ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA COM FOCO NA MELHORA DE RENDIMENTO ESPORTIVO DE PARATLETA DA MODALIDADE TRACK, CLASSE T44C
Resumo
A anquilose coxo femural (ACF) gera uma perda da mobilidade de uma articulação, a sua deformação e as dores comprometem seriamente a capacidade do indivíduo para a realização das atividades do quotidiano(1). Os corredores com esse tipo de lesão apresentam perda de competividade esportiva e ainda são escassos os estudos que abordam possibilidades terapêuticas. O objetivo desse estudo foi avaliar os efeitos da Fisioterapia sobre a função do quadril e competitividade esportiva de paratleta de corrida ACF. Trata-se de um relato de caso, homem de 39 anos, IMC 22,9kg/m2, volume médio de treino/semana de 26-30 kilometros (km), frequência 3 vezes/semana, duração treino 1 hora e 30 minutos. O atleta apresentava histórico de fratura da cabeça femural. Estudo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa parecer 2.005.880. Para avaliação foram considerados os tempos T0 (baseline) e T1 (pós 20 sessões de Fisioterapia manual). Foram registrados tempo e pace médio na prova de 10 km durante competições oficiais disputadas pelo paratleta. Foram realizados step down, análise cinemática 2D e aplicado questionário algofuncional de Lequesne. Os resultados demonstraram redução das tensões miofasciais e pontos gatilhos, redução do valgo dinâmico durante o teste de step down acompanhada por melhora na simetria dos ombros/ quadris e redução da rotação do tronco. Lequesne (T0=1 Para T1=11,5), tempo para conclusão da prova de 10 km e pace médio (T0=1 hora e 15 minutos/pace=7’50” segundos para T1=58’/pace=5’50”). Em 2018 o atleta foi classificado em segundo lugar no Ranking Nacional. A intervenção fisioterapêutica contribui para melhorar a funcionalidade do quadril e desempenho do paratleta durante competitividade esportiva em provas de 10 km.