Revista Triângulo https://seer.uftm.edu.br/revistaeletronica/index.php/revistatriangulo <p>A <em>Revista Triângulo</em> (ISSN 2175-1609) tem a missão de disseminar o conhecimento científico e incentivar debates acadêmicos nos campos de Fundamentos e das Metodologias Educacionais assim como das Políticas, dos Saberes e Práticas Educativas, da Formação de Professores e da Cultura Digital em interface com a Educação. </p> <p>The <em>Revista Triângulo</em> (ISSN 2175-1609) has the mission to disseminate scientific knowledge and encourage academic debates in the fields of the Fundamentals and Educational Methodologies, as well as the Policies, Knowledge and Educational Practice of Teacher Education Training and of Digital Culture in interface with Education.</p> <p>La <em>Revista Triângulo</em> (ISSN 2175-1609) es un periódico con la misión de difundir el conocimiento científico y fomentar los debates académicos en los campos de Bases y Metodologías Educativas, así como las Políticas, Conocimiento y Práctica Educativa, de la Formación Docente y de la Cultura Digital en la interfaz con la Educación. </p> Universidade Federal do Triângulo Mineiro pt-BR Revista Triângulo 2175-1609 <p>Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos: Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a <a href="http://creativecommons.org/licenses/by/3.0/" target="_new">Licença Creative Commons Attribution </a>que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.</p> Educação Geográfica e Saberes Docentes https://seer.uftm.edu.br/revistaeletronica/index.php/revistatriangulo/article/view/7476 <p>Texto de apresentação do Dossiê</p> Ana Paula Nunes Chaves Raphaela de Toledo Desiderio Copyright (c) 2024 Revista Triângulo https://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0 2024-04-30 2024-04-30 17 1 1 5 10.18554/rt.v17i1.7476 Paisajes corporals, lengua y territories en resistencia https://seer.uftm.edu.br/revistaeletronica/index.php/revistatriangulo/article/view/7349 <p>El Resguardo Emberá Katío del Alto Sinú hace parte del territorio conocido como <em>Nudo de Paramillo</em>, donde nace el río Sinú; este territorio se caracteriza por ser la tercera cuenca hidrográfica más importante del país y es considerada una de las más ricas del mundo, en fertilidad, diversidad de ecosistemas y especies de fauna y flora; esta comunidad ha estado en riesgo de ser aniquilada física y culturalmente a consecuencia del conflicto armado generado en su territorio. En este artículo se analiza el conjunto de paisajes corporales, así como las mapeamientos colectivas corporales realizados por indígenas emberá katío que asumen su cuerpo como un instrumento de creación y conexión con la tierra y su lengua. Las imágenes que se dibujan en el mapa-cuerpo, se convierten así, en símbolos y representaciones de la experiencia, de las respuestas y las emociones del individuo y los modos en que estos se manifiestan en un cuerpo-comunidad. El marco teórico teóricos de esta propuesta transitan por la cartografía como concepto a través de los aportes de Deleuze y Guattari en su trabajo sobre el rizoma, las diversas narrativas paisajísticas centradas en lo visual de Nogué; metodológicamente se procederá desde la etnografía visual crítica. </p> Ernesto Llerena García María Alejandra Taborda Caro Yulisa Maria Páez Copyright (c) 2024 Revista Triângulo https://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0 2024-05-01 2024-05-01 17 1 6 21 10.18554/rt.v17i1.7349 A geografia do povo terena e(m) práticas escolares interculturais https://seer.uftm.edu.br/revistaeletronica/index.php/revistatriangulo/article/view/7285 <p>Neste texto, trazemos parte das reflexões resultantes de uma pesquisa mais ampla que objetivou analisar como a escola tem contribuído, a partir de práticas interculturais, para a reafirmação e fortalecimento da geografia do povo Terena. Argumentamos que a escola indígena Terena é atravessada pelo “Jeito de ser Terena” que os diferencia enquanto sujeitos em relação à sociedade ocidental e os identifica enquanto povo. Apresentamos e analisamos algumas atividades desenvolvidas por estudantes e professores das escolas indígenas das aldeias Aldeinha, Bananal e Brejão, localizadas em Mato Grosso do Sul que manifestam compreensões dos Terena referentes às cosmologias, temporalidades e espacialidades, as quais constituem a geografia desse povo. Essa geografia é expressa em sua forma de organização espacial e na temporalidade que atravessa o ensino de diferentes disciplinas nas escolas, por meio de práticas, abordagens de ensino, ressignificação dos conteúdos, além dos saberes tradicionais que estão presentes em todo o ensino e na organização das escolas. Concluímos que nas relações entre a escola e o Jeito de Ser Terena, reafirma-se uma geografia Terena, presente nas ações e temporalidades da instituição escolar.