CORRELAÇÃO ENTRE AMPLITUDE DE MOVIMENTO DO TORNOZELO E MOBILIDADE FUNCIONAL EM PACIENTES COM OSTEOARTROSE DE QUADRIL
Resumo
Introdução: A amplitude de movimento do tornozelo influencia na mobilidade funcional de pacientes com osteoartrose de quadril (OAQ), sendo assim, a redução dessa variável pode impactar a vida de pessoas que possuem essa doença, alterando assim sua mobilidade funcional. Objetivo: Correlacionar a amplitude de movimento do tornozelo com a mobilidade funcional de pacientes com osteoartrose de quadril. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, que foi realizado nas dependências do Hospital Universitário de Sergipe em pacientes acometidos por OAQ em fila de espera para tratamento. Foi mensurado o valor da amplitude de movimento do tornozelo através do Ankle Test pela plataforma do Leg Motion e a mobilidade funcional dos pacientes através do Teste de caminhada de 6 minutos (TC6’). A pesquisa foi submetida e aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa com seres humanos da Universidade Federal de Sergipe sob parecer de n 3.953.421, bem como através da Plataforma Brasil, sob parecer de nº CAAE: 28225119.4.0000.5546, seguindo as normas da Resolução nº 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde (CNS).Inicialmente, os dados coletados foram transportados para uma planilha de dados no programa Excel for Windows 10, onde foi realizada a estatística descritiva, com as medidas de tendência central, a média (±) e o desvio Padrão (DP). O nível de significância estatística foi estabelecido em de p ? 0,05 e intervalo de confiança de 95%. Posteriormente, foram feitas análises no programa Statistical Package for the Social Science (SPSS), versão 22.0. Todas as variáveis foram testadas quanto à normalidade através do teste de Shapiro-Wilk, de acordo com o tamanho da amostra (<50). Para as correlações, utilizou-se o coeficiente de correlação de Pearson para dados paramétricos. O nível de significância foi fixado em p<0,05. Os dados foram representados por média ± desvio padrão. Resultados: Com base nas características demográficas dos indivíduos com Osteoartrose de Quadril, foi possível observar uma média de idade de 52,23 ± 11,32 e uma prevalência de 54,83% do sexo feminino, o que condiz com dados de outras literaturas, que afirmam que a OAQ é mais comum em mulheres. Os indivíduos possuíam OAQ sintomática unilateral do membro inferior direito, esquerdo e principalmente bilateral, com 51,6% da amostra, fato sugestivo de que mais da metade da amostra possui um comprometimento clínico e possivelmente funcional, maior. Conclusão: Não foi encontrada correlação significativa entre mobilidade do tornozelo com a mobilidade funcional, avaliada através do TUG e do TC6’ em nossos resultados. Isso difere de outras evidências encontradas, que afirmam que o movimento das articulações dos MMII precisam estar integrados para melhor realização de AVD’s e maior capacidade de equilíbrio.