ANÁLISE CINEMÁTICA DE CRIANÇAS COM PARALISIA OBSTÉTRICA DO PLEXO BRAQUIAL DURANTE TAREFA DE ALCANCE

Resumo

Objetivo: Comparar padrões de movimento, da escápula, ombro, cotovelo e coluna cervical, entre crianças com POPB e típicas, durante a tarefa MC em diferentes velocidades de execução. Métodos: O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da instituição (processo n° 16172/2015). Foram avaliadas 13 crianças com POPB (10±2 anos, 47,6±15,9kg, 1,47±0,15 m) e 13 típicas (10±2 anos, 41,2±12,6 kg, 1,45±0,14m) pareadas por sexo e idade. Foi realizada análise cinemática da tarefa colocar a mão na cabeça (MC), realizada em duas velocidades de execução, auto-selecionada e rápida. Para aquisição dos dados foi utilizado sistema Liberty®. Os sistemas de coordenadas locais dos segmentos foram baseados em recomendações da ISB (1). Foram avaliadas amplitude de movimento (ADM) da escápula, ombro, cotovelo e cabeça durante a MC. Foi feita estatística descritiva com distribuição de média e desvio padrão. Foi realizada MANOVA para comparar as variáveis cinemáticas entre grupo e velocidades. Resultados: Houve somente efeito de grupo nas variáveis cinemáticas (Wilks Lambda (F7,42=5.9 p<0.001). O GPOPB apresentou maior inclinação posterior da escápula(F1,48=8,1,p<0,01) e flexão cervical(F1,48=34,5,p<0,001) e menor flexão do cotovelo(F1,48=7,7,p<0,01), quando comparado ao GT(F>7,8,p<0,01). Não houve diferenças entre as velocidades de execução. Discussão: A maior flexão cervical de crianças com POPB (2) pode ser classificada como padrão compensatório devido à restrição da ADM de flexão de cotovelo. Conclusão: Crianças com POPB apresentam diferentes padrões de movimentos da inclinação posterior da escápula, flexão de cotovelo e flexão cervical quando comparadas às típicas e a velocidade de execução não influenciou os padrões cinemáticos.