</p> <p> </p> <p><strong> </strong></p> Francieli de Oliveira Meira Flaviana Gasparotti Nunes Copyright (c) 2024 Revista Triângulo https://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0 2024-05-01 2024-05-01 17 1 22 38 10.18554/rt.v17i1.7285 As geografias em Torto Arado e as aproximações com a formação de professoras e professores https://seer.uftm.edu.br/revistaeletronica/index.php/revistatriangulo/article/view/7388 <p>O livro “Torto Arado” de Itamar Vieira Júnior, publicado em 2019, é o objeto de estudo desta pesquisa, assim como a formação de professores e professoras de geografia e o uso das diferentes linguagens na educação geográfica. A pesquisa visou investigar as geografias presentes no livro, e estimular a aplicação da Lei 10.639/2003 pela presença de aspectos culturais afro-brasileiras no romance. Nos aproximamos de autoras como Djamila Ribeiro e Sueli Carneiro para refletir sobre as potencialidades do "letramento racial" na educação geográfica, e a discussão sobre o conceito de lugar em Y-Fu Tuan. Com esse intuito houve a organização, realização e análise de uma oficina pedagógica com estudantes do Curso de Geografia da UUUU. Na oficina utilizamos trechos do romance, imagens da tese de doutorado de Itamar Vieira Junior, e da artista Linoca Souza, bem como técnicas de produção de gravuras no intuito de mobilizar as "imaginações geográficas" à luz do pensamento de Doreen Massey. Com essa pesquisa buscou-se evidenciar a produção de escritores, escritoras e artistas pretas(os) e introduzir a cultura afro-brasileira na formação de educadoras e educadores dentro universidade com reflexos para a docência nas escolas, potencializando outras miradas para educação geográfica neste encontro com a literatura e a arte.</p> Luan Perretto de Andrade Karina Rousseng Dal Pont Copyright (c) 2024 Revista Triângulo https://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0 2024-04-30 2024-04-30 17 1 39 58 10.18554/rt.v17i1.7388 Didática multicultural, geografia humanística e linguagem https://seer.uftm.edu.br/revistaeletronica/index.php/revistatriangulo/article/view/7312 <p>A partir de 1995, no Brasil, desenvolveu-se uma Didática Multicultural desde a área de Educação. No ensino, independente da raça, cultura, classe social ou língua, todos os estudantes devem vivenciar iguais chances de sucesso escolar. Além disso, outros temas negligenciados pela Didática Geral emergem, como o uso da linguagem. O objetivo é analisar a incorporação desse movimento pedagógico multicultural e linguístico nas discussões sobre Didática da Geografia, na perspectiva da educação geográfica humanística-cultural. Para tanto, revisa-se a literatura que aborda diretamente a temática, tendo por fonte as diferentes bases de dados. Complementarmente, preferem-se periódicos com escopo no ensino de Geografia. A análise dos materiais indica a não incorporação teórica dos estudos multiculturais em educação na discussão sobre Didática da Geografia. Da mesma forma, a linguagem aparece como meio de expressão ou de representação pelo cinema, pela música e pelas artes. Espera-se, assim, contribuir para a consolidação da Didática da Geografia como um campo sistematizado no Brasil. Ao mesmo tempo, propõem-se alguns encaminhamentos para uma Didática Humanística-Cultural em Geografia mediada pelo mundo da vida, partilhado intersubjetivamente pelos desiguais e pelos diferentes, e a linguagem em sua função comunicativa de gerar entendimentos entre as pessoas.