CONECTIVIDADE CEREBRAL DE INDIVÍDUOS COM DOENÇA FALCIFORME E DOR CRÔNICA

Autores

  • Jamille Evelyn Rodrigues Souza Santana Universidade Federal da Bahia
  • Marjorie Rodrigues Xavier Universidade Federal da Bahia
  • Tiago da Silva Lopes Universidade Federal da Bahia
  • Abrahão Fontes Baptista Universidade Federal da Bahia

Resumo

Introdução: A osteonecrose da cabeça femoral pode ocorrer bilateralmente em aproximadamente 30% dos casos de indivíduos com Doença Falciforme. Uma série de doenças que cursam com dor cronica possuem assinatura cerebral típica, mas não se conhece um padrão característico na dor cronica associada à DF. Objetivo: Investigar como se conectam as regiões cerebrais de indivíduos com DF e dor cronica, secundaria a osteonecrose de quadril, durante tarefa de imagética motora (IM) da mão e do quadril. Método: Foi feito o registro eletroencefalografico (EEG) de 12 indivíduos com DF e 11 indivíduos saudaveis para construção das redes durante tarefa de IM. O protocolo do EEG compreendeu as seguintes etapas: 1) Repouso de olhos fechados (4 min); 2) IM da mão (2 min); 3) IM do quadril (2 min). Durante os três momentos a intensidade da dor foi avaliada através da Escala Visual Analógica (EVA) e também foi avaliada a qualidade da IM do indivíduo, através da escala de imagética cinestésica, que varia de 1 a 5, sendo que 1 representa nenhuma sensação e 5 uma sensação intensa como se tivesse realizado o movimento. A conectividade cerebral foi avaliada através de um modelo de rede funcional cerebral da atividade eletroencefalografica. Resultados: A média  de idade do grupo DF foi de 32,4±8,2 anos, sendo a maioria deles com até 13 anos de estudo e média de dor de 6,75±1,7. A maioria deles apresentavam sintomas psicoafetivos. A qualidade da IM da mão e do quadril foi considerada moderadamente intensa, ao passo que no grupo controle a média de idade foi de 33,5±10,7 anos e a qualidade da IM da mão foi intensa e a do quadril moderadamente intensa. Comparando o grau ponderado dos grupos, não houve diferença entre as regiões cerebrais (p=0.999; ANOVA de medidas repetidas), independente do grupo, nem houve diferença entre os grupos para as etapas do EEG (p=0.791; ANOVA de medidas repetidas). Considerações finais: O grau ponderado não foi capaz de demonstrar diferenças significativas entre as regiões e etapas do EEG, entre os grupos. Talvez este método não seja o melhor para avaliar a conectividade cerebral de indivíduos com doença falciforme e dor cronica.

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Publicado

2017-08-17

Como Citar

Santana, J. E. R. S., Xavier, M. R., Lopes, T. da S., & Baptista, A. F. (2017). CONECTIVIDADE CEREBRAL DE INDIVÍDUOS COM DOENÇA FALCIFORME E DOR CRÔNICA. Anais Do Congresso Brasileiro Da Associação Brasileira De Fisioterapia Traumato-Ortopédica - ABRAFITO, 2(1). Recuperado de https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/1913