ADESÃO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM FIBROMIALGIA JUVENIL A UM PROGRAMA DE TELEREABILITAÇÃO

Autores/as

  • FRANCIELLY AZEVEDO DA SILVA Universidade Federal de Sergipe (UFS)
  • TAINÃ RIBEIRO KLINGER FLORENCIO Universidade Federal de Sergipe (UFS)
  • IZABEL CRYSTINA MOTA GOIS Universidade Federal de Sergipe (UFS)
  • MONIQUE OLIVEIRA DOS SANTOS Universidade Federal de Sergipe (UFS)
  • RIZIANE FERREIRA DA MOTA Universidade Federal de Sergipe (UFS)
  • JOSIMARI MELO DE SANTANA Universidade Federal de Sergipe (UFS)

Resumen

Introdução: O exercício físico é recomendado na fibromialgia juvenil (FMJ) e, se realizado de modo regular, pode contribuir para melhorar dor, funcionalidade e qualidade de vida. Entretanto, barreiras como dificuldade em conciliar com atividades escolares e de acesso a serviços especializados, além de cinesiofobia e crenças, resultam em baixa adesão. Os exercícios ofertados por meio da internet, juntamente com educação em dor, têm sido apontados como estratégia para minimizar essas barreiras. Objetivo: Verificar a adesão de crianças e adolescentes com FMJ a um programa de educação em dor associada a exercícios por telerreabilitação e identificar as dificuldades. Método: Realizou-se um estudo prospectivo, de telerreabilitação, no período de maio de 2022 a maio de 2023. Foram incluídas crianças e adolescentes com idade entre 8 e 18 anos, com diagnóstico de FMJ, que aceitaram participar do programa de reabilitação, e que não tivessem nenhuma contraindicação para realização de exercícios. O programa consistia em dois encontros síncronos por semana, um para realização de exercício e outro para educação em dor, ambos em grupo, durante 8 semanas. Houve orientação para realização de exercícios com base em material digital por duas vezes na semana, de modo assíncrono. Ao final de cada sessão, os participantes deveriam preencher um formulário online de registros da realização do exercício e dificuldades encontradas. A participação em cada sessão síncrona foi registrada em uma planilha. Os dados obtidos foram expressos em percentual (%). Resultados: Participaram do estudo 9 crianças. Todos os participantes finalizaram o programa. Com relação aos exercícios síncronos, 78% dos participantes aderiram a mais de 5 sessões (de um total de 8) e no que se refere aos encontros de educação em dor síncrono, 67% dos participantes aderiram a mais de 5 sessões (de um total de 8). A não adesão foi justificada por 3 participantes, que referiram motivos de dor (3 sessões) e de saúde (4 sessões). Quanto aos exercícios orientados para realização assíncrona, em um total de 16 sessões, 67% dos participantes realizaram os exercícios sendo que, 50% fizeram 2 sessões, 33% fizeram 9 sessões e 17% fizeram 3 sessões. Não houve registros de justificativas para não adesão. Porém, os participantes relataram dificuldade para conciliar os exercícios com a rotina de tarefas escolares. Conclusão: Houve boa adesão das crianças ao programa de tratamento nos momentos síncronos, e as principais causas de ausências foram relacionadas a questões de saúde e presença de dor. Os resultados mostraram baixa adesão aos exercícios de modo assíncrono, o que pode refletir baixa autoeficácia desses indivíduos. Programas de telerreabilitação implementados com a supervisão do profissional de modo síncrono podem ser uma estratégia para realização de exercícios regulares nesta população.

Publicado

2025-01-08

Cómo citar

FRANCIELLY AZEVEDO DA SILVA, TAINÃ RIBEIRO KLINGER FLORENCIO, IZABEL CRYSTINA MOTA GOIS, MONIQUE OLIVEIRA DOS SANTOS, RIZIANE FERREIRA DA MOTA, & JOSIMARI MELO DE SANTANA. (2025). ADESÃO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM FIBROMIALGIA JUVENIL A UM PROGRAMA DE TELEREABILITAÇÃO. Anais Do Congresso Brasileiro Da Associação Brasileira De Fisioterapia Traumato-Ortopédica - ABRAFITO, 4(1). Recuperado a partir de https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2503