O lado sombrio do termo "MADRASTA”: O funcionamento da memória discursiva

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18554/rs.v8i1.3745

Palavras-chave:

Análise do Discurso, Memória discursiva, Contos de Fada, Formação de palavra

Resumo

Este artigo tem como objetivo analisar os sentidos do termo “madrasta”, a fim de descrever o funcionamento da memória discursiva sobre essa figura, que está presente não somente nos contos de fadas, mas também exerce um papel na sociedade. Para tanto, o corpus de análise é constituído de três contos de fadas, cinco reportagens e um manual de instruções para a “boadrasta”. Assim, buscamos, a partir do referencial teórico da Análise do Discurso, desenvolver uma análise da representação das madrastas que são vilãs nesses contos e mostrar que essa representação não aparece somente em contos de fadas, já que esse lado macabro também funciona textos jornalísticos.

Biografia do Autor

Daiane Rodrigues de Oliveira Bitencourt, Universidade Federal do Triângulo Mineiro

Licenciada em Letras. Doutora em Linguística. Mestra em Linguística. Professora voluntária no Departamento de Linguística e Língua Portuguesa da Universidade Federal do Triângulo Mineiro.

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Publicado

2019-07-30

Como Citar

Oliveira Bitencourt, D. R. de. (2019). O lado sombrio do termo "MADRASTA”: O funcionamento da memória discursiva. Revista Do Sell, 8(1), 146–163. https://doi.org/10.18554/rs.v8i1.3745