MODULAÇÃO CARDÍACA AUTONÔMICA DE ATLETAS DE TIRO COM ARCO E PERCEPÇÃO DE DESEMPENHO ENTRE ARQUEIROS E SEUS TREINADORES: ESTUDO PILOTO
Resumo
O desempenho do atleta durante a competição sofre influência de seu estado de ansiedade competitiva que acarreta mudanças no sistema autonômico cardíaco com consequente aumento da frequência cardíaca. O objetivo desse estudo foi avaliar a frequência cardíaca de arqueiros andantes e cadeirantes bem como a percepção de desempenho entre arqueiros e seus treinadores durante a Etapa 3 do Campeonato Brasileiro Indoor de Tiro com arco realizasdo na cidade de João Pessoa no ano de 2023. Trata-se de um estudo transversal, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Pernambuco sob o parecer 5.674.981. O estudo foi realizado durante a etapa 3 do Campeonato Brasileiro Indoor de Tiro com Arco do ano de 2023. Foram incluídos atletas do Bananeiras Arco Clube inscritos na competição. Para avaliar a frequência cardíaca foram usados relógios do tipo smartwatch Garmin, modelo Forerunner 245, para registro da frequência cardíaca (FC), baseline (FCb), durante os tiros de aquecimento (FC1), entre a 5ª e 7ª séries de tiros da primeira (FC2) e da segunda (FC3) bateria de tiros do estágio de classificação e entre a 2ª e 3ª séries de tiros do estágio de combates (FC4), FCmédia (FCm) e máxima (FCmáx). A percepção de desempenho relatada por atletas e treinadores foi avaliada pela escala de Likert ancorada pelos extremos 1 (longe do melhor desempenho) e 5 (perto do melhor desempenho). Foram registradas as pontuações obtidas por cada competidor no estágio classificatório. A análise estatística de dados foi realizada por meio do programa SPSS20, usando os testes T-Student ou Mann-Whitney, qui-quadrado de Pearson ou o Exato de Fisher e o teste de correlação de Pearson. Participaram do estudo 15 atletas andantes (75%) e 5 cadeirantes (25%) das classes funcionais ARST (n=2) e ARW2 (n=3). A idade e IMC foi de 31,30±19,60; 23,50±2,75 e 37,00±10,35; 30,00±5,14 em andantes e cadeirantes, respectivamente. A percepção dos treinadores foi de melhor desempenho para os atletas cadeirantes quando comparado aos andantes (p=0,02). Não houve diferença entre as medidas de FC entre arqueiros andantes e cadeirantes e para ambos os grupos foi observado aumento progressivo da FC nas progressões dos estágios de tiros.