</p> Rosalvo Nobre Carneiro Copyright (c) 2024 Revista Triângulo https://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0 2024-05-01 2024-05-01 17 1 59 76 10.18554/rt.v17i1.7312 Educação geográfica e acolhimento na Educação de Jovens, Adultos e Idosos (EJA) https://seer.uftm.edu.br/revistaeletronica/index.php/revistatriangulo/article/view/7347 <p>Educação de Jovens, Adultos e Idosos (EJA) é uma modalidade responsável pela educação de sujeitos que não tiveram acesso à escola na idade convencionada ou que, por diversos motivos, interromperam os estudos. Ao retornarem à escola, os aspectos sociais, culturais e econômicos dos alunos, juntamente com suas histórias de vida e experiências, devem ser considerados na abordagem pedagógica da EJA, especialmente levando em conta a condição de estudante trabalhador. Partindo dessas reflexões objetivamos refletir sobre a importância da Educação Geográfica na EJA no reconhecimento e acolhimento dos estudantes e suas trajetórias. A discussão é embasada em uma prática de ensino chamada "Trajetórias Geográficas", implementada na EJA do Núcleo Sul I da Rede Municipal de Educação de Florianópolis/SC. A justificativa para essas reflexões reside na necessidade de conhecer os estudantes, compreender suas trajetórias e experiências de vida, estabelecendo vínculos que incentivem sua permanência na escola e despertem interesse, motivando-os a persistir em seus percursos educacionais. O texto se estrutura a partir de uma pesquisa bibliográfica que aborda a dimensão do acolhimento na EJA, problematizando como a Educação Geográfica pode contribuir para essa discussão. Adicionalmente, são apresentadas reflexões sobre as potencialidades da prática de ensino "Trajetórias Geográficas" no acolhimento e na ampliação das leituras de mundo pelos estudantes.</p> Tamara de Castro Régis Copyright (c) 2024 Revista Triângulo https://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0 2024-05-01 2024-05-01 17 1 77 96 10.18554/rt.v17i1.7347 A casa como território brincante https://seer.uftm.edu.br/revistaeletronica/index.php/revistatriangulo/article/view/7466 <p>O artigo tem como objetivo problematizar as vivências da proposta metodológica Territórios Brincantes, do Núcleo de Educação Infantil Municipal (NEIM) Doralice Teodora Bastos, em Florianópolis, a partir da produção de fotografias e filmagens no período de isolamento social, entre os meses de março a dezembro de 2020. O referencial teórico explora a documentação pedagógica e sua relação com o cinema de arquivo e a produção de imagens, a partir dos trabalhos de Gunilla Dahlberg, Nicholas Andueza, Andréa França e Cezar Migliorin. A pesquisa documental derivou do Projeto Político Pedagógico da unidade; das quatro versões do documento Territórios Brincantes; do Planejamento geral da unidade relativo ao ano de 2020; dos planejamentos e registros das profissionais docentes dos Grupos 4?5 e Grupo 5?6. A análise demonstrou como, pela produção de imagens, as crianças eram mobilizadas a reconhecer o afeto, despertavam o desejo de ver o outro e amenizavam a saudade. Por outro lado, a interligação do registro fotográfico e filmagens com a produção da documentação pedagógica permitiu refletir sobre os Territórios Brincantes, sua intencionalidade de valorizar a relação do espaço com as brincadeiras, a sua execução no período de isolamento social e a interação estabelecida pela produção de imagens.</p> Silvia de Amorim Ana Paula Nunes Chaves Copyright (c) 2024 Revista Triângulo https://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0 2024-04-30 2024-04-30 17 1 97 115 10.18554/rt.v17i1.7466 Previsão do tempo atmosférico e carta sinótica no Brasil https://seer.uftm.edu.br/revistaeletronica/index.php/revistatriangulo/article/view/7346 <p>Objetivamos, neste texto, compreender quando e como se deu a produção e introdução das cartas sinóticas nos jornais brasileiros, tomando como estudo de caso dois jornais de ampla circulação no Brasil: o Jornal do Commercio (RJ) e O Estado de S. Paulo. A finalidade dessas cartas era, além de representar a previsão do tempo atmosférico (ou meteorológico), ensinar à população leitora dos referidos periódicos como decodificá-las. Para tanto, perseguimos, em ambos os periódicos, desde as primeiras enunciações meteorológicas até o advento das cartas sinóticas. A hipótese de trabalho gira em torno do seguinte argumento: destinadas a instituir certa ideia de previsão do tempo atmosférico, tais cartas teriam também como finalidade produzir um duplo efeito no público leitor, qual seja, o de legitimar e, ao mesmo tempo, atribuir credibilidade a uma linguagem agora publicada em dois dos mais importantes jornais do país. Dentre as conclusões destaca-se a construção da crença, por meio de uma linguagem extremamente codificada, na previsão do tempo.