CAPACIDADE FUNCIONAL E TREINAMENTO DE POTÊNCIA EM PACIENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA EM HEMODIÁLISE

Autores

  • V. F. Vilas Boas UNICAMP
  • N. F. Ramos UNICAMP
  • A. J. S. Amorim UNICAMP
  • M. C. Uchida UNICAMP

Resumo

A doença renal crônica, bem como, a hemodiálise, apesar de aumentar a sobrevida, leva a um impacto negativo no sistema musculoesquelético que influenciam na deterioração da capacidade funcional e da qualidade de vida. O objetivo deste trabalho foi identificar o perfil físico funcional dos pacientes idosos em Hemodiálise e realizar um treinamento de Potência para os grupos musculares dos membros inferiores. Foram avaliados pacientes com mais de 60 anos que realizam Hemodiálise. Para avaliação das capacidades físicas e funcionais foram realizados os testes Time Up and Go (TUG) e TUG cognitivo, teste de caminhada de 10 metros, preensão manual, teste de sentar e levantar 5 vezes e força muscular de extensão de joelho.  O treinamento de força – potência foi realizado com o equipamento power leg® duas vezes por semana durante a sessão de hemodiálise. Participaram do estudo 28 pacientes de ambos os sexos com média de idade de 64,4 anos (±11,3), que realizam hemodiálise a pelo menos 6 meses. O tempo gasto no TUG foi de 11,87s e TUG cognitivo 20,69s. No teste de caminhada de 10 metros normal foi gasto 13,5s (±4,5) e acelerado, 10s (±3), cuja velocidade da marcha foi de 0,75m/s e 1,0m/s, respectivamente. Quanto a força dos membros inferiores, os valores obtidos foram 17 Kgf (±6) direito e 18Kgf (±7), esquerdo. No teste de sentar e levantar 5 vezes o tempo médio gasto foi de 20,14s (±5,4). A força de preensão manual da mão direita foi de 22 (± 8) Kgf e mão esquerda 20,6 (±9) Kgf. Contudo nota-se uma deterioração das funções avaliadas, pois, todos os parâmetros avaliados estão abaixo do esperado para idosos, confirmando assim a sarcopenia e fragilidade em pacientes com insuficiência renal crônica em hemodiálise, o que justifica a proposta dos exercícios de potência. 

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Publicado

2019-05-25