AVALIAÇÃO DA ATIVAÇÃO MUSCULAR DO TRAPÉZIO INFERIOR APÓS SEIS SEMANAS DE INTERVENÇÃO UTILIZANDO A TÉCNICA DE REORGANIZAÇÃO MIOFASCIAL E MASSAGEM CLÁSSICA

Autores

  • M. S. Amorim Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC
  • L. Sinhorim Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC
  • J. Wagner Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC
  • T. Da Roza Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC
  • A. Sonza Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC
  • G. M. Santos Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC

Resumo

Introdução: A dor no pescoço/ombro é considerada uma desordem comum, que pode vir a comprometer o músculo trapézio (MT). Durante atividades que geram sobrecarga muscular, a fáscia pode ocasionar aderências/contraturas miofasciais, podendo alterar a atividade elétrica muscular. No reajuste dessas disfunções, há diferentes técnicas, como a reorganização miofascial (RM) e a massagem clássica (MC). Torna-se importante avaliar como se comporta a ativação muscular das fibras inferiores do trapézio em indivíduos com dor no MT após uma intervenção de RM vs. MC. Objetivo: Avaliar a ativação muscular do Músculo Trapézio Inferior após intervenção com as técnicas de RM e MC. Métodos: Indivíduos de ambos os sexos com dores/contraturas no MT que apresentaram na Escala Visual Analógica (EVA) no mínimo três, foram recrutados para participar do estudo, com idade entre 19 e 30 anos. O protocolo de RM consistiu em um conjunto de técnicas visando a reorganização miofascial do MT e a MC foi realizada por meio de deslizamentos superficiais, por seis semanas de intervenção (1x/sem, 10 min). Para avaliação da atividade elétrica muscular foi realizada eletromiografia (Noraxon, EUA) e aplicada antes e imediatamente após a 1ª, 4ª e 6ª sessão. Os dados foram extraídos por meio do software myoMUSCLE e expressos pelo percentual da contração isométrica voluntária máxima (CIVM). Foi utilizado o teste não paramétrico de Wilcoxon para verificar o efeito pré e pós intervenção. O nível de significância adotado foi de p?0,05. Este estudo foi aprovado no Comitê de Ética com número 2.630.855. Resultados: Participaram deste estudo 31 indivíduos (n=16 no grupo MC e n=15 no grupo RM). A média de idade foi de 22,0±2,6 e 22,5±3,3 anos nos grupos RM e MC, respectivamente. O grupo que recebeu a RM apresentou uma diminuição significativa de 4,6% da atividade elétrica muscular do trapézio direito em suas fibras inferiores após a intervenção imediata na sexta semana (p=0,013). Discussão: Estudos na literatura sugerem que a RM provoca uma resposta no sistema nervoso parassimpático e que pode afetar a função neuroendócrina, função imunológica e atividade neuromuscular. Conclusão: Os achados mostraram que houve redução da atividade muscular das fibras inferiores do trapézio direito do grupo que recebeu a RM após a 6ª intervenção.

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Publicado

2019-05-25