ADESÃO IMPORTA: FATORES QUE INTERFEREM NA ADESÃO A UMA INTERVENÇÃO DE CARÁTER BIOPSICOSSOCIAL PARA DOR NAS COSTAS

Autores

  • C. S. N. Cacau Universidade Federal do Ceará - UFC
  • A. C. L. Nunes Universidade Federal do Ceará - UFC
  • J. O. Pereira Universidade Federal do Ceará - UFC
  • A. E. N. Santos Universidade Federal do Ceará - UFC
  • P. M.S. Silva Universidade Federal do Ceará - UFC
  • F. R. J. Moraleida Universidade Federal do Ceará - UFC

Resumo

Objetivo: Identificar e comparar fatores pessoais e de natureza da intervenção que interferem na adesão a tratamento para dor nas costas na atenção primária. Metodologia: Participaram do estudo 58 usuários, ambos os sexos, inseridos em intervenção de caráter biopsicossocial que apresentavam dor nas costas (ÉTICA=1615719/2016). Conforme literatura, coletaram-se informações pré-intervenção: idade; intensidade de dor (END,0-10); prática de exercício físico (sim/não); incapacidade (Roland Morris-Br,0-24) e auto eficácia (escala de auto eficácia). Registrou-se o recebimento ou não de SMS de cunho motivacional durante a intervenção. Realizou-se comparação destes fatores entre participantes que aderiram ou não à intervenção, sendo adesão o término da intervenção proposta. Resultados: Dos 58 usuários 40 (68,96%) aderiram e 18 (37,5%) não aderiram. Os participantes que aderiram e os que não aderiram à intervenção possuíam 54,3 (±12,95) e 41,6 (±14,61) anos; intensidade de dor 5,13 (±2,71) e 6,67 (±1,53); incapacidade 12,5 (±5,90) e 14,77 (±4,96); auto eficácia 184,89 (±60,472) e 180,24 (±56,85), respectivamente. Os participantes que não aderiram possuíam níveis mais elevados de dor pré-intervenção (p=0,028; média de diferença = 1,542 pontos) e média de idade menor (p=0,02; média de diferença = -12,744 pontos). Finalmente, 45% dos participantes que aderiram recebia SMS motivacional, em comparação a 27,7% que não aderiram, mas a diferença não foi significativa. Conclusão: A adesão continua sendo desafiadora e participantes que não aderiram à intervenção eram mais novos e com intensidade de dor maior. Importa investigar estes e outros fatores para entendê-los e detectá-los precocemente, a fim de adaptar as estratégias terapêuticas para os usuários.

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Publicado

2019-05-25