</p> Valéria Cazetta Rogério Monteiro de Siqueira Thiago Alves de Lima Copyright (c) 2024 Revista Triângulo https://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0 2024-05-01 2024-05-01 17 1 116 136 10.18554/rt.v17i1.7346 Cartografia https://seer.uftm.edu.br/revistaeletronica/index.php/revistatriangulo/article/view/7403 <p>Este artigo examina a Cartografia além de sua função prática/oficial/acadêmica, explorando sua dimensão como prática social e meio de expressão cultural. Através da análise de diversos tipos de mapas, o texto destaca como eles são construídos, narrados e interpretados dentro de contextos sociais específicos, refletindo as visões de mundo e os valores dos indivíduos e das sociedades que os produzem. O objetivo deste artigo visa analisar como esses diversos documentos cartográficos que chamamos de mapas, contribuem para a construção de narrativas e perspectivas sobre o mundo da vida, enfatizando nossas práticas sociais como a própria espacialização da vida através dos mapas, que molda e é moldada por percepções culturais e sociais. Assim, demonstra-se que os mapas funcionam não apenas como ferramentas de orientação geográfica, mas também como poderosos veículos de expressão, representação e apresentação de uma cosmovisão das práticas cotidianas. Desta forma, argumenta-se que os mapas são documentos vivos, carregados de subjetividade, que narram e reescrevem continuamente as histórias dos espaços que se apresentam como mapas como crônicas. Por fim, defende-se que a Cartografia deve ser vista também como uma forma de linguagem visual que participa ativamente na construção de significados, seja mundos reais ou imaginários, assim como, na negociação de identidades e diferenças, transcendendo sua funcionalidade prática para se tornar um ato de comunicação profundamente humano e socialmente usual.</p> Rodrigo Batista Lobato Copyright (c) 2024 Revista Triângulo https://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0 2024-04-30 2024-04-30 17 1 137 156 10.18554/rt.v17i1.7403 A construção da identidade profissional e os saberes do professor https://seer.uftm.edu.br/revistaeletronica/index.php/revistatriangulo/article/view/7348 <p><span style="font-weight: 400;">O presente artigo objetiva compreender a importância dos professores, com seus saberes, na construção da identidade profissional do docente em formação, por intermédio de um projeto do curso de licenciatura em geografia da Universidade Federal Fluminense - Campos dos Goytacazes denominado “Diálogos Docentes”. Realizado no ano de 2020, contou com a participação de docentes da educação básica e do ensino superior das 5 diferentes regiões do Brasil e de 4 países distintos da América Latina. Aliando discussões teóricas ao ocorrido nos encontros, busca-se compreender o que são os saberes docentes e os saberes experienciais, quais fatores são considerados no processo de construção de saberes, a importância do compartilhamento de experiências e narrativas na construção da identidade e do perfil dos saberes dos docentes em formação inicial, e a construção de suas vozes através das narrativas apresentadas por intermédio do projeto “Diálogos Docentes”. Isto se dá por meio da análise dos encontros e de revisão bibliográfica, centrada nas definições de saberes docentes, identidade profissional e narrativas discutidas principalmente por Azevedo (2004), Nóvoa (1999), (Pimenta (2005) e Tardif (2014), além dos relatos e impressões dos professores idealizadores do projeto, Luigi e Frigério (2020; 2021; 2023) e Frigério e Luigi (2020).</span></p> Patricia Mendes de Abreu Braga Ricardo Luigi Copyright (c) 2024 Revista Triângulo https://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0 2024-05-01 2024-05-01 17 1 157 171 10.18554/rt.v17i1.7348 O clima no ensino de Geografia https://seer.uftm.edu.br/revistaeletronica/index.php/revistatriangulo/article/view/7361 <p>A Climatologia enquanto conteúdo curricular na Geografia escolar possui grande &nbsp;relevância no desenvolvimento de diferentes conhecimentos geográficos. O presente&nbsp; trabalho apresenta uma proposta de aula para o sexto ano, com uso de diferentes recursos&nbsp; didáticos, visando uma aprendizagem significativa. Para tanto, foi elaborado e aplicado um plano de aula envolvendo 3 práticas pedagógicas distintas. A aula envolveu exposição do conteúdo, atividades em grupo, apresentação de conceitos com uso de recursos didáticos e exercícios de fixação. A primeira atividade fez uso de imagens apresentadas para abordar o conceito de tempo e&nbsp; de clima, bem como a influência de cada um destes no cotidiano e facilitou o diálogo com&nbsp; os alunos, valorizando o conhecimento prévio dos mesmos. A segunda atividade, sobre&nbsp; camadas da atmosfera, aprofundou o conteúdo e manteve os alunos interessados e&nbsp; participativos na aula com o uso de colagem manual. A terceira atividade com o uso de&nbsp; uma esponja apresentou, de forma lúdica, os diferentes tipos de chuva, contribuindo com&nbsp; a compreensão dos discentes acerca deste fenômeno meteorológico. Os resultados obtidos&nbsp; nesta pesquisa evidenciam que o uso de diferentes práticas pedagógicas associadas a materiais e recursos didáticos são fundamentais para promover o aperfeiçoamento no&nbsp; processo de ensino e aprendizagem acerca de temas da Climatologia.