AUMENTO DA CARGA NO TREINAMENTO RESISTIDO NÃO MELHORA OS DESFECHOS CLÍNICOS E A DISCINESE ESCAPULAR DE PACIENTES COM SÍNDROME DO IMPACTO DO OMBRO: ENSAIO CONTROLADO ALEATORIZADO

Autores

  • A. S. Bley Universidade Nove de Julho
  • D. H. M. Gonçalves Universidade Nove de Julho
  • S. A. Garbelotti JR Universidade Nove de Julho
  • P. R. G. Lucareli Universidade Nove de Julho

Resumo

Introdução: Este estudo teve por objetivo comparar os efeitos da aplicação de carga progressiva durante o treinamento resistido muscular do ombro e escápula na melhora da dor, função, qualidade de vida, força muscular e cinemática da escápula de sujeitos com SIS. Métodos: Trata-se de um ensaio controlado aleatorizado simples cego. Setenta participantes com SIS foram alocados em 2 grupos. As intervenções foram baseadas num protocolo individualizado de fortalecimento, direcionados para estabilização da escápula e ombro, durante 20 sessões. Um grupo recebeu readequação progressiva da carga, semanalmente, baseado em 3 séries de 10 repetições máximas (RM) e o grupo controle recebeu o mesmo protocolo com carga inicial de 10% de 10 RM, durante todo tratamento. Os desfechos primários foram intensidade da dor, incapacidade e função, pré- e pós-intervenção, após 20 sessões, 3 meses e 6 meses. Outros desfechos foram qualidade de vida, força muscular do manguito rotador e cinemática tridimensional da escápula. Resultados: Nenhuma diferença entre os grupos foi observada nos desfechos primários, após o tratamento, 3 e 6 meses após o término do protocolo, apresentando, respectivamente, uma diferença média (95%IC), para dor: -0,7(-2,1;0,6), 0,0(-1,3;1,3), 0,1(-1,3;1,6); incapacidade: -4,9(-18,1;1,2), -2,6(-16,1;10,8), -1,8(-12,2;15,7) e função: 8,7(-2,0;19,5), 4,6(-6,9;16,2), 0,2(-12,3;12,7). Os desfechos secundários deste estudo, qualidade de vida, força muscular e cinemática da escápula, não apresentaram diferenças entre os grupos. Conclusão: Nenhum benefício clínico adicional foi observado em pacientes com SIS quando submetidos à um treinamento resistido com aumento progressivo da carga quando comparados aos efeitos dos exercícios sob intervenção de carga mínima.

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Publicado

2019-05-25

Como Citar

Bley, A. S., Gonçalves, D. H. M., Garbelotti JR, S. A., & Lucareli, P. R. G. (2019). AUMENTO DA CARGA NO TREINAMENTO RESISTIDO NÃO MELHORA OS DESFECHOS CLÍNICOS E A DISCINESE ESCAPULAR DE PACIENTES COM SÍNDROME DO IMPACTO DO OMBRO: ENSAIO CONTROLADO ALEATORIZADO. Anais Do Congresso Brasileiro Da Associação Brasileira De Fisioterapia Traumato-Ortopédica - ABRAFITO, 3(1). Recuperado de https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2130