Qualidade de vida autorreferida em pacientes com indicação cirúrgica para reparo do manguito rotador em hospital filantrópico de Vitória -

Autores

  • JÚLIA FALQUETO DE SOUZA ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA (EMESCAM)
  • GABRIELLY TEIXEIRA SANTOS ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA (EMESCAM)
  • THAYNARA GUIMARÃES SILVA ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA (EMESCAM)
  • MARIA JÚLIA FALCÃO RIBEIRO ASSIS ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA (EMESCAM)
  • JÚLIA REZENDE SCHEIDEGGER UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA (UEL)
  • PÂMELA REIS VIDAL ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA (EMESCAM)
  • AEBE ALVES TORRES ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA (EMESCAM)

Resumo

CONTEXTUALIZAÇÃO: As lesões do manguito rotador comprometem estruturas músculo-tendíneas essenciais à função do ombro, frequentemente associadas a dor, restrição de movimento e diminuição da capacidade funcional. Essas limitações impactam diretamente o desempenho nas atividades da vida diária repercutindo negativamente na qualidade de vida do indivíduo. O tratamento dessa condição pode ser conservador ou cirúrgico, a depender da gravidade da lesão, do perfil do paciente e das respostas às intervenções iniciais. Diante do impacto funcional e psicossocial dessas lesões, torna-se fundamental mensurar a qualidade de vida dos pacientes acometidos, considerando que os sintomas e as limitações impostas podem comprometer o bem-estar geral. OBJETIVOS: Descrever os perfis sociodemográfico, econômico, condições de saúde e qualidade de vida dos pacientes com indicação para reparo do manguito rotador. MÉTODOS: Trata-se de um estudo observacional transversal quantitativo descritivo. A amostra foi selecionada por conveniência e composta por 30 pacientes com indicação cirúrgica para reparo do manguito rotador atendidos no Ambulatório de Ortopedia do Hospital Santa Casa de Misericórdia de Vitória - ES. Foram incluídos participantes de ambos os sexos, com idade igual ou superior a 18 anos que aceitaram participar e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Foram excluídos indivíduos com comprometimento cognitivo. A coleta de dados incluiu uma ficha que caracterizava os perfis, além do questionário WHOQOL-bref, que avalia a qualidade de vida. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa local (7.282.663), e seguiu os princípios éticos da resolução 466/12 do Ministério da Saúde – Brasil. RESULTADOS: A maior parte dos participantes era do sexo feminino (51,5%), com idade entre 41 e 60 anos (69,7%), pardos (54,5%), com ensino fundamental (66,7%), possuíam companheiro (57,6%), moravam no interior do estado do Espírito Santo (69,7%) e declararam receber entre 2 e 4 salários-mínimos (42,4%). Em relação a condição de saúde, 20 (60,6%) pacientes tinham alguma comorbidade, sendo que 19 (57,6%) tinham hipertensão arterial sistêmica, destes, 18 (54,4%) tomavam anti-hipertensivos. A maioria dos pacientes declarou sentir dor constante (66,7%) de intensidade moderada (45,5%), com duração superior a 13 meses (78,8%) associada a redução de movimento (81,8%) e fraqueza muscular (72,7%). No que se refere ao instrumento utilizado, a maioria apresentou qualidade de vida regular, seja no aspecto físico (57,6%), psicológico (51,5%), relações sociais (42,4%) e meio ambiente (66,7%). CONCLUSÕES: Nosso estudo concluiu que a maioria dos pacientes apresentaram qualidade de vida regular em diferentes áreas. A redução da amplitude de movimento, a fraqueza muscular e a dor persistente influenciam o bem-estar físico, psicológico e social, refletindo na percepção negativa da qualidade de vida. Esses achados destacam a necessidade de estratégias de tratamento e reabilitação focadas no alívio da dor, na melhoria funcional e no suporte psicológico, visando uma recuperação mais completa e uma melhor qualidade de vida.  IMPLICAÇÕES: Os achados desse estudo orientam a prática fisioterapêutica para o cuidado centrado na qualidade de vida ao evidenciar dimensões clínicas relevantes. Além disso, contribui para a gestão em saúde e políticas públicas mais compatíveis com as necessidades da população.

Publicado

2025-09-11

Como Citar

FALQUETO DE SOUZA, J., TEIXEIRA SANTOS, G., GUIMARÃES SILVA, T., FALCÃO RIBEIRO ASSIS, M. J., REZENDE SCHEIDEGGER, J., REIS VIDAL, P., & ALVES TORRES, A. (2025). Qualidade de vida autorreferida em pacientes com indicação cirúrgica para reparo do manguito rotador em hospital filantrópico de Vitória -. Anais Do Congresso Brasileiro Da Associação Brasileira De Fisioterapia Traumato-Ortopédica - ABRAFITO, 5(1). Recuperado de https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2692