SENSO DE POSIÇÃO ARTICULAR DO OMBRO EM INDIVÍDUOS COM E SEM DISCINESE ESCAPULAR

Autores

  • T. M. Siqueira Universidade do Sagrado Coração, Bauru
  • B. S. V. Oliveira Universidade do Sagrado Coração, Bauru
  • G. G. Zanca Universidade do Sagrado Coração, Bauru

Resumo

O objetivo deste estudo foi determinar se há diferença no senso de posição articular (SPA) do ombro entre indivíduos sadios com e sem discinese escapular. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade (parecer 1.216.029). Foram incluídos 40 sujeitos sadios (21 homens e 19 mulheres), sem história de lesão nos membros superiores, divididos em dois grupos, de acordo com a presença (n=15) ou ausência (n=25) de discinese escapular, determinada por dois examinadores pela observação dos movimentos da escápula durante a flexão do ombro com carga. O SPA foi avaliado por meio do teste de reposicionamento articular ativo, utilizando um aplicativo para iPod Touch (University of Oregon), nos ângulos-alvo de 50°, 70°, 90° e 110° de flexão do ombro. Os erros absolutos (diferença entre o ângulo-alvo e o ângulo atingido pelo sujeito na tentativa de reposicionamento) foram comparados entre os grupos por meio de uma ANOVA de 2 fatores, considerando ângulo-alvo e discinese como fatores e nível de significância de 5%. Não foi encontrado efeito da discinese escapular nos erros de reposicionamento articular. Os estudos que demonstraram associação da coordenação dos músculos periescapulares com o SPA do ombro e melhora do SPA após treinamento destes músculos foram realizados em sujeitos com disfunções do ombro, portanto é possível que a exista relação da discinese escapular com o SPA nestas condições. No entanto, em indivíduos sadios, concluímos que não há diferença no SPA do ombro entre sujeitos com e sem discinese escapular.

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Publicado

2019-05-25