COMPARAÇÃO DE DESORDENS MUSCULOESQUELÉTICAS ENTRE PACIENTES COM DOR NO OMBRO ISOLADA E ASSOCIADA A SINTOMAS NA COLUNA CERVICAL: RESULTADOS PARCIAIS
Resumo
CONTEXTUALIZAÇÃO: Dor no ombro e dor cervical crônica são condições prevalentes e incapacitantes, principalmente quando ocorrem de forma associada. OBJETIVOS: Comparar desordens musculoesqueléticas entre pacientes com dor no ombro isolada e associada a sintomas na coluna cervical. MÉTODOS: Foram avaliados 7 participantes (idade: 36,2 ± 11,4), sendo 3 do grupo dor isolada no ombro e 4 com dor associada. Os questionários Shoulder Pain and Disability Index (SPADI), Neck Disability Index (NDI), Central Sensitization Inventory (CSI-BR), PainDETECT e Escala Numérica de Dor (END) foram aplicados. Foram avaliadas a amplitude de movimento (ADM) e teste de reposicionamento ativo de ombro e cervical por meio de um inclinômetro digital. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética Local (CAAE: 76759223.7.0000.5154). RESULTADOS: Pacientes com dor no ombro isolada apresentaram, em média, SPADI de 51,3 (27,7), NDI de 12,53 (4,6), CSI-BR 50,3 (12,2), PainDETECT 15 (5,6) e END 8 (1). A ADM média do lado acometido foi: flexão do ombro 128,2º (38,8º), extensão do ombro 40,7º (8,6º), abdução do ombro 94,7º (61,8º), rotação medial do ombro 53,5º (20,5º) e rotação lateral do ombro 63º (40º). Para os movimentos de cervical, a ADM média foi: flexão cervical 59,7º (12,5º), inclinação à direita 47,3º (16º) e esquerda 53º (15,6º). O erro de reposicionamento ativo do lado acometido foi: rotação interna de ombro 5,33º (3,9º), rotação externa 3,7º (1,9º), flexão de ombro 5,8º (8,3º), flexão cervical 6,1º (0,8º), inclinação à direita 4,9º (2,2º) e à esquerda 7º (2,9º). No grupo com dor associada, foi considerado o lado de maior dor no caso de dor bilateral. As pontuações foram: SPADI 43 (16,7), NDI 33,9 (16,7), CSI-BR 53,7 (8,2), PainDETECT 19 (2,7) e END 3,5 (1,29). A ADM média do lado acometido foi: flexão do ombro 130,6º (10,8º), extensão do ombro 29,1º (8,6º), abdução do ombro 107,9º (24º), rotação medial do ombro 84,5º (30,3º) e rotação lateral do ombro 77,6º (21,2º). Para os movimentos de cervical, a ADM média foi: flexão cervical 52,7º (22,7º), inclinação à direita 39,4º (13,4º) e à esquerda 36,5º (9,1º). O erro de reposicionamento ativo do lado acometido foi: rotação interna de ombro 9º (2,9º), rotação externa 7,9º (4,9º), flexão de ombro 5,8º (8,3º), flexão cervical 4,9º (2,4º), inclinação à direita 6,3º (2º) e à esquerda 4,75º (2º). CONCLUSÕES: Os resultados parciais desse estudo sugerem possíveis diferenças entre os grupos quanto a maiores desordens musculoesqueléticas nos indivíduos com dor associada. A continuidade de coleta de dados será essencial para confirmar os achados. IMPLICAÇÕES: As informações obtidas neste estudo podem contribuir para o aprimoramento da avaliação fisioterapêutica, especialmente na identificação de alterações musculoesqueléticas nessas condições, auxiliando no raciocínio clínico e formulação de hipóteses diagnósticas mais precisas.Publicado
2025-09-11
Como Citar
DE SOUZA CARDOSO, F., CECILIA AFONSO, L., MARTINELI ROSSI, D., LICRE PESSINA GASPARINI, A., LIMA FLORÊNCIO, L., & MARTINS, J. (2025). COMPARAÇÃO DE DESORDENS MUSCULOESQUELÉTICAS ENTRE PACIENTES COM DOR NO OMBRO ISOLADA E ASSOCIADA A SINTOMAS NA COLUNA CERVICAL: RESULTADOS PARCIAIS. Anais Do Congresso Brasileiro Da Associação Brasileira De Fisioterapia Traumato-Ortopédica - ABRAFITO, 5(1). Recuperado de https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2644
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Resumo