HÁ ALTERAÇÃO DA ORIENTAÇÃO ESCAPULAR DURANTE A EXECUÇÃO DO TESTE LOW FLEXION EM INDIVÍDUOS ASSINTOMÁTICOS?

Autores

  • J. K. Ferreira Universidade Federal de São Carlos
  • D. P. Rosa Universidade Nove de Julho, São Paulo, SP
  • P. R. Camargo Universidade Federal de São Carlos, São Carlos
  • J. D. Borstad The College of St. Scholastica, Duluth, EUA

Resumo

O teste Low Flexion (LF) é um teste clínico que tem por objetivo quantificar o encurtamento da cápsula posterior (ECP) da articulação glenoumeral. Apesar deste teste se mostrar confiável e válido para quantificar o ECP, não se sabe se o posicionamento escapular durante sua realização pode influenciar seus resultados. Com isso, o presente estudo avaliou a orientação escapular durante a execução do teste LF em indivíduos assintomáticos. Trinta indivíduos (13 mulheres; 17 homens; 25,7 ± 3,9 anos; 1,72 ± 0,09 m; 71,7 ± 12,83 kg) sem dor no ombro tiveram ambos os ombros avaliados. O posicionamento 3-D da escápula foi registrado durante a execução do teste LF por meio do sistema de rastreamento eletromagnético Flock of Birds®. A orientação escapular em duas posições distintas do teste (posição inicial e final) foi comparada usando o teste t pareado com nível de significância estabelecido em p<0,05. Um aumento na rotação superior (t=3,93; p<0,05) e uma diminuição na inclinação anterior (t=-2,21; p=0,03) da escápula foram encontradas na posição final do teste LF quando comparado com a posição inicial. Não foram encontradas diferenças na rotação interna da escápula. Apesar de os resultados sugerirem que o teste LF pode ser influenciado pelo posicionamento escapular, as alterações encontradas não foram clinicamente relevantes, de forma que não influenciam a interpretação clínica do teste. 

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Publicado

2019-05-25