SEDESTAÇÃO PROLONGADA E SAÚDE POSTURAL: AVALIÇÃO ERGONÔMICA DE UM AMBIENTE DE TRABALHO
Resumo
Introdução: O avanço tecnológico nos países industrializados, alterou o formato de trabalho, trazendo a necessidade, cada vez maior, de jornadas em escala de tempo e metodologias de trabalho que demandam com maior frequência a postura sentada. A manutenção dessa postura por longos períodos e a má adaptação ergonômica, causa sobrecarga na estrutura osteoarticular, fadiga muscular e comprometimento proprioceptivo, que são riscos emergentes para alterações da circulação sanguínea em membros inferiores, lesões e dores lombares. Objetivo: Avaliar o risco ergonômico apresentado em um ambiente de trabalho que utiliza computadores por longos períodos. Método: O presente trabalho consiste em um estudo transversal, que teve protocolo aprovado pelo Comitê de ética em pesquisa do Centro Universitário Cesmac. A pesquisa foi realizada em secretarias acadêmicas de uma Instituição de ensino, onde procedeu-se com uma avaliação do risco ergonômico ambiental, na qual foi realizado um questionário Checklist para avaliar as condições ergonômicas em postos de trabalho e ambientes informatizados. Neste Checklist o trabalhador expressa sua visão a respeito do local onde exerce sua função, comunicando se sente ou não desconforto ou incômodo, ou tenha algum problema como fadiga, descrevendo sua intensidade e ao mesmo tempo possíveis sugestões de melhoria. Todos os participantes foram contatados pessoalmente pelos pesquisadores, onde foram incluídos trabalhadores de ambos os sexos que fizessem uso de computadores por longos períodos, com idade entre 18 a 59 anos. Foram excluídos trabalhadores aqueles que apresentassem distúrbios físicos e mentais. Os resultados estão expostos em médias e desvio padrão. Resultado: Vinte trabalhadores participaram do estudo. A idade média dos indivíduos da pesquisa foi de 41,8 anos (±9,7). Houve predomínio do sexo feminino e identificou-se alto nível de escolaridade Em geral a situação ergonômica foi considerada ruim (49,53% ± 10,65%), destacando-se o suporte de teclado, apoio para os pés, porta documentos e notebook e acessórios em condição ergonômica de excelente a boa destaca-se o teclado e a acessibilidade. Conclusão: O ambiente avaliado foi considerado ergonomicamente ruim. Esses resultados devem ser analisados dentro de uma perspectiva construtiva, e não punitiva, possibilitando que todos os envolvidos nesses espaços de trabalho possam refletir sobre suas práticas laborais.