</p> Luana Rodrigues de Lucêna Maria Carla Martins Copyright (c) 2024 Revista Triângulo https://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0 2024-05-01 2024-05-01 17 1 172 189 10.18554/rt.v17i1.7361 Jogo analógico Dominó Geográfico https://seer.uftm.edu.br/revistaeletronica/index.php/revistatriangulo/article/view/7304 <p>Este trabalho apresenta resultados da pesquisa “Eu jogo, tu jogas e juntos aprendemos: abordagens do conceito de lugar na EJA”, vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Estudos Territoriais, da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), cujo objetivo foi o de compreender as contribuições dos jogos analógicos para a apreensão do conceito de lugar no ensino de Geografia na modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA), Ensino Fundamental II, do Colégio Municipal Arionete Guimarães Sousa (COMAGS), em Serrolândia-BA. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, tendo a pesquisa-ação como forma de investigação, pautado na elaboração do jogo Dominó Geográfico: setores da economia de Serrolândia, cujo uso ocorreu em três turmas de EJA do COMAGS e as análises dos dados e informações coletados por meio de questionários com os estudantes colaboradores possibilitaram averiguar os benefícios deste dispositivo-didático-pedagógico para a compreensão temas geográficos ancorados nos elementos econômicos do lugar de vivência dos sujeitos. Os resultados apontam que, com o uso do Dominó Geográfico, foi possível a compreensão do conteúdo de forma prazerosa, independentemente da faixa etária. Evidenciou-se, também, que a abordagem geográfica, a partir do conceito de lugar, possibilitou uma melhor compreensão da realidade, visto que dialoga com o cotidiano dos sujeitos aprendentes.</p> Adelvan Ferreira Santos Simone Ribeiro Santos Copyright (c) 2024 Revista Triângulo https://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0 2024-05-01 2024-05-01 17 1 190 208 10.18554/rt.v17i1.7304 Corpo território, território corpo https://seer.uftm.edu.br/revistaeletronica/index.php/revistatriangulo/article/view/7362 <p><span style="font-weight: 400;">Este artigo nasce de um projeto de pesquisa que vem buscando conectar e explorar saberes que articulam o corpo e o território na educação geográfica. O contexto da pesquisa envolve a formação de professores de geografia e de educação física através de um projeto interdisciplinar vinculado ao Programa Residência Pedagógica, da CAPES. O método da pesquisa funda-se na perspectiva de que estes saberes não estão prontos e as conexões entre eles não são dadas de antemão e, portanto, faz-se necessário criar dispositivos capazes de ativar, movimentar, irromper o pensamento e o corpo para produzi-los. É certo que os currículos escolares e universitários, bem como os textos científicos e pedagógicos da geografia e da educação física, abordam e estabelecem relações entre o corpo e o território no âmbito educacional e para além dele. Entretanto, parece haver ainda um amplo campo de experiências e saberes a serem mobilizados na educação geográfica a partir do entendimento do corpo como um território e do território como um corpo. Sendo assim, o artigo em questão visa aprofundar o pensamento sobre estas relações e possíveis encontros, tendo como dispositivo alguns mapeamentos criados pelos licenciandos que participam do projeto. </span></p> Wander Guilherme Rocha Carvalho Tânia Seneme do Canto Copyright (c) 2024 Revista Triângulo https://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0 2024-05-01 2024-05-01 17 1 209 222 10.18554/rt.v17i1.7362 Paisagens, percepções e composições para outros processos de formação https://seer.uftm.edu.br/revistaeletronica/index.php/revistatriangulo/article/view/7325 <p>O que percebemos ao nosso redor e como o percebemos? O que está para além daquilo que enxergamos? Como revelar outras paisagens na paisagem? Essas questões motivaram a elaboração de uma oficina no Programa de Educação Ambiental