HÁ ASSOCIAÇÃO ENTRE A CINEMÁTICA DO MEMBRO INFERIOR, A DOR E A FUNÇÃO FÍSICA EM CORREDORES COM DOR PATELOFEMORAL?

Autores

  • B. C. Luz UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS
  • A. F. Dos Santos CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA POUSO ALEGRE
  • F. V. Serrão UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS

Resumo

A dor patelofemoral (DPF) é a lesão mais comum que acomete os corredores. Embora alterações na cinemática do quadril e joelho tenham sido observadas em corredores com DPF, não se sabe se elas estão associadas à intensidade da dor e o nível de função física desses atletas. O objetivo deste estudo foi avaliar a associação entre os picos de adução e rotação medial do quadril e de abdução do joelho com a intensidade da dor e a função física em corredores com DPF. Participaram do estudo 28, de ambos os sexos, corredores com DPF. Todos os participantes assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido o qual foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos (735.596). A cinemática do quadril e joelho foi avaliada tridimensionalmente durante a fase de apoio da corrida. Para a avaliação da intensidade da dor usual na última semana foi utilizada a escala visual analógica (EVA) e a função física foi avaliada por meio da escala para dor anterior no joelho (EDAJ). O teste de correlação de Spearman foi aplicado para avaliar a associação entre as variáveis cinemáticas, a intensidade da dor e a função física. Foi observada apenas correlação entre o pico de abdução do joelho e a intensidade da dor (rs= 0.47, p= 0.012). Conclui-se que o aumento da abdução do joelho está associado à maior intensidade da dor em corredores com DPF e, assim, estratégias para o controle desse movimento deveriam ser implementadas na reabilitação desses pacientes.

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Publicado

2019-05-25