CARACTERIZAÇÃO DOS SINTOMAS OSTEOMUSCULARES EM PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM DE UM HOSPITAL PÚBLICO DO TRIÂNGULO MINEIRO

Autores

  • G. S. Faria Universidade Federal do Triângulo Mineiro - UFTM
  • J. C. Lima Universidade Federal do Triângulo Mineiro - UFTM
  • B. S. T. Barbosa Universidade Federal do Triângulo Mineiro - UFTM
  • L. A. Souza Universidade Federal do Triângulo Mineiro - UFTM
  • P. R. Marcacine Universidade Federal do Triângulo Mineiro - UFTM

Resumo

O objetivo deste estudo foi verificar a prevalência e intensidade de sintomas osteomusculares nos últimos sete dias, em profissionais de enfermagem de um Hospital Público de alta complexidade. Aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal do Triângulo Mineiro sob o protocolo 1351. Os profissionais responderam a um questionário semiestruturado, Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares e uma escala analógica. Participaram 117 indivíduos, sendo 94 (80,34%) mulheres, com idades entre 21 e 60 anos (34,9±9,1), com escolaridade de nível técnico (35,3%), horário de trabalho vespertino (60%), trabalhando em pé por maior parte do tempo (96,6%) e tempo médio de trabalho de 45,59±64,5 meses. Quanto aos sintomas 40,5% os referiram na lombar, 38,8% na dorsal, 29,3% no ombro, 25% no pescoço, 21,6% no tornozelos/pés, 13,8% em punhos/mãos, 12,1% em quadril/coxas e joelhos e 1,7% nos cotovelos. Quanto a intensidade dos sintomas, a maior média foi na região do ombros (9,85±20,1), seguida pela lombar (9,57±19,1), dorsal (9,24±19,2), pescoço (7,29±16,1), tornozelos/pés (5,06±14,4), punhos/mãos (4,64±14,1), quadril/coxas (3,63±12,5), joelho (2,84±10,3) e cotovelos (1,0±5,2). As regiões com maior número de trabalhadores com sintomas e de maior intensidade foram a coluna lombar, dorsal e ombros. Este dados são superiores aos encontrados na Pesquisa Nacional de Saúde 2013 que 18,5% da população brasileira referiram dor crônica na coluna. A maior intensidade no ombro pode estar relacionada a sua rigidez dolorosa que pode estar presente em processos patológicos que lesam as estruturas que compõem seu complexo mecanismo articular, podendo estes sintomas levar a altos índices de absenteísmo.

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Publicado

2019-05-25