do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro. A oficina Paisagens, percepções e composições buscou pôr à mostra paisagens percebidas, lembradas e imaginadas, misturando memória e afetividade com a força dos pigmentos naturais das plantas e da terra. Na tentativa de afastar se de uma educação dada a priori, a intenção foi produzir uma ruptura, para ultrapassar a linha de uma educação ambiental institucionalizada tida como garantia de conscientização para a conservação da natureza, para, na sequência, pensá-la por outras vias. No trabalho com essa oficina investimos em uma experimentação com a educação ambiental tornando-a inventiva. Como inventiva consideramos uma educação que está implicada com uma poética e uma política das sutilezas para que então pudéssemos imaginar outras naturezas, outras paisagens, outras formas de relação e proteção e por sua vez de percepção no espaço de uma Unidade de Conservação.</p> Juliana Roemers Moacyr Adriana Guardiola Lunardi Ana Maria Hoepers Preve Copyright (c) 2024 Revista Triângulo https://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0 2024-05-01 2024-05-01 17 1 223 240 10.18554/rt.v17i1.7325 A experimentação audiovisual como modo de capturar corporeidades https://seer.uftm.edu.br/revistaeletronica/index.php/revistatriangulo/article/view/7353 <p>Ao compreender experimentação audiovisual como uma expressão artística em que se aposta em testar técnicas, formas e modos na condução de um processo fílmico, capturamos corporeidades produzidas pela vivência da docência em Geografia durante o Ensino Remoto Emergencial (ERE) que se estabeleceu pela pandemia da Covid-19. Tendo como direção metodológica a cartografia de Deleuze e Guattari na investigação dos caminhos da criação, identificamos marcadores dos descolamentos do fazer docente durante o contexto pandêmico e examinamos linhas de composições. Dado que as possibilidades de fazer experiências do cinema com o viés de quem pensa e faz educação tem suas potencialidades, exploramos territórios, unimos pistas e aproximamos fronteiras. Inspiradas em modos de cine-geografar capturamos, a partir de linhas de fuga, nuances do cotidiano de uma professora de Geografia, em seu corpo-múltiplo em experenciação com novas formas de se docenciar que emergiram durante a pandemia.</p> Juliana Carvalho Ivaine Maria Tonini Raphaela de Toledo Desiderio Copyright (c) 2024 Revista Triângulo https://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0 2024-05-01 2024-05-01 17 1 241 260 10.18554/rt.v17i1.7353 Kenoma e o processo de escrita cartográfica https://seer.uftm.edu.br/revistaeletronica/index.php/revistatriangulo/article/view/7320 <p>O presente artigo, construído como um roteiro para cinema, explora as possibilidades de escrita cartográfica baseadas na experiência da qualificação de mestrado sobre o ser-professor de Geografia, apresentadas pelo autor deste artigo e orientadas pelo seu co-autor, elaboradas na forma de um diário. O cinema foi o primeiro intercessor deste processo de escrita. A palavra Kenoma tem sua origem no grego arcaico <em>Kénosis</em>, que se refere ao processo de esvaziamento e é o título do filme Kenoma, dirigido por Eliane Caffé e roteirizado por Luiz Alberto de Abreu, dramaturgo cujo processo de pesquisa e criação é atravessado pelo questionamento do narrador na atualidade, em diálogo com a análise do narrador realizada por Walter Benjamin, na Alemanha dos anos 30. Segundo Abreu, o narrador do período pré-industrial perdeu sua função e na atualidade este narrador está sempre a recomeçar. Se por um lado, os diários apresentados na qualificação narram as emoções de um professor em processo de esvaziamento, o argumento aqui apresentado apropria-se do narrador machadiano de Memórias Póstumas de Brás Cubas para explorar os movimentos de eterno recomeçar do ser professor na atualidade.