Comparação da agilidade entre atletas das categorias sub-10, sub-11 e sub-12 de um clube de futebol brasileiro: um estudo observacional

Autores

  • JOYCE CARDOSO DE ARAÚJO UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS (UFG)
  • VICTOR FERNANDO RODRIGUES DA SILVA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS (UFG)
  • ALTAFICO FERNANDES DE OLIVEIRA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS (UFG)
  • ANA IZABEL TELES UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS (UFG)
  • GABRIELLA BERNARDES DE SOUSA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS (UFG)
  • NATHÁLIA DANTAS MARQUES QUIRINO QUIRINO UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS (UFG)
  • GABRIELA SOUZA DE VASCONCELOS UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS (UFG)

Resumo

CONTEXTUALIZAÇÃO: A agilidade envolve a capacidade de mudar rapidamente de direção e velocidade em resposta a estímulos externos. No futebol, essa habilidade é imprescindível em razão da alta incidência de lesões, especialmente entre atletas jovens que estão em transição para o nível profissional, visto que estes estão mais suscetíveis a lesões. A prevenção e a otimização do desempenho exigem estudos aprofundados sobre a agilidade nessa população esportiva. No entanto, há uma lacuna na literatura quanto a dados funcionais de jovens atletas. OBJETIVOS: Assim, este estudo buscou comparar a agilidade entre atletas das categorias sub-10, sub-11 e sub-12 de um clube de futebol brasileiro. MÉTODOS: Este é um estudo observacional, cuja amostra foi obtida por conveniência e os atletas das categorias de base sub-10, sub-11 e sub-12 de um clube de futebol foram incluídos no estudo. O Agility T-test foi utilizado para avaliar a agilidade dos atletas. A variável utilizada para análise foi o tempo (segundos) gasto para concluir o circuito, e foram realizadas duas repetições para a familiarização e duas válidas para a análise posterior. A análise estatística foi realizada por meio do software SPSS versão 25.0 (SPSS, Inc., Chicago, IL, USA). Os dados foram submetidos aos testes de Shapiro-Wilk e Levene, para verificar a normalidade e homocedasticidade, e o nível de significância adotado foi de 0,05. Para a comparação entre os três grupos utilizou-se One-Way Anova. O Projeto de Pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos da Universidade (CAAE 75685223.9.0000.5083). RESULTADOS: 47 atletas foram avaliados, sendo 10 da categoria sub-10 (peso: 33 ± 3,60; altura: 1,40 ± 0,08), 14 da categoria de base sub-11 (peso: 40 ± 3,71; altura: 1,48 ± 0,06) e 23 da categoria sub-12 (peso: 41 ±  8,88; altura: 1,50 ± 0,05). Em relação a agilidade, os atletas da categoria sub-10 realizaram o teste em, média(desvio padrão), 9,59±0,99 segundos,  os da categoria sub-11 em 8,67±0,41 segundos, enquanto que os da categoria sub-12, em 8,87±0,68 segundos. Foram identificadas diferenças significativas na agilidade entre as categorias analisadas (F2.44=7,06; p=0,002). Os atletas da sub-10 levaram tempo significativamente maior que os atletas da sub-11 (diferença média=0,91; p=0,002) e que os da sub-12 (diferença média=0,71, p = 0,002) para cumprir o teste. Não foram encontradas diferenças significativas entre as categorias sub-11 e sub-12.  CONCLUSÕES: Portanto, os atletas da categoria sub-10 desempenharam o teste de agilidade em um tempo superior ao dos atletas das demais categorias, demonstrando um pior desempenho na agilidade. IMPLICAÇÕES: Esses achados reforçam a relevância de programas de treinamento que preconizem o aprimoramento do desenvolvimento motor e adaptação neuromuscular na infância, para além do desempenho esportivo, buscando reduzir o risco de lesões associadas a movimentos rápidos e mudanças de direção. Por fim, este estudo também contribui para incentivar investigações futuras que explorem cada vez mais os elementos essenciais para a formação e a segurança dos atletas jovens em desenvolvimento.

Publicado

2025-08-31

Como Citar

Comparação da agilidade entre atletas das categorias sub-10, sub-11 e sub-12 de um clube de futebol brasileiro: um estudo observacional. (2025). Anais Do Congresso Brasileiro Da Associação Brasileira De Fisioterapia Traumato-Ortopédica - ABRAFITO, 5(1). https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2579