Comparação de diferentes parâmetros de fotobiomodulação na dor de indivíduos com osteoartrite de joelho um estudo piloto

Autores

  • VALTER FERREIRA RUIZ UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO (UNIFESP)
  • ANDRÉ CABRAL SARDIM UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO (USF)
  • RICARDO LUIS SALVATERRA GUERRA UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO (USF)
  • ALTAIR CUSTÓDIO JUNIOR UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO (UNIFESP)
  • VITÓRIA APARECIDA TAFFURI DE MORAES UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO (USF)
  • YASMIN RODRIGUES BRANDÃO UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO (USF)
  • CARLOS EDUARDO PINFILDI UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO (UNIFESP)

Resumo

CONTEXTUALIZAÇÃO: A fotobiomodulação (FBM) tem sido investigada como recurso analgésico, porém dosimetria ótima permanece indefinida.  ideal para esta finalidade ainda não foi bem estabelecida. No Brasil, a osteoartrite de joelho (OAJ) acomete cerca de 13% da população adulta, sendo a dor o principal limitador funcional. Estabelecer a relação dose-resposta da FBM pode aprimorar protocolos clínicos. OBJETIVOS: Avaliar a influência de diferentes dosagens de fotobiomodulação na dor de indivíduos com OAJ. MÉTODOS: Trata-se de um estudo crossover, randomizado e duplo-cego, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Instituição parecer N°6.571.435. Foram incluídos indivíduos de ambos os sexos, com OAJ grau I a IV, entre 55 e 85 anos, que foram randomizados de forma aleatória e receberam semanalmente, por 4 semanas, com Wash-out = 7 dias, FBM contínuo, (808nm, 0,12cm², irradiância de 0,83W/cm²) em 20 pontos do joelho (3 pontos na região do ligamento colateral tibial, 3 pontos na região do ligamento colateral fibular, 4 pontos na linha articular, 4 pontos na linha supra patelar, 2 pontos na região da pata de ganso e 4 pontos na região posterior do joelho). Dosagens: grupo 1 (6J, 100mW, fluência de 50 J/cm2) grupo 2 (2J, 100mW, fluência de 100 J/cm2), grupo 3 (12J, 200mW, fluência de 100 J/cm2) e o grupo 4 (24J, 200mW, fluência de 200 J/cm2). A dor Escala Numérica de Dor (END) foi registrada pós circuito-funcional pré aplicação, imediatamente depois do circuito funcional pós-FBM e 24 horas depois, (WhatsApp + teste de sentar e levantar - TST). RESULTADOS: 30 participantes, sendo 21 mulheres (70%) e 9 homens (30%) com média de idade de 64.7 ± 7.03 anos, concluíram o protocolo. END antes FBM: G1 (5.50 ± 2.36), G2 (5.43 ± 2.31), G3 (5.13 ± 2.37) e G4 (5.07 ± 1.74), END pós FBM: G1 (4.80 ± 2.61), G2 (4.33 ± 2.51), G3 (4.07 ± 2.07) e G4 (3.37 ± 1.92). END 24h pós: G1 (4.43±2.13), G2 (4.20±1.90), G3 (4.37±1.92), G4 (3.80±1.95).  A redução imediata em G4 foi maior que em G1 (p = 0.018), G2 (p = 0.026) e G3 (p = 0.036). CONCLUSÕES: A dose de 24J promoveu redução adicional da dor aguda em comparação com as demais, mas estas diferenças devem ser interpretadas com cautela e aguardar resultados mais robustos futuros. IMPLICAÇÕES: Os achados sugerem uma redução da dor ligeiramente maior com a dose de 24J nas avaliações imediatas e em 24h. Nesse sentido, doses mais altas podem oferecer analgesia aguda superior.

Publicado

2025-09-11

Como Citar

FERREIRA RUIZ, V., CABRAL SARDIM, A., SALVATERRA GUERRA, R. L., CUSTÓDIO JUNIOR, A., APARECIDA TAFFURI DE MORAES, V., RODRIGUES BRANDÃO, Y., & PINFILDI, C. E. (2025). Comparação de diferentes parâmetros de fotobiomodulação na dor de indivíduos com osteoartrite de joelho um estudo piloto. Anais Do Congresso Brasileiro Da Associação Brasileira De Fisioterapia Traumato-Ortopédica - ABRAFITO, 5(1). Recuperado de https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2654