PERFIL DE INDIVÍDUOS COM DOR PERSISTENTE NO RETROPÉ: ANÁLISE DE PREVALÊNCIA RELACIONADA À INTENSIDADE PERCEBIDA
Resumo
CONTEXTUALIZAÇÃO: A dor persistente no retropé afeta a função e o bem-estar social de adultos de meia idade. Estudos anteriores mostraram que indivíduos com esta condição enfrentam dificuldades para realizar atividades, como caminhar e ficar em pé por longos períodos. A dor pode limitar a participação em atividades sociais e de lazer, afetando negativamente a qualidade de vida dessas pessoas. Relacionar a intensidade da dor com características dessa população é relevante para estratificar os resultados dos estudos, permitindo identificar padrões nessa população. OBJETIVOS: Relacionar a intensidade da dor matinal e da dor ao caminhar com características como idade, sexo, nível educacional, Índice de Massa Corporal (IMC) e prática de atividades físicas em indivíduos com dor persistente no retropé. MÉTODOS: Estudo transversal aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi (nº de aprovação 4.018.821). A amostra foi de adultos com dor no retropé há pelo menos três meses, moradores da cidade de Natal – RN. Os participantes foram avaliados utilizando a Escala Numérica da Dor (END) para a intensidade da dor matinal e da dor ao caminhar ao longo do dia. Foram coletadas informações como idade, sexo, nível educacional, peso e altura e prática de atividades físicas. A dor foi categorizada em baixa, quando assumiu valor menor que cinco e alta quando assumiu valor maior que cinco na END. A análise estatística incluiu o teste de correlação de Pearson e o Teste de Qui-Quadrado, considerando o valor estatisticamente significativo de p<0,05. RESULTADOS: 80 participantes com dor persistente no retropé compuseram a amostra desse estudo, com idade média e desvio padrão (DP) de 49,8 (9,8) anos e IMC 31,01 (5,2). Os resultados indicam uma média e DP de 5,6 (2,1) da intensidade da dor matinal e 4,3 (2,4) da dor ao caminhar ao longo do dia. Não houve correlação entre a intensidade da dor matinal e ao caminhar com as variáveis: idade (p=0,51 e p=0,18) e IMC (p=0,65 e p=0,49), respectivamente. Também não houve associação da intensidade da dor matinal e ao caminhar com as variáveis: escolaridade (p=0,54 e p=0,80); sexo (p=0,69 e p =0,76); prática de atividade física (p=0,24 e p=0,26). CONCLUSÕES: A ausência de significância nas análises sugere que a intensidade da dor pode ser influenciada por outros fatores não explorados neste estudo, como aspectos biomecânicos do pé, história clínica pregressa ou até mesmo outros fatores psicossociais não investigados. IMPLICAÇÕES: Este estudo destaca a complexidade da dor persistente e a importância de considerar características específicas de cada indivíduo na avaliação e tratamento da dor persistente do retropé.Publicado
2025-09-11
Como Citar
GOMES FAGUNDES, M., RICARDO GARCEZ, L., AGUIAR DOS SANTOS, A., ARIAS AVILA, M., & CARDOSO DE SOUZA, M. (2025). PERFIL DE INDIVÍDUOS COM DOR PERSISTENTE NO RETROPÉ: ANÁLISE DE PREVALÊNCIA RELACIONADA À INTENSIDADE PERCEBIDA. Anais Do Congresso Brasileiro Da Associação Brasileira De Fisioterapia Traumato-Ortopédica - ABRAFITO, 5(1). Recuperado de https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2605
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Resumo