LESÕES EM CHEERLEADERS NO BRASIL: UM ESTUDO TRANSVERSAL

Autores

  • I. B. Marolde Universidade Federal de São Carlos
  • C. Carvalho Universidade Federal de São Carlos
  • P. R. M. S. Serrão Universidade Federal de São Carlos

Resumo

Objetivo: verificar a prevalência das principais lesões em atletas de cheerleading. Materiais e Método: Estudo transversal. Dados coletados por meio de um questionário online disponibilizado para atletas de cheerleading sobre lesão (número, localização/estrutura), idade, sexo, altura, peso, posição no esporte, anos completos de prática e frequência de treinamento. Os dados foram apresentados descritivamente, sendo realizada análise das médias e desvio padrão das variáveis numéricas, além disso foi verificada a associação entre variáveis de interesse por meio do teste Qui-Quadrado (?=0,05). Esse projeto foi aprovado pelo CEP – UFSCar (parecer 1.879.502 / CAAE 60262316.9.0000.5504). Resultado: Responderam ao questionário 113 cheerleaders na modalidade nacional competitiva. Foram reportadas 230 lesões, das quais 97% ocorreram durante treinos e 3% durante competições. Há uma associação diretamente proporcional entre a experiência do atleta e a porcentagem de atletas lesionados (p=0,001), assim quanto maior o tempo de prática maior o número de lesões. O local anatômico mais afetado foi o punho com 14,8% das lesões, seguido pelo tornozelo (11,3%) e pela mão/dedos (9,1%). Apesar desses resultados se contraporem a estudos anteriores (que encontraram o membro inferior como o segmento mais acometido), uma maior prevalência de lesões no membro superior é consistente com a característica do gesto esportivo (grande estresse ao qual este segmento está exposto: impacto grande e repetitivo, carga axial e forças rotacionais). Conclusão: Sabendo que existe um número considerável de lesões nesta modalidade, e sabendo o segmento mais afetado, um treinamento preventivo específico poderia ser direcionado a esses atletas, com ênfase no treinamento de membros superiores.

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Publicado

2019-05-25