O impacto na qualidade de vida em mulheres com Lúpus Eritematoso Sistêmico

Autores/as

  • RAIMUNDA DA SILVA CHAAR NETA Universidade Federal do Amapá (UNIFAP)
  • CAUAN MONTEIRO COSTA Universidade Federal do Amapá (UNIFAP)
  • HELAINY DIAS Universidade Federal do Amapá (UNIFAP)
  • ANDRÉ ALONSO CARDENAS CELIS Universidade Federal do Amapá (UNIFAP)
  • NATALIA CAMARGO RODRIGUES IOSIMUTA Universidade Federal do Amapá (UNIFAP)
  • JULIA LEITE DE SOUZA Universidade Federal do Amapá (UNIFAP)
  • GABRIELA FORO MARINHO CARVALHO Universidade Federal do Amapá (UNIFAP)

Resumen

Introdução: O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença causada por um distúrbio autoimune, crônico e multissistêmico, que geralmente afeta mulheres entre a puberdade e a menopausa, capaz de causar diversas disfunções em vários órgãos, incluindo a pele, sistema nervoso central e articulações. A doença possui sintomas importantes, como dor, fadiga e erupções cutâneas que impactam diretamente na qualidade de vida desses pacientes. Objetivo: Examinar o nível de qualidade de vida nos pacientes com LES. Metodologia: 40 voluntários com LES participaram deste estudo observacional descritivo, aprovado pelo CEP: (3.287.635), recrutados da Associação de Amigos e Pessoas com Lúpus no Amapá (AAPLAP), Macapá-AP. Foram incluídos pessoas com LES, do sexo feminino e residentes dos municípios Macapá e Santana-AP, e excluídos menores de 18 anos, ou que apresentaram Lúpus Eritematoso Cutâneo ou induzido por drogas. Para a avaliação da qualidade de vida foi utilizado o questionário Short Form-36 (SF-36), o qual é um instrumento responsivo, breve, confiável e validado para pessoas com LES. A análise estatística dos dados foi realizada através do software SPSS. Resultados: O questionário SF-36 apresenta os seguintes domínios, capacidade funcional, limitação da saúde física, limitação de problemas emocionais, energia/fadiga, bem-estar emocional, funcionamento social, dor, saúde geral e mudança na saúde. Os voluntários com LES apresentaram para capacidade funcional uma média de 45,4±29,7, com maior predominância em 45%, e na limitação de saúde física uma média de 30±38,9, com maior predominância em 30%, limitação de problemas emocionais (média de 32,5±43), predominante em 32%, e bem-estar emocional (média de 47,4±14,3), com maior predominância em 47,40%, todos os domínios classificados como moderadamente grave. Em relação aos dados sobre energia/fadiga (51,5±14), predominância em 51,50%, e funcionamento social (57,5±28), predominância em 57,50%, os resultados foram classificados como moderados. E para os dados sobre dor (43,1±27), maior predominância em 43,12%, e mudança na saúde (47,6±14,4), com maior predominância em 39,37%, os resultados foram moderadamente graves e ao analisar a qualidade de vida, com maior predominância em 57,62%, foram moderadamente grave. Conclusão: O questionário SF-36 mostrou-se responsivo para analisarmos a relação da qualidade de vida em mulheres com lúpus eritematoso sistêmico, no qual essas pacientes tiveram pontuações mais baixas em todas as dimensões do SF-36, quando comparado aos valores de referência do Medical Outcomes Study, indicando uma piora na qualidade de vida. Dessa forma, o questionário pode contribuir para intervenções mais eficazes para o tratamento de LES.

Publicado

2025-01-08

Cómo citar

RAIMUNDA DA SILVA CHAAR NETA, CAUAN MONTEIRO COSTA, HELAINY DIAS, ANDRÉ ALONSO CARDENAS CELIS, NATALIA CAMARGO RODRIGUES IOSIMUTA, JULIA LEITE DE SOUZA, & GABRIELA FORO MARINHO CARVALHO. (2025). O impacto na qualidade de vida em mulheres com Lúpus Eritematoso Sistêmico. Anais Do Congresso Brasileiro Da Associação Brasileira De Fisioterapia Traumato-Ortopédica - ABRAFITO, 4(1). Recuperado a partir de https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2512