</p> Gilberto de Carvalho Soares Wenceslao Machado de Oliveira Junior Copyright (c) 2024 Revista Triângulo https://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0 2024-05-01 2024-05-01 17 1 261 279 10.18554/rt.v17i1.7320 Elaboração de folders digitais para a divulgação científica sobre o uso de Bacillus no controle biológico https://seer.uftm.edu.br/revistaeletronica/index.php/revistatriangulo/article/view/7307 <p class="western" style="line-height: 100%; orphans: 0; widows: 0; text-indent: 0cm;" align="justify"><span style="font-size: small;">O controle biológico tem ganhado cada vez mais visibilidade como alternativa sustentável aos agrotóxicos. Este trabalho visava elaborar e divulgar folders digitais educativos sobre as potencialidades das bactérias do gênero Bacillus como agentes de controle biológico. Para tanto foram produzidos, a partir de pesquisa bibliográfica, quatro textos, que foram editados e diagramados no formato de folder e publicados com periodicidade quinzenal em um perfil do Instagram criado para esta finalidade. O folder é um gênero textual que favorece o interesse dos alunos pela língua, pois utiliza linguagem acessível facilitando a comunicação efetiva entre pessoas. A divulgação dos primeiros três folders proporcionou engajamento e discussão acerca dos impactos socioambientais e também questionamentos econômicos quanto ao uso de agrotóxico, o que levou à produção de um quarto folder abordando estes temas. </span><span style="color: #000000;"><span style="font-size: medium;"><span lang="pt-BR">O</span></span></span><span style="font-size: small;"> fôlder digital permitiu versatilidade na produção e apresentação dos temas, com o uso de linguagens e imagens adequadas ao público-alvo, e ampla obtenç</span><span style="color: #000000;"><span style="font-size: small;"><span lang="pt-BR">ão de feedbacks do público a respeito das publicações, seja na forma de comendatários postados pelos leitores ou de dados de acesso a estas disponiblizados pela plataforma</span></span></span><span style="font-size: small;">. Por outro lado, a an</span><span style="color: #000000;"><span style="font-size: small;"><span lang="pt-BR">álise destes dados mostrou</span></span></span><span style="font-size: small;"> que o uso adequado das ferramentas de divulgaç</span><span style="color: #000000;"><span style="font-size: small;"><span lang="pt-BR">ão do material publicado disponibilizadas pelas plataformas é tão importante para atingir o público-alvo quanto a própria qualidade deste material.</span></span></span></p> Marielle Sandrine Rodrigues Rocha Daniella Reis Fernandes Teles Vera Lucia Bonfim Tiburzio Copyright (c) 2024 Revista Triângulo https://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0 2024-05-01 2024-05-01 17 1 280 301 10.18554/rt.v17i1.7307 Cotas para pessoas negras na Educação Superior https://seer.uftm.edu.br/revistaeletronica/index.php/revistatriangulo/article/view/7171 <p>Este trabalho investiga o tratamento dado pelas Casas Legislativas Nacionais ao tema da revisão da Lei de Cotas para ingresso nas Instituições Federais de Educação Superior (Lei 12.711/2012), com ênfase na reserva de vagas para pessoas negras. O objetivo foi dimensionar o posicionamento daqueles que representam os interesses da sociedade brasileira em relação às cotas para a população negra. Com este fim, foi realizado um levantamento dos Projetos de Lei em tramitação, nas ferramentas de busca da Câmara dos Deputados e no Senado Federal, permitindo mapear o seu conteúdo no que tange ao direito à educação superior da população negra. Verificou-se que 31% dos Projetos de Lei analisados restringiam o direito à educação superior dessa população, questionando, negando ou inviabilizando a raça como categoria social. A relação entre raça e desigualdade permanece negada pelos contrários às cotas para pessoas negras.&nbsp;</p> Delton Aparecido Felipe Claudia Guedes Araújo Silva Copyright (c) 2024 Revista Triângulo https://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0 2024-05-01 2024-05-01 17 1 302 319 10.18554/rt.v17i1.7171 Grupo focal on-line no WhatsApp https://seer.uftm.edu.br/revistaeletronica/index.php/revistatriangulo/article/view/7049 <p>O presente artigo busca relatar uma experiência de uso de grupo focal on-line em WhastApp. Tem-se o objetivo de construir mais ampla solidez teórica sobre a utilização e desenvolvimento de tal recurso, dado que trata-se de um método significativo para a construção de dados empíricos em pesquisas de formação de professores. O grupo focal on-line foi construído a partir das dificuldades que se fizeram presentes na imersão no campo de pesquisa. Teve como participantes 19 professores de Matemática atuantes na EJA/EM. Tal recurso metodológico, possibilitou a construção de um espaço interativo, promovendo a socialização entre os pares, o que deu origem a um corpus de análise rico. No grupo, os docentes puderam identificar-se com os outros no que se refere as incertezas e aos desafios da profissão e, a partir disso, reformular suas atitudes e ações, contribuindo para sua formação profissional e para a qualidade do ensino oferecido.