TREINAMENTO ISOLADO DE FORÇA ABDOMINAL É CAPAZ DE INFLUENCIAR A CAPACIDADE FUNCIONAL CARDIORRESPIRATÓRIA
Resumo
Introdução: Alterações de força nos músculos abdominais e descondicionamento físico podem ser consequências do sedentarismo, afetando negativamente a qualidade de vida. Dessa forma é importante proporcionar a indivíduos sedentários, condutas efetivas para melhora simultânea destas duas funções. Os músculos abdominais exercem função de promover a estabilidade do tronco, compressão das vísceras abdominais e manutenção da postura, além de auxiliar em processos fisiológicos como tosse, defecação e parto, sendo um grupo muscular essencial para atividades do dia a dia e prática de exercícios. Frente a isso, levanta-se o seguinte questionamento: o quanto o fortalecimento desse grupamento muscular interfere sobre a capacidade funcional cardiorrespiratória? Objetivo: avaliar o efeito de um treinamento de fortalecimento abdominal sobre a capacidade cardiorrespiratória em adultos jovens sedentários. Método: Tratou-se de um estudo experimental, aprovado pelo Comitê de ética em pesquisa do Centro Universitário CESMAC. Os participantes foram recrutados entre os graduandos do curso de Fisioterapia de uma Instituição de Ensino Superior. Os critérios de inclusão foram: ser acadêmico da instituição, possuir idade entre 18 e 29 anos de ambos os sexos; ser sedentário há pelo menos 6 meses; possuir as faculdades mentais preservadas. Foram excluídos: indivíduos amputados não protetizados; portadores doenças vestibulares em crises agudas; doenças com comprometimento neuromotor e doenças cardiovasculares não controladas. Os participantes foram avaliados quanto a sua resistência cardiorrespiratória através do Teste de caminhada de Seis Minutos (TC6) no início e ao final de toda intervenção. O protocolo foi elaborado com exercícios do tipo prancha e suas variações, com progressão do treinamento conforme a melhora do desempenho. As intervenções foram realizadas duas vezes na semana, durante dois meses, com duração de 30 minutos cada sessão de treino. A comparação entre as médias inicial e final do TC6 foi realizada por meio do teste “t”. Para todos os casos, adotou-se um valor de alfa igual à 5% e o software estatísticos SPSS v 21.0. Resultados: A amostra foi composta por 12 indivíduos com uma média de idade de 21 anos ± 2,44 e predominância do sexo masculino. Na avaliação inicial os resultados do TC6 revelaram uma média de 581,065 ± 59,40 e após a intervenção os valores demonstraram um aumento nestes valores com uma média de 680,015 ± 64,21. A comparação estatística inferencial revelou um resultado estatisticamente significativo (p<0,01), evidenciando melhoria no teste funcional de resistência. Conclusão: O presente estudo permite afirmar que treinos de fortalecimento abdominal com exercícios de prancha podem influenciar na capacidade cardiorrespiratória de adultos jovens sedentários.