protocolo de dança utilizou componentes básicos, como: posturas que aumentem o nível de dificuldade gradualmente e que diminuam a base de suporte; movimentos dinâmicos que desordenam o centro de gravidade. Os participantes executaram 12 sessões, 2 vezes semanais com duração de 50 minutos por sessão. Ao final de toda intervenção os idosos passaram pela mesma bateria avaliativa. Os dados foram analisados mediante estatística descritiva. Resultados: No presente estudo a amostra final foi de 4 idosas. Todas do sexo feminino, com idade média de 75 anos (±10). Na avaliação inicial observou-se uma média de 16 pontos (± 5) para o teste DGI, e 372,2 (± 101) para o teste TC6. Após a realização das 12 sessões foi verificado uma melhora significativa para os mesmos testes, apresentando uma média final de 20,25 (± 4) para o teste DGI e uma média final de 407,3 (± 72) para o teste TC6, evidenciando uma melhora significativa para as funções avaliadas. Conclusão: Os dados apresentados permitem concluir que utilizar um protocolo adaptado de forró melhora a função cardiorrespiratória e equilíbrio de idosos.