</p> Patricia Ferreira Santos Váldina Gonçalves da Costa Copyright (c) 2024 Revista Triângulo https://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0 2024-05-01 2024-05-01 17 1 320 334 10.18554/rt.v17i1.7049 Envelhecimento, respeito e valorização do idoso em livros didáticos de língua portuguesa do novo Ensino Médio https://seer.uftm.edu.br/revistaeletronica/index.php/revistatriangulo/article/view/6790 <p>O artigo investiga coleções didáticas de língua portuguesa do Novo Ensino Médio (NEM), com o intuito de analisar como se constituem discursos sobre o processo de envelhecimento, o respeito e a valorização do idoso. O aparato teórico ancora-se, especialmente, em Michel Foucault acerca de discurso, do enunciado e das relações de saber-poder. Quanto à metodologia, trata-se de um estudo documental, de abordagem qualitativa e análise descritiva-interpretativa. O <em>corpus</em> é formado por duas coleções de livros didáticos da área de linguagens e suas tecnologias, aprovados pelo Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD), edição de 2021. A partir das análises, foi possível constatar que os discursos produzidos partem do âmbito individual para o social e se destinam a valorizar e promover o respeito aos idosos.</p> Lucas de Morais Bezerra Thâmara Soares de Moura Francisco Vieira Vieira da Silva Copyright (c) 2024 Revista Triângulo https://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0 2024-05-01 2024-05-01 17 1 335 354 10.18554/rt.v17i1.6790 Fomento da formação do senso crítico dos alunos do Ensino Médio Integrado por meio do gênero textual charge https://seer.uftm.edu.br/revistaeletronica/index.php/revistatriangulo/article/view/6867 <p>Este artigo apresenta um estado da arte, partindo do seguinte questionamento: A utilização do gênero charge integrada e articulada na prática docente e tem impacto positivo na formação do leitor discursivo-crítico, de forma a promover o pensamento crítico dos alunos? Tem como objetivo elencar os benefícios de se utilizar o gênero textual charge, como recurso didático, no estímulo do senso crítico dos alunos. Os resultados indicaram importantes aspectos que estão inseridos na ideia de senso crítico, dentre eles: a intertextualidade, a contextualização da realidade e a leitura crítica. Conclui-se que os trabalhos analisados demonstraram que a utilização do gênero multimodal charge é benéfica e tem impacto positivo na formação do leitor discursivo-crítico. Além disso, ressaltam a importância de uma abordagem integrada e articulada na prática docente, visando o fortalecimento das habilidades textuais dos estudantes e sua preparação para interagir socialmente por meio de textos em diversos gêneros e contextos sociais.</p> André Luís Rodrigues Costa Hugo Leonardo Pereira Rufino Copyright (c) 2024 Revista Triângulo https://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0 2024-05-01 2024-05-01 17 1 355 374 10.18554/rt.v17i1.6867 A palavra como alicerce para um ensino-aprendizagem de língua portuguesa que favoreça o cumprimento da Lei 10.639/2003 https://seer.uftm.edu.br/revistaeletronica/index.php/revistatriangulo/article/view/7220 <p>Neste artigo, busco refletir acerca da natureza epistemológica e das possibilidades didático-pedagógicas que podem ser oferecidas pela tradição oral negro-africana, com especial ênfase ao valor civilizatório da <em>palavra</em> (LEITE, 1996; HAMPATÉ BÂ, 2010), o qual, do modo como vejo, à luz da pedagogia dos letramentos críticos (KALANTZIS; COPE; PINHEIRO, 2020), pode favorecer, sobremaneira, um ensino-aprendizagem de língua portuguesa (SIGNORINI, 2001; SUASSUNA, 2011) que atenda, o máximo possível, ao que, há duas décadas, determina a lei federal 10.639/2003 (SANTOS, 2005; COELHO; SOARES, 2015) e o que propõem suas diretrizes curriculares (DIRETRIZES, 2004). O texto divide-se em duas seções, na primeira delas, discorro brevemente sobre a referida lei federal e suas diretrizes, bem como acerca de determinados aspectos da (tentativa de) sua implementação. Na segunda seção, apresento, sucintamente, os principais elementos da tradição oral de matriz negro-africana, bem como abordo, do mesmo modo, as dimensões epistemológicas do referido valor civilizatório. Por fim, nas considerações finais, apresento alguns apontamentos didático-pedagógicos.</p> Carlos José Lírio Copyright (c) 2024 Revista Triângulo https://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0 2024-05-01 2024-05-01 17 1 375 388 10.18554/rt.